Nesta última jornada da primeira volta da Primeira Liga, os da frente venceram todos e de forma bastante expressiva. Os cinco primeiros classificados deram bem conta do recado e com maior ou menor dificuldade, acabaram por somar os 3 pontos. Destaque maior para o Benfica, Porto e Braga que venceram e convenceram fora de portas, os encarnados na Madeira não deram hipóteses ao Marítimo e venceram os insulares por 0-4; o Porto, em Penafiel, num terreno a roçar o impracticável venceu de forma segura por 1-3; o SC Braga deslocou-se até Setúbal, vencendo de forma convincente por expressivos 1-3 e, com esta vitória, deixou a porta de saída escancarada a Domingos Paciência, que já abandonou a comando da turma sadina. Já o Vitória de Guimarães e o Sporting, jogando perante a sua plateia, venceram, respectivamente, a Académica, por 4-0 e o Rio Ave, por 4-2.
O líder Benfica foi até à pérola do Atlântico brindar os madeirenses com 4 golos sem resposta. Recuperada a linha defensiva (Máxi, Luisão, Jardel e Eliseu) que mais garantias dá a Jorge Jesus, nem a madrugadora lesão de Gaitán, o fantasista encarnado, travou a equipa, que começa, como é habitual também nas formações de JJ, a carburar melhor nesta fase da temporada e a demonstrar a classe que vinha faltando nas vitórias. Deve também dizer-se que o Marítimo foi um adversário muito fácil e as águias trucidaram os insulares que apenas viram jogar, sem nunca ameaçarem a supremacia do Benfica. Com golos de Sálvio, Ola John, Jonas e Lima, o emblema da Luz fecha a primeira volta com 6 pontos de avanço sobre o FC Porto e 10 sobre o Sporting, assume-se como favorito à revalidação da prova, sendo que a turma da Luz, eliminada que foi das provas europeias e da Taça de Portugal, foca-se única e exclusivamente, no campeonato e na Taça da Liga.
O FC Porto tinha no Sábado “despachado” o Penafiel no “batatal” em que se transformou o relvado do Estádio 25 de Abril. Num jogo que, pelas condições climatéricas e pelo estado do terreno não podia ser mais ou melhor do que o que foi, os azuis e brancos apontaram dois golos de rajada (beneficiando de fora de jogo de Tello no primeiro e no segundo, Jackson Martinez, está em posição duvidosa) numa altura em que a bola ainda rolava. Os portistas marcaram na melhor fase pois, daqui para a frente, jogar futebol foi uma miragem, o terreno ficou impracticável, com os azuis e brancos a beneficiarem desta vantagem para gerir o jogo a seu belo prazer. Na segunda parte os penafidelenses ainda assustaram e reduziram para a margem mínima, mas depressa os dragões voltaram a repor a diferença e agarraram em definitivo a vitória, Jackson Martinez, fez no lamaçal, uma jogada brilhante, que depois de muita confusão na área do Penafiel, foi finalizada por Oliver Torres. Com esta vitória os dragões não desarmam na perseguição ao Benfica, por seu turno o Penafiel, continua no fundo da tabela, num lugar muito perigoso.
Em Alvalade assistiu-se ao melhor jogo da jornada. Sporting e Rio Ave disputaram uma belíssima partida de futebol, com os vila-condenses a mostrarem o peito e a não se darem por vencidos com facilidade. O Sporting colocou-se na frente do marcador, na transformação de um penálti, no mínimo, muito duvidoso. Prince agarrou Montero e Nuno Almeida, árbitro da partida, considerou motivo para assinalar a pena máxima, seguiram-se cenas pouco dignificantes, com os jogadores rioavistas a interpelarem o árbitro de forma menos própria e este, resolveu a questão com a amostragem de cartões amarelos e a expulsão do director desportivo do Rio Ave; antes deste episódio, Jefferson tinha evitado à boca da sua baliza o golo certo de Tarantini. O tento dos vilacondenses haveria de surgir por intermédio de Del Valle, talvez o melhor em campo, garantindo num rápido contra-ataque o empate, justo, ao intervalo. A segunda parte foi soberba, a reentrada em campo dos leões foi um sufoco, as oportunidades surgiram e os golos também, o 2-1 foi marcado por Montero, que fez falta sobre Nelson Monte, defesa do Rio Ave, que o árbitro não marcou, o 3-1 por João Mário, após excelente cruzamento de Nani, colocava aquilo que se pensava ser o ponto final no jogo ao minuto 67, nada mais errado, passado 1 minuto, o egípcio Hassan, fez o melhor golo da noite, lançou a dúvida nas bancadas e o empate só não surgiu porque Jefferson, estorvou novamente a acção de Tarantini. Perto do fim chegou a confirmação da vitória leonina, o japonês Tanaka, o homem do momento em Alvalade, após uma belíssima jogada de William Carvalho, garantiu a oitava vitória consecutiva dos leões, para tempos de crise, não está nada mal. Bom jogo disputados por duas equipas que queriam ganhar e tudo fizeram para isso, nota muito negativa para o árbitro, Nuno Almeida, sem categoria para apitar um jogo desta dimensão.
Em Guimarães a equipa da casa, que está a fazer um campeonato muito acima do esperado, venceu sem nenhum problema a equipa da Académica de Coimbra. Os estudantes são, provavelmente, uma das formações mais fracas deste campeonato e por isso, a vitória do Vitória, não surpreende nem deixa ninguém espantado, pois a diferença de qualidade individual e colectiva, é gritante. Após uma copiosa derrota na Luz, a turma de Rui Vitória, queria limpar a pálida imagem deixada em Lisboa e venceu de forma convincente os comandados de Paulo Sérgio, uma formação, a dos estudantes, que a continuar assim, vai ter muita dificuldade em se manter na primeira liga.
Com um início muito forte, os vitorianos depressa se adiantaram no marcador e aos 40 minutos tinham a questão arrumada. Ricardo Valente aos 16’, André André aos 35’ e Tomané aos 40’, fizeram o 3-0 com que se chegou ao intervalo e cortaram qualquer ilusão aos de Coimbra que, diga-se, nunca foram capazes de fazer tremer os da casa, por nítida falta de capacidade. A segunda parte foi um passeio para o Vitória e um suplício para os visitantes, o 4-0 surgiu aos 81’ por intermédio de Hernâni, uma das boas surpresas desta primeira metade do campeonato. Vitória tão justa quanto fácil da equipa de Guimarães, que ocupa, nesta altura, o 4º lugar da tabela, com todo o mérito.
Os Gverreiros do Minho viajaram até ao Sado, para de lá trazerem 3 preciosos pontos depois de duas derrotas consecutivas para o campeonato, na Madeira com o Marítimo e em casa com o Sporting e assim, com este resultado, regressarem aos trilhos das vitórias. Esta derrota dos sadinos consumou a destituição de Domingos Paciência no cargo de treinador, o técnico, que foi muito feliz aquando da sua passagem por Braga, deixa o Setúbal com 14 pontos, em 17 jogos alcançou 4 vitórias, 2 empates e 11 derrotas. Entraram melhor os sadinos, adiantando-se no marcador, por intermédio de Zequinha, aos 15’, o SC Braga tentou responder, mas a falta de pontaria e o guarda-redes sadino, Ricardo Baptista, não permitiram que antes do intervalo o empate surgisse e quando o árbitro mandou todo mundo para as cabines, o 1-0, era o resultado. Pairava alguma injustiça no ar face ao resultado porque o Setúbal não tinha sido tão superior ao SC Braga. No arranque da segunda parte e num espaço curto de tempo o SC Braga deu a volta ao marcador; Danilo aos 53’, na marcação exemplar de um livre frontal, devolveu a igualdade ao marcador, passados 4 minutos, 57’, Frederico Venâncio, na própria baliza, consumava a reviravolta, a partir deste momento, o Vitória de Setúbal, uma das formações mais fracas desta primeira liga, nunca mais se encontrou, o Braga comandou a seu belo prazer e praticamente na última jogada do desafio, Zé Luís, após um contra-ataque bem conduzido por Salvador Agra, fechou a contagem e selou o quinto lugar dos arsenalistas no final da primeira volta.
No fundo da tabela, equipas como Boavista, Arouca, Setúbal, Académica, Penafiel e Gil Vicente, se não houverem alterações significativas de qualidade de jogo, serão, à partida, os emblemas que vão disputar a árdua luta de fugir à despromoção, convém neste caso dizer, que o Boavista, ao contrário do que era inicialmente apontado, está a fazer um campeonato bastante surpreendente.
Num patamar excelente, temos que destacar a formação do Moreirense, que está a fazer um campeonato muito conseguido, sendo, a par do Belenenses, uma das boas surpresas da prova, formações que por esta altura já quase que garantiram a manutenção, obejctivo traçado no início do campeonato e que fruto da competência de ambos os treinadores, Miguel Leal (Moreirense) e Lito (Belenenses) estarão, ao que tudo indica, a salvo de aflições quando a prova chegar ao fim.
No próximo fim-de-semana arranca a segunda volta, deseja-se que a qualidade das equipas suba e possamos ter um campeonato emocionante até ao fim.
Daniel Lourenço
Texto redigido com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto-Lei 35.228/45)
O líder Benfica foi até à pérola do Atlântico brindar os madeirenses com 4 golos sem resposta. Recuperada a linha defensiva (Máxi, Luisão, Jardel e Eliseu) que mais garantias dá a Jorge Jesus, nem a madrugadora lesão de Gaitán, o fantasista encarnado, travou a equipa, que começa, como é habitual também nas formações de JJ, a carburar melhor nesta fase da temporada e a demonstrar a classe que vinha faltando nas vitórias. Deve também dizer-se que o Marítimo foi um adversário muito fácil e as águias trucidaram os insulares que apenas viram jogar, sem nunca ameaçarem a supremacia do Benfica. Com golos de Sálvio, Ola John, Jonas e Lima, o emblema da Luz fecha a primeira volta com 6 pontos de avanço sobre o FC Porto e 10 sobre o Sporting, assume-se como favorito à revalidação da prova, sendo que a turma da Luz, eliminada que foi das provas europeias e da Taça de Portugal, foca-se única e exclusivamente, no campeonato e na Taça da Liga.
O FC Porto tinha no Sábado “despachado” o Penafiel no “batatal” em que se transformou o relvado do Estádio 25 de Abril. Num jogo que, pelas condições climatéricas e pelo estado do terreno não podia ser mais ou melhor do que o que foi, os azuis e brancos apontaram dois golos de rajada (beneficiando de fora de jogo de Tello no primeiro e no segundo, Jackson Martinez, está em posição duvidosa) numa altura em que a bola ainda rolava. Os portistas marcaram na melhor fase pois, daqui para a frente, jogar futebol foi uma miragem, o terreno ficou impracticável, com os azuis e brancos a beneficiarem desta vantagem para gerir o jogo a seu belo prazer. Na segunda parte os penafidelenses ainda assustaram e reduziram para a margem mínima, mas depressa os dragões voltaram a repor a diferença e agarraram em definitivo a vitória, Jackson Martinez, fez no lamaçal, uma jogada brilhante, que depois de muita confusão na área do Penafiel, foi finalizada por Oliver Torres. Com esta vitória os dragões não desarmam na perseguição ao Benfica, por seu turno o Penafiel, continua no fundo da tabela, num lugar muito perigoso.
Em Alvalade assistiu-se ao melhor jogo da jornada. Sporting e Rio Ave disputaram uma belíssima partida de futebol, com os vila-condenses a mostrarem o peito e a não se darem por vencidos com facilidade. O Sporting colocou-se na frente do marcador, na transformação de um penálti, no mínimo, muito duvidoso. Prince agarrou Montero e Nuno Almeida, árbitro da partida, considerou motivo para assinalar a pena máxima, seguiram-se cenas pouco dignificantes, com os jogadores rioavistas a interpelarem o árbitro de forma menos própria e este, resolveu a questão com a amostragem de cartões amarelos e a expulsão do director desportivo do Rio Ave; antes deste episódio, Jefferson tinha evitado à boca da sua baliza o golo certo de Tarantini. O tento dos vilacondenses haveria de surgir por intermédio de Del Valle, talvez o melhor em campo, garantindo num rápido contra-ataque o empate, justo, ao intervalo. A segunda parte foi soberba, a reentrada em campo dos leões foi um sufoco, as oportunidades surgiram e os golos também, o 2-1 foi marcado por Montero, que fez falta sobre Nelson Monte, defesa do Rio Ave, que o árbitro não marcou, o 3-1 por João Mário, após excelente cruzamento de Nani, colocava aquilo que se pensava ser o ponto final no jogo ao minuto 67, nada mais errado, passado 1 minuto, o egípcio Hassan, fez o melhor golo da noite, lançou a dúvida nas bancadas e o empate só não surgiu porque Jefferson, estorvou novamente a acção de Tarantini. Perto do fim chegou a confirmação da vitória leonina, o japonês Tanaka, o homem do momento em Alvalade, após uma belíssima jogada de William Carvalho, garantiu a oitava vitória consecutiva dos leões, para tempos de crise, não está nada mal. Bom jogo disputados por duas equipas que queriam ganhar e tudo fizeram para isso, nota muito negativa para o árbitro, Nuno Almeida, sem categoria para apitar um jogo desta dimensão.
Em Guimarães a equipa da casa, que está a fazer um campeonato muito acima do esperado, venceu sem nenhum problema a equipa da Académica de Coimbra. Os estudantes são, provavelmente, uma das formações mais fracas deste campeonato e por isso, a vitória do Vitória, não surpreende nem deixa ninguém espantado, pois a diferença de qualidade individual e colectiva, é gritante. Após uma copiosa derrota na Luz, a turma de Rui Vitória, queria limpar a pálida imagem deixada em Lisboa e venceu de forma convincente os comandados de Paulo Sérgio, uma formação, a dos estudantes, que a continuar assim, vai ter muita dificuldade em se manter na primeira liga.
Com um início muito forte, os vitorianos depressa se adiantaram no marcador e aos 40 minutos tinham a questão arrumada. Ricardo Valente aos 16’, André André aos 35’ e Tomané aos 40’, fizeram o 3-0 com que se chegou ao intervalo e cortaram qualquer ilusão aos de Coimbra que, diga-se, nunca foram capazes de fazer tremer os da casa, por nítida falta de capacidade. A segunda parte foi um passeio para o Vitória e um suplício para os visitantes, o 4-0 surgiu aos 81’ por intermédio de Hernâni, uma das boas surpresas desta primeira metade do campeonato. Vitória tão justa quanto fácil da equipa de Guimarães, que ocupa, nesta altura, o 4º lugar da tabela, com todo o mérito.
Os Gverreiros do Minho viajaram até ao Sado, para de lá trazerem 3 preciosos pontos depois de duas derrotas consecutivas para o campeonato, na Madeira com o Marítimo e em casa com o Sporting e assim, com este resultado, regressarem aos trilhos das vitórias. Esta derrota dos sadinos consumou a destituição de Domingos Paciência no cargo de treinador, o técnico, que foi muito feliz aquando da sua passagem por Braga, deixa o Setúbal com 14 pontos, em 17 jogos alcançou 4 vitórias, 2 empates e 11 derrotas. Entraram melhor os sadinos, adiantando-se no marcador, por intermédio de Zequinha, aos 15’, o SC Braga tentou responder, mas a falta de pontaria e o guarda-redes sadino, Ricardo Baptista, não permitiram que antes do intervalo o empate surgisse e quando o árbitro mandou todo mundo para as cabines, o 1-0, era o resultado. Pairava alguma injustiça no ar face ao resultado porque o Setúbal não tinha sido tão superior ao SC Braga. No arranque da segunda parte e num espaço curto de tempo o SC Braga deu a volta ao marcador; Danilo aos 53’, na marcação exemplar de um livre frontal, devolveu a igualdade ao marcador, passados 4 minutos, 57’, Frederico Venâncio, na própria baliza, consumava a reviravolta, a partir deste momento, o Vitória de Setúbal, uma das formações mais fracas desta primeira liga, nunca mais se encontrou, o Braga comandou a seu belo prazer e praticamente na última jogada do desafio, Zé Luís, após um contra-ataque bem conduzido por Salvador Agra, fechou a contagem e selou o quinto lugar dos arsenalistas no final da primeira volta.
No fundo da tabela, equipas como Boavista, Arouca, Setúbal, Académica, Penafiel e Gil Vicente, se não houverem alterações significativas de qualidade de jogo, serão, à partida, os emblemas que vão disputar a árdua luta de fugir à despromoção, convém neste caso dizer, que o Boavista, ao contrário do que era inicialmente apontado, está a fazer um campeonato bastante surpreendente.
Num patamar excelente, temos que destacar a formação do Moreirense, que está a fazer um campeonato muito conseguido, sendo, a par do Belenenses, uma das boas surpresas da prova, formações que por esta altura já quase que garantiram a manutenção, obejctivo traçado no início do campeonato e que fruto da competência de ambos os treinadores, Miguel Leal (Moreirense) e Lito (Belenenses) estarão, ao que tudo indica, a salvo de aflições quando a prova chegar ao fim.
No próximo fim-de-semana arranca a segunda volta, deseja-se que a qualidade das equipas suba e possamos ter um campeonato emocionante até ao fim.
Daniel Lourenço
Texto redigido com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto-Lei 35.228/45)