Não sei de quem é a citação, mas serve de introito ao assunto, sobre o qual hoje resolvi escrever. A frase é mais ou menos assim: “sou adepto do ciclismo, pois é um desporto que não precisa de árbitros”. São palavras de quem não confia naqueles que têm por missão ajuizar, com equidade, os desafios de futebol. É realmente preocupante, os erros de arbitragem que são cometidos nesses mesmos jogos. E é preocupante porque, na maioria das vezes, eles têm influência no resultado final.
Dirão uns, o erro faz parte do futebol. Sem ele, não haveriam discussões, e o futebol não teria, juntamente com os golos e outras incidências, a paixão que nos motiva em cada jogo. Mas há um limite para esse mesmo erro. A começar quando ele é grosseiro, ou então cometido sempre contra a mesma equipa.
Esta época, já foram cometidos erros que nos levam a pensar se, na cabeça de quem os cometeu, não existia nenhuma intencionalidade. Vamos a alguns exemplos: jogo entre Benfica e Rio Ave, no Estádio da Luz. Foi anulada uma jogada ao ataque do Rio Ave, que deu golo, com o árbitro assistente, colocado 3 ou 4 metros atrás da linha que decide o fora de jogo. Mais tarde veio a verificar-se que foi bem anulada. Mas a dúvida é esta: se não podia assinalar com clareza, porque o fez? E porque não beneficiou quem ataca, que é o que dizem as normas.
No jogo Belenenses-Sporting, para a Taça da Liga, numa jogada de ataque do Belenenses, Camara, derruba Rabia do Sporting, ficando assim isolado para marcar. Como se pode medir a intencionalidade do jogador azul? E sem esse toque, será que faria golo?. No mesmo jogo, foi assinalada uma grande penalidade a Rabia, num lance em que a bola lhe bate no peito e depois ressalta para o braço. Como é que o árbitro ajuiza da intencionalidade do jogador dar mão?
Para a mesma Taça da Liga, no jogo entre o Braga e o Porto, o árbitro assinala, mal, uma grande penalidade, contra o Braga. Depois em lance idêntico, marca penalti contra o Porto. Estou em crer que o árbitro, se equivocou no primeiro penalti e como compensação, assinalou o segundo. Chama-se a isto compensar um erro, com outro. De nada serviu ao árbitro ter ajuizado bem nas expulsões, pois que, os erros nos penaltis, levou a que os responsáveis das duas equipas, o crucificassem pela sua actuação. Claro que os erros de arbitragem existem em todos os países, só que, no nosso, a suspeição é muito forte e por isso as actuações dos árbitros são sempre vistas com desconfiança. Este é um tema que daria para gastar rios de tinta, mas hoje, fico-me por aqui.
Este texto de opinião foi escrito por José Manuel Torres, natural de Barcelos, aposentado da função pública, desempenhou funções de fiscalização no município barcelense. Foi também jogador do emblema do galo durante 11 épocas, jogando depois disso uma época no Vianense SC e outra no Desportivo da Aves. Como treinador exerceu funções durante 15 época na formação do Gil Vicente, treinou durante um ano o Desportivo de Monção, esteve uma época no Santa Maria e outra no Fragoso. Actualmente é comentador residente na rádio Barcelos onde acompanha o dia-a-dia do Gil Vicente.
Dirão uns, o erro faz parte do futebol. Sem ele, não haveriam discussões, e o futebol não teria, juntamente com os golos e outras incidências, a paixão que nos motiva em cada jogo. Mas há um limite para esse mesmo erro. A começar quando ele é grosseiro, ou então cometido sempre contra a mesma equipa.
Esta época, já foram cometidos erros que nos levam a pensar se, na cabeça de quem os cometeu, não existia nenhuma intencionalidade. Vamos a alguns exemplos: jogo entre Benfica e Rio Ave, no Estádio da Luz. Foi anulada uma jogada ao ataque do Rio Ave, que deu golo, com o árbitro assistente, colocado 3 ou 4 metros atrás da linha que decide o fora de jogo. Mais tarde veio a verificar-se que foi bem anulada. Mas a dúvida é esta: se não podia assinalar com clareza, porque o fez? E porque não beneficiou quem ataca, que é o que dizem as normas.
No jogo Belenenses-Sporting, para a Taça da Liga, numa jogada de ataque do Belenenses, Camara, derruba Rabia do Sporting, ficando assim isolado para marcar. Como se pode medir a intencionalidade do jogador azul? E sem esse toque, será que faria golo?. No mesmo jogo, foi assinalada uma grande penalidade a Rabia, num lance em que a bola lhe bate no peito e depois ressalta para o braço. Como é que o árbitro ajuiza da intencionalidade do jogador dar mão?
Para a mesma Taça da Liga, no jogo entre o Braga e o Porto, o árbitro assinala, mal, uma grande penalidade, contra o Braga. Depois em lance idêntico, marca penalti contra o Porto. Estou em crer que o árbitro, se equivocou no primeiro penalti e como compensação, assinalou o segundo. Chama-se a isto compensar um erro, com outro. De nada serviu ao árbitro ter ajuizado bem nas expulsões, pois que, os erros nos penaltis, levou a que os responsáveis das duas equipas, o crucificassem pela sua actuação. Claro que os erros de arbitragem existem em todos os países, só que, no nosso, a suspeição é muito forte e por isso as actuações dos árbitros são sempre vistas com desconfiança. Este é um tema que daria para gastar rios de tinta, mas hoje, fico-me por aqui.
Este texto de opinião foi escrito por José Manuel Torres, natural de Barcelos, aposentado da função pública, desempenhou funções de fiscalização no município barcelense. Foi também jogador do emblema do galo durante 11 épocas, jogando depois disso uma época no Vianense SC e outra no Desportivo da Aves. Como treinador exerceu funções durante 15 época na formação do Gil Vicente, treinou durante um ano o Desportivo de Monção, esteve uma época no Santa Maria e outra no Fragoso. Actualmente é comentador residente na rádio Barcelos onde acompanha o dia-a-dia do Gil Vicente.