Da Grécia chegam estas imagens de um dos dérbis mais escaldantes do futebol mundial. A rivalidade em Atenas, entre Olympiakos e Panathinaikos, é extrema e Vítor Pereira, técnico português que comanda o Olympiakos, ontem, ao cumprir um ritual seu, que consiste em tocar nas redes de ambas as balizas antes do início da partida, originou, com este acto, as cenas que em baixo, este vídeo, reproduz.
É um tema que me parece atual e que, com os últimos acontecimentos na capital, em virtude das atitudes das claques dois maiores clubes nacionais, ganhou maior ênfase. Desde as claques aos dirigentes dos clubes, todos têm a sua cota parte de responsabilidade neste estado de coisas.
Todos sabemos que o futebol é um mundo de paixões, mas não pode ser o bode expiatório de ódios e frustrações. A rivalidade é sadia e tem que existir sempre, como motivação, mas nunca como veículo de atitudes animalescas. As claques, deveriam sempre cumprir o seu papel de apoio e incentivo às equipas. Se assim fosse, o espetáculo seria sempre algo de maravilhoso, para quem se desloca aos estádios, para ver a sua equipa jogar.
Mas infelizmente não é o que se passa na maioria dos casos, com as claques a aproveitarem para extravasarem todos os seus ódios, não olhando a nada nem a ninguém, para o levarem a cabo. Ainda recentemente, num jogo de futsal, entre duas equipas da capital, foi exibida uma tarja que fazia alusão a um acontecimento de 1996, quando um adepto de um dos clubes, foi morto por um very-light.
Se a sua exibição, no pavilhão, só por si já era grave, mais grave me parece a desculpa de que a mesma não foi retirada por questões de segurança. Então, em que país é que vivemos, onde por questões de segurança não se punem os infratores? Não é isto um incentivo para que, futuramente, se pratiquem atos semelhante ou piores?
Ou então, o caso de um espetador, que num jogo de futebol da 1ª Liga, na cidade do Porto, atirou com a bola à cara do árbitro assistente. Quando este pediu ao responsável pela segurança no estádio, para o identificar e posteriormente expulsar do recinto de jogo, foi-lhe dito que não o retiraria por questões de segurança.
Então é mais seguro, para os restantes espetadores a manutenção, no estádio, de indivíduos desta estirpe? Se por vários motivos, incluindo o económico, já não vai muita gente aos estádios de futebol, não é com estas atitudes que se vai fazer aumentar essas mesmas assistências. Há que por cobro, com urgência, a este tipo de atitudes, sob pena de, lentamente, irmos matando um desporto, que ainda apaixona milhões.
Este texto de opinião foi escrito por José Manuel Torres, natural de Barcelos, aposentado da função pública, desempenhou funções de fiscalização no município barcelense. Foi também jogador do emblema do galo durante 11 épocas, jogando depois disso uma época no Vianense SC e outra no Desportivo da Aves. Como treinador exerceu funções durante 15 época na formação do Gil Vicente, treinou durante um ano o Desportivo de Monção, esteve uma época no Santa Maria e outra no Fragoso. Atualmente é comentador residente na rádio Barcelos onde acompanha o dia-a-dia do Gil Vicente.
Rectângulo Mágico
Todos sabemos que o futebol é um mundo de paixões, mas não pode ser o bode expiatório de ódios e frustrações. A rivalidade é sadia e tem que existir sempre, como motivação, mas nunca como veículo de atitudes animalescas. As claques, deveriam sempre cumprir o seu papel de apoio e incentivo às equipas. Se assim fosse, o espetáculo seria sempre algo de maravilhoso, para quem se desloca aos estádios, para ver a sua equipa jogar.
Mas infelizmente não é o que se passa na maioria dos casos, com as claques a aproveitarem para extravasarem todos os seus ódios, não olhando a nada nem a ninguém, para o levarem a cabo. Ainda recentemente, num jogo de futsal, entre duas equipas da capital, foi exibida uma tarja que fazia alusão a um acontecimento de 1996, quando um adepto de um dos clubes, foi morto por um very-light.
Se a sua exibição, no pavilhão, só por si já era grave, mais grave me parece a desculpa de que a mesma não foi retirada por questões de segurança. Então, em que país é que vivemos, onde por questões de segurança não se punem os infratores? Não é isto um incentivo para que, futuramente, se pratiquem atos semelhante ou piores?
Ou então, o caso de um espetador, que num jogo de futebol da 1ª Liga, na cidade do Porto, atirou com a bola à cara do árbitro assistente. Quando este pediu ao responsável pela segurança no estádio, para o identificar e posteriormente expulsar do recinto de jogo, foi-lhe dito que não o retiraria por questões de segurança.
Então é mais seguro, para os restantes espetadores a manutenção, no estádio, de indivíduos desta estirpe? Se por vários motivos, incluindo o económico, já não vai muita gente aos estádios de futebol, não é com estas atitudes que se vai fazer aumentar essas mesmas assistências. Há que por cobro, com urgência, a este tipo de atitudes, sob pena de, lentamente, irmos matando um desporto, que ainda apaixona milhões.
Este texto de opinião foi escrito por José Manuel Torres, natural de Barcelos, aposentado da função pública, desempenhou funções de fiscalização no município barcelense. Foi também jogador do emblema do galo durante 11 épocas, jogando depois disso uma época no Vianense SC e outra no Desportivo da Aves. Como treinador exerceu funções durante 15 época na formação do Gil Vicente, treinou durante um ano o Desportivo de Monção, esteve uma época no Santa Maria e outra no Fragoso. Atualmente é comentador residente na rádio Barcelos onde acompanha o dia-a-dia do Gil Vicente.
Rectângulo Mágico