Na sexta-feira, no arranque da jornada 12 da Liga NOS, o Benfica recebeu e venceu a Académica de Coimbra por 3-0. No sábado, o Porto ganhou ao Paços de Ferreira por 2-1, mas teve de suar para o conseguir e o Sporting foi à Madeira, ganhar ao Marítimo, novamente pela margem mínima, 1-0.
Vitória folgada do Benfica.
O Benfica recebeu na Luz a Académica no jogo inaugural desta ronda 12 do campeonato. Os números da vitória, claros, 3-0, mas um tanto ou quanto exagerados para aquilo que foi o jogo.
Sabedor que não podia ir a jogo de peito aberto, Filipe Gouveia, treinador dos estudantes, montou uma estratégia de contenção e bloco baixo para reduzir espaços e não permitir penetrações na sua área de rigor. Durante a primeira parte, as dificuldades do Benfica foram enormes e só uma desatenção de Pedro Trigueira, guarda-redes dos estudantes de Coimbra, que cometeu uma grande penalidade sobre Gaitán, tão clara quanto desnecessário, abriu o caminho da baliza. Chamado à conversão do castigo máximo, Jonas, regressado à titularidade, converteu e colocou os bi-campeões na frente. Até este momento, os encarnados tinham passado muito tempo sem conseguir arranjar forma de entrar na área contrária, com Gaitán e Jonas, bem vigiados, as soluções da ataque do Benfica, esbarravam-se quase sempre na falta de soluções, com o golo obtido aos 35 minutos, a Académica foi obrigada a abrir-se mais e na segunda parte, o jogo mudou um pouco o seu caminho.
No segundo tempo, quando a equipa de Coimbra tentava reagir ao golo que havia sofrido na primeira parte, surgiu a segunda grande penalidade da noite, Ofori, tocou a bola com a mão dentro da área e Jonas, novamente chamado à conversão, atirou para o 2-0. Este foi o golo que acalmou a águia e foi também este tento que deitou por terra a reacção academista no jogo.
Já perto do fim, surgiu o momento da noite, o menino Renato Sanches, encheu-se de fé e do meio da rua disparou uma bomba que só parou no fundo da baliza de Pedro Trigueira. O jovem jogador benfiquista selava a vitória e colocava também o seu nome no mural dos mais novos a fazer golo com a camisola encarnada. Um momento para recordar.
Triunfo justo da equipa de Rui Vitória que, após o segundo golo, conseguiu gerir o jogo a pensar já no embate de terça-feira com o Atlético de Madrid, para a Liga dos Campeões, partida que não decide o apuramento mas que decide o primeiro lugar do grupo.
Reviravolta inédita da vitória ao FC Porto.
Pela primeira na era Julen Lopetegui, o FC Porto deu a volta ao marcador e este feito, junta-se o primeiro penalti a favor dos portistas esta época.
Logo aos 7 minutos, o Paços de Ferreira, através do seu goleador de serviço, Bruno Moreira, colocava-se em vantagem no marcador, o Dragão esmoreceu mas não desfaleceu, era tempo de correr atrás de um resultado que lhe permitisse continuar a sua candidatura ao título.
Antes deste golo, Maicon, de regresso à titularidade, já tinha tido oportunidade para ter feito as redes abanar, mas já se sabe que quem não marca arrisca-se a sofrer.
Esta desvantagem, logo no início, obrigou o FC Porto a arregaçar as mangas e os dragões lá partiram para a conquista. Os azuis e brancos, agarrados aos seus princípios de jogo, lá foram construindo oportunidades para bater Marafona, mas o guarda-redes pacense ia-se mostrando intransponível, só quando Brahimi, em cima da meia hora, descobriu Corona, com o mexicano, de forma subtil, mas cheio de classe, a fazer a bola passar por cima do guardião forasteiro, a baliza do Paços de Ferreira foi batida, estava feito, com justiça o empate. Até ao intervalo, Corona voltou a estar cara-a-cara com Marafona, mas aí o guarda-redes levou a melhor e já perto do fim, mesmo antes do apito de Carlos Xistra, Herrera, chutou a bola para a bancada.
No segundo tempo, com menos dinâmica mas com as mesmas intenções, o FC Porto, continuou a assediar a baliza contrária, mas Marafona estava numa noite para recordar, negou, sempre que lhe foi possível, o golo aos dragões e só foi batido por Miguel Layún, na conversão de uma grande penalidade. O lance ocorreu ao minuto 62, Marco Baixinho, quando se preparava para passar a bola ao seu guarda-redes, fê-lo de forma frouxa, Herrera acreditou e ganhou na dividida com o guarda-redes (subsiste a dúvida na legalidade deste disputa de bola) e quando o mesmo Herrera se preparava para segurar o esférico, Marco Baixinho voltou a errar, pois cometeu uma grande penalidade desnecessária. Na conversão, Marafona ainda adivinhou o lado, mas Layún não deu hipóteses pois a bola foi bem colocada. Até ao fim, brilhou o guarda-redes pacense que negou dois golos feitos, um a Tello e outro a Aboubakar.
Com Londres no horizonte, o FC Porto sofreu, mas venceu de forma justa a equipa do Paços de Ferreira, que mesmo assim, vendeu cara esta derrota.
Vitória na Madeira garante liderança ao Sporting.
Sem poder contar com Slimani, castigado e sem Teo Gutierrez que se encontra lesionado, o Sporting sofreu para vencer o Marítimo e foi Rui Patrício, quem segurou a vitória com 2 intervenções daquelas que valem pontos.
Num jogo sem história, mal jogado e sem dinâmica, o Sporting venceu, sem convencer, os maritimistas, que chegavam a esta partida, mergulhados numa enorme indefinição técnica. Vá se lá perceber o que vai na cabeça do iluminado do presidente do Marítimo, enfim…
Sem o argelino na frente de ataque, o Sporting perde profundidade e acutilância ofensiva, pois Montero não tem essas características e Bryan Ruiz, chamado por Jorge Jesus para jogar ao lado do colombiano, também não é jogador para esses labores. Já o Marítimo, ainda orientado por Ivo Vieira, com Marega na esquerda, a provocar muitos calafrios a Jefferson e com Dyego Souza na frente de ataque, foi sempre uma equipa perigosa e com grande capacidade ofensiva. Nestes primeiros quarenta e cinco minutos, os insulares só não chegaram à vantagem porque Rui Patrício esteve imperial ao desviar um remate do franco-maliano que levava o selo de golo. O Sporting respondeu, sem grande dinâmica nem imaginação, mas foi Salin, guardião dos verde-rubros, que negou a felicidade ao costa-riquenho, Bryan Ruiz.
Sem grandes motivos para recordação, a primeira parte terminou, no arranque da segunda, viu-se maior dinamismo ofensivo dos leões, que tentaram fazer algumas combinações de forma a permitir desequilíbrios defensivos aos ilhéus e foi numa dessas combinações de ataque, que após uma recuperação de bola de João Pereira, surgiu o golo leonino. O lateral entregou na direita em Bryan Ruiz, este combinou de forma perfeita com João Mário, que na área se desfez com grande mestria de um adversário e deixou a bola para Adrien rematar e este, em posição frontal, colocou a bola fora do alcance do guarda-redes do Marítimo, estava feito o 1-0, o resultado final, aos 53 minutos.
Até ao fim, nota de destaque novamente para Rui Patrício, que segurou com duas defesas de grande classe e enorme dificuldade a vitória leonina, ambas as oportunidades protagonizadas por Dyego Souza, mas nas duas vezes, o avançado viu o guarda-redes ser enorme debaixo dos postes.
Sem brilhantismo, longe disso até, o Sporting venceu, novamente pela margem mínima (quinta vitória por 1-0, quarta seguida) o seu jogo e mantem-se firme na liderança da tabela, num mês de grandes decisões.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Vitória folgada do Benfica.
O Benfica recebeu na Luz a Académica no jogo inaugural desta ronda 12 do campeonato. Os números da vitória, claros, 3-0, mas um tanto ou quanto exagerados para aquilo que foi o jogo.
Sabedor que não podia ir a jogo de peito aberto, Filipe Gouveia, treinador dos estudantes, montou uma estratégia de contenção e bloco baixo para reduzir espaços e não permitir penetrações na sua área de rigor. Durante a primeira parte, as dificuldades do Benfica foram enormes e só uma desatenção de Pedro Trigueira, guarda-redes dos estudantes de Coimbra, que cometeu uma grande penalidade sobre Gaitán, tão clara quanto desnecessário, abriu o caminho da baliza. Chamado à conversão do castigo máximo, Jonas, regressado à titularidade, converteu e colocou os bi-campeões na frente. Até este momento, os encarnados tinham passado muito tempo sem conseguir arranjar forma de entrar na área contrária, com Gaitán e Jonas, bem vigiados, as soluções da ataque do Benfica, esbarravam-se quase sempre na falta de soluções, com o golo obtido aos 35 minutos, a Académica foi obrigada a abrir-se mais e na segunda parte, o jogo mudou um pouco o seu caminho.
No segundo tempo, quando a equipa de Coimbra tentava reagir ao golo que havia sofrido na primeira parte, surgiu a segunda grande penalidade da noite, Ofori, tocou a bola com a mão dentro da área e Jonas, novamente chamado à conversão, atirou para o 2-0. Este foi o golo que acalmou a águia e foi também este tento que deitou por terra a reacção academista no jogo.
Já perto do fim, surgiu o momento da noite, o menino Renato Sanches, encheu-se de fé e do meio da rua disparou uma bomba que só parou no fundo da baliza de Pedro Trigueira. O jovem jogador benfiquista selava a vitória e colocava também o seu nome no mural dos mais novos a fazer golo com a camisola encarnada. Um momento para recordar.
Triunfo justo da equipa de Rui Vitória que, após o segundo golo, conseguiu gerir o jogo a pensar já no embate de terça-feira com o Atlético de Madrid, para a Liga dos Campeões, partida que não decide o apuramento mas que decide o primeiro lugar do grupo.
Reviravolta inédita da vitória ao FC Porto.
Pela primeira na era Julen Lopetegui, o FC Porto deu a volta ao marcador e este feito, junta-se o primeiro penalti a favor dos portistas esta época.
Logo aos 7 minutos, o Paços de Ferreira, através do seu goleador de serviço, Bruno Moreira, colocava-se em vantagem no marcador, o Dragão esmoreceu mas não desfaleceu, era tempo de correr atrás de um resultado que lhe permitisse continuar a sua candidatura ao título.
Antes deste golo, Maicon, de regresso à titularidade, já tinha tido oportunidade para ter feito as redes abanar, mas já se sabe que quem não marca arrisca-se a sofrer.
Esta desvantagem, logo no início, obrigou o FC Porto a arregaçar as mangas e os dragões lá partiram para a conquista. Os azuis e brancos, agarrados aos seus princípios de jogo, lá foram construindo oportunidades para bater Marafona, mas o guarda-redes pacense ia-se mostrando intransponível, só quando Brahimi, em cima da meia hora, descobriu Corona, com o mexicano, de forma subtil, mas cheio de classe, a fazer a bola passar por cima do guardião forasteiro, a baliza do Paços de Ferreira foi batida, estava feito, com justiça o empate. Até ao intervalo, Corona voltou a estar cara-a-cara com Marafona, mas aí o guarda-redes levou a melhor e já perto do fim, mesmo antes do apito de Carlos Xistra, Herrera, chutou a bola para a bancada.
No segundo tempo, com menos dinâmica mas com as mesmas intenções, o FC Porto, continuou a assediar a baliza contrária, mas Marafona estava numa noite para recordar, negou, sempre que lhe foi possível, o golo aos dragões e só foi batido por Miguel Layún, na conversão de uma grande penalidade. O lance ocorreu ao minuto 62, Marco Baixinho, quando se preparava para passar a bola ao seu guarda-redes, fê-lo de forma frouxa, Herrera acreditou e ganhou na dividida com o guarda-redes (subsiste a dúvida na legalidade deste disputa de bola) e quando o mesmo Herrera se preparava para segurar o esférico, Marco Baixinho voltou a errar, pois cometeu uma grande penalidade desnecessária. Na conversão, Marafona ainda adivinhou o lado, mas Layún não deu hipóteses pois a bola foi bem colocada. Até ao fim, brilhou o guarda-redes pacense que negou dois golos feitos, um a Tello e outro a Aboubakar.
Com Londres no horizonte, o FC Porto sofreu, mas venceu de forma justa a equipa do Paços de Ferreira, que mesmo assim, vendeu cara esta derrota.
Vitória na Madeira garante liderança ao Sporting.
Sem poder contar com Slimani, castigado e sem Teo Gutierrez que se encontra lesionado, o Sporting sofreu para vencer o Marítimo e foi Rui Patrício, quem segurou a vitória com 2 intervenções daquelas que valem pontos.
Num jogo sem história, mal jogado e sem dinâmica, o Sporting venceu, sem convencer, os maritimistas, que chegavam a esta partida, mergulhados numa enorme indefinição técnica. Vá se lá perceber o que vai na cabeça do iluminado do presidente do Marítimo, enfim…
Sem o argelino na frente de ataque, o Sporting perde profundidade e acutilância ofensiva, pois Montero não tem essas características e Bryan Ruiz, chamado por Jorge Jesus para jogar ao lado do colombiano, também não é jogador para esses labores. Já o Marítimo, ainda orientado por Ivo Vieira, com Marega na esquerda, a provocar muitos calafrios a Jefferson e com Dyego Souza na frente de ataque, foi sempre uma equipa perigosa e com grande capacidade ofensiva. Nestes primeiros quarenta e cinco minutos, os insulares só não chegaram à vantagem porque Rui Patrício esteve imperial ao desviar um remate do franco-maliano que levava o selo de golo. O Sporting respondeu, sem grande dinâmica nem imaginação, mas foi Salin, guardião dos verde-rubros, que negou a felicidade ao costa-riquenho, Bryan Ruiz.
Sem grandes motivos para recordação, a primeira parte terminou, no arranque da segunda, viu-se maior dinamismo ofensivo dos leões, que tentaram fazer algumas combinações de forma a permitir desequilíbrios defensivos aos ilhéus e foi numa dessas combinações de ataque, que após uma recuperação de bola de João Pereira, surgiu o golo leonino. O lateral entregou na direita em Bryan Ruiz, este combinou de forma perfeita com João Mário, que na área se desfez com grande mestria de um adversário e deixou a bola para Adrien rematar e este, em posição frontal, colocou a bola fora do alcance do guarda-redes do Marítimo, estava feito o 1-0, o resultado final, aos 53 minutos.
Até ao fim, nota de destaque novamente para Rui Patrício, que segurou com duas defesas de grande classe e enorme dificuldade a vitória leonina, ambas as oportunidades protagonizadas por Dyego Souza, mas nas duas vezes, o avançado viu o guarda-redes ser enorme debaixo dos postes.
Sem brilhantismo, longe disso até, o Sporting venceu, novamente pela margem mínima (quinta vitória por 1-0, quarta seguida) o seu jogo e mantem-se firme na liderança da tabela, num mês de grandes decisões.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).