Na derradeira partida da jornada 30 da Liga NOS, o Moreirense recebeu o Sporting em sua casa e os leões venceram folgadamente por 1-4. Este resultado permite ao Sporting ficar apenas um ponto de garantir, matematicamente, a sua presença na pré-eliminatória da Liga dos Campeões da próxima época.
Depois das emoções (ou falta delas) do clássico de Domingo, Marco Silva e a sua equipa deslocaram-se até ao norte do país para defrontar uma equipa que já havia garantido os pontos suficientes para não viver, esta fase final da temporada, em sobressalto. A formação de Moreira de Cónegos, bem orientada por Miguel Leal, realizou, ou está a realizar, uma época muito bem conseguida e nem a razia do plantel em Janeiro (clubes desta dimensão tem sempre que vender se a oportunidade for boa), abalou a confiança do conjunto minhoto, que joga um bom futebol sem ter um orçamento maior que as suas possibilidades, uma raridade por estes dias.
Sabedor que a vitória aproximava ainda mais o Sporting do terceiro lugar, Marco Silva, privado, devido a lesão, do contributo de Slimani, continuou a fazer a melhor gestão do plantel e neste jogo, além do argelino, Adrien, João Mário e Carrillo, ficaram no banco de suplentes, sendo as vagas destes quatro habituais titulares, ocupadas por: Montero, André Martins, Tanaka e Carlos Mané. Além de mudar os jogadores, Marco Silva, operou também uma mudança táctica, já que o habitual 4x3x3, deu lugar ao 4x4x2, curiosamente já assim havia jogado a partida da primeira volta que terminara empatada a um golo. Em boa hora o jovem técnico leonino decidiu fazer estas alterações, pois dos quatro jogadores que entraram de início, três deles marcaram os golos da noite (Carlos Mané, Tanaka e um bis de Montero).
Para os leões o jogo não podia ter começado da melhor forma, logo aos dois minutos, depois de uma boa circulação de bola, Carlos Mané (em posição irregular, estava ligeiramente adiantado), servido por Montero, abriu o activo, como se costuma dizer, estava feito o mais difícil. A partir daqui, o Sporting, confortável com a vantagem, deu a iniciativa de jogo à equipa da casa, mas esta, com algum desacerto, não conseguia ser eficaz de forma a perturbar Rui Patrício, que por vezes se mostrou, inexplicavelmente, intranquilo. Com os minutos a correr a seu favor, o Sporting iria, no espaço de dois minutos, sentenciar o encontro, aos 34, depois de mais uma boa jogada, Cédric tenta o remate na área, a bola vai de encontro a Montero, que depois de a dominar, fez uma espécie de bicicleta, que bateu Marafona pela segunda vez; ainda os adeptos do Moreirense se lamentavam e os do Sporting festejavam e Tanaka, servido por Montero (o colombiano a ser a figura maior deste jogo com dois golos e duas assistências), fazia o 0-3 e colocava uma pedra no assunto, ou seja, aos 36 minutos de jogo, o vencedor estava encontrado. Sem fazer um grande jogo, o Sporting vencia de forma confortável e com uma boa margem para gerir o que faltava jogar.
Foi a partir daqui que o Moreirense se começou a libertar, logo de seguida, Lucas Souza, fez golo, o mesmo foi anulado por suposto fora de jogo, novo erro da equipa de arbitragem, pois o avançado estava em posição regular, mas os pupilos de Miguel Leal continuaram à procura do tento que relançasse a partida e este surgiu ao minuto 44, após uma falta e um mal alivio da defensiva leonina, novamente Lucas Souza, bateu Patrício e deixou uma réstia de esperança da formação da casa.
Imbuídos pelo golo marcado, os jogadores de Moreira de Cónegos, entraram na segunda parte a tentar incomodar a formação leonina e os primeiros minutos fizeram alguns adeptos sportinguistas temer que a coisa desse para o torto, seria possível? Não, por uma simples questão, depois dos primeiros minutos de maior acutilância, a formação verde e branca começou a gerir melhor a bola, a cortar as iniciativas de jogo aos da casa e quando aos 63 minutos, Marco Silva lançou João Mário para o lugar de Tanaka, o jogo voltou ao domínio leonino e a partir daqui, William Carvalho, começou a mostrar o seu valor, além de cortar o jogo ofensivo do adversário, alimentou com classe algumas saídas rápidas de ataque. O jogo chegou ao ponto onde o Sporting quis que ele chegasse e a partir daqui, sentiu-se que o marcador poderia mexer outra vez para o Sporting e foi já com Adrien e Capel em campo que o Sporting chegou ao quarto, com o espanhol a cruzar e Montero a bisar e o quinto esteve mesmo para acontecer por duas ou três vezes, mas até ao fim, o resultado não se alteraria mais.
Vitória justa do Sporting se calhar por números muito expressivos, mas que se ajustam a boa eficácia leonina neste jogo. Esta vitória aproxima o Sporting do segundo lugar e quase garante, falta um ponto apenas, a participação dos leões na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o que há acontecer com o posterior apuramento, é mais um aconchego financeiro para os cofres de Alvalade.
Nota final para o árbitro, num jogo de margem tão folgada, a arbitragem acaba por não ter influência, mas errar lances como os de este jogo, não é falha de análise, é incompetência e neste sector, em Portugal, é o que mais há.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Depois das emoções (ou falta delas) do clássico de Domingo, Marco Silva e a sua equipa deslocaram-se até ao norte do país para defrontar uma equipa que já havia garantido os pontos suficientes para não viver, esta fase final da temporada, em sobressalto. A formação de Moreira de Cónegos, bem orientada por Miguel Leal, realizou, ou está a realizar, uma época muito bem conseguida e nem a razia do plantel em Janeiro (clubes desta dimensão tem sempre que vender se a oportunidade for boa), abalou a confiança do conjunto minhoto, que joga um bom futebol sem ter um orçamento maior que as suas possibilidades, uma raridade por estes dias.
Sabedor que a vitória aproximava ainda mais o Sporting do terceiro lugar, Marco Silva, privado, devido a lesão, do contributo de Slimani, continuou a fazer a melhor gestão do plantel e neste jogo, além do argelino, Adrien, João Mário e Carrillo, ficaram no banco de suplentes, sendo as vagas destes quatro habituais titulares, ocupadas por: Montero, André Martins, Tanaka e Carlos Mané. Além de mudar os jogadores, Marco Silva, operou também uma mudança táctica, já que o habitual 4x3x3, deu lugar ao 4x4x2, curiosamente já assim havia jogado a partida da primeira volta que terminara empatada a um golo. Em boa hora o jovem técnico leonino decidiu fazer estas alterações, pois dos quatro jogadores que entraram de início, três deles marcaram os golos da noite (Carlos Mané, Tanaka e um bis de Montero).
Para os leões o jogo não podia ter começado da melhor forma, logo aos dois minutos, depois de uma boa circulação de bola, Carlos Mané (em posição irregular, estava ligeiramente adiantado), servido por Montero, abriu o activo, como se costuma dizer, estava feito o mais difícil. A partir daqui, o Sporting, confortável com a vantagem, deu a iniciativa de jogo à equipa da casa, mas esta, com algum desacerto, não conseguia ser eficaz de forma a perturbar Rui Patrício, que por vezes se mostrou, inexplicavelmente, intranquilo. Com os minutos a correr a seu favor, o Sporting iria, no espaço de dois minutos, sentenciar o encontro, aos 34, depois de mais uma boa jogada, Cédric tenta o remate na área, a bola vai de encontro a Montero, que depois de a dominar, fez uma espécie de bicicleta, que bateu Marafona pela segunda vez; ainda os adeptos do Moreirense se lamentavam e os do Sporting festejavam e Tanaka, servido por Montero (o colombiano a ser a figura maior deste jogo com dois golos e duas assistências), fazia o 0-3 e colocava uma pedra no assunto, ou seja, aos 36 minutos de jogo, o vencedor estava encontrado. Sem fazer um grande jogo, o Sporting vencia de forma confortável e com uma boa margem para gerir o que faltava jogar.
Foi a partir daqui que o Moreirense se começou a libertar, logo de seguida, Lucas Souza, fez golo, o mesmo foi anulado por suposto fora de jogo, novo erro da equipa de arbitragem, pois o avançado estava em posição regular, mas os pupilos de Miguel Leal continuaram à procura do tento que relançasse a partida e este surgiu ao minuto 44, após uma falta e um mal alivio da defensiva leonina, novamente Lucas Souza, bateu Patrício e deixou uma réstia de esperança da formação da casa.
Imbuídos pelo golo marcado, os jogadores de Moreira de Cónegos, entraram na segunda parte a tentar incomodar a formação leonina e os primeiros minutos fizeram alguns adeptos sportinguistas temer que a coisa desse para o torto, seria possível? Não, por uma simples questão, depois dos primeiros minutos de maior acutilância, a formação verde e branca começou a gerir melhor a bola, a cortar as iniciativas de jogo aos da casa e quando aos 63 minutos, Marco Silva lançou João Mário para o lugar de Tanaka, o jogo voltou ao domínio leonino e a partir daqui, William Carvalho, começou a mostrar o seu valor, além de cortar o jogo ofensivo do adversário, alimentou com classe algumas saídas rápidas de ataque. O jogo chegou ao ponto onde o Sporting quis que ele chegasse e a partir daqui, sentiu-se que o marcador poderia mexer outra vez para o Sporting e foi já com Adrien e Capel em campo que o Sporting chegou ao quarto, com o espanhol a cruzar e Montero a bisar e o quinto esteve mesmo para acontecer por duas ou três vezes, mas até ao fim, o resultado não se alteraria mais.
Vitória justa do Sporting se calhar por números muito expressivos, mas que se ajustam a boa eficácia leonina neste jogo. Esta vitória aproxima o Sporting do segundo lugar e quase garante, falta um ponto apenas, a participação dos leões na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o que há acontecer com o posterior apuramento, é mais um aconchego financeiro para os cofres de Alvalade.
Nota final para o árbitro, num jogo de margem tão folgada, a arbitragem acaba por não ter influência, mas errar lances como os de este jogo, não é falha de análise, é incompetência e neste sector, em Portugal, é o que mais há.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).