Na noite fria de Penafiel, após as vitórias de FC Porto, Sporting e Vitória de Guimarães, o Benfica, líder isolado da Primeira Liga, venceu e assim anulou a temporária aproximação dos rivais acima referidos.
Não sendo um jogo fácil, para o actual campeão nacional, o mesmo ficou mais acessível após a expulsão, desnecessária, de Tony, lateral direito da equipa penafidelense.
Como era de prever, os encarnados entraram mais fortes no jogo, Jorge Jesus, obrigado a mexer na equipa devido às ausências por lesão, castigo e também pela venda de Enzo Pérez (que à hora do jogo já se havia estreado pelo Valência CF) apostou para o miolo em Talisca e Cristante e surpreendeu, ao conceder a titularidade no eixo central, ao lado de Jardel, ao argentino, Lisandro López. Foi notória alguma falta de coordenação na dupla do meio campo, já na defesa, compactos como se jogassem juntos desde sempre. O miolo, por vezes, ficou exposto e à mercê dos homens da equipa da casa, mas com o tempo, tanto um como outro, conseguiram uma melhor coordenação e uma melhor protecção da linha recuada e combinação com o ataque. Rui Quinta, treinador do Penafiel, também teve que fazer alterações no seu onze inicial, a começar pela baliza, Haguigui, que está com o Irão na Taça Asiática, cedeu o lugar a Coelho, Pedro Ribeiro, no eixo central também não era opção, o que obrigou o técnico da casa a refazer a dupla de centrais, bem como alterar o seu miolo, Ferreira recuou e para a titularidade saltou, após castigo, Rafa Silva. Na esquerda também houve mexidas, Quiñones, entrou de início e Vitor Bruno recuou para a lateral, esta alteração visava parar as constantes incursões atacantes de Máxi Pereira, ultimamente o jogador com maior rotação dos encarnados.
Só que o primeiro tento encarnado surgiu pelo outro lado, Lima descaiu para a esquerda do seu ataque, recebeu de Gaitán e ofereceu o golo a Talisca, que após algum tempo de jejum, voltava a facturar. Estava feito golo e o resultado ao intervalo.
Na segunda parte o Penafiel entrou com o claro objectivo de pressionar o Benfica na sua zona mais defensiva. Neste segundo tempo, Rui Quinta, foi forçado a nova alteração, Quiñones, lesionado, cedeu o lugar a Mbala, e foi este jogador que ganhou uma falta lateral logo ao minuto 49, João Martins bateu para a área e Rabiola até conseguiu marcar, só que Paulo Baptista, árbitro da contenda, anulou e bem, o golo aos da casa. Daqui para a frente o Benfica segurou-se ainda mais e após a expulsão, desnecessária de Tony, a estratégia penafidelense caiu por terra, se difícil estava, impossível ficou. Os encarnados sentiram que este momento era fulcral e agarraram em definitivo as rédeas do jogo, daqui para a frente começaram a surgir mais espaços, que as águias aproveitaram para desfazer as dúvidas e dar ao resultado um volume maior, com Jonas a fazer mais um golo, numa demonstração clara das valias e do faro goleador deste internacional brasileiro e Jardel, que vestiu a pele de patrão da defesa, a marcar o 0-3 com o qual se fechariam as contas desta partida.
Notando-se algum desacerto no meio campo, onde Talisca e Cristante surgiram juntos pela primeira vez no campeonato, os dois, com o passar dos minutos, melhoraram a performance e é notório que as rotinas irão fazer o resto, ambos deram boas indicações para o futuro. Sendo certo que a vitória do Benfica nunca esteve em causa, tirando os escassos minutos iniciais da segunda parte, com o Penafiel, nessa altura, a perturbar mais do que o habitual o ninho da águia, que teve no sector defensivo muita solidez, com Jardel a desempenhar na perfeição o papel de líder e a coroar a excelente exibição com um golo quase ao cair do pano, tanto o Penafiel como o Benfica não brindaram os adeptos com um bom espectáculo e o frio não ajudou em nada à festa, mas a vitória encarnada não sofre nenhuma contestação. Nota de destaque para a estreia de Gonçalo Guedes, que fez uma breve aparição na partida, como que a dar crédito às palavras de Luís Filipe Vieira, que em recentes entrevistas, apontou a formação como sendo o caminho para o futuro.
Já aqui se disse, e não querendo tornar-nos repetitivos no discurso, que o Benfica é, por estes dias, uma equipa que deixou de lado a beleza, olha de forma cínica para os jogos, querendo única e exclusivamente, conquistar os 3 pontos. Todos, adeptos e presidente incluídos, já perceberam que a habitual nota artística, tão característica nas equipas de Jorge Jesus, esta temporada, vai ficar na gaveta, o que importa é mesmo vencer, jogar bem, no Benfica desta época, não é o principal adjectivo.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Não sendo um jogo fácil, para o actual campeão nacional, o mesmo ficou mais acessível após a expulsão, desnecessária, de Tony, lateral direito da equipa penafidelense.
Como era de prever, os encarnados entraram mais fortes no jogo, Jorge Jesus, obrigado a mexer na equipa devido às ausências por lesão, castigo e também pela venda de Enzo Pérez (que à hora do jogo já se havia estreado pelo Valência CF) apostou para o miolo em Talisca e Cristante e surpreendeu, ao conceder a titularidade no eixo central, ao lado de Jardel, ao argentino, Lisandro López. Foi notória alguma falta de coordenação na dupla do meio campo, já na defesa, compactos como se jogassem juntos desde sempre. O miolo, por vezes, ficou exposto e à mercê dos homens da equipa da casa, mas com o tempo, tanto um como outro, conseguiram uma melhor coordenação e uma melhor protecção da linha recuada e combinação com o ataque. Rui Quinta, treinador do Penafiel, também teve que fazer alterações no seu onze inicial, a começar pela baliza, Haguigui, que está com o Irão na Taça Asiática, cedeu o lugar a Coelho, Pedro Ribeiro, no eixo central também não era opção, o que obrigou o técnico da casa a refazer a dupla de centrais, bem como alterar o seu miolo, Ferreira recuou e para a titularidade saltou, após castigo, Rafa Silva. Na esquerda também houve mexidas, Quiñones, entrou de início e Vitor Bruno recuou para a lateral, esta alteração visava parar as constantes incursões atacantes de Máxi Pereira, ultimamente o jogador com maior rotação dos encarnados.
Só que o primeiro tento encarnado surgiu pelo outro lado, Lima descaiu para a esquerda do seu ataque, recebeu de Gaitán e ofereceu o golo a Talisca, que após algum tempo de jejum, voltava a facturar. Estava feito golo e o resultado ao intervalo.
Na segunda parte o Penafiel entrou com o claro objectivo de pressionar o Benfica na sua zona mais defensiva. Neste segundo tempo, Rui Quinta, foi forçado a nova alteração, Quiñones, lesionado, cedeu o lugar a Mbala, e foi este jogador que ganhou uma falta lateral logo ao minuto 49, João Martins bateu para a área e Rabiola até conseguiu marcar, só que Paulo Baptista, árbitro da contenda, anulou e bem, o golo aos da casa. Daqui para a frente o Benfica segurou-se ainda mais e após a expulsão, desnecessária de Tony, a estratégia penafidelense caiu por terra, se difícil estava, impossível ficou. Os encarnados sentiram que este momento era fulcral e agarraram em definitivo as rédeas do jogo, daqui para a frente começaram a surgir mais espaços, que as águias aproveitaram para desfazer as dúvidas e dar ao resultado um volume maior, com Jonas a fazer mais um golo, numa demonstração clara das valias e do faro goleador deste internacional brasileiro e Jardel, que vestiu a pele de patrão da defesa, a marcar o 0-3 com o qual se fechariam as contas desta partida.
Notando-se algum desacerto no meio campo, onde Talisca e Cristante surgiram juntos pela primeira vez no campeonato, os dois, com o passar dos minutos, melhoraram a performance e é notório que as rotinas irão fazer o resto, ambos deram boas indicações para o futuro. Sendo certo que a vitória do Benfica nunca esteve em causa, tirando os escassos minutos iniciais da segunda parte, com o Penafiel, nessa altura, a perturbar mais do que o habitual o ninho da águia, que teve no sector defensivo muita solidez, com Jardel a desempenhar na perfeição o papel de líder e a coroar a excelente exibição com um golo quase ao cair do pano, tanto o Penafiel como o Benfica não brindaram os adeptos com um bom espectáculo e o frio não ajudou em nada à festa, mas a vitória encarnada não sofre nenhuma contestação. Nota de destaque para a estreia de Gonçalo Guedes, que fez uma breve aparição na partida, como que a dar crédito às palavras de Luís Filipe Vieira, que em recentes entrevistas, apontou a formação como sendo o caminho para o futuro.
Já aqui se disse, e não querendo tornar-nos repetitivos no discurso, que o Benfica é, por estes dias, uma equipa que deixou de lado a beleza, olha de forma cínica para os jogos, querendo única e exclusivamente, conquistar os 3 pontos. Todos, adeptos e presidente incluídos, já perceberam que a habitual nota artística, tão característica nas equipas de Jorge Jesus, esta temporada, vai ficar na gaveta, o que importa é mesmo vencer, jogar bem, no Benfica desta época, não é o principal adjectivo.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)