Vitória folgada do Benfica, em Aveiro, casa emprestada do Tondela, por 0-4, desanuvia o céu da desconfiança.
Depois de copiosa e pesada derrota com o Sporting na jornada anterior, que foi precedida de uma derrota na Turquia, diante do Galatasaray, o Benfica e Rui Vitória, sabiam que a margem de erro para o jogo desta jornada era nula. Novo desaire (leia-se não vencer) poria em causa, por muito que Luís Filipe Vieira se esforce para o negar, o projecto do actual futebol encarnado, por isso, nada melhor que ir a jogo e entrar practicamente a ganhar. Já lá iremos.
Primeiro vamos olhar para o contexto desta partida, pois só nesta nona jornada é que o Benfica conseguiu a sua primeira vitória fora de portas (também é verdade que não jogou na Madeira diante do Nacional), o que, para o actual campeão nacional em título, é um registo muito negativo, demonstrativo que esta equipa está ainda longe daquilo que já fez e do que pode vir a fazer. Este jogo, apresentava-se então, após duas derrotas consecutivas, como uma prova de fogo para a estrutura (que mais uma vez levou uma bicada de Jorge Jesus, ao afirmar que nessa mesma estrutura, Rui Costa, é o único que realmente percebe de futebol), poderia ser considerado como uma prova de vida para este Benfica. Sem dúvida que foi, mas os encarnados, não baquearam e não deram hipótese ao um verdinho Tondela, talvez, o adversário ideal para a tarefa das águias.
Rui Vitória, sem Nelson Semedo, lesionado, um dos equilibradores defensivos e desequilibrados ofensivos da equipa e uma boa surpresa do campeonato, voltou a lançar outro jovem, o internacional moçambicano, Clésio Baúque (que viria a ser substituído na segunda parte por lesão, talvez traído pelo nervosismo da estreia), que ocupou a lateral direita da defensiva benfiquista, o técnico da formação da Luz optou por deixar de fora Eliseu, sendo Sílvio a ocupar a lateral esquerda; colocou no meio campo Talisca no lugar de André Almeida, dando à equipa maior posse ofensiva e maior poder de ataque. Os frutos desta alteração surgiram lugar aos 4 minutos, quando o Benfica se colocou na frente, com uma belíssima cabeçada de Jonas, com Matt Jones, guardião do Tondela, a não ficar isento de culpas. Este golo encheu o balão de oxigénio encarnado e permitiu à equipa ganhar confiança. Estava feito o mais difícil, estava aberto o caminho para a vitória que mais tarde se viria a comprovar fácil e folgada. O ritmo de jogo não era forte, mas a finalização encarnada foi letal, e até Markus Berger, defesa central da equipa visitada, deu uma ajuda, pois foi ele o autor, na sua própria baliza, do segundo golo encarnado, com um autêntico “charuto” enganou toda a gente e fez um chapéu perfeito ao seu guarda-redes, isto tudo, até aos 11 minutos. A vitória estava no papo e a tensão estava aliviada. Sem se assistir a um grande jogo, assistiu-se a uma vitória justa do Benfica, que sem ter feito uma partida muito vistosa, foi competente o suficiente para ganhar. Na noite de Aveiro percebeu-se que apenas o Benfica seria actor e, suportado pelos argumentistas Jonas, Gaitán, Gonçalo Guedes e Talisca, o filme da vitória teve fácil realização. Mostras disso foi isso que aconteceu ao minuto 43, quando o internacional brasileiro, Jonas, colocou a preceito a bola para Gonçalo Guedes demonstrar a sua qualidade e a sua frieza para bater Cláudio Ramos, que havia substituído Matt Jones, lesionado. Antes do intervalo, a vitória era um porto seguro, até porque da equipa do Tondela, orientado por Rui Bento, até então, nem um sinal de vida.
Na segunda parte o ritmo de jogo foi ainda mais baixo, pelos da casa nada havia a fazer, pois percebeu-se que a equipa do centro do país, tem lacunas que podem inviabilizar a sua coabitação com os grandes de futebol português e o Benfica, tinha feito o trabalho duro na primeira parte, e com jogo decisivo na quarta-feira na Luz, novamente com o Galatasaray, a prudência mandava que o ritmo do jogo fosse de passeio. Destaque para o golo de Carcela, aos 82 minutos, a fechar a contagem, e com o marroquino, sempre que pode, a mostrar serviço e para a estreia de Renato Sanches, mais um jovem da formação.
Em jeito de resumo, vitória folgada do Benfica que passou por Aveiro em velocidade suficiente para vencer de forma justa e não complicar mais a sua vida na liga portuguesa. Quanto ao Tondela, trabalho, muito trabalho pela frente que este campeonato vai ser difícil.
Depois de copiosa e pesada derrota com o Sporting na jornada anterior, que foi precedida de uma derrota na Turquia, diante do Galatasaray, o Benfica e Rui Vitória, sabiam que a margem de erro para o jogo desta jornada era nula. Novo desaire (leia-se não vencer) poria em causa, por muito que Luís Filipe Vieira se esforce para o negar, o projecto do actual futebol encarnado, por isso, nada melhor que ir a jogo e entrar practicamente a ganhar. Já lá iremos.
Primeiro vamos olhar para o contexto desta partida, pois só nesta nona jornada é que o Benfica conseguiu a sua primeira vitória fora de portas (também é verdade que não jogou na Madeira diante do Nacional), o que, para o actual campeão nacional em título, é um registo muito negativo, demonstrativo que esta equipa está ainda longe daquilo que já fez e do que pode vir a fazer. Este jogo, apresentava-se então, após duas derrotas consecutivas, como uma prova de fogo para a estrutura (que mais uma vez levou uma bicada de Jorge Jesus, ao afirmar que nessa mesma estrutura, Rui Costa, é o único que realmente percebe de futebol), poderia ser considerado como uma prova de vida para este Benfica. Sem dúvida que foi, mas os encarnados, não baquearam e não deram hipótese ao um verdinho Tondela, talvez, o adversário ideal para a tarefa das águias.
Rui Vitória, sem Nelson Semedo, lesionado, um dos equilibradores defensivos e desequilibrados ofensivos da equipa e uma boa surpresa do campeonato, voltou a lançar outro jovem, o internacional moçambicano, Clésio Baúque (que viria a ser substituído na segunda parte por lesão, talvez traído pelo nervosismo da estreia), que ocupou a lateral direita da defensiva benfiquista, o técnico da formação da Luz optou por deixar de fora Eliseu, sendo Sílvio a ocupar a lateral esquerda; colocou no meio campo Talisca no lugar de André Almeida, dando à equipa maior posse ofensiva e maior poder de ataque. Os frutos desta alteração surgiram lugar aos 4 minutos, quando o Benfica se colocou na frente, com uma belíssima cabeçada de Jonas, com Matt Jones, guardião do Tondela, a não ficar isento de culpas. Este golo encheu o balão de oxigénio encarnado e permitiu à equipa ganhar confiança. Estava feito o mais difícil, estava aberto o caminho para a vitória que mais tarde se viria a comprovar fácil e folgada. O ritmo de jogo não era forte, mas a finalização encarnada foi letal, e até Markus Berger, defesa central da equipa visitada, deu uma ajuda, pois foi ele o autor, na sua própria baliza, do segundo golo encarnado, com um autêntico “charuto” enganou toda a gente e fez um chapéu perfeito ao seu guarda-redes, isto tudo, até aos 11 minutos. A vitória estava no papo e a tensão estava aliviada. Sem se assistir a um grande jogo, assistiu-se a uma vitória justa do Benfica, que sem ter feito uma partida muito vistosa, foi competente o suficiente para ganhar. Na noite de Aveiro percebeu-se que apenas o Benfica seria actor e, suportado pelos argumentistas Jonas, Gaitán, Gonçalo Guedes e Talisca, o filme da vitória teve fácil realização. Mostras disso foi isso que aconteceu ao minuto 43, quando o internacional brasileiro, Jonas, colocou a preceito a bola para Gonçalo Guedes demonstrar a sua qualidade e a sua frieza para bater Cláudio Ramos, que havia substituído Matt Jones, lesionado. Antes do intervalo, a vitória era um porto seguro, até porque da equipa do Tondela, orientado por Rui Bento, até então, nem um sinal de vida.
Na segunda parte o ritmo de jogo foi ainda mais baixo, pelos da casa nada havia a fazer, pois percebeu-se que a equipa do centro do país, tem lacunas que podem inviabilizar a sua coabitação com os grandes de futebol português e o Benfica, tinha feito o trabalho duro na primeira parte, e com jogo decisivo na quarta-feira na Luz, novamente com o Galatasaray, a prudência mandava que o ritmo do jogo fosse de passeio. Destaque para o golo de Carcela, aos 82 minutos, a fechar a contagem, e com o marroquino, sempre que pode, a mostrar serviço e para a estreia de Renato Sanches, mais um jovem da formação.
Em jeito de resumo, vitória folgada do Benfica que passou por Aveiro em velocidade suficiente para vencer de forma justa e não complicar mais a sua vida na liga portuguesa. Quanto ao Tondela, trabalho, muito trabalho pela frente que este campeonato vai ser difícil.
Vitória suada do Sporting pela margem mínima, 1-0, sobre um competente Estoril, reforça a liderança leonina.
O Sporting, que viu o Porto adiar o seu jogo na Madeira, também diante do União, sabia que esta era uma oportunidade, ainda que à condição, de se afastar mais da concorrência directa e apesar das enormes dificuldades sentidas pela equipa orientada por Jorge Jesus, os leões venceram, numa noite que registou uma afluência de público enorme em Alvalade, 40 mil pessoas, que arrouparam os jogadores verde-e-brancos.
A equipa do Sporting tinha nesta jornada que não perder a oportunidade de voltar a vencer, até para dar a melhor continuidade ao percurso que a formação leonina vem fazendo e que tinha tido o seu momento mais alto, na jornada passada no Estádio da Luz, por isso, ganhar ao Estoril era uma espécie de obrigação. Só que este Estoril, bem orientado por Fabiano Soares, é uma equipa chata, porque sabe jogar, sabe o que quer e conhece bem os adversários. Foi por causa disso, que se calhar o melhor jogador leonino foi, Rui Patrício, que na primeira parte, com 2/3 defesas de grande qualidade e pregadas de atenção, evitou contratempos maiores para os leões.
Neste período, o Sporting, que não pode contar com Adrien, castigado e Naldo, lesionado, sentiu enormes dificuldades para contrariar a boa organização da equipa canarinha, que teve em Gerso e Bruno César, duas setas apontadas à sua baliza. Nunca os leões, nestes primeiros 45 minutos, encontraram o antidoto ideal para contornar a barreira estorilista. Neste primeiro tempo, muito bem jogado, a toada foi de parada e resposta, pelo Sporting, a batuta de construção foi entregue a João Mário, que se apoiava em Gelson Martins, titular neste jogo e Bryan Ruiz, cada vez mais adaptado à realidade portuguesa e à equipa, William surgia como habitualmente a varrer a linha defensiva do meio-campo. Se o conjunto leonino teve mais posse de bola, a formação estorilista teve sempre maior verticalidade e foi isso que fez desta primeira parte um jogo entretido e com boas oportunidades. Persistiu, no fim da primeira parte, o empate, que poderia e teria sido mais justo se existisse com golos.
No reatamento, o Sporting, depois de nos últimos 10 minutos da primeira parte ter tomado conta das operações, deu continuidade a esse domínio e imprimiu maior dinâmica. Fez bem o descanso aos leões, já o Estoril, não foi, tirando os últimos 5 minutos do jogo, a equipa da primeira parte. Cedo os leões se apoderaram da iniciativa e controlo das operações e o perigo começou a rondar cada vez mais de perto a baliza de Kieszek. O golo dos leões surgiu aos 55 minutos, na conversão de uma grande penalidade cobrada por Téo Gutierrez, que havia sofrido a falta para o castigo máximo, se bem que o lance vem precedido de fora de jogo do jogador colombiano, antes de ser derrubado por Afonso Taira.
Após o golo que adiantou os leões no marcador, a turma de Alvalade foi à procura do segundo, mas este não surgiu e quando Bruno César, aos 87 minutos, disparou um míssil que passou a rasar a barra da baliza leonina, o Sporting sentiu o toque e tremeu um pouco, sendo esse período da segunda parte, em que a formação visitante conseguiu ser uma amostra do que havia sido na primeira, tarde demais, mas a tempo de assustar. De referir que se o Estoril foi menos perigoso nestes segundos 45 minutos, tal se deveu à forma como os leões jogaram esta parte do jogo, não permitindo que a formação canarinha pudesse jogar a seu belo prazer.
Vitória justa do Sporting, que sentiu, principalmente na primeira parte, enormes dificuldades para contrariar a boa organização estorilista, que após ter jogado na Luz e no Dragão, veio a Alvalade mostrar o seu (bom) ADN.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
O Sporting, que viu o Porto adiar o seu jogo na Madeira, também diante do União, sabia que esta era uma oportunidade, ainda que à condição, de se afastar mais da concorrência directa e apesar das enormes dificuldades sentidas pela equipa orientada por Jorge Jesus, os leões venceram, numa noite que registou uma afluência de público enorme em Alvalade, 40 mil pessoas, que arrouparam os jogadores verde-e-brancos.
A equipa do Sporting tinha nesta jornada que não perder a oportunidade de voltar a vencer, até para dar a melhor continuidade ao percurso que a formação leonina vem fazendo e que tinha tido o seu momento mais alto, na jornada passada no Estádio da Luz, por isso, ganhar ao Estoril era uma espécie de obrigação. Só que este Estoril, bem orientado por Fabiano Soares, é uma equipa chata, porque sabe jogar, sabe o que quer e conhece bem os adversários. Foi por causa disso, que se calhar o melhor jogador leonino foi, Rui Patrício, que na primeira parte, com 2/3 defesas de grande qualidade e pregadas de atenção, evitou contratempos maiores para os leões.
Neste período, o Sporting, que não pode contar com Adrien, castigado e Naldo, lesionado, sentiu enormes dificuldades para contrariar a boa organização da equipa canarinha, que teve em Gerso e Bruno César, duas setas apontadas à sua baliza. Nunca os leões, nestes primeiros 45 minutos, encontraram o antidoto ideal para contornar a barreira estorilista. Neste primeiro tempo, muito bem jogado, a toada foi de parada e resposta, pelo Sporting, a batuta de construção foi entregue a João Mário, que se apoiava em Gelson Martins, titular neste jogo e Bryan Ruiz, cada vez mais adaptado à realidade portuguesa e à equipa, William surgia como habitualmente a varrer a linha defensiva do meio-campo. Se o conjunto leonino teve mais posse de bola, a formação estorilista teve sempre maior verticalidade e foi isso que fez desta primeira parte um jogo entretido e com boas oportunidades. Persistiu, no fim da primeira parte, o empate, que poderia e teria sido mais justo se existisse com golos.
No reatamento, o Sporting, depois de nos últimos 10 minutos da primeira parte ter tomado conta das operações, deu continuidade a esse domínio e imprimiu maior dinâmica. Fez bem o descanso aos leões, já o Estoril, não foi, tirando os últimos 5 minutos do jogo, a equipa da primeira parte. Cedo os leões se apoderaram da iniciativa e controlo das operações e o perigo começou a rondar cada vez mais de perto a baliza de Kieszek. O golo dos leões surgiu aos 55 minutos, na conversão de uma grande penalidade cobrada por Téo Gutierrez, que havia sofrido a falta para o castigo máximo, se bem que o lance vem precedido de fora de jogo do jogador colombiano, antes de ser derrubado por Afonso Taira.
Após o golo que adiantou os leões no marcador, a turma de Alvalade foi à procura do segundo, mas este não surgiu e quando Bruno César, aos 87 minutos, disparou um míssil que passou a rasar a barra da baliza leonina, o Sporting sentiu o toque e tremeu um pouco, sendo esse período da segunda parte, em que a formação visitante conseguiu ser uma amostra do que havia sido na primeira, tarde demais, mas a tempo de assustar. De referir que se o Estoril foi menos perigoso nestes segundos 45 minutos, tal se deveu à forma como os leões jogaram esta parte do jogo, não permitindo que a formação canarinha pudesse jogar a seu belo prazer.
Vitória justa do Sporting, que sentiu, principalmente na primeira parte, enormes dificuldades para contrariar a boa organização estorilista, que após ter jogado na Luz e no Dragão, veio a Alvalade mostrar o seu (bom) ADN.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).