A Liga NOS chegou ao fim e o SL Benfica conquistou, passados 39 anos, mais um tricampeonato, esta temporada pela mão de Rui Vitória que chegou de Guimarães no início da época e realizou, ao leme do clube da Luz, uma muito boa temporada.
Tudo teria de ficar resolvido este Domingo, jogava-se a última jornada e embora na frente da tabela, a formação do Benfica livrava-se de sobressaltos se na recepção ao Nacional não permitisse surpresas de última hora. E assim foi, as águias, receberam e venceram os madeirenses por 4-1 e a Luz rebentava de alegria.
Como sabem, e faço este aparte de forma propositada, a minha preferência clubística é o Sporting, mas não embarco em demagogias nem discursos ocos, na minha opinião, ganha sempre a melhor equipa, pois é aquela que soma mais pontos e por isso, se assim é, o mérito da conquista, não deve ser negado, por uma opaca e nada saudável, cegueira intelectual.
É natural que preferia a vitória do Sporting e se isso tivesse acontecido, creio que também é justo dizê-lo, teria sido a equipa que melhor futebol praticou esta época a vencer, mas isso não pode nem deve, retirar mérito a quem obteve 88 pontos, marcou 88 golos e sofreu 22.
Mas vamos aos factos, na Luz, perante mais uma casa a rebentar pelas costuras, sem Eliseu e o recém-vendido, Renato Sanches, o Benfica não tremeu das pernas e venceu sem margem para contestação a formação, frágil, do Nacional da Madeira, que foi, juntamente com o Marítimo, entre outras, uma das grandes surpresas, pela negativa, desta temporada.
Na primeira parte, Gaitán e Jonas, deram cor ao marcador e o caldeirão da Luz não mais parou até à festa final. Na segunda parte, novamente Gaitán e Pizzi, voltaram a marcar e Salvador Agra, pelos nacionalistas, fez o tento de honra.
Esta vitória ofereceu o campeonato ao Benfica, o tão ansiado 35, e fez o clube voltar a conquistar um tricampeonato.
Já no Municipal de Braga, o Sporting, perante uns arsenalistas com a cabeça no Jamor, também goleou, 4-0, mas o resultado foi insuficiente e os leões regressaram a Lisboa cabisbaixos e sem motivos para festas, contudo, deve dizer-se, que nas bancadas, os adeptos, mesmo com o campeonato perdido, foram de um apoio incessante e nunca se cansaram arroupar a equipa.
A não conquista do título, é um rude golpe para Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, que são, sem margem para dúvidas, os rostos do insucesso, pois após se terem focado somente no campeonato, a formação leonina, termina a época sem títulos (para mim a Supertaça jogou-se esta época, mas pertence à época passada) e isso, deve promover, dentro de portas e sem grandes alaridos, uma profunda reflexão. Sei também que ninguém prometeu o título, mas depois de estar na frente com uma vantagem, folgada de 7 pontos, é inadmissível que o Sporting tenha deixado fugir tão larga margem e tenha permitido ao Benfica aproximação e ultrapassagem já na recta final. Também sei que agora é fácil criticar, mas é esta a altura de o fazer, pois é agora que se começam a lançar as linhas orientadoras para a temporada que aí vem e nesta época, foram dados tiros nos pés, que não se podem repetir.
Podem-se questionar factores externos, porém basta dizer o seguinte, tivesse o Sporting ganho ao Tondela, e estaria nesta hora a festejar o título.
Por falar em Tondela, dar os parabéns a Petit, que operou, sem nenhuma dúvida, um dos milagres mais extraordinários do futebol nacional nos últimos tempos, quando chegou ao leme da equipa, o Tondela estava condenado à descida, mas o seu treinador, conseguiu que a formação do centro do país chegasse viva à última jornada e sem nada a perder, conquistou com todo o mérito, o seu lugar na Liga da próxima época.
Mérito teve também o Arouca, que obteve um inédito quinto lugar e uma inédita participação em provas europeias, destaque para o Rio Ave, que regressa à Europa, nota negativa para União da Madeira e Académica, que descem de divisão e para Estoril, Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães, Marítimo e Nacional que fizeram épocas muito aquém do que era esperado.
Nota final para o Chaves e para o Feirense, que regressam, na próxima temporada, ao convívio dos grandes.
Com esta jornada, o pano da liga fechou-se, venha a Taça e o Euro-2016, que já se começa a sentir falta do futebol.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Tudo teria de ficar resolvido este Domingo, jogava-se a última jornada e embora na frente da tabela, a formação do Benfica livrava-se de sobressaltos se na recepção ao Nacional não permitisse surpresas de última hora. E assim foi, as águias, receberam e venceram os madeirenses por 4-1 e a Luz rebentava de alegria.
Como sabem, e faço este aparte de forma propositada, a minha preferência clubística é o Sporting, mas não embarco em demagogias nem discursos ocos, na minha opinião, ganha sempre a melhor equipa, pois é aquela que soma mais pontos e por isso, se assim é, o mérito da conquista, não deve ser negado, por uma opaca e nada saudável, cegueira intelectual.
É natural que preferia a vitória do Sporting e se isso tivesse acontecido, creio que também é justo dizê-lo, teria sido a equipa que melhor futebol praticou esta época a vencer, mas isso não pode nem deve, retirar mérito a quem obteve 88 pontos, marcou 88 golos e sofreu 22.
Mas vamos aos factos, na Luz, perante mais uma casa a rebentar pelas costuras, sem Eliseu e o recém-vendido, Renato Sanches, o Benfica não tremeu das pernas e venceu sem margem para contestação a formação, frágil, do Nacional da Madeira, que foi, juntamente com o Marítimo, entre outras, uma das grandes surpresas, pela negativa, desta temporada.
Na primeira parte, Gaitán e Jonas, deram cor ao marcador e o caldeirão da Luz não mais parou até à festa final. Na segunda parte, novamente Gaitán e Pizzi, voltaram a marcar e Salvador Agra, pelos nacionalistas, fez o tento de honra.
Esta vitória ofereceu o campeonato ao Benfica, o tão ansiado 35, e fez o clube voltar a conquistar um tricampeonato.
Já no Municipal de Braga, o Sporting, perante uns arsenalistas com a cabeça no Jamor, também goleou, 4-0, mas o resultado foi insuficiente e os leões regressaram a Lisboa cabisbaixos e sem motivos para festas, contudo, deve dizer-se, que nas bancadas, os adeptos, mesmo com o campeonato perdido, foram de um apoio incessante e nunca se cansaram arroupar a equipa.
A não conquista do título, é um rude golpe para Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, que são, sem margem para dúvidas, os rostos do insucesso, pois após se terem focado somente no campeonato, a formação leonina, termina a época sem títulos (para mim a Supertaça jogou-se esta época, mas pertence à época passada) e isso, deve promover, dentro de portas e sem grandes alaridos, uma profunda reflexão. Sei também que ninguém prometeu o título, mas depois de estar na frente com uma vantagem, folgada de 7 pontos, é inadmissível que o Sporting tenha deixado fugir tão larga margem e tenha permitido ao Benfica aproximação e ultrapassagem já na recta final. Também sei que agora é fácil criticar, mas é esta a altura de o fazer, pois é agora que se começam a lançar as linhas orientadoras para a temporada que aí vem e nesta época, foram dados tiros nos pés, que não se podem repetir.
Podem-se questionar factores externos, porém basta dizer o seguinte, tivesse o Sporting ganho ao Tondela, e estaria nesta hora a festejar o título.
Por falar em Tondela, dar os parabéns a Petit, que operou, sem nenhuma dúvida, um dos milagres mais extraordinários do futebol nacional nos últimos tempos, quando chegou ao leme da equipa, o Tondela estava condenado à descida, mas o seu treinador, conseguiu que a formação do centro do país chegasse viva à última jornada e sem nada a perder, conquistou com todo o mérito, o seu lugar na Liga da próxima época.
Mérito teve também o Arouca, que obteve um inédito quinto lugar e uma inédita participação em provas europeias, destaque para o Rio Ave, que regressa à Europa, nota negativa para União da Madeira e Académica, que descem de divisão e para Estoril, Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães, Marítimo e Nacional que fizeram épocas muito aquém do que era esperado.
Nota final para o Chaves e para o Feirense, que regressam, na próxima temporada, ao convívio dos grandes.
Com esta jornada, o pano da liga fechou-se, venha a Taça e o Euro-2016, que já se começa a sentir falta do futebol.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).