De acordo com as notícias publicadas em vários jornais, alguns adeptos que ontem se deslocaram à Pedreira foram atacados por vespas asiáticas. Alguns tiveram mesmo de ser assistidos por equipas de socorro no local, em virtude dos danos causados por estes incómodos insectos provenientes do oriente. Aparentemente, a zona designada aos adeptos forasteiros, recentemente equipada com uma caixa de segurança, é a que mais sofre com as investidas dos himenópteros. Um aspecto a rever no futuro, pois aparentemente já se registaram incidentes semelhantes noutras partidas.
Mais abaixo à flor da relva, livre dos ferrões aguçados das vespas, o SC Braga entrava em campo para defrontar o Boavista, um adversário previsivelmente incómodo. Porém, a pantera que ontem surgiu no Municipal de Braga tinha garras pouco afiadas e foi facilmente domada pelos Guerreiros do Minho, que na ronda anterior haviam sofrido o primeiro desaire da temporada em Vila do Conde.
Era certa a necessidade de Paulo Fonseca realizar mexidas no onze titular. Desde logo, porque a meio da semana Aderlan Santos saíra para o Valência. Além disso, o lateral-esquerdo Djavan, uma das unidades de maior rendimento neste início de época, estava lesionado. Para complicar as contas do treinador, o substituto imediato Tiago Gomes estava já em trânsito para o Metz de França, transferência já consumada durante este último dia de mercado.
Sem poder contar ainda com o reforço Arghus no centro da defesa, a escolha recaiu em Boly para o eixo, e a adaptação de Marcelo Goiano a lateral esquerdo. O francês até conseguiu fazer esquecer o agora pupilo de Nuno Espírito Santo, até porque os avançados adversários foram sempre tenrinhos. O mesmo não se pode dizer do brasileiro, que apesar de não comprometer em termos defensivos, não consegue dar a mesma profundidade de jogo ao flanco como tão bem faz o seu compatriota. E a equipa ressentiu-se muito disso.
Para além das mudanças obrigatórias, seria também quase uma obrigação Paulo Fonseca efectuar alterações na equipa que tão pálida imagem deu no Estádio dos Arcos. Percebendo claramente onde estão as maiores lacunas, o técnico arsenalista trocou Mauro por Luiz Carlos e estreou Román a titular, relegando Rafa para o banco. A entrada do espanhol deu os seus frutos, pois, a equipa ganhou dinâmica, verticalidade e fantasia, pois o jovem ex-Barcelona B é um criativo nato, irrequieto, com os olhos postos na baliza adversária. Já a inclusão de Mauro nada trouxe de novo. Tal como o seu compatriota e companheiro de sector, este não apresenta a qualidade de passe que a equipa necessita (e quando passa bem é sempre para o lado), nem tem capacidade de transportar bola e municiar o jogo atacante. Muito se questiona o porquê do treinador preterir Pedro Tiba, que apesar de estar no banco, não foi uma vez mais chamado a jogo. Há até quem equacione a sua saída antes da meia-noite de hoje.
Na frente de ataque, o reforço egípcio Hassan, carrasco da equipa em Vila do Conde, começou no banco, pois, Paulo Fonseca preferiu dar mais uma oportunidade à dupla brasileira Crislán e Rodrigo Pinho. E haveria de ser feliz a 50% por ter tomado esta opção.
O jogo começou com o Braga a carregar no acelerador e cheio de vontade de partir para cima do adversário. Mas as coisas teimavam a não sair bem, muito por culpa dos muitos passes errados, de alguma descoordenação ainda evidente entre o sectores e ainda da falta de Djavan no corredor esquerdo.
Até que à passagem do quarto de hora, numa jogada de insistência, a bola sobrou para Vukcevic à entrada da área, o montenegrino não se fez rogado e disparou uma bomba que só parou no fundo das redes dos axadrezados. A partir daí, o Braga levantou o pé, permitiu ao adversário equilibrar a contenda e colocou-se a jeito de sofrer o empate.
Mais abaixo à flor da relva, livre dos ferrões aguçados das vespas, o SC Braga entrava em campo para defrontar o Boavista, um adversário previsivelmente incómodo. Porém, a pantera que ontem surgiu no Municipal de Braga tinha garras pouco afiadas e foi facilmente domada pelos Guerreiros do Minho, que na ronda anterior haviam sofrido o primeiro desaire da temporada em Vila do Conde.
Era certa a necessidade de Paulo Fonseca realizar mexidas no onze titular. Desde logo, porque a meio da semana Aderlan Santos saíra para o Valência. Além disso, o lateral-esquerdo Djavan, uma das unidades de maior rendimento neste início de época, estava lesionado. Para complicar as contas do treinador, o substituto imediato Tiago Gomes estava já em trânsito para o Metz de França, transferência já consumada durante este último dia de mercado.
Sem poder contar ainda com o reforço Arghus no centro da defesa, a escolha recaiu em Boly para o eixo, e a adaptação de Marcelo Goiano a lateral esquerdo. O francês até conseguiu fazer esquecer o agora pupilo de Nuno Espírito Santo, até porque os avançados adversários foram sempre tenrinhos. O mesmo não se pode dizer do brasileiro, que apesar de não comprometer em termos defensivos, não consegue dar a mesma profundidade de jogo ao flanco como tão bem faz o seu compatriota. E a equipa ressentiu-se muito disso.
Para além das mudanças obrigatórias, seria também quase uma obrigação Paulo Fonseca efectuar alterações na equipa que tão pálida imagem deu no Estádio dos Arcos. Percebendo claramente onde estão as maiores lacunas, o técnico arsenalista trocou Mauro por Luiz Carlos e estreou Román a titular, relegando Rafa para o banco. A entrada do espanhol deu os seus frutos, pois, a equipa ganhou dinâmica, verticalidade e fantasia, pois o jovem ex-Barcelona B é um criativo nato, irrequieto, com os olhos postos na baliza adversária. Já a inclusão de Mauro nada trouxe de novo. Tal como o seu compatriota e companheiro de sector, este não apresenta a qualidade de passe que a equipa necessita (e quando passa bem é sempre para o lado), nem tem capacidade de transportar bola e municiar o jogo atacante. Muito se questiona o porquê do treinador preterir Pedro Tiba, que apesar de estar no banco, não foi uma vez mais chamado a jogo. Há até quem equacione a sua saída antes da meia-noite de hoje.
Na frente de ataque, o reforço egípcio Hassan, carrasco da equipa em Vila do Conde, começou no banco, pois, Paulo Fonseca preferiu dar mais uma oportunidade à dupla brasileira Crislán e Rodrigo Pinho. E haveria de ser feliz a 50% por ter tomado esta opção.
O jogo começou com o Braga a carregar no acelerador e cheio de vontade de partir para cima do adversário. Mas as coisas teimavam a não sair bem, muito por culpa dos muitos passes errados, de alguma descoordenação ainda evidente entre o sectores e ainda da falta de Djavan no corredor esquerdo.
Até que à passagem do quarto de hora, numa jogada de insistência, a bola sobrou para Vukcevic à entrada da área, o montenegrino não se fez rogado e disparou uma bomba que só parou no fundo das redes dos axadrezados. A partir daí, o Braga levantou o pé, permitiu ao adversário equilibrar a contenda e colocou-se a jeito de sofrer o empate.
Uma referência também para a justa homenagem aos tri-campeões nacionais de futebol de praia, aquando do descanso.
Na segunda parte, o Braga entrou pior em campo do que havia saído na primeira e foram audíveis assobios provenientes da bancada.
Mas eis que de novo, à passagem do quarto de hora, o herói improvável do Montenegro fez novamente a usa aparição e apareceu de rompante a cabecear ao segundo poste, na sequência de um canto, apanhando a defesa do Boavista em plena sesta.
Pouco tempo depois, Paulo Fonseca fez a estreia de Hassan com a camisola vermelha e branca, tirando de campo Rodrigo Pinho. Provavelmente, deverá ter sido a última oportunidade de titularidade dada ao brasileiro, que mais uma vez passou completamente à margem do jogo, teimando em não colocar em prática os bons pormenores que revelara na pré-época.
Pelo contrário, o companheiro do ataque Crislán evolui a olhos vistos. Dinâmico, batalhador e solidário com a equipa, teve ontem o prémio para tanto esforço demonstrado, ao conseguir ultrapassar um defensor adversário e mesmo sofrendo uma carga, conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes e molhar a sopa, como se diz na gíria futebolística, apontando o seu primeiro tento no futebol português.
O jogo estava ganho, a equipa do Bessa era a imagem no desalento, mas houve ainda tempo de Hassan dar um ar da sua graça e arrancar uma grande penalidade, que o veterano capitão Alan não enjeitou e estabeleceu o 4-0 final que fica para história desta partida.
Em suma, o Braga consegue uma vitória gorda, apesar de uma exibição nem sempre bem conseguida e que prova o muito trabalho que Paulo Fonseca ainda tem pela frente. Ainda assim, será sempre melhor trabalhar sobre uma vitória, num momento em que os campeonatos irão pausar para compromissos das selecções. E no entretanto, poderá até receber uma ou outra prenda de António Salvador, nomeadamente, um médio e um ala com créditos firmados. À hora a que o autor escreve estas linhas, o mercado está em efervescência!
Ricardo Jorge
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Na segunda parte, o Braga entrou pior em campo do que havia saído na primeira e foram audíveis assobios provenientes da bancada.
Mas eis que de novo, à passagem do quarto de hora, o herói improvável do Montenegro fez novamente a usa aparição e apareceu de rompante a cabecear ao segundo poste, na sequência de um canto, apanhando a defesa do Boavista em plena sesta.
Pouco tempo depois, Paulo Fonseca fez a estreia de Hassan com a camisola vermelha e branca, tirando de campo Rodrigo Pinho. Provavelmente, deverá ter sido a última oportunidade de titularidade dada ao brasileiro, que mais uma vez passou completamente à margem do jogo, teimando em não colocar em prática os bons pormenores que revelara na pré-época.
Pelo contrário, o companheiro do ataque Crislán evolui a olhos vistos. Dinâmico, batalhador e solidário com a equipa, teve ontem o prémio para tanto esforço demonstrado, ao conseguir ultrapassar um defensor adversário e mesmo sofrendo uma carga, conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes e molhar a sopa, como se diz na gíria futebolística, apontando o seu primeiro tento no futebol português.
O jogo estava ganho, a equipa do Bessa era a imagem no desalento, mas houve ainda tempo de Hassan dar um ar da sua graça e arrancar uma grande penalidade, que o veterano capitão Alan não enjeitou e estabeleceu o 4-0 final que fica para história desta partida.
Em suma, o Braga consegue uma vitória gorda, apesar de uma exibição nem sempre bem conseguida e que prova o muito trabalho que Paulo Fonseca ainda tem pela frente. Ainda assim, será sempre melhor trabalhar sobre uma vitória, num momento em que os campeonatos irão pausar para compromissos das selecções. E no entretanto, poderá até receber uma ou outra prenda de António Salvador, nomeadamente, um médio e um ala com créditos firmados. À hora a que o autor escreve estas linhas, o mercado está em efervescência!
Ricardo Jorge
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)