A vitória do FC Porto sobre o Gil Vicente (2-0) adiou, pelo menos durante mais uma semana, os festejos do título, embora o Benfica tenha vencido o Penafiel por concludente 4-0, com este resultado os durienses foram relegados para a Segunda Liga (uma breve passagem pela Liga NOS) o Benfica precisava, para festejar neste fim-de-semana a conquista do bi-campeonato, que o FC Porto não ganhasse o duelo com os minhotos, mas Jackson Martinez não estava para aí virado e os foguetes encarnados ainda continuam guardados, mas o rastilho já está a ferver.
No sábado o Benfica "despachou" a equipa de Carlos Brito com uma facilidade tal, que o facto de este Penafiel ter carimbado a guia de marcha para a Segunda Liga não espanta, definitivamente os penafidelenses foram a equipa que pior futebol demonstrou esta época. Embalado pela enorme moldura humana crente que o bi-campeonato será uma realidade mais cedo ou mais tarde, o Benfica venceu o seu oponente com um bis de Lima, um golo de Jonas e outro de Pizzi. A formação de Jorge Jesus foi competente o suficiente para não dar nenhuma veleidade, nem permitir que o adversário fizesse algum tipo de gracinha, é certo que o Penafiel até entrou bem no jogo, mas foi Sol de pouca dura porque a eficácia encarnada (nos dois primeiros remates fez dois golos) deitou por terra qualquer assomo dos homens do norte, por isso, o avolumar do resultado, não foi nenhuma surpresa. O Benfica passeou pelo relvado, cedo resolveu a contenda, manteve a sua baliza inviolada e geriu o ritmo a seu belo prazer. O único senão deste jogo foi o quinto amarelo mostrado a Samaris, que impedirá o grego de jogar aquele que pode muito bem ser o jogo do título.
Este resultado do Benfica, além de permitir o comando firme da Liga, obrigava o FC Porto a não ceder pontos para não deixar as águias festejar já a conquista e continuar acalentar, com uma chama cada vez mais fraca, o sonho de vitória no campeonato, contudo, diga-se, os encarnados estão bem e com os índices motivacionais ao rubro pelo que a vitória no campeonato não deve fugir.
Com este desígnio nas mãos, o FC Porto recebeu e venceu, com mais dificuldades que as esperadas, o Gil Vicente, que continua a depender apenas de si para salvar a despromoção, embora o cenário não se avizinha nada fácil.
Jackson Martinez quer sagrar-se melhor artilheiro da temporada e não fez a coisa por menos, respondeu com um bis à aproximação de Jonas e Lima no topo dos melhores goleadores, o segundo tento, uma obra-prima do Chá Chá Chá, que demonstra a cada momento, a sua inegável valia. Não sendo este um grande jogo, o FC Porto venceu como lhe competia, numa partida chata e aborrecida, pois começa a notar-se nos jogadores azuis e brancos, a natural descrença que a tabela classificativa vai acentuando, quando apenas faltam jogar duas jornadas. Os dragões até entraram bem e marcaram cedo, Cadú cometeu falta sobre Jackson e o árbitro da partida assinalou grande penalidade, na conversão Quaresma permitiu a defesa de Adriano, mas na continuação da jogada, o Mustang colocou a bola na cabeça do colombiano e este, com classe, abriu o activo e fez o Porto baixar o ritmo, de tal forma que o jogo foi um incrível sossego. Emoção, só a quatro minutos do fim, quando Jackson Martinez fez de bicicleta um grande golo, que fechou o jogo com chave de ouro. Resta ao Porto, após esta vitória, que lhe garante o segundo lugar, fruto do empate leonino, continuar acreditar que é possível ser feliz.
Depois do jogo, Julen Lopetegui (não me quero enganar no nome não vá ele virar-se também contra mim), que viu no decorrer da partida, os adeptos na bancada pedirem que o ADN portista retornasse ao Dragão, e por sentir que vai acabar a época sem títulos, decidiu, estranhamente, atirar-se a Jorge Jesus, chegando a dizer que perdera o respeito pelo treinador encarnado. Que o amor entre os dois não existia, ninguém tem dúvidas, agora tanto azedume, também não se esperava. O treinador basco, que afirmou que Jorge Jesus fala de tudo e opina de tudo porque tem um manto protector, dá a entender que é um mal perdedor e este ataque, um tanto ao quanto despropositado, não é nada mais nada menos que um fraco sinónimo de impotência pelo sucesso que se avizinha no adversário e ele, Lopetegui, que na sexta-feira se escusou a fazer o balanço da época, com este discurso, começa a querer justificar o colossal investimento da SAD portista nesta época sem nenhum retorno. Do treinador basco do FC Porto, não se esperam lições de moral, espera-se apenas que saiba conduzir o Porto aos objectivos que a estrutura lhe propôs e que esta época estão muito distante e espera-se ao menos, que não estando em casa, saiba respeitar o país que (bem) o acolheu, porque estas afirmações além de serem uma ofensa a Jorge Jesus e ao próprio Benfica, são-no também ao país, e não é um qualquer espanhol que nos vêm dar lições de moral.
Alheio a isto tudo, o Sporting deslocou-se até à Amoreira para defrontar um dos seus mais recentes pesadelos, o Estoril Praia. Saiu de lá com um empate porque, diga-se a bem da verdade, o Estoril não quis mais do que isso e os jogadores leoninos já só pensam no Jamor e sem mais objectivos no campeonato, pedir a esta malta que se mate às 17H de um Domingo debaixo de um calor abrasador, convenhamos que não é tarefa fácil nem para o "Special One D'Amoreira", Marco Silva, foi assim que o treinador leonino foi recebido e saudado numa casa que foi a sua nos últimos anos. Bonito gesto dos adeptos canarinhos que brindaram o técnico leonino com gratidão e carinho. Coisa rara hoje em dia.
O jogo foi jogado a velocidade cruzeiro, tantos canarinhos como leões não brindaram os adeptos com um bom jogo. A iniciativa foi sempre verde e branca mas o Estoril aproveitou o balanceamento leonino para a frente, para num rápido contra-ataque fazer o golo inaugural por intermédio de Seba, se até aqui o jogo só tinha um sentido, daqui para a frente intensificou-se esse pendor leonino mas os resultados práticos só viriam a dar frutos na segunda parte, quando após uma livre lateral, o central Ewerton, que tem o desejo de ficar em Alvalade, fez o golo do empate, este tento, revigorou o Sporting e na jogada a seguir, Montero rematou para Kieszek brilhar, nos entretantos já Tanaka tinha ido a jogo e na primeira vez que tocou na bola o japonês fez o guardião do Estoril brilhar com uma defesa assombrosa a negar aquilo que parecia um golo certo. Até ao final o Sporting tentou marcar o golo da vitória e o Estoril defendeu com unhas e dentes o empate. Ficou também comprovado que não vai ser fácil, até ao jogo da final no Jamor, ver o Sporting, que está numa posição tranquila e da qual não sairá, jogar mais do que aquilo que tem vindo a jogar.
Contas feitas...
...na jornada que carimbou a descida de divisão do Penafiel, o Setúbal e o Gil Vicente complicaram ainda mais a sua vida com as derrotas averbadas, se a do Gil Vicente era expectável e constava do cardápio, a dos sadinos, em Moreira de Cónegos, não sendo de admirar é surpreendente pelos números e pela necessidade de pontos, pois caso tivessem vencido, os sadinos teriam ficado quase a salvo, por isso, a duas jornadas do fim da prova, falta decidir a outra equipa que irá acompanhar os durienses, aos sadinos e aos galos de Barcelos há que juntar, nesta luta, o Arouca e a Académica, pois também estas equipas não estão a salvo da descida, mas tem tudo a seu favor para não vacilarem.
Também a luta pelo acesso à Liga Europa está ao rubro, cinco equipas lutam por um lugar: Paços de Ferreira, Belenenses, Rio Ave, Marítimo e Nacional, com estas duas formações, as da ilha Madeira, a terem a vida mais complicada, mas até ao fim do campeonato a luta será enorme.
O próximo domingo pode ser decisivo em várias frentes, toda a jornada 33 vai ser jogada dia 17 às 18H, o grande destaque vai para os jogos em Guimarães e no Restelo. Em caso de vitória do Benfica na cidade Berço, os encarnados sagrar-se-ão campeões nacionais, ou então, caso o Porto não vença na deslocação ao Restelo, os encarnados, empatando, também poderão festejar. Por isso, a próxima jornada promete e aguardam-se emoções ao rubro no topo, no meio e no fundo da tabela.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
No sábado o Benfica "despachou" a equipa de Carlos Brito com uma facilidade tal, que o facto de este Penafiel ter carimbado a guia de marcha para a Segunda Liga não espanta, definitivamente os penafidelenses foram a equipa que pior futebol demonstrou esta época. Embalado pela enorme moldura humana crente que o bi-campeonato será uma realidade mais cedo ou mais tarde, o Benfica venceu o seu oponente com um bis de Lima, um golo de Jonas e outro de Pizzi. A formação de Jorge Jesus foi competente o suficiente para não dar nenhuma veleidade, nem permitir que o adversário fizesse algum tipo de gracinha, é certo que o Penafiel até entrou bem no jogo, mas foi Sol de pouca dura porque a eficácia encarnada (nos dois primeiros remates fez dois golos) deitou por terra qualquer assomo dos homens do norte, por isso, o avolumar do resultado, não foi nenhuma surpresa. O Benfica passeou pelo relvado, cedo resolveu a contenda, manteve a sua baliza inviolada e geriu o ritmo a seu belo prazer. O único senão deste jogo foi o quinto amarelo mostrado a Samaris, que impedirá o grego de jogar aquele que pode muito bem ser o jogo do título.
Este resultado do Benfica, além de permitir o comando firme da Liga, obrigava o FC Porto a não ceder pontos para não deixar as águias festejar já a conquista e continuar acalentar, com uma chama cada vez mais fraca, o sonho de vitória no campeonato, contudo, diga-se, os encarnados estão bem e com os índices motivacionais ao rubro pelo que a vitória no campeonato não deve fugir.
Com este desígnio nas mãos, o FC Porto recebeu e venceu, com mais dificuldades que as esperadas, o Gil Vicente, que continua a depender apenas de si para salvar a despromoção, embora o cenário não se avizinha nada fácil.
Jackson Martinez quer sagrar-se melhor artilheiro da temporada e não fez a coisa por menos, respondeu com um bis à aproximação de Jonas e Lima no topo dos melhores goleadores, o segundo tento, uma obra-prima do Chá Chá Chá, que demonstra a cada momento, a sua inegável valia. Não sendo este um grande jogo, o FC Porto venceu como lhe competia, numa partida chata e aborrecida, pois começa a notar-se nos jogadores azuis e brancos, a natural descrença que a tabela classificativa vai acentuando, quando apenas faltam jogar duas jornadas. Os dragões até entraram bem e marcaram cedo, Cadú cometeu falta sobre Jackson e o árbitro da partida assinalou grande penalidade, na conversão Quaresma permitiu a defesa de Adriano, mas na continuação da jogada, o Mustang colocou a bola na cabeça do colombiano e este, com classe, abriu o activo e fez o Porto baixar o ritmo, de tal forma que o jogo foi um incrível sossego. Emoção, só a quatro minutos do fim, quando Jackson Martinez fez de bicicleta um grande golo, que fechou o jogo com chave de ouro. Resta ao Porto, após esta vitória, que lhe garante o segundo lugar, fruto do empate leonino, continuar acreditar que é possível ser feliz.
Depois do jogo, Julen Lopetegui (não me quero enganar no nome não vá ele virar-se também contra mim), que viu no decorrer da partida, os adeptos na bancada pedirem que o ADN portista retornasse ao Dragão, e por sentir que vai acabar a época sem títulos, decidiu, estranhamente, atirar-se a Jorge Jesus, chegando a dizer que perdera o respeito pelo treinador encarnado. Que o amor entre os dois não existia, ninguém tem dúvidas, agora tanto azedume, também não se esperava. O treinador basco, que afirmou que Jorge Jesus fala de tudo e opina de tudo porque tem um manto protector, dá a entender que é um mal perdedor e este ataque, um tanto ao quanto despropositado, não é nada mais nada menos que um fraco sinónimo de impotência pelo sucesso que se avizinha no adversário e ele, Lopetegui, que na sexta-feira se escusou a fazer o balanço da época, com este discurso, começa a querer justificar o colossal investimento da SAD portista nesta época sem nenhum retorno. Do treinador basco do FC Porto, não se esperam lições de moral, espera-se apenas que saiba conduzir o Porto aos objectivos que a estrutura lhe propôs e que esta época estão muito distante e espera-se ao menos, que não estando em casa, saiba respeitar o país que (bem) o acolheu, porque estas afirmações além de serem uma ofensa a Jorge Jesus e ao próprio Benfica, são-no também ao país, e não é um qualquer espanhol que nos vêm dar lições de moral.
Alheio a isto tudo, o Sporting deslocou-se até à Amoreira para defrontar um dos seus mais recentes pesadelos, o Estoril Praia. Saiu de lá com um empate porque, diga-se a bem da verdade, o Estoril não quis mais do que isso e os jogadores leoninos já só pensam no Jamor e sem mais objectivos no campeonato, pedir a esta malta que se mate às 17H de um Domingo debaixo de um calor abrasador, convenhamos que não é tarefa fácil nem para o "Special One D'Amoreira", Marco Silva, foi assim que o treinador leonino foi recebido e saudado numa casa que foi a sua nos últimos anos. Bonito gesto dos adeptos canarinhos que brindaram o técnico leonino com gratidão e carinho. Coisa rara hoje em dia.
O jogo foi jogado a velocidade cruzeiro, tantos canarinhos como leões não brindaram os adeptos com um bom jogo. A iniciativa foi sempre verde e branca mas o Estoril aproveitou o balanceamento leonino para a frente, para num rápido contra-ataque fazer o golo inaugural por intermédio de Seba, se até aqui o jogo só tinha um sentido, daqui para a frente intensificou-se esse pendor leonino mas os resultados práticos só viriam a dar frutos na segunda parte, quando após uma livre lateral, o central Ewerton, que tem o desejo de ficar em Alvalade, fez o golo do empate, este tento, revigorou o Sporting e na jogada a seguir, Montero rematou para Kieszek brilhar, nos entretantos já Tanaka tinha ido a jogo e na primeira vez que tocou na bola o japonês fez o guardião do Estoril brilhar com uma defesa assombrosa a negar aquilo que parecia um golo certo. Até ao final o Sporting tentou marcar o golo da vitória e o Estoril defendeu com unhas e dentes o empate. Ficou também comprovado que não vai ser fácil, até ao jogo da final no Jamor, ver o Sporting, que está numa posição tranquila e da qual não sairá, jogar mais do que aquilo que tem vindo a jogar.
Contas feitas...
...na jornada que carimbou a descida de divisão do Penafiel, o Setúbal e o Gil Vicente complicaram ainda mais a sua vida com as derrotas averbadas, se a do Gil Vicente era expectável e constava do cardápio, a dos sadinos, em Moreira de Cónegos, não sendo de admirar é surpreendente pelos números e pela necessidade de pontos, pois caso tivessem vencido, os sadinos teriam ficado quase a salvo, por isso, a duas jornadas do fim da prova, falta decidir a outra equipa que irá acompanhar os durienses, aos sadinos e aos galos de Barcelos há que juntar, nesta luta, o Arouca e a Académica, pois também estas equipas não estão a salvo da descida, mas tem tudo a seu favor para não vacilarem.
Também a luta pelo acesso à Liga Europa está ao rubro, cinco equipas lutam por um lugar: Paços de Ferreira, Belenenses, Rio Ave, Marítimo e Nacional, com estas duas formações, as da ilha Madeira, a terem a vida mais complicada, mas até ao fim do campeonato a luta será enorme.
O próximo domingo pode ser decisivo em várias frentes, toda a jornada 33 vai ser jogada dia 17 às 18H, o grande destaque vai para os jogos em Guimarães e no Restelo. Em caso de vitória do Benfica na cidade Berço, os encarnados sagrar-se-ão campeões nacionais, ou então, caso o Porto não vença na deslocação ao Restelo, os encarnados, empatando, também poderão festejar. Por isso, a próxima jornada promete e aguardam-se emoções ao rubro no topo, no meio e no fundo da tabela.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).