Está visto! Os portugueses precisam tanto de bola na sua vida, como de bacalhau na ceia do Natal. Ao ponto do organismo dos clubes que organiza as provas profissionais se dar ao luxo de marcar jogos em dia tão importante como o das eleições legislativas. E fazem-no porque sabem que o povo está desacreditado em relação à política, mas sempre fiel ao jogo da bola, apesar de numa e noutra actividade abundarem os casos que envergonham qualquer sociedade civilizada.
Adiante...
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A jornada arrancou na Sexta-feira com uma goleada das antigas. Com uma meia dúzia de golos sem resposta, as águias passaram a rolo compressor os vizinhos do Restelo. Após uma pré-temporada desastrosa e um arranque periclitante, com a perda da Supertaça para o Sporting de Jorge Jesus e derrota na visita ao Arouca, a turma de Rui Vitória aproveitou a circunstância do calendário, que lhe proporcionou jogar três dos quatro primeiros jogos em casa, tendo-os vencido todos.
Este pleno nos jogos caseiros permite aos encarnados situarem-se na frente, embora com menos um ponto em relação aos rivais na luta pelo título. Mas aproximam-se desafios importantes, a começar pela estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões e depois com a visita ao Dragão, onde se disputará o primeiro clássico da época. Quanto ao Belenenses, que tantos auspícios deixara no arranque da época, ainda não conheceu o sabor da vitória em jogos da liga, e depois desta goleada, Sá Pinto tem razões para estar preocupado, até porque na 5.ª feira começa a aventura na fase de grupos da Liga Europa.
Este pleno nos jogos caseiros permite aos encarnados situarem-se na frente, embora com menos um ponto em relação aos rivais na luta pelo título. Mas aproximam-se desafios importantes, a começar pela estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões e depois com a visita ao Dragão, onde se disputará o primeiro clássico da época. Quanto ao Belenenses, que tantos auspícios deixara no arranque da época, ainda não conheceu o sabor da vitória em jogos da liga, e depois desta goleada, Sá Pinto tem razões para estar preocupado, até porque na 5.ª feira começa a aventura na fase de grupos da Liga Europa.
No Sábado foi a vez do Braga entrar em campo, no estádio da Amoreira diante do Estoril. Os bracarenses foram os grandes animadores do fecho de mercado, com muitas entradas e saídas no plantel, onde se destaca a chegada de reforços sonantes, algo que não acontecera durante o defeso. Esperava-se que Paulo Fonseca pudesse lançar alguns desses reforços, aproveitando a paragem do campeonato para compromissos das selecções, mas tal não aconteceu. Mas nem por isso deixou de ser surpreendente as opções que tomou, ao deixar no banco Vukcevic e Román, que estiveram em destaque na goleada frente ao Boavista. Ao invés, lançou a jogo Alan como titular e fez a estreia de Rui Fonte no ataque, ao lado de Crislán. Na linha média, repetiu a dupla Luiz Carlos / Mauro, que já se revelou ineficaz desde o tempo de Sérgio Conceição.
Ainda assim, os Guerreiros do Minho até entraram melhor no jogo e dispuseram de várias ocasiões de golo na primeira parte. Mas o segundo tempo haveria de ter um infeliz protagonista, o árbitro Artur Soares Dias, que logo no início demonstrou um critério demasiado rígido para com os visitantes. Primeiro, ao expulsar Mauro por acumulação de amarelos em pouco mais de 5 minutos, embora aqui o brasileiro também tivesse sido algo descuidado na abordagem do segundo lance. Segundo, um erro de palmatória, quando Boly na disputa de um lance, depois de tocar na bola não conseguiu evitar o choque com o adversário. O juiz da partida entendeu o lance como uma entrada a pés juntos e expulsou o central francês. Esta foi a machadada final, porque nessa altura o Braga já tinha sofrido o golo e depois de reduzido a nove, não teve mais argumentos para tentar remar contra a maré.
O conjunto bracarense vai agora viajar à República Checa para fazer a estreia na Liga Europa e depois recebe o Marítimo, um jogo que não se advinha fácil, mas onde vencer é obrigatório para não deixar fugir os lugares da frente.
Ainda assim, os Guerreiros do Minho até entraram melhor no jogo e dispuseram de várias ocasiões de golo na primeira parte. Mas o segundo tempo haveria de ter um infeliz protagonista, o árbitro Artur Soares Dias, que logo no início demonstrou um critério demasiado rígido para com os visitantes. Primeiro, ao expulsar Mauro por acumulação de amarelos em pouco mais de 5 minutos, embora aqui o brasileiro também tivesse sido algo descuidado na abordagem do segundo lance. Segundo, um erro de palmatória, quando Boly na disputa de um lance, depois de tocar na bola não conseguiu evitar o choque com o adversário. O juiz da partida entendeu o lance como uma entrada a pés juntos e expulsou o central francês. Esta foi a machadada final, porque nessa altura o Braga já tinha sofrido o golo e depois de reduzido a nove, não teve mais argumentos para tentar remar contra a maré.
O conjunto bracarense vai agora viajar à República Checa para fazer a estreia na Liga Europa e depois recebe o Marítimo, um jogo que não se advinha fácil, mas onde vencer é obrigatório para não deixar fugir os lugares da frente.
Ainda durante o Sábado, o FC Porto passou sem dificuldade pelo teste de Arouca. Recorde-se que os arouqueses haviam derrotado o campeão em título. Foi um jogo perfeito para o recém-chegado reforço mexicano Corona, que bisou logo na estreia. Com este triunfo tranquilo, Lopetegui conseguiu algo que era visto no interior da estrutura portista como um ponto de honra, isto é, estar na liderança da Liga aquando da recepção ao Benfica. Muito embora ainda tenha de se deslocar a Kiev para defrontar o Dynamo na abertura da fase de grupos da Champions, é óbvio que o clássico de Domingo já fervilha no reino do Dragão. Desde que chegou a Portugal, o técnico basco dos azuis-e-brancos ainda não conseguiu vencer o rival da Luz.
A jornada continuou Domingo com um jogo que prometia, a visita do Leão a Vila do Conde. O Sporting acabou por vencer, sem grande brilhantismo é certo, mas com o pragmatismo a que Jorge Jesus já nos foi habituando desde a época passada. Uma nova vitória pela margem mínima foi quanto bastou para que o conjunto de Alvalade pudesse igualar o FC Porto na liderança do campeonato. Por força da relegação para a Liga Europa, os comandados de Jorge Jesus só entrarão em campo na segunda-feira, para fecharem a jornada conhecendo de antemão o resultado do clássico.
Nesta jornada há também a destacar os primeiros triunfos de Marítimo e Vitória de Guimarães. Os madeirenses venceram por claros 5 - 2 o Vitória de Setúbal. Já os de Guimarães, não foram além de 1-0 diante do Tondela e a fraca exibição produzida não acalmou a contestação dos adeptos ao técnico Armando Evangelista. Em maus lençóis estão também Miguel Leal do Moreirense e José Viterbo da Académica, que ainda não conseguiram vencer na presente temporada e cujas equipas se encontram na cauda da tabela classificativa.
Ricardo Jorge
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)