O ano civil de 2015 fechou, a nível futebolístico, com uma jornada da Taça da Liga, denominada está época como Taça CTT.
FC Porto perde no Dragão com o Marítimo e pode ficar a ver navios.
No Dragão, antes do início do jogo, longe estariam todos os que acompanham o fenómeno futebolístico nacional, pensar que o FC Porto poderia perder, quanto mais por 1-3. Aconteceu e com este resultado, a Taça CTT, pode ficar sem selos no cardápio azul e branco e os dragões, que neste jogo não tiveram chama, podem ficar a ver navios, pois o Marítimo, que jogava já o segundo jogo desta fase, soma agora seis pontos e basta-lhe um empate na recepção ao Famalicão, na última jornada, para garantir um lugar nas meias-finais da prova.
Que o Marítimo não tem sido um adversário amigo do FC Porto esta época, já se tinha percebido, mas ganhar no Dragão, com 3 golos marcados e apenas um sofrido, é uma proeza que não está ao alcance de qualquer clube. Fruto deste resultado tão espectacular quanto espantoso, a plateia portista não perdoou e desde uma vaia monumental até aos lenços brancos, não faltou nada, quem pareceu importar-se pouco com isso, foi Julen Lopetegui, que no fim do jogo, afirmou que o importante é o Porto estar líder.
O jogo, conforme disse Ivo Vieira, correu de feição aos ilhéus, que aguentaram na primeira parte e perceberam que este não era um Porto de honra, mas antes um Dragão sem chama e na segunda parte, os maritimistas foram competentes e eficazes o suficiente para somar os 3 pontos e assim passam o ano com um sorriso na boca e com as meias-finais da prova no horizonte. Como é habitual nesta competição, e mais no treinador basco que orienta a equipa da cidade Invicta, as alterações no onze inicial foram mais que muitas, só Maicon ficou desde o último jogo, de resto, tudo diferente e André Silva, a nova coqueluche dos azuis, teve a sua oportunidade a titular mas esta fugiu-lhe por entre as mãos. O FC Porto perdeu, foi um deserto de ideias na segunda parte e nem a ida a jogo de alguns titulares, Corona e Aboubakar, mudaram o rumo dos acontecimentos e quando em cima do apito, o camaronês obteve o tento de honra da sua equipa, este só serviu para disfarçar a vergonha estampada na cara dos adeptos.
Assim, com esta derrota, e porque o Marítimo, em Novembro, já havia ganho em Santa Maria da Feira, ao Feirense, o FC Porto arrisca-se a ver a prova fugir-lhe que nem um telegrama ou seja, de forma rápida e com poucas palavras. Já o Marítimo, que conta com 6 pontos em dois jogos, fica apenas um empate de alcançar, por segundo ano consecutivo, as meias-finais e arriscar-se a jogar nova final. Impensável, muito, impossível, nem tanto.
Acreditar foi o remédio para o Benfica ganhar.
No fim deste jogo, que o Benfica venceu por 1-0, Manuel Machado, técnico do Nacional da Madeira, que sabe usar a palavra cada vez que os holofotes se viram para si, utilizou a seguinte frase para definir o jogo: “O Benfica jogou no seu estádio, meteu 20 mil espectadores e acho fantástico que apoiem tanto uma equipa que joga tão pouco futebol” e realmente, tem razão o treinador natural de Guimarães, mas também se pode dizer, que neste jogo, o Nacional não jogou nada por aí além.
O jogo foi realmente mal jogado, teve rasgos e teve, na primeira parte, um jogador que sobressaiu, o marroquino Carcela, que durante este período, pincelou, ainda que de forma ténue, os acontecimentos desta parte.
Já a segunda parte foi diferente, o Nacional sentiu, com o empate ao intervalo, que poderia ser feliz e decidiu arriscar um pouco mais e deu-se bem. Só faltou pontaria, pois por mais de uma vez a bola esteve perto da baliza de Ederson, mas a falta de mira e lucidez, ditaram que os homens da ilha da Madeira, não conseguissem a proeza de marcar. Já o Benfica, atónito e sem rumo, ia tentado, conforme podia, ser mandão, mas nunca o conseguiu e, como disse Manuel Machado, o público foi sendo o maior suporte aos jogadores, pois os adeptos não se calaram e embalaram a equipa até a vitória.
O momento redentor, que definiu a partida, só aconteceu quando todos já davam como certo o empate. O técnico encarnado, Rui Vitória, já tinha colocado em jogo Renato Sanches, já havia lançado Jonas e fez saltar, aos 77 minutos, para o terreno de jogo, Raúl Jiménez, que substituiu Mitroglou e aos 89 minutos, após cruzamento de Pizzi na direita, a bola foi tocada com muito oportunismo pelo mexicano, que surgiu nas costas do defesa e fez a Luz explodir de alegria em vésperas de Ano Novo.
O Benfica venceu, não convenceu, mas fez o que lhe competia: ganhou.
Sporting foi o único dos três grandes a estar com a corda toda.
Após duas derrotas consecutivas, Braga e União de Madeira, com a da Madeira e redundar na perca do primeiro lugar da Liga NOS, os leões, antes da recepção ao Porto, só tinham um caminho: ganhar. O 3-1 final, é um resultado justo.
O treinador leonino, a fazer a melhor gestão possível do plantel, deu oportunidade a alguns dos menos utilizados, casos de André Martins e Marcelo Boeck e estreou Schelotto. O estreante, notou-se ainda sem rotinas da equipa, André Martins e Marcelo Boeck, não agarraram a oportunidade e o guarda-redes, teve uma noite para esquecer.
Antes de avançar mais na análise, devo dizer que se o jogo teve a chama e o empolgamento que teve, isso deve-se à (boa) postura do Paços de Ferreira, que foi até Alvalade jogar de forma descomplexada, na certeza que só dessa forma poderia ter aspirações na competição e por isso mesmo, está de parabéns o seu treinador, Jorge Simão.
O jogo começou com um bom ritmo e o Sporting cedo, por intermédio de Aquilani, se adiantou na partida. Este golo atemorizou o Paços e deu maior confiança à formação leonina que a partir deste instante, comandou o jogo nesta primeira parte como quis e só no último lance destes 45 minutos, num livre frontal que parecia inofensivo, a formação pacense empatou o jogo com um golo que deixa Marcelo Boeck corado de vergonha, pois o tento sofrido em época natalícia, como se diz na gíria do futebol, foi um grande peru, que permitiu a Christian ser feliz.
Como este resultado não interessava nem ao menino Jesus, quanto mais ao Jorge, o Sporting da segunda parte começou a construir oportunidades e a colocar Defendi, guardião pacense, em apuros e aos 54 minutos, Gelson Martins, aproveitou da melhor forma uma boa jogada de ataque para dar vantagem à formação verde-e-branca. Depois deste golo, o Paços não voltou a encontrar-se e o Sporting construiu oportunidades suficientes para fazer mais golos, mas só Bryan Ruiz conseguiu, num excelente toque de grande classe, fazer o gosto ao pé.
Em vésperas de receber o FC Porto, no dia 2 de Janeiro, o Sporting garantiu um triunfo que lhe permite chegar mais desafogado ao clássico.
Nesta que é a última crónica de 2015, aproveito para agradecer a confiança e a companhia e faço votos para que o próximo ano seja, na verdade, UM BOM ANO! FELIZ 2016!
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
FC Porto perde no Dragão com o Marítimo e pode ficar a ver navios.
No Dragão, antes do início do jogo, longe estariam todos os que acompanham o fenómeno futebolístico nacional, pensar que o FC Porto poderia perder, quanto mais por 1-3. Aconteceu e com este resultado, a Taça CTT, pode ficar sem selos no cardápio azul e branco e os dragões, que neste jogo não tiveram chama, podem ficar a ver navios, pois o Marítimo, que jogava já o segundo jogo desta fase, soma agora seis pontos e basta-lhe um empate na recepção ao Famalicão, na última jornada, para garantir um lugar nas meias-finais da prova.
Que o Marítimo não tem sido um adversário amigo do FC Porto esta época, já se tinha percebido, mas ganhar no Dragão, com 3 golos marcados e apenas um sofrido, é uma proeza que não está ao alcance de qualquer clube. Fruto deste resultado tão espectacular quanto espantoso, a plateia portista não perdoou e desde uma vaia monumental até aos lenços brancos, não faltou nada, quem pareceu importar-se pouco com isso, foi Julen Lopetegui, que no fim do jogo, afirmou que o importante é o Porto estar líder.
O jogo, conforme disse Ivo Vieira, correu de feição aos ilhéus, que aguentaram na primeira parte e perceberam que este não era um Porto de honra, mas antes um Dragão sem chama e na segunda parte, os maritimistas foram competentes e eficazes o suficiente para somar os 3 pontos e assim passam o ano com um sorriso na boca e com as meias-finais da prova no horizonte. Como é habitual nesta competição, e mais no treinador basco que orienta a equipa da cidade Invicta, as alterações no onze inicial foram mais que muitas, só Maicon ficou desde o último jogo, de resto, tudo diferente e André Silva, a nova coqueluche dos azuis, teve a sua oportunidade a titular mas esta fugiu-lhe por entre as mãos. O FC Porto perdeu, foi um deserto de ideias na segunda parte e nem a ida a jogo de alguns titulares, Corona e Aboubakar, mudaram o rumo dos acontecimentos e quando em cima do apito, o camaronês obteve o tento de honra da sua equipa, este só serviu para disfarçar a vergonha estampada na cara dos adeptos.
Assim, com esta derrota, e porque o Marítimo, em Novembro, já havia ganho em Santa Maria da Feira, ao Feirense, o FC Porto arrisca-se a ver a prova fugir-lhe que nem um telegrama ou seja, de forma rápida e com poucas palavras. Já o Marítimo, que conta com 6 pontos em dois jogos, fica apenas um empate de alcançar, por segundo ano consecutivo, as meias-finais e arriscar-se a jogar nova final. Impensável, muito, impossível, nem tanto.
Acreditar foi o remédio para o Benfica ganhar.
No fim deste jogo, que o Benfica venceu por 1-0, Manuel Machado, técnico do Nacional da Madeira, que sabe usar a palavra cada vez que os holofotes se viram para si, utilizou a seguinte frase para definir o jogo: “O Benfica jogou no seu estádio, meteu 20 mil espectadores e acho fantástico que apoiem tanto uma equipa que joga tão pouco futebol” e realmente, tem razão o treinador natural de Guimarães, mas também se pode dizer, que neste jogo, o Nacional não jogou nada por aí além.
O jogo foi realmente mal jogado, teve rasgos e teve, na primeira parte, um jogador que sobressaiu, o marroquino Carcela, que durante este período, pincelou, ainda que de forma ténue, os acontecimentos desta parte.
Já a segunda parte foi diferente, o Nacional sentiu, com o empate ao intervalo, que poderia ser feliz e decidiu arriscar um pouco mais e deu-se bem. Só faltou pontaria, pois por mais de uma vez a bola esteve perto da baliza de Ederson, mas a falta de mira e lucidez, ditaram que os homens da ilha da Madeira, não conseguissem a proeza de marcar. Já o Benfica, atónito e sem rumo, ia tentado, conforme podia, ser mandão, mas nunca o conseguiu e, como disse Manuel Machado, o público foi sendo o maior suporte aos jogadores, pois os adeptos não se calaram e embalaram a equipa até a vitória.
O momento redentor, que definiu a partida, só aconteceu quando todos já davam como certo o empate. O técnico encarnado, Rui Vitória, já tinha colocado em jogo Renato Sanches, já havia lançado Jonas e fez saltar, aos 77 minutos, para o terreno de jogo, Raúl Jiménez, que substituiu Mitroglou e aos 89 minutos, após cruzamento de Pizzi na direita, a bola foi tocada com muito oportunismo pelo mexicano, que surgiu nas costas do defesa e fez a Luz explodir de alegria em vésperas de Ano Novo.
O Benfica venceu, não convenceu, mas fez o que lhe competia: ganhou.
Sporting foi o único dos três grandes a estar com a corda toda.
Após duas derrotas consecutivas, Braga e União de Madeira, com a da Madeira e redundar na perca do primeiro lugar da Liga NOS, os leões, antes da recepção ao Porto, só tinham um caminho: ganhar. O 3-1 final, é um resultado justo.
O treinador leonino, a fazer a melhor gestão possível do plantel, deu oportunidade a alguns dos menos utilizados, casos de André Martins e Marcelo Boeck e estreou Schelotto. O estreante, notou-se ainda sem rotinas da equipa, André Martins e Marcelo Boeck, não agarraram a oportunidade e o guarda-redes, teve uma noite para esquecer.
Antes de avançar mais na análise, devo dizer que se o jogo teve a chama e o empolgamento que teve, isso deve-se à (boa) postura do Paços de Ferreira, que foi até Alvalade jogar de forma descomplexada, na certeza que só dessa forma poderia ter aspirações na competição e por isso mesmo, está de parabéns o seu treinador, Jorge Simão.
O jogo começou com um bom ritmo e o Sporting cedo, por intermédio de Aquilani, se adiantou na partida. Este golo atemorizou o Paços e deu maior confiança à formação leonina que a partir deste instante, comandou o jogo nesta primeira parte como quis e só no último lance destes 45 minutos, num livre frontal que parecia inofensivo, a formação pacense empatou o jogo com um golo que deixa Marcelo Boeck corado de vergonha, pois o tento sofrido em época natalícia, como se diz na gíria do futebol, foi um grande peru, que permitiu a Christian ser feliz.
Como este resultado não interessava nem ao menino Jesus, quanto mais ao Jorge, o Sporting da segunda parte começou a construir oportunidades e a colocar Defendi, guardião pacense, em apuros e aos 54 minutos, Gelson Martins, aproveitou da melhor forma uma boa jogada de ataque para dar vantagem à formação verde-e-branca. Depois deste golo, o Paços não voltou a encontrar-se e o Sporting construiu oportunidades suficientes para fazer mais golos, mas só Bryan Ruiz conseguiu, num excelente toque de grande classe, fazer o gosto ao pé.
Em vésperas de receber o FC Porto, no dia 2 de Janeiro, o Sporting garantiu um triunfo que lhe permite chegar mais desafogado ao clássico.
Nesta que é a última crónica de 2015, aproveito para agradecer a confiança e a companhia e faço votos para que o próximo ano seja, na verdade, UM BOM ANO! FELIZ 2016!
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).