Com o regresso das competições do futebol nacional, o blog Rectângulo Mágico também está de regresso após um período de férias.
O Sporting venceu, de forma justa, a Supertaça Cândido Oliveira ao bater o Benfica por 1-0, com golo de Carrillo, que seria eleito homem do jogo, a meias com Teo Gutierrez.
Depois de um defeso animado e bem movimentado, que permitiu trocas estranhas e ainda que alguns jogadores de craveira mundial chegassem à nossa liga, a época arrancou, para os clubes da Liga NOS, no Algarve, com a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira.
Um dérbi entre Benfica, actual campeão nacional e Sporting, actual vencedor da Taça de Portugal, é sempre um bom cartaz para abrir a época, se bem que esta disputa, entre estes dois emblemas, por razões óbvias esta época, com a troca de Jorge Jesus de um lado para o outro da segunda circular à cabeça, estava mais apimentada que o habitual, não bastando isso, o actual treinador do Sporting e ex-treinador do Benfica, no seu habitual estilo de falta de sentido de oportunidade, tão característico num personagem sem o mínimo de capacidade e respeito pelo próximo, decidiu, num exclusivo concedido à RTP, inflamar ainda mais o jogo com frases que visavam em específico o treinador encarnado, por isso, expressões como: “As ideias que estão lá são todas minhas. O Benfica não mudou nada, zero. O cérebro já não está lá…" ou "O que eu vi, nas bolas paradas e na ideia de jogo, foi tudo criado por mim", além de ficarem mal a quem as profere, fazem Jorge Jesus chegar ao ridículo e são de uma extrema deselegância para o cordato, educado e respeitador treinador do Benfica, Rui Vitória, que decidiu, muito bem na minha opinião, não “dar troco” às irresponsáveis e infelizes declarações do seu opositor.
Posto isto, terminado o jogo, pode dizer-se que um Sporting “abenficado” ganhou a um Benfica muito atado e por vezes sem ideias, preso e muitas vezes sem dinâmica, por isso não se estranha quando se diz que ganhou a melhor equipa, aquela que mais fez por isso e a que quis sempre ganhar esta Supertaça. Jorge Jesus ganhou, sem margem para dúvida, a Rui Vitória.
A entrada em jogo do Sporting foi avassaladora, o Benfica nos primeiros minutos tentou, sem conseguir, parar a maior dinâmica leonina, que chegou ao jogo a cem à hora. Estranhou-se no início a construção de equipa apresentada por Rui Vitória, não se sabe se para responder ao que Jorge Jesus havia dito durante a semana, o que é certo, é que o actual treinador do Benfica alterou algumas peças e isso não trouxe nem dinâmica nem capacidade ao conjunto encarnado. Quando o Benfica equilibrou o jogo, lá para os 20 minutos, já Jonas tinha ficado a centímetros do golo, mas a maior posse de bola e o maior domínio de jogo eram verdes, os encarnados tinham e sentiam dificuldades. Além da falta de profundidade de jogo, o Benfica não tinha ido para o campo com a atitude certa e aqui, a falha é do seu treinador. Enquanto o Benfica ia vivendo neste emaranhado de ideias, o Sporting, com o dinamismo habitual nas equipa de Jorge Jesus, ia construindo, ia criando perigo e ia também cortando todas as chances ao Benfica, nem permitindo mais perigo do que aquele que havia sido criado.
Ao intervalo, o 0-0, penalizava o maior ascendente leonino, que só não saiu para o descanso na frente porque Bertino Miranda, deu indicações a Jorge Sousa para anular, erradamente, um remate certeiro de Teo Gutierrez.
Na segunda parte, esperava-se outra atitude do Benfica, mas ela não aconteceu e voltaram a ser os leões a entrar melhor na partida, sentia-se que o golo era uma questão de minutos, e ele, ao minuto 53, após várias tentativas de sucesso, surgiu num remate frontal de Carrillo, com a bola desviar em Teo Gutierrez e a enganar por completo Júlio César, estava feito o 1-0, o resultado final.
Foi a partir daqui que se viu algum Benfica, após estar em desvantagem viu-se a equipa encarnada a reagir, a ir atrás do empate e foi a partir daqui, com a entrada em campo de Pizzi para o lugar de um apagadíssimo Talisca, que os encarnados tiveram algum ascendente, este foi o mote para que a equipa de Rui Vitória tivesse mais posse de bola e sabe-se que no futebol, só com bola é que se criam ocasiões, não é que tenham surgido claramente, mas Rui Patrício esteve mais em jogo do que até então. Percebendo os riscos, Jorge Jesus deu ordem para que a equipa acalmasse o jogo e fizesse uma circulação de bola mais lenta, baixando o ritmo e retirando ao oponente a iniciativa de jogo, a entrada de Rúben Semedo para o lugar de Teo Gutierrez, cobriu ainda mais o meio-campo e percebeu-se após isso, que dificilmente o resultado iria mudar.
Última nota para novo lance polémico, aos 60 minutos, Gaitán foi derrubado na área num golpe de karaté de Carrillo e Jorge Sousa, novamente mal, mandou seguir, o jogo poderia ter mudado neste lance, mas…
Em jeito de resumo, o Sporting ganhou sem espinhas, conforme se costuma dizer, foi um justo vencedor e chega ao início da temporada com a máquina mais bem afinada que o seu opositor; já o Benfica denota diversas carências, que devem ser rapidamente colmatadas para que o arranque da época se faça sem sobressaltos, mas é bom recordar que o campeonato só começa na próxima semana e que todos arrancam com 0 pontos.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
O Sporting venceu, de forma justa, a Supertaça Cândido Oliveira ao bater o Benfica por 1-0, com golo de Carrillo, que seria eleito homem do jogo, a meias com Teo Gutierrez.
Depois de um defeso animado e bem movimentado, que permitiu trocas estranhas e ainda que alguns jogadores de craveira mundial chegassem à nossa liga, a época arrancou, para os clubes da Liga NOS, no Algarve, com a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira.
Um dérbi entre Benfica, actual campeão nacional e Sporting, actual vencedor da Taça de Portugal, é sempre um bom cartaz para abrir a época, se bem que esta disputa, entre estes dois emblemas, por razões óbvias esta época, com a troca de Jorge Jesus de um lado para o outro da segunda circular à cabeça, estava mais apimentada que o habitual, não bastando isso, o actual treinador do Sporting e ex-treinador do Benfica, no seu habitual estilo de falta de sentido de oportunidade, tão característico num personagem sem o mínimo de capacidade e respeito pelo próximo, decidiu, num exclusivo concedido à RTP, inflamar ainda mais o jogo com frases que visavam em específico o treinador encarnado, por isso, expressões como: “As ideias que estão lá são todas minhas. O Benfica não mudou nada, zero. O cérebro já não está lá…" ou "O que eu vi, nas bolas paradas e na ideia de jogo, foi tudo criado por mim", além de ficarem mal a quem as profere, fazem Jorge Jesus chegar ao ridículo e são de uma extrema deselegância para o cordato, educado e respeitador treinador do Benfica, Rui Vitória, que decidiu, muito bem na minha opinião, não “dar troco” às irresponsáveis e infelizes declarações do seu opositor.
Posto isto, terminado o jogo, pode dizer-se que um Sporting “abenficado” ganhou a um Benfica muito atado e por vezes sem ideias, preso e muitas vezes sem dinâmica, por isso não se estranha quando se diz que ganhou a melhor equipa, aquela que mais fez por isso e a que quis sempre ganhar esta Supertaça. Jorge Jesus ganhou, sem margem para dúvida, a Rui Vitória.
A entrada em jogo do Sporting foi avassaladora, o Benfica nos primeiros minutos tentou, sem conseguir, parar a maior dinâmica leonina, que chegou ao jogo a cem à hora. Estranhou-se no início a construção de equipa apresentada por Rui Vitória, não se sabe se para responder ao que Jorge Jesus havia dito durante a semana, o que é certo, é que o actual treinador do Benfica alterou algumas peças e isso não trouxe nem dinâmica nem capacidade ao conjunto encarnado. Quando o Benfica equilibrou o jogo, lá para os 20 minutos, já Jonas tinha ficado a centímetros do golo, mas a maior posse de bola e o maior domínio de jogo eram verdes, os encarnados tinham e sentiam dificuldades. Além da falta de profundidade de jogo, o Benfica não tinha ido para o campo com a atitude certa e aqui, a falha é do seu treinador. Enquanto o Benfica ia vivendo neste emaranhado de ideias, o Sporting, com o dinamismo habitual nas equipa de Jorge Jesus, ia construindo, ia criando perigo e ia também cortando todas as chances ao Benfica, nem permitindo mais perigo do que aquele que havia sido criado.
Ao intervalo, o 0-0, penalizava o maior ascendente leonino, que só não saiu para o descanso na frente porque Bertino Miranda, deu indicações a Jorge Sousa para anular, erradamente, um remate certeiro de Teo Gutierrez.
Na segunda parte, esperava-se outra atitude do Benfica, mas ela não aconteceu e voltaram a ser os leões a entrar melhor na partida, sentia-se que o golo era uma questão de minutos, e ele, ao minuto 53, após várias tentativas de sucesso, surgiu num remate frontal de Carrillo, com a bola desviar em Teo Gutierrez e a enganar por completo Júlio César, estava feito o 1-0, o resultado final.
Foi a partir daqui que se viu algum Benfica, após estar em desvantagem viu-se a equipa encarnada a reagir, a ir atrás do empate e foi a partir daqui, com a entrada em campo de Pizzi para o lugar de um apagadíssimo Talisca, que os encarnados tiveram algum ascendente, este foi o mote para que a equipa de Rui Vitória tivesse mais posse de bola e sabe-se que no futebol, só com bola é que se criam ocasiões, não é que tenham surgido claramente, mas Rui Patrício esteve mais em jogo do que até então. Percebendo os riscos, Jorge Jesus deu ordem para que a equipa acalmasse o jogo e fizesse uma circulação de bola mais lenta, baixando o ritmo e retirando ao oponente a iniciativa de jogo, a entrada de Rúben Semedo para o lugar de Teo Gutierrez, cobriu ainda mais o meio-campo e percebeu-se após isso, que dificilmente o resultado iria mudar.
Última nota para novo lance polémico, aos 60 minutos, Gaitán foi derrubado na área num golpe de karaté de Carrillo e Jorge Sousa, novamente mal, mandou seguir, o jogo poderia ter mudado neste lance, mas…
Em jeito de resumo, o Sporting ganhou sem espinhas, conforme se costuma dizer, foi um justo vencedor e chega ao início da temporada com a máquina mais bem afinada que o seu opositor; já o Benfica denota diversas carências, que devem ser rapidamente colmatadas para que o arranque da época se faça sem sobressaltos, mas é bom recordar que o campeonato só começa na próxima semana e que todos arrancam com 0 pontos.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).