A única coisa certa, à entrada para o derradeiro jogo da jornada, entre o SC Braga e o Sporting CP, era que a equipa que vencesse, terminaria esta jornada no pódio da primeira liga, ascendendo ao terceiro lugar da tabela.
No fim, mesmo ao cair do pano, o japonês Tanaka, puxou a sua espada de samurai e desferiu um golpe fatal ao SC Braga, um momento único que deixou os adeptos bracarenses com os olhos em bico e os adeptos leoninos com eles bem arregalados.
Num jogo repartido, que teve uma equipa a mandar em cada parte, fica-se com a sensação que ganhou a formação que quis ganhar durante mais tempo e que teve, no decorrer dos 90 minutos, mais e melhores oportunidade de golo.
Sem alterações naquele que era o figurino que se esperava tanto na formação de Sérgio Conceição, como na de Marco Silva, que se viu privado de Slimani e no seu lugar surgiu, com naturalidade, Fredy Montero, o jogo de cartaz desta jornada, não foi uma partida de encher o olho, mas foi um jogo com emoção até ao fim.
Entrou melhor em campo o Braga, a fazer valer a sua posição de dono da casa e a tentar, ainda embalado pelos 7-1 com que brindou o Belenenses a meio da semana, procurar chegar ao golo que lhe permitisse explanar da melhor forma o seu jogo. No decorrer da primeira parte foram melhores os Gverreiros do Minho, tiveram mais bola, se bem que por vezes, falharam na hora de definir, no momento ou do passe, ou do remate e valeu aos arsenalistas, nestes primeiros 45 minutos, o seu guardião Matheus, que defendeu com grande mestria, um remate à queima-roupa de Nani, mostrando o guarda-redes brasileiro, ser possuidor de uns reflexos invejáveis.
Na primeira parte, o miolo de ambas as formações esteve sempre em grande destaque, Danilo, Tiba e Micael, formavam um tridente que tentou conduzir e garantir fluência ao jogo de ataque dos donos do terreno, Pardo na direita, sempre pronto a furar a defesa contrária e a assustar os leões e Rafa, neste jogo um pouco apagado tentava, na esquerda, tentavam alimentar Éder, que esta noite não foi feliz e ficou aquém daquilo que se espera e se exige ao ponta de lança arsenalista. Neste melhor figurino de ataque arsenalista, a melhor oportunidade surgiu quando os da casa, num lance de desenho rápido e simples fizeram, através de Micael, a bola chegar a Pardo, este partiu os rins a Jefferson, serviu Rafa, mas aí brilhou Rui Patrício, que negou o golo e fechou os caminhos da sua baliza. Esfumava-se a opção de golo e ao intervalo, aceitava-se, o nulo no marcador.
No reatamento, sem alterações de parte a parte, o Sporting foi mais incisivo, notando-se mais rapidez de movimentos e maior intensidade, notou-se também, sobremaneira, a ausência de Slimani, muitas vezes a equipa construiu bem, mas na hora de cruzar, não tinha a habitual referência da área e isso provocou algumas jogadas sem nexo ou, no receio do cruzamento sem a resposta devida na área, a necessidade de iniciar novamente o lance à procura de outras opções. Os verde e brancos tiveram 25 minutos de grande nível, sufocando o Braga na sua zona mais recuada, obrigando o gigante Matheus a fazer 3/4 boas defesas, que negaram o golo aos forasteiros, contudo, este domínio da formação leonina, surgiu depois de uma boa jogada realizada por Pardo, que aproveitou um erro infantil de Maurício (mais um) e arrancou para a baliza, onde Rui Patrício foi, novamente, intransponível. Fica-se com a nítida sensação que esta jogada acordou os leões e, partir daqui, Adrien, João Mário, Montero, Nani e Carrillo, tomaram conta das operações, criando rápidas combinações de movimentos atacantes, que chegaram a dar sensação de golo mas, em alguns casos o guarda-redes do Braga foi mesmo gigante e noutros, a falta de pontaria foi gritante. Sem se conseguir chegar ao golo, os minutos avançavam, os treinadores começaram a fazer as habituais alterações, que permitiriam, na sua opinião, mudar o rumo dos acontecimentos, mas nada de produtivo se verificava com as entradas no Braga de Agra, Pedro Santos e Alan e no Sporting, Carlos Mané e Tanaka, mas não estava tudo perdido, embora, ao minuto 90, ninguém sabia que ainda estava para vir o momento do jogo. Os adeptos, a partir do momento que o árbitro, Hugo Miguel, deu os 3 minutos de compensação, ficaram com a sensação que o resultado estava feito, por esta altura já Sérgio Conceição havia recebido nova ordem de expulsão, a segunda esta época, e tudo se preparava para uma repartição de pontos que dava a entender, agradar a todos.
Mas surge o momento que decidiu o vencedor, Tanaka, o herói mais que improvável, que havia rendido Montero, foi lançado em velocidade, lutou com André Pinto, autor de uma exibição soberba, a posse de bola e ficou-se com a ideia que o central bracarense tinha o lance controlado mas surgiu, de forma intempestiva e descontrolada, Matheus, que saiu da área para atropelar o japonês, Hugo Miguel assinalou falta e na marcação da mesma, o samurai do Sporting, cobrou o livre de forma única e soberba, com a bola a entrar junto ao ângulo e a garantir 3 preciosos pontos para o emblema leonino, estava também, desta forma, consumada a primeira derrota do SC Braga em sua casa esta época.
Podem considerar os adeptos do SC Braga que esta derrota é um castigo demasiado pesado para as suas cores, que é injusto e que é, acima de tudo, uma derrota cruel. Já os adeptos leoninos não pensam o mesmo, aceitaria e há que dizê-lo que se calhar o empate seria o resultado mais justo, mas, como se escreveu no inicio destas linhas, a vitória também assenta bem ao conjunto leonino.
Uma nota final para um momento que deve fazer com que todos repensemos as nossas posturas. Muito mais importante que saber perder é saber ganhar. Após o golo que selou a vitória do Sporting, alguns jogadores leoninos foram pequenos nos festejos, na hora de dar largas à alegria, provocaram o público afecto ao emblema bracarense com atitudes despropositadas e insultuosas, que retiraram ao momento de glória do japonês, o brilhantismo que este merecia.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto-Lei 35.228/45 )
No fim, mesmo ao cair do pano, o japonês Tanaka, puxou a sua espada de samurai e desferiu um golpe fatal ao SC Braga, um momento único que deixou os adeptos bracarenses com os olhos em bico e os adeptos leoninos com eles bem arregalados.
Num jogo repartido, que teve uma equipa a mandar em cada parte, fica-se com a sensação que ganhou a formação que quis ganhar durante mais tempo e que teve, no decorrer dos 90 minutos, mais e melhores oportunidade de golo.
Sem alterações naquele que era o figurino que se esperava tanto na formação de Sérgio Conceição, como na de Marco Silva, que se viu privado de Slimani e no seu lugar surgiu, com naturalidade, Fredy Montero, o jogo de cartaz desta jornada, não foi uma partida de encher o olho, mas foi um jogo com emoção até ao fim.
Entrou melhor em campo o Braga, a fazer valer a sua posição de dono da casa e a tentar, ainda embalado pelos 7-1 com que brindou o Belenenses a meio da semana, procurar chegar ao golo que lhe permitisse explanar da melhor forma o seu jogo. No decorrer da primeira parte foram melhores os Gverreiros do Minho, tiveram mais bola, se bem que por vezes, falharam na hora de definir, no momento ou do passe, ou do remate e valeu aos arsenalistas, nestes primeiros 45 minutos, o seu guardião Matheus, que defendeu com grande mestria, um remate à queima-roupa de Nani, mostrando o guarda-redes brasileiro, ser possuidor de uns reflexos invejáveis.
Na primeira parte, o miolo de ambas as formações esteve sempre em grande destaque, Danilo, Tiba e Micael, formavam um tridente que tentou conduzir e garantir fluência ao jogo de ataque dos donos do terreno, Pardo na direita, sempre pronto a furar a defesa contrária e a assustar os leões e Rafa, neste jogo um pouco apagado tentava, na esquerda, tentavam alimentar Éder, que esta noite não foi feliz e ficou aquém daquilo que se espera e se exige ao ponta de lança arsenalista. Neste melhor figurino de ataque arsenalista, a melhor oportunidade surgiu quando os da casa, num lance de desenho rápido e simples fizeram, através de Micael, a bola chegar a Pardo, este partiu os rins a Jefferson, serviu Rafa, mas aí brilhou Rui Patrício, que negou o golo e fechou os caminhos da sua baliza. Esfumava-se a opção de golo e ao intervalo, aceitava-se, o nulo no marcador.
No reatamento, sem alterações de parte a parte, o Sporting foi mais incisivo, notando-se mais rapidez de movimentos e maior intensidade, notou-se também, sobremaneira, a ausência de Slimani, muitas vezes a equipa construiu bem, mas na hora de cruzar, não tinha a habitual referência da área e isso provocou algumas jogadas sem nexo ou, no receio do cruzamento sem a resposta devida na área, a necessidade de iniciar novamente o lance à procura de outras opções. Os verde e brancos tiveram 25 minutos de grande nível, sufocando o Braga na sua zona mais recuada, obrigando o gigante Matheus a fazer 3/4 boas defesas, que negaram o golo aos forasteiros, contudo, este domínio da formação leonina, surgiu depois de uma boa jogada realizada por Pardo, que aproveitou um erro infantil de Maurício (mais um) e arrancou para a baliza, onde Rui Patrício foi, novamente, intransponível. Fica-se com a nítida sensação que esta jogada acordou os leões e, partir daqui, Adrien, João Mário, Montero, Nani e Carrillo, tomaram conta das operações, criando rápidas combinações de movimentos atacantes, que chegaram a dar sensação de golo mas, em alguns casos o guarda-redes do Braga foi mesmo gigante e noutros, a falta de pontaria foi gritante. Sem se conseguir chegar ao golo, os minutos avançavam, os treinadores começaram a fazer as habituais alterações, que permitiriam, na sua opinião, mudar o rumo dos acontecimentos, mas nada de produtivo se verificava com as entradas no Braga de Agra, Pedro Santos e Alan e no Sporting, Carlos Mané e Tanaka, mas não estava tudo perdido, embora, ao minuto 90, ninguém sabia que ainda estava para vir o momento do jogo. Os adeptos, a partir do momento que o árbitro, Hugo Miguel, deu os 3 minutos de compensação, ficaram com a sensação que o resultado estava feito, por esta altura já Sérgio Conceição havia recebido nova ordem de expulsão, a segunda esta época, e tudo se preparava para uma repartição de pontos que dava a entender, agradar a todos.
Mas surge o momento que decidiu o vencedor, Tanaka, o herói mais que improvável, que havia rendido Montero, foi lançado em velocidade, lutou com André Pinto, autor de uma exibição soberba, a posse de bola e ficou-se com a ideia que o central bracarense tinha o lance controlado mas surgiu, de forma intempestiva e descontrolada, Matheus, que saiu da área para atropelar o japonês, Hugo Miguel assinalou falta e na marcação da mesma, o samurai do Sporting, cobrou o livre de forma única e soberba, com a bola a entrar junto ao ângulo e a garantir 3 preciosos pontos para o emblema leonino, estava também, desta forma, consumada a primeira derrota do SC Braga em sua casa esta época.
Podem considerar os adeptos do SC Braga que esta derrota é um castigo demasiado pesado para as suas cores, que é injusto e que é, acima de tudo, uma derrota cruel. Já os adeptos leoninos não pensam o mesmo, aceitaria e há que dizê-lo que se calhar o empate seria o resultado mais justo, mas, como se escreveu no inicio destas linhas, a vitória também assenta bem ao conjunto leonino.
Uma nota final para um momento que deve fazer com que todos repensemos as nossas posturas. Muito mais importante que saber perder é saber ganhar. Após o golo que selou a vitória do Sporting, alguns jogadores leoninos foram pequenos nos festejos, na hora de dar largas à alegria, provocaram o público afecto ao emblema bracarense com atitudes despropositadas e insultuosas, que retiraram ao momento de glória do japonês, o brilhantismo que este merecia.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto-Lei 35.228/45 )