Benfica e Sporting venceram os seus jogos nesta jornada natalícia após um final de semana complicado.
Se para o Benfica a complicação adveio da eliminação para a Taça de Portugal, em casa, aos pés do SC Braga; as complicações no Sporting vêm após mais um comunicado, lido pelo presidente do Sporting na passada sexta-feira, onde fez enormes reparos e considerações ao trabalho do treinador e dos jogadores leoninos.
No caso das águias a resposta ficou aquém do esperado, já os leões, passaram no teste da Madeira e responderam à letra, em campo, às afirmações do presidente.
Águia picou o galo de mansinho
Depois da vitória na jornada anterior no estádio do Dragão, o Benfica chegou a este jogo, contra o Gil Vicente, num momento que não era o melhor, pois na quinta-feira, diante do SC Braga, a equipa encarnada terminara a sua participação na edição desta época da Taça de Portugal, o que, nas palavras de Jorge Jesus, representou um rude golpe no balneário. Juntando a isto o facto da equipa se ver privada de algumas dos seus principais executantes, entre lesões e castigos, Luisão, Sálvio, Eliseu, Rúben Amorim, Fejsa, Enzo Pérez e André Almeida, um lote de indisponíveis enorme, obrigaram o treinador a fazer diversas alterações na equipa inicial, sendo certo que a formação da Luz precisava vencer para não entrar em rota de colisão com os interesses de renovação do titulo, o bi-campeonato que foge há 30 anos. Foi com estes pressupostos que os actuais campeões nacionais receberam em sua casa a lanterna vermelha, e as dificuldades em vencer foram mais que muitas e não seria esta, seguramente, a exibição que os adeptos estariam à espera neste jogo. Numa partida muito pobre, o Benfica realizou uma exibição sofrível e os adeptos, que foram criticados por Jorge Jesus, não pouparam a equipa, desesperados pela fraca exibição, vaiaram os jogadores. É certo que a equipa de José Mota se apresentou na Luz sem grandes receios de tentar jogar o jogo pelo jogo, a equipa de Barcelos procurou sempre contrariar o favoritismo benfiquista com a crista bem levantada, não temendo o opositor e sabendo que as ausências, neste jogo, fragilizavam o Benfica e poderiam os gilistas tirar os dividendos possíveis, ou seja, pontuar.
O primeiro remate do encontro até foi realizado pela equipa minhota, bem cedo, mas a luta trava-se a meio campo, onde Enzo Pérez, que a fazer jus ao que se leu nos jornais, não volta a jogar de encarnado, fez imensa falta para pegar na batuta do jogo das águias e só aos 20 minutos de jogo, o Benfica conseguiu criar perigo na baliza de Adriano, para passados 10 minutos, chegar ao único golo do encontro, marcado por Gaitán, numa jogada onde Máxi Pereira, em fora de jogo mais que evidente, recebeu um passe soberbo de Ola John, o uruguaio desviou a bola de Adriano, mas esta foi bater no poste e aí surgiu o argentino para abrir e fechar as contas do embate. Depois do golo, o Benfica tentou controlar o jogo, mas faltou-lhe arte e engenho, e a partir deste momento, o Gil Vicente foi ainda mais afoito, foi ainda mais determinado e tentou ser feliz em época de Natal, Viu-se por diversas vezes os gilistas a porem à prova o guardião brasileiro do Benfica, Júlio César, viu-se os barcelenses assustarem as bancadas da Luz com boas iniciativas de ataque, mas os da casa conseguiram sempre fechar as suas redes, segurando esta importante vantagem até ao fim do jogo e terminar assim, no que à 1ª Liga diz respeito, o ano com a (boa) diferença de pontos para o rival FC Porto, alcançada na semana passada em pleno Dragão.
Não foi um boa prenda de Natal que o Benfica deu aos seus adeptos, mas por vezes, muitas até, também se ganham campeonatos com vitórias onde se joga mal, e estes jogos tem o condão de reerguer e manter viva uma equipa que, neste momento, está dizimada pela onde de lesões que a assola, onde a falta de Luisão é por demais evidente, ficando por saber como é que o conjunto encarnado vai reagir, a confirmar-se a mais que certa saída de Enzo Pérez, jogador para o qual o Benfica e Jorge Jesus, ainda não têm, pelo menos dentro do plantel, um substituto que esteja ao mesmo nível do argentino.
Sporting volta a ganhar na Choupana…
Depois de mais uma alfinetada de Bruno de Carvalho, que na sexta-feira voltou a por em causa do trabalho do treinador e jogadores da formação verde e branca, o Sporting, passadas 3 épocas, voltava a vencer num terreno muito complicado, onde as dificuldades costumam ser mais que muitas, pelo menos para os leões, com a equipa a conseguir dar a resposta possível a mais um turbilhão desencadeado pelo seu presidente.
Sem poder contar com a estrela da companhia, Nani, com João Mário atravessar um momento exibicional muito baixo, com Adrien a não ter a lucidez que já fizeram dele uma referência, sem Jefferson, que é um verdadeiro abre-latas, ainda sem estar a 100%, o Sporting deslocava-se à Madeira com intuito de tentar vencer e não deixar fugir, ainda mais, a concorrência e fazer aproximação ao terceiro classificado, Vitória de Guimarães, que havia sido derrotado na véspera, na Amoreira, diante do Estoril.
Marco Silva, ainda a pensar nas palavras do presidente, lançava de inicio André Martins, o único que se tinha salvo na pobre exibição frente ao Vizela para a Taça de Portugal, no lugar de João Mário ou, nos últimos jogos, de Montero, com o intuito de aproveitar a injecção de moral do numero 8 leonino, só que este, com o azar a bater-lhe à porta, lesionou-se logo no principio do jogo, e o treinador verde e branco foi obrigado a mandar para o relvado o, nesta noite, lentíssimo e implicativo João Mário. Contudo foi o Sporting quem entrou a mandar no jogo, obrigando o Nacional a jogar na sua zona defensiva e ganhando quase sempre a luta pela posse da bola. Neste capítulo destaca-se uma subida de produção de William Carvalho, que não fazendo uma soberba exibição, foi dos jogadores mais positivos da formação leonina. O Sporting queria chegar ao golo para acalmar, notava-se uma equipa a jogar sobre brasas (Marco Silva referiu isso mesmo na conferência de imprensa após o jogo), e um golo colocaria a os leões a respirar melhor e a poderem partir mais confiante para uma exibição segura, mas, pese embora algumas oportunidades, o golo até ao intervalo não apareceu e tudo foi para as cabines, conforme tinha começado, 0-0.
A segunda parte trouxe um Sporting mais intenso no último terço do terreno, a criar mais desequilíbrios, a procurar marcar bem cedo para resolver a questão e foi sem surpresa que os leões se adiantaram no marcador, ao minuto 51, após um pontapé de canto, batido por Jonathan Silva, um dos melhores em campo, Slimani, muito lutou o argelino neste jogo, subiu bem alto e desferiu um bom remate de cabeça, Gottardi defendeu para os pés de Carlos Mané, que só teve de empurrar a bola para a baliza madeirense. Estava feito o resultado do jogo, 0-1.
Daqui em diante os leões procuraram matar o jogo e poderiam tê-lo feito, mas a falta de pontaria e as boas intervenções do guardião da formação alvinegra, ditaram que o marcador não voltasse a sofrer alterações, por seu turno, a formação de Manuel Machado, tentou mas nunca conseguiu, até ao momento da expulsão, escusada e infantil de Adrien, colocar em perigo a baliza de Rui Patrício, que teve uma noite tranquila, nem conseguiram os nacionalistas, por em causa a vitória do Sporting.
Após um final de semana muito complicado, o Sporting venceu na Choupana e após a vitória, ainda houve tempo para Marco Silva deixar uma frase forte na conferência de imprensa, com destinatário identificado "… o que posso dizer [em relação as palavras do presidente], porque cada um tem a sua forma de liderar, eu como treinador prefiro criticar ou elogiar cara a cara, com os meus atletas bem presentes e a ouvir. É essa a forma que eu tenho e é a forma que eu, enquanto treinador, tenho e a que vou seguir sempre"
Há imagens, que valem mais que palavras...esta é uma delas.
Se para o Benfica a complicação adveio da eliminação para a Taça de Portugal, em casa, aos pés do SC Braga; as complicações no Sporting vêm após mais um comunicado, lido pelo presidente do Sporting na passada sexta-feira, onde fez enormes reparos e considerações ao trabalho do treinador e dos jogadores leoninos.
No caso das águias a resposta ficou aquém do esperado, já os leões, passaram no teste da Madeira e responderam à letra, em campo, às afirmações do presidente.
Águia picou o galo de mansinho
Depois da vitória na jornada anterior no estádio do Dragão, o Benfica chegou a este jogo, contra o Gil Vicente, num momento que não era o melhor, pois na quinta-feira, diante do SC Braga, a equipa encarnada terminara a sua participação na edição desta época da Taça de Portugal, o que, nas palavras de Jorge Jesus, representou um rude golpe no balneário. Juntando a isto o facto da equipa se ver privada de algumas dos seus principais executantes, entre lesões e castigos, Luisão, Sálvio, Eliseu, Rúben Amorim, Fejsa, Enzo Pérez e André Almeida, um lote de indisponíveis enorme, obrigaram o treinador a fazer diversas alterações na equipa inicial, sendo certo que a formação da Luz precisava vencer para não entrar em rota de colisão com os interesses de renovação do titulo, o bi-campeonato que foge há 30 anos. Foi com estes pressupostos que os actuais campeões nacionais receberam em sua casa a lanterna vermelha, e as dificuldades em vencer foram mais que muitas e não seria esta, seguramente, a exibição que os adeptos estariam à espera neste jogo. Numa partida muito pobre, o Benfica realizou uma exibição sofrível e os adeptos, que foram criticados por Jorge Jesus, não pouparam a equipa, desesperados pela fraca exibição, vaiaram os jogadores. É certo que a equipa de José Mota se apresentou na Luz sem grandes receios de tentar jogar o jogo pelo jogo, a equipa de Barcelos procurou sempre contrariar o favoritismo benfiquista com a crista bem levantada, não temendo o opositor e sabendo que as ausências, neste jogo, fragilizavam o Benfica e poderiam os gilistas tirar os dividendos possíveis, ou seja, pontuar.
O primeiro remate do encontro até foi realizado pela equipa minhota, bem cedo, mas a luta trava-se a meio campo, onde Enzo Pérez, que a fazer jus ao que se leu nos jornais, não volta a jogar de encarnado, fez imensa falta para pegar na batuta do jogo das águias e só aos 20 minutos de jogo, o Benfica conseguiu criar perigo na baliza de Adriano, para passados 10 minutos, chegar ao único golo do encontro, marcado por Gaitán, numa jogada onde Máxi Pereira, em fora de jogo mais que evidente, recebeu um passe soberbo de Ola John, o uruguaio desviou a bola de Adriano, mas esta foi bater no poste e aí surgiu o argentino para abrir e fechar as contas do embate. Depois do golo, o Benfica tentou controlar o jogo, mas faltou-lhe arte e engenho, e a partir deste momento, o Gil Vicente foi ainda mais afoito, foi ainda mais determinado e tentou ser feliz em época de Natal, Viu-se por diversas vezes os gilistas a porem à prova o guardião brasileiro do Benfica, Júlio César, viu-se os barcelenses assustarem as bancadas da Luz com boas iniciativas de ataque, mas os da casa conseguiram sempre fechar as suas redes, segurando esta importante vantagem até ao fim do jogo e terminar assim, no que à 1ª Liga diz respeito, o ano com a (boa) diferença de pontos para o rival FC Porto, alcançada na semana passada em pleno Dragão.
Não foi um boa prenda de Natal que o Benfica deu aos seus adeptos, mas por vezes, muitas até, também se ganham campeonatos com vitórias onde se joga mal, e estes jogos tem o condão de reerguer e manter viva uma equipa que, neste momento, está dizimada pela onde de lesões que a assola, onde a falta de Luisão é por demais evidente, ficando por saber como é que o conjunto encarnado vai reagir, a confirmar-se a mais que certa saída de Enzo Pérez, jogador para o qual o Benfica e Jorge Jesus, ainda não têm, pelo menos dentro do plantel, um substituto que esteja ao mesmo nível do argentino.
Sporting volta a ganhar na Choupana…
Depois de mais uma alfinetada de Bruno de Carvalho, que na sexta-feira voltou a por em causa do trabalho do treinador e jogadores da formação verde e branca, o Sporting, passadas 3 épocas, voltava a vencer num terreno muito complicado, onde as dificuldades costumam ser mais que muitas, pelo menos para os leões, com a equipa a conseguir dar a resposta possível a mais um turbilhão desencadeado pelo seu presidente.
Sem poder contar com a estrela da companhia, Nani, com João Mário atravessar um momento exibicional muito baixo, com Adrien a não ter a lucidez que já fizeram dele uma referência, sem Jefferson, que é um verdadeiro abre-latas, ainda sem estar a 100%, o Sporting deslocava-se à Madeira com intuito de tentar vencer e não deixar fugir, ainda mais, a concorrência e fazer aproximação ao terceiro classificado, Vitória de Guimarães, que havia sido derrotado na véspera, na Amoreira, diante do Estoril.
Marco Silva, ainda a pensar nas palavras do presidente, lançava de inicio André Martins, o único que se tinha salvo na pobre exibição frente ao Vizela para a Taça de Portugal, no lugar de João Mário ou, nos últimos jogos, de Montero, com o intuito de aproveitar a injecção de moral do numero 8 leonino, só que este, com o azar a bater-lhe à porta, lesionou-se logo no principio do jogo, e o treinador verde e branco foi obrigado a mandar para o relvado o, nesta noite, lentíssimo e implicativo João Mário. Contudo foi o Sporting quem entrou a mandar no jogo, obrigando o Nacional a jogar na sua zona defensiva e ganhando quase sempre a luta pela posse da bola. Neste capítulo destaca-se uma subida de produção de William Carvalho, que não fazendo uma soberba exibição, foi dos jogadores mais positivos da formação leonina. O Sporting queria chegar ao golo para acalmar, notava-se uma equipa a jogar sobre brasas (Marco Silva referiu isso mesmo na conferência de imprensa após o jogo), e um golo colocaria a os leões a respirar melhor e a poderem partir mais confiante para uma exibição segura, mas, pese embora algumas oportunidades, o golo até ao intervalo não apareceu e tudo foi para as cabines, conforme tinha começado, 0-0.
A segunda parte trouxe um Sporting mais intenso no último terço do terreno, a criar mais desequilíbrios, a procurar marcar bem cedo para resolver a questão e foi sem surpresa que os leões se adiantaram no marcador, ao minuto 51, após um pontapé de canto, batido por Jonathan Silva, um dos melhores em campo, Slimani, muito lutou o argelino neste jogo, subiu bem alto e desferiu um bom remate de cabeça, Gottardi defendeu para os pés de Carlos Mané, que só teve de empurrar a bola para a baliza madeirense. Estava feito o resultado do jogo, 0-1.
Daqui em diante os leões procuraram matar o jogo e poderiam tê-lo feito, mas a falta de pontaria e as boas intervenções do guardião da formação alvinegra, ditaram que o marcador não voltasse a sofrer alterações, por seu turno, a formação de Manuel Machado, tentou mas nunca conseguiu, até ao momento da expulsão, escusada e infantil de Adrien, colocar em perigo a baliza de Rui Patrício, que teve uma noite tranquila, nem conseguiram os nacionalistas, por em causa a vitória do Sporting.
Após um final de semana muito complicado, o Sporting venceu na Choupana e após a vitória, ainda houve tempo para Marco Silva deixar uma frase forte na conferência de imprensa, com destinatário identificado "… o que posso dizer [em relação as palavras do presidente], porque cada um tem a sua forma de liderar, eu como treinador prefiro criticar ou elogiar cara a cara, com os meus atletas bem presentes e a ouvir. É essa a forma que eu tenho e é a forma que eu, enquanto treinador, tenho e a que vou seguir sempre"
Há imagens, que valem mais que palavras...esta é uma delas.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
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