Em Vila do Conde, os actuais campeões nacionais e líderes da Liga NOS, estiveram a ganhar, mas permitiram que o Rio Ave desse a volta ao marcador e saíram derrotados do estádio dos Arcos, por 2-1 e sem pontos na bagagem. Na Choupana, sabedor do resultado do Benfica, o FC Porto, também esteve a ganhar, mas consentiu o empate a uma bola e a aproximação, que poderia colar os dragões às aguias, não passou de uma ténue conquista.
Rio Ave transbordou e afogou a águia
A tarde prometia ser esplendorosa para os benfiquistas, o estádio dos Arcos era um aglomerado vermelho, mais uma vez, fora de portas, o Benfica conseguiu arrastar uma multidão crente na possibilidade de repetir o titulo da época passada.
Embalados pelo apoio que vinha das bancadas, os comandados de Jorge Jesus arrancaram o jogo da melhor forma, logo aos 5 minutos, Sálvio, servido de forma exemplar por Pizzi, fugiu nas costas da defesa, surgiu na cara de Ederson e colocou as águias em vantagem. Explodiram as bancadas, os adeptos eufóricos começaram a pensar que este já estava, que mais uma vez seriam favas contadas, mas não foram
Assim como já fizera contra o SC Braga, o Benfica arrancou a mandar e neste jogo, juntou a isso o golo madrugador, que punha o adversário em perigo e os encarnados em total conforto. O problema, para o Benfica, é que este golo, obtido tão cedo, conferiu à equipa tranquilidade a mais e sem Gaitán, que não jogou por ter cumprido uma série de 5 cartões amarelos, o emblema da Luz nunca teve quem pegasse no jogo para lhe dar uma sapatada como só o argentino sabe e dessa forma, assustar o Rio Ave, por isso, após o golo e até ao intervalo, nem os donos da casa, nem os forasteiros conseguiram criar lances de perigo que mereçam nesta linhas ser destacados. O que merece ser realçado é que ao minuto 35, Marcelo, defesa central vila-condense, lesionou-se sozinho após ganhar uma bola de cabeça, fica-se com a sensação que o brasileiro poderá enfrentar um longo período de paragem, como um azar nunca vem só, passados apenas dois minutos, aos 37, seria o egípcio Hassan, a tombar no meio campo, nova lesão, Pedro Martins, treinador do Rio Ave, ainda deitou as mãos à cabeça, mas sem tempo a perder, introduziu novo elemento em campo, obrigando também a repensar aquilo que poderia ser a estratégia para a segunda parte.
Muito possivelmente ao intervalo, Pedro Martins, terá dito aos sus jogadores que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe, se puxarmos o filme atrás, um golo sofrido aos 5 minutos de jogo e duas lesões no espaço de dois minutos, davam crédito a este ditado popular. Estaria para acabar a felicidade do Benfica? Na altura ninguém sabia, só o desenrolar dos acontecimentos o poderiam dizer.
O Rio Ave entrou para estes segundos 45 minutos mais afoito, mas sem criar perigo, quem seguia a mesma toada era o Benfica, que nem atava nem desatava. Tudo ia seguindo no guião que o Benfica tinha desenhado desde bem cedo, até ao minuto 59, altura na que Pedro Martins decidiu lançar para o relvado aquele que viria a ser o homem do jogo, Diego Lopes, que rendeu Pedro Moreira. A entrada deste brasileiro, além de revolucionar a sua equipa, confundiu os encarnados que tinham as operações, até então, totalmente sob controlo. A partir deste momento, com Ukra a ser chamado a jogo mais vezes, e Del Valle, também a mostrar-se mais, a balança começou a ficar mais equilibrada e num pontapé de baliza, Ederson, guarda-redes vila-condense (tem uma força tremenda nestes lances) colocou a bola junto à área encarnada, Luisão e Jardel vacilaram e Diego Lopes, depois de controlar a bola com o pé direito, rematou de primeira com o esquerdo, a bola só parou no ferro da baliza de Júlio César, que estava batido. Foi o mote para virar de página deste jogo. Após este lance, além da equipa ter ficado abalada, o público na bancada, até então muito animado, começou a refrear os ânimos, pois ficou no ar a ideia que a partida poderia tomar outro rumo, e tomou. O Rio Ave começou a estender-se mais no terreno, Pizzi, a balança do meio campo encarnado começou a ficar escondido e sem bola, Diego Lopes começou a ser o farol que guiou a sua equipa e, de forma inexplicável, o Benfica começou a consentir, ainda que forçado pelos donos da casa, maior perigo junto da sua área. Do banco Jorge Jesus assistia a isto tudo, sempre esbracejando, mas sem tomar nenhuma medida concreta, o que se não se percebe, até porque o treinador encarnado costuma ser muito perspicaz nestas situações, há dias assim.
Neste crescendo do Rio Ave, a equipa da casa conquistou, ao minuto 74, uma grande penalidade por mão de Samaris na área, a cortar uma bola rematada de cabeça por Tarantini. Chamado à conversão, Ukra, perante Júlio César, não vacilou, e foram os adeptos do emblema da casa que festejaram. Há outro ditado que diz, casa roubada, trancas à porta, e após este golo, Jorge Jesus, lá decidiu mexer no seu onze. Por esta altura, o encontro ganhou uma dinâmica que até então não se tinha visto, partiu-se e Del Valle, na cara de Júlio César, com o pé direito, atirou ao lado, numa espécie de acerto de mira; passados poucos minutos, Lima, que costuma ter o estádio dos Arcos, como cliente habitual do seu cardápio, depois de uma excelente jogada de Ola John, atirou de cabeça, solto na pequena área, para fora. O jogo estava então, melhor do que nunca e na ânsia de querer ganhar, Júlio César precipitou-se a bater um pontapé de baliza, o Rio Ave ganhou a bola por Tiago Pinto, que combinou de primeira com Diego Lopes e quando o lateral esquerdo riovista, se preparava para entrar na área, Luisão fez o que tinha que ser feito, parou-o em falta, Marco Ferreira, árbitro madeirense, não foi de modas e expulsou o capitão encarnado. Com menos um e com necessidade de ganhar o jogo, o Benfica tentou chegar à vitória, mas a 20 segundos do fim do tempo extra, num lançamento lateral a favor dos encarnados, o Rio Ave voltou a ganhar a bola, fez uma transição rápida e na área, depois de partir os rins a Lisando Lopéz, Del Valle bateu Júlio César, estava consumada a reviravolta e Jorge Jesus, sentou-se no banco desolado com este desfecho e apensar no futuro.
O resultado mais justo deveria ser o empate, mas há que dizer que o Rio Ave arriscou e fez transbordar o seu leito procurando ser feliz, o Benfica, que muito cedo chegou à vantagem, não foi capaz de dar a estocada fatal numa equipa que cedo se viu muito limitada nas suas acções por força das lesões.
Rio Ave transbordou e afogou a águia
A tarde prometia ser esplendorosa para os benfiquistas, o estádio dos Arcos era um aglomerado vermelho, mais uma vez, fora de portas, o Benfica conseguiu arrastar uma multidão crente na possibilidade de repetir o titulo da época passada.
Embalados pelo apoio que vinha das bancadas, os comandados de Jorge Jesus arrancaram o jogo da melhor forma, logo aos 5 minutos, Sálvio, servido de forma exemplar por Pizzi, fugiu nas costas da defesa, surgiu na cara de Ederson e colocou as águias em vantagem. Explodiram as bancadas, os adeptos eufóricos começaram a pensar que este já estava, que mais uma vez seriam favas contadas, mas não foram
Assim como já fizera contra o SC Braga, o Benfica arrancou a mandar e neste jogo, juntou a isso o golo madrugador, que punha o adversário em perigo e os encarnados em total conforto. O problema, para o Benfica, é que este golo, obtido tão cedo, conferiu à equipa tranquilidade a mais e sem Gaitán, que não jogou por ter cumprido uma série de 5 cartões amarelos, o emblema da Luz nunca teve quem pegasse no jogo para lhe dar uma sapatada como só o argentino sabe e dessa forma, assustar o Rio Ave, por isso, após o golo e até ao intervalo, nem os donos da casa, nem os forasteiros conseguiram criar lances de perigo que mereçam nesta linhas ser destacados. O que merece ser realçado é que ao minuto 35, Marcelo, defesa central vila-condense, lesionou-se sozinho após ganhar uma bola de cabeça, fica-se com a sensação que o brasileiro poderá enfrentar um longo período de paragem, como um azar nunca vem só, passados apenas dois minutos, aos 37, seria o egípcio Hassan, a tombar no meio campo, nova lesão, Pedro Martins, treinador do Rio Ave, ainda deitou as mãos à cabeça, mas sem tempo a perder, introduziu novo elemento em campo, obrigando também a repensar aquilo que poderia ser a estratégia para a segunda parte.
Muito possivelmente ao intervalo, Pedro Martins, terá dito aos sus jogadores que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe, se puxarmos o filme atrás, um golo sofrido aos 5 minutos de jogo e duas lesões no espaço de dois minutos, davam crédito a este ditado popular. Estaria para acabar a felicidade do Benfica? Na altura ninguém sabia, só o desenrolar dos acontecimentos o poderiam dizer.
O Rio Ave entrou para estes segundos 45 minutos mais afoito, mas sem criar perigo, quem seguia a mesma toada era o Benfica, que nem atava nem desatava. Tudo ia seguindo no guião que o Benfica tinha desenhado desde bem cedo, até ao minuto 59, altura na que Pedro Martins decidiu lançar para o relvado aquele que viria a ser o homem do jogo, Diego Lopes, que rendeu Pedro Moreira. A entrada deste brasileiro, além de revolucionar a sua equipa, confundiu os encarnados que tinham as operações, até então, totalmente sob controlo. A partir deste momento, com Ukra a ser chamado a jogo mais vezes, e Del Valle, também a mostrar-se mais, a balança começou a ficar mais equilibrada e num pontapé de baliza, Ederson, guarda-redes vila-condense (tem uma força tremenda nestes lances) colocou a bola junto à área encarnada, Luisão e Jardel vacilaram e Diego Lopes, depois de controlar a bola com o pé direito, rematou de primeira com o esquerdo, a bola só parou no ferro da baliza de Júlio César, que estava batido. Foi o mote para virar de página deste jogo. Após este lance, além da equipa ter ficado abalada, o público na bancada, até então muito animado, começou a refrear os ânimos, pois ficou no ar a ideia que a partida poderia tomar outro rumo, e tomou. O Rio Ave começou a estender-se mais no terreno, Pizzi, a balança do meio campo encarnado começou a ficar escondido e sem bola, Diego Lopes começou a ser o farol que guiou a sua equipa e, de forma inexplicável, o Benfica começou a consentir, ainda que forçado pelos donos da casa, maior perigo junto da sua área. Do banco Jorge Jesus assistia a isto tudo, sempre esbracejando, mas sem tomar nenhuma medida concreta, o que se não se percebe, até porque o treinador encarnado costuma ser muito perspicaz nestas situações, há dias assim.
Neste crescendo do Rio Ave, a equipa da casa conquistou, ao minuto 74, uma grande penalidade por mão de Samaris na área, a cortar uma bola rematada de cabeça por Tarantini. Chamado à conversão, Ukra, perante Júlio César, não vacilou, e foram os adeptos do emblema da casa que festejaram. Há outro ditado que diz, casa roubada, trancas à porta, e após este golo, Jorge Jesus, lá decidiu mexer no seu onze. Por esta altura, o encontro ganhou uma dinâmica que até então não se tinha visto, partiu-se e Del Valle, na cara de Júlio César, com o pé direito, atirou ao lado, numa espécie de acerto de mira; passados poucos minutos, Lima, que costuma ter o estádio dos Arcos, como cliente habitual do seu cardápio, depois de uma excelente jogada de Ola John, atirou de cabeça, solto na pequena área, para fora. O jogo estava então, melhor do que nunca e na ânsia de querer ganhar, Júlio César precipitou-se a bater um pontapé de baliza, o Rio Ave ganhou a bola por Tiago Pinto, que combinou de primeira com Diego Lopes e quando o lateral esquerdo riovista, se preparava para entrar na área, Luisão fez o que tinha que ser feito, parou-o em falta, Marco Ferreira, árbitro madeirense, não foi de modas e expulsou o capitão encarnado. Com menos um e com necessidade de ganhar o jogo, o Benfica tentou chegar à vitória, mas a 20 segundos do fim do tempo extra, num lançamento lateral a favor dos encarnados, o Rio Ave voltou a ganhar a bola, fez uma transição rápida e na área, depois de partir os rins a Lisando Lopéz, Del Valle bateu Júlio César, estava consumada a reviravolta e Jorge Jesus, sentou-se no banco desolado com este desfecho e apensar no futuro.
O resultado mais justo deveria ser o empate, mas há que dizer que o Rio Ave arriscou e fez transbordar o seu leito procurando ser feliz, o Benfica, que muito cedo chegou à vantagem, não foi capaz de dar a estocada fatal numa equipa que cedo se viu muito limitada nas suas acções por força das lesões.
FC Porto à deriva na Choupana
Na Choupana, quando se iniciou o jogo entre o Nacional e o FC Porto, os azuis e brancos eram sabedores que em caso de vitória, o Benfica ficava a apenas “um tiro de ser abatido”, mas mesmo com esse pressuposto, o Porto não foi além do empate a uma bola. Pode até dizer-se que os dragões perderam uma excelente oportunidade para turvarem, com o seu fumo, a visão da águia. É certo, tal como diz Julen Lopetegui, que o FC Porto ficou apenas a depender de si próprio, mas isso obrigará os homens da cidade Invicta a não perderem pontos e a vencerem na Luz por 3 golos de diferença, impossível não é, difícil, qb.
Contando no onze com os regressos de Danilo e Maicon, o Porto apresentava-se em campo na sua máxima força, já o Nacional, que não podia contar com Marco Matias, que cumpriu um jogo de castigo, viu-se privado, na sexta-feira, devido a uma repentina gastroenterite, de um dos seus melhores elementos, Tiago Rodrigues, jogador que está emprestado pelo FC Porto aos ilhéus. O que nos poderia remeter para uma outra discussão, que fica para próximas núpcias.
O jogo tinha tudo para ser uma demonstração de poder da equipa de Lopetegui, mas, também porque este Nacional está uns furos acima daquilo que já fez esta temporada, os dragões na conseguiram ser tão dominadores como vêm sendo ultimamente, alturas houve que se notou que os jogadores portistas se apresentavam cansados, já a turma do vimaranense Manuel Machado, fez um jogo de mão cheia, sempre atentos, sempre organizados, até foram dos nacionalistas a primeira grande oportunidade de golo, nos pés de Lucas João, que na segunda parte falhou, o que parecia impossível falhar, mas já lá iremos. Por isso, quando o Porto se adiantou no marcador ao minuto 45, mesmo em cima do intervalo, com um belíssimo tento do espanhol Cristian Tello, que tem mostrado toda a sua qualidade de dragão ao peito, a obtenção deste tempo suou a castigo pesado para os donos da casa.
Na segunda parte, a equipa do Nacional não se mostrou abalada, nem sequer beliscada pelo golo obtido pelo FC Porto, os homens da ilha da Madeira continuaram a jogar da mesma forma e começou a pressentir-se que a vitória parcial dos dragões começava a perigar e, aos 64 minutos, Wagner bateu Helton e colocou justiça no marcador e a cambalhota só não aconteceu pouco depois, porque Lucas João, depois de uma excelente jogada pelo lado esquerdo, no coração da pequena área, com Helton em desespero esticado no relvado a tentar fazer a mancha, atirou de forma infantil a bola para as nuvens, perdeu-se um golo feito e a oportunidade do Nacional se colocar na frente do marcador. O FC Porto sentiu o abalo, percebeu-se que nos planos portistas não constava a possibilidade de perder pontos na Madeira, mas era o que se preparava para acontecer, Lopetegui ainda deitou mão de Quaresma, mas nem o Mustang conseguiu inverter o enlace do jogo, é certo que o FC Porto nos últimos 15 minutos fez um ataque cerrado à área de Gottardi, mas percebeu-se que o fez mais com o coração do que com a razão e assim, os azuais e brancos deixaram fugir uma oportunidade de ouro para se colar ao líder e exercer sobre estes, uma pressão extra.
No final do jogo, este empate aceita-se, pelo muito que o Nacional jogou e pela forma personalizada como abordou esta partida, mas acima de tudo, porque o FC Porto, que em caso de vitória ficava a um ponto do Benfica, não foi uma equipa competente o suficiente para levar de vencida a formação alvinegra, estranha-se a forma amorfa como os azuis e brancos se apresentaram em campo, pois sabedores do resultado do Benfica, era obrigação dos dragões terem tido uma atitude de mais alguma ousadia, lucidez e assertividade e já se sabe que uma equipa que não aproveita os brindes, fica com menos hipóteses de ser feliz e, desde a jornada 18 da época 2012/2013, que o FC Porto não aproveitava um deslize do Benfica.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Contando no onze com os regressos de Danilo e Maicon, o Porto apresentava-se em campo na sua máxima força, já o Nacional, que não podia contar com Marco Matias, que cumpriu um jogo de castigo, viu-se privado, na sexta-feira, devido a uma repentina gastroenterite, de um dos seus melhores elementos, Tiago Rodrigues, jogador que está emprestado pelo FC Porto aos ilhéus. O que nos poderia remeter para uma outra discussão, que fica para próximas núpcias.
O jogo tinha tudo para ser uma demonstração de poder da equipa de Lopetegui, mas, também porque este Nacional está uns furos acima daquilo que já fez esta temporada, os dragões na conseguiram ser tão dominadores como vêm sendo ultimamente, alturas houve que se notou que os jogadores portistas se apresentavam cansados, já a turma do vimaranense Manuel Machado, fez um jogo de mão cheia, sempre atentos, sempre organizados, até foram dos nacionalistas a primeira grande oportunidade de golo, nos pés de Lucas João, que na segunda parte falhou, o que parecia impossível falhar, mas já lá iremos. Por isso, quando o Porto se adiantou no marcador ao minuto 45, mesmo em cima do intervalo, com um belíssimo tento do espanhol Cristian Tello, que tem mostrado toda a sua qualidade de dragão ao peito, a obtenção deste tempo suou a castigo pesado para os donos da casa.
Na segunda parte, a equipa do Nacional não se mostrou abalada, nem sequer beliscada pelo golo obtido pelo FC Porto, os homens da ilha da Madeira continuaram a jogar da mesma forma e começou a pressentir-se que a vitória parcial dos dragões começava a perigar e, aos 64 minutos, Wagner bateu Helton e colocou justiça no marcador e a cambalhota só não aconteceu pouco depois, porque Lucas João, depois de uma excelente jogada pelo lado esquerdo, no coração da pequena área, com Helton em desespero esticado no relvado a tentar fazer a mancha, atirou de forma infantil a bola para as nuvens, perdeu-se um golo feito e a oportunidade do Nacional se colocar na frente do marcador. O FC Porto sentiu o abalo, percebeu-se que nos planos portistas não constava a possibilidade de perder pontos na Madeira, mas era o que se preparava para acontecer, Lopetegui ainda deitou mão de Quaresma, mas nem o Mustang conseguiu inverter o enlace do jogo, é certo que o FC Porto nos últimos 15 minutos fez um ataque cerrado à área de Gottardi, mas percebeu-se que o fez mais com o coração do que com a razão e assim, os azuais e brancos deixaram fugir uma oportunidade de ouro para se colar ao líder e exercer sobre estes, uma pressão extra.
No final do jogo, este empate aceita-se, pelo muito que o Nacional jogou e pela forma personalizada como abordou esta partida, mas acima de tudo, porque o FC Porto, que em caso de vitória ficava a um ponto do Benfica, não foi uma equipa competente o suficiente para levar de vencida a formação alvinegra, estranha-se a forma amorfa como os azuis e brancos se apresentaram em campo, pois sabedores do resultado do Benfica, era obrigação dos dragões terem tido uma atitude de mais alguma ousadia, lucidez e assertividade e já se sabe que uma equipa que não aproveita os brindes, fica com menos hipóteses de ser feliz e, desde a jornada 18 da época 2012/2013, que o FC Porto não aproveitava um deslize do Benfica.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).