FC Porto igual a si mesmo no arranque da temporada.
Vitória justa do FC Porto na abertura da temporada, por 3-0, sobre o Vitória de Guimarães.
Do jogo de sábado, saltam à vista duas notas da partida que abriu a época no Dragão: 1) Iker Casillas já arrebatou os adeptos e a plateia brindou o espanhol com uma estrondosa ovação; 2) Aboubakar quer chamar a si, esta época, as luzes do estrelato.
Sobre o FC Porto versão 2015/2016, apenas mudaram alguns intérpretes, mas a música é a mesma, o que se quer dizer com isto, é que o dragão desta época volta a ter muita posse de bola, muita circulação, muito jogo pelas alas e volta também, a tremer das pernas quando pressionado no processo defensivo.
Começar a época com uma vitória convincente é sempre um bom pronúncio, se ainda por cima, se marcar um golo cedo, 8 minutos, por um jogador que na época passada viveu na sombra de Jackson Martinez, o camaronês Aboubakar, e sobre quem se tinham algumas reservas, fica dado o mote para que o comboio role nos carris certos.
O jogo, diga-se, correu de feição à equipa de Julen Lopetegui, que cedo se colocou em vantagem e, quando no segundo tempo a formação vitoriana, orientada pelo contestado Armando Evangelista, tentou equilibrar forças, tendo Tozé disposto de excelente oportunidade para igualar a contenda, Casillas fez uma boa intervenção, não tão brilhante como a maioria dos analistas tentam fazer crer, mas nesse momento, o empate esbarrou nas mãos do espanhol. Quase de seguida, os donos da casa, através de Aboubakar, que repetia a façanha no jogo, chegaram à vantagem mais folgada de 2-0, este segundo golo, como é natural, abalou a equipa forasteira que a partir daí, perdeu algum do fulgor que estava a demonstrar no segundo tempo, deixando a nu, as fragilidades que a equipa portista já denotava na época passada, quando em pressão, as dificuldades defensivas saltam à vista, pois o Porto privilegia a posse e a circulação, mesmo no sector mais recuado e não raras vezes, fica-se com a ideia que a bola atrapalha alguns dos executantes.
Até ao fim, o FC Porto, dominou o jogo e apoiado no resultado ainda chegou ao terceiro golo, da autoria de Varela a passe de Maxi Pereira, que também já havia feito a assistência para o segundo.
Os 3 pontos em disputa foram justamente amealhados pelo FC Porto, pois a vitória não sofre contestação, mas para a equipa da cidade berço, o castigo é demasiado pesado pela postura tida, principalmente na segunda parte, onde com mais algum afoito e ousadia, os vitorianos, acreditaram que era possível fazer uma gracinha e ainda chegaram assustar, mas os da casa, mais maduros, conseguiram aniquilar a reacção dos visitantes na altura certa, dando, na primeira oportunidade que se lhes apresentou, a machadada fatal no jogo. Este resultado também dá alento aos portistas para a viagem ao “inferno” da Madeira, na visita ao Marítimo, besta negra da época passada, pois os azuis e brancos, perderam nas duas vezes que lá jogaram.
Vitória justa do FC Porto na abertura da temporada, por 3-0, sobre o Vitória de Guimarães.
Do jogo de sábado, saltam à vista duas notas da partida que abriu a época no Dragão: 1) Iker Casillas já arrebatou os adeptos e a plateia brindou o espanhol com uma estrondosa ovação; 2) Aboubakar quer chamar a si, esta época, as luzes do estrelato.
Sobre o FC Porto versão 2015/2016, apenas mudaram alguns intérpretes, mas a música é a mesma, o que se quer dizer com isto, é que o dragão desta época volta a ter muita posse de bola, muita circulação, muito jogo pelas alas e volta também, a tremer das pernas quando pressionado no processo defensivo.
Começar a época com uma vitória convincente é sempre um bom pronúncio, se ainda por cima, se marcar um golo cedo, 8 minutos, por um jogador que na época passada viveu na sombra de Jackson Martinez, o camaronês Aboubakar, e sobre quem se tinham algumas reservas, fica dado o mote para que o comboio role nos carris certos.
O jogo, diga-se, correu de feição à equipa de Julen Lopetegui, que cedo se colocou em vantagem e, quando no segundo tempo a formação vitoriana, orientada pelo contestado Armando Evangelista, tentou equilibrar forças, tendo Tozé disposto de excelente oportunidade para igualar a contenda, Casillas fez uma boa intervenção, não tão brilhante como a maioria dos analistas tentam fazer crer, mas nesse momento, o empate esbarrou nas mãos do espanhol. Quase de seguida, os donos da casa, através de Aboubakar, que repetia a façanha no jogo, chegaram à vantagem mais folgada de 2-0, este segundo golo, como é natural, abalou a equipa forasteira que a partir daí, perdeu algum do fulgor que estava a demonstrar no segundo tempo, deixando a nu, as fragilidades que a equipa portista já denotava na época passada, quando em pressão, as dificuldades defensivas saltam à vista, pois o Porto privilegia a posse e a circulação, mesmo no sector mais recuado e não raras vezes, fica-se com a ideia que a bola atrapalha alguns dos executantes.
Até ao fim, o FC Porto, dominou o jogo e apoiado no resultado ainda chegou ao terceiro golo, da autoria de Varela a passe de Maxi Pereira, que também já havia feito a assistência para o segundo.
Os 3 pontos em disputa foram justamente amealhados pelo FC Porto, pois a vitória não sofre contestação, mas para a equipa da cidade berço, o castigo é demasiado pesado pela postura tida, principalmente na segunda parte, onde com mais algum afoito e ousadia, os vitorianos, acreditaram que era possível fazer uma gracinha e ainda chegaram assustar, mas os da casa, mais maduros, conseguiram aniquilar a reacção dos visitantes na altura certa, dando, na primeira oportunidade que se lhes apresentou, a machadada fatal no jogo. Este resultado também dá alento aos portistas para a viagem ao “inferno” da Madeira, na visita ao Marítimo, besta negra da época passada, pois os azuis e brancos, perderam nas duas vezes que lá jogaram.
Vitória do Benfica, à custa da velha guarda.
Benfica venceu de forma folgada, 4-0, o Estoril, mas o resultado não espelha as dificuldades sentidas pelo emblema da águia.
Em 2007, os irmãos Cohen, dois cineastas americanos, inspirados no romance de Cormac McCarthy, escreveram e dirigiram o galardoado filme: Este país não é para velhos. Uma estória que despoleta uma reacção em cadeia de catastrófica violência, que nem mesmo a lei – na pessoa do idoso e desiludido Xerife Bell – consegue travar.
Vem este introito a propósito do primeiro jogo na Liga NOS do Benfica, mas de forma diferente, pois foi a velha guarda encarnada, a começar no seguro e atento Júlio César, passando pelo mais que batido e omnipresente Luisão, seguido do goleador Jonas e terminando na excepcional exibição de Gaitán, todos jogadores da chamada “old school”, que permitiu que os bi-campeões, com dificuldades que o resultado consegue mascarar, mas que dão alento para o futuro, levassem de vencida a equipa da linha.
Como era de esperar, fruto da pré-época e da derrota na Supertaça, o Benfica entrou em campo sobre brasas, a ansiedade era muita e o público, que tentou sempre puxar pelos seus, viveu alguns momentos de aperto e muitos foram roendo as unhas que os nervos eram bastantes. Sabedor disto tudo, o Estoril, muito bem organizado e com as ideias bem definidas, entrou em campo à procura de explorar esta fragilidade dos donos da casa e valeu aos campeões nacionais, a extraordinária exibição do seu guarda-redes, Júlio César, que teve uma noite de muito trabalho, mais até que o guarda-redes adversário, Pavel Kieszeck, e foi sempre, um porto seguro para os seus e, tanto a fechar a primeira parte, como na abertura da segunda, foi ele, o imperador, que segurou o empate para os encarnados com intervenções de inegável valia, daquelas que garantem pontos.
O frenesim na zona mais recuada do Benfica era muito, Rui Vitória, no banco, demonstrava alguma apatia, demorou a mexer na equipa e quando Fabiano Soares, treinador dos forasteiros, decidiu arriscar, já depois do técnico benfiquista ter mexido no onze, com Pizzi e Ola John a cederam os seus lugares a Victor Andrade e Talisca, que a casa estorilista se desmoronou, pois passados 3 minutos das entradas de Bruno César e Matheus, Mitroglou, um dos estreantes da noite, com um bom golpe de cabeça, aos 74 minutos, furou a muralha e abriu o caminho à vitória, daí em diante, só deu Benfica, Jonas fez o bis, de grande penalidade e de cabeça e Nelson Semedo, outra estreia, fechou a contagem.
Quem não viu o jogo, olha para o resultado e vê facilidades na vitória, quem viu o jogo, sente que os 4-0, apenas obtidos nos últimos 16 minutos, demonstram que este Benfica ainda tem um longo caminho a percorrer e que para já, são os “velhos” que não os trapos, que garantem a estabilidade da equipa, do treinador e fazem o público, suspirar de alívio.
Última nota para Tiago Martins, árbitro do jogo, pode toda a gente tentar, mas este, nunca irá conseguir ser um árbitro de excelência, pois os erros cometidos e o critério utilizado denotam falta de discernimento na hora de usar o apito.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Benfica venceu de forma folgada, 4-0, o Estoril, mas o resultado não espelha as dificuldades sentidas pelo emblema da águia.
Em 2007, os irmãos Cohen, dois cineastas americanos, inspirados no romance de Cormac McCarthy, escreveram e dirigiram o galardoado filme: Este país não é para velhos. Uma estória que despoleta uma reacção em cadeia de catastrófica violência, que nem mesmo a lei – na pessoa do idoso e desiludido Xerife Bell – consegue travar.
Vem este introito a propósito do primeiro jogo na Liga NOS do Benfica, mas de forma diferente, pois foi a velha guarda encarnada, a começar no seguro e atento Júlio César, passando pelo mais que batido e omnipresente Luisão, seguido do goleador Jonas e terminando na excepcional exibição de Gaitán, todos jogadores da chamada “old school”, que permitiu que os bi-campeões, com dificuldades que o resultado consegue mascarar, mas que dão alento para o futuro, levassem de vencida a equipa da linha.
Como era de esperar, fruto da pré-época e da derrota na Supertaça, o Benfica entrou em campo sobre brasas, a ansiedade era muita e o público, que tentou sempre puxar pelos seus, viveu alguns momentos de aperto e muitos foram roendo as unhas que os nervos eram bastantes. Sabedor disto tudo, o Estoril, muito bem organizado e com as ideias bem definidas, entrou em campo à procura de explorar esta fragilidade dos donos da casa e valeu aos campeões nacionais, a extraordinária exibição do seu guarda-redes, Júlio César, que teve uma noite de muito trabalho, mais até que o guarda-redes adversário, Pavel Kieszeck, e foi sempre, um porto seguro para os seus e, tanto a fechar a primeira parte, como na abertura da segunda, foi ele, o imperador, que segurou o empate para os encarnados com intervenções de inegável valia, daquelas que garantem pontos.
O frenesim na zona mais recuada do Benfica era muito, Rui Vitória, no banco, demonstrava alguma apatia, demorou a mexer na equipa e quando Fabiano Soares, treinador dos forasteiros, decidiu arriscar, já depois do técnico benfiquista ter mexido no onze, com Pizzi e Ola John a cederam os seus lugares a Victor Andrade e Talisca, que a casa estorilista se desmoronou, pois passados 3 minutos das entradas de Bruno César e Matheus, Mitroglou, um dos estreantes da noite, com um bom golpe de cabeça, aos 74 minutos, furou a muralha e abriu o caminho à vitória, daí em diante, só deu Benfica, Jonas fez o bis, de grande penalidade e de cabeça e Nelson Semedo, outra estreia, fechou a contagem.
Quem não viu o jogo, olha para o resultado e vê facilidades na vitória, quem viu o jogo, sente que os 4-0, apenas obtidos nos últimos 16 minutos, demonstram que este Benfica ainda tem um longo caminho a percorrer e que para já, são os “velhos” que não os trapos, que garantem a estabilidade da equipa, do treinador e fazem o público, suspirar de alívio.
Última nota para Tiago Martins, árbitro do jogo, pode toda a gente tentar, mas este, nunca irá conseguir ser um árbitro de excelência, pois os erros cometidos e o critério utilizado denotam falta de discernimento na hora de usar o apito.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).