O Sporting na Madeira, diante do Marítimo e o FC Porto, no Dragão, contra o Arouca, venceram os seus jogos, nos dois casos pela margem mínima, 1-0, mas a qualidade do futebol apresentado não passou de um enorme bocejo em tarde/início de noite primaveril.
Prenda só mesmo para Adrien
O médio leonino, que ontem celebrava 26 anos, foi o marcador do único golo da tarde, ao converter uma grande penalidade, cometida sobre Jefferson, ainda no decorrer do primeiro tempo, coroando dessa forma o seu aniversário com o tento da vitória.
O início de jogo deixou antever um Marítimo aguerrido e a explorar com frequência o flanco esquerdo da defesa leonina, com Marega, um portento de força de velocidade a dar "água pelas barbas" a Jefferson, mas não só, pois Paulo Oliveira e Ewerton andavam também numa roda-viva, sem encontrarem o antidoto para esta forma de jogar da equipa agora orientada por Ivo Vieira, que aproveitou o facto de Nani, defensivamente, não ser o melhor dos companheiros. Aos 4 minutos, o susto foi enorme para as hostes leoninas, Marega fugiu nas costas de Jefferson, Paulo Oliveira e Ewerton nem vê-los, o francês surgiu na cara de Patrício, mas o guardião leonino teve uma frieza digna de um icebergue e no último suspiro, tirou o pão da boca ao avançado verde-rubro, sendo este o melhor momento do Marítimo em todo o jogo, o Sporting demorou cerca de 20 minutos a encontrar o antidoto para este problema, foram, neste primeiros 20 minutos, constantes as chamadas a jogo de Marega e foram também constantes as dificuldades da linha defensiva verde e branca para travar tais incursões, muito por culpa da descoordenação do sector e porque Oriol Rosell, não dá à defesa a solidez que William oferece.
Após este início titubeante, os leões começaram a tomar conta das ocorrências, João Mário começou a ter mais bola, Carrillo aproveitou para explorar o flanco direito e Jefferson, depois dos arrepios iniciais, começou a dar maior profundidade ao ataque. Sem ter conseguido criar grandes chances de golo, que durante todo o jogo foram bem escassas, os comandados de Marco Silva conseguiram ganhar uma grande penalidade, à passagem da meia hora e foi o qb, para a equipa leonina somar os 3 pontos. Jogo poderia resumir-se a isto, pois na primeira parte e nos segundos 45 minutos, mais nada de relevante se passou, a não ser uma aproximação dos donos da casa, ao minuto 35, que Rui Patrício voltou a segurar. Ao intervalo o Sporting estava na frente e assim foi até ao fim do jogo.
A segunda metade do jogo foi um enorme bocejo, muito boa para o bronze, pois o Sol e o calor reinante na capital da Madeira permitiam tal, pois futebol, nestes três quartos de hora, nem vê-lo. Chegou ser preocupante ver a incapacidade que os maritimistas demonstraram para incomodar o Sporting e ficou-se com a sensação que os leões, depois de conseguidos os serviços mínimos, pensaram cedo demais, que o jogo estava arrumado, o que levou a partida para um desinteresse total, nem as alterações levadas a cabo pelos técnicos, trouxerem qualquer vivacidade ao jogo.
No fim das contas, o Sporting conquistou os 3 pontos e alicerçou o terceiro lugar, aproveitando da melhor forma as derrotas do SC Braga, contra FC Porto e Benfica e assim repôs a diferença pontual para os minhotos. Quanto ao jogo em si, saudades não deixa e o público que se deslocou ao renovado estádio do Marítimo, não merecia ser presenteado com tão pobre espectáculo.
Prenda só mesmo para Adrien
O médio leonino, que ontem celebrava 26 anos, foi o marcador do único golo da tarde, ao converter uma grande penalidade, cometida sobre Jefferson, ainda no decorrer do primeiro tempo, coroando dessa forma o seu aniversário com o tento da vitória.
O início de jogo deixou antever um Marítimo aguerrido e a explorar com frequência o flanco esquerdo da defesa leonina, com Marega, um portento de força de velocidade a dar "água pelas barbas" a Jefferson, mas não só, pois Paulo Oliveira e Ewerton andavam também numa roda-viva, sem encontrarem o antidoto para esta forma de jogar da equipa agora orientada por Ivo Vieira, que aproveitou o facto de Nani, defensivamente, não ser o melhor dos companheiros. Aos 4 minutos, o susto foi enorme para as hostes leoninas, Marega fugiu nas costas de Jefferson, Paulo Oliveira e Ewerton nem vê-los, o francês surgiu na cara de Patrício, mas o guardião leonino teve uma frieza digna de um icebergue e no último suspiro, tirou o pão da boca ao avançado verde-rubro, sendo este o melhor momento do Marítimo em todo o jogo, o Sporting demorou cerca de 20 minutos a encontrar o antidoto para este problema, foram, neste primeiros 20 minutos, constantes as chamadas a jogo de Marega e foram também constantes as dificuldades da linha defensiva verde e branca para travar tais incursões, muito por culpa da descoordenação do sector e porque Oriol Rosell, não dá à defesa a solidez que William oferece.
Após este início titubeante, os leões começaram a tomar conta das ocorrências, João Mário começou a ter mais bola, Carrillo aproveitou para explorar o flanco direito e Jefferson, depois dos arrepios iniciais, começou a dar maior profundidade ao ataque. Sem ter conseguido criar grandes chances de golo, que durante todo o jogo foram bem escassas, os comandados de Marco Silva conseguiram ganhar uma grande penalidade, à passagem da meia hora e foi o qb, para a equipa leonina somar os 3 pontos. Jogo poderia resumir-se a isto, pois na primeira parte e nos segundos 45 minutos, mais nada de relevante se passou, a não ser uma aproximação dos donos da casa, ao minuto 35, que Rui Patrício voltou a segurar. Ao intervalo o Sporting estava na frente e assim foi até ao fim do jogo.
A segunda metade do jogo foi um enorme bocejo, muito boa para o bronze, pois o Sol e o calor reinante na capital da Madeira permitiam tal, pois futebol, nestes três quartos de hora, nem vê-lo. Chegou ser preocupante ver a incapacidade que os maritimistas demonstraram para incomodar o Sporting e ficou-se com a sensação que os leões, depois de conseguidos os serviços mínimos, pensaram cedo demais, que o jogo estava arrumado, o que levou a partida para um desinteresse total, nem as alterações levadas a cabo pelos técnicos, trouxerem qualquer vivacidade ao jogo.
No fim das contas, o Sporting conquistou os 3 pontos e alicerçou o terceiro lugar, aproveitando da melhor forma as derrotas do SC Braga, contra FC Porto e Benfica e assim repôs a diferença pontual para os minhotos. Quanto ao jogo em si, saudades não deixa e o público que se deslocou ao renovado estádio do Marítimo, não merecia ser presenteado com tão pobre espectáculo.
Porto obrigado a trabalhos extra
O FC Porto depois da brilhante noite europeia contra o Basileia e sabedor da vitória do Benfica diante do Braga, precisava vencer, como de resto fez, o Arouca, para seguir na pegada das águias. Não esperavam os dragões tem de suar e lutar como lutaram para levar de vencida a equipa de Pedro Emanuel.
Sem poder contar com Danilo, que se tinha lesionado num choque com Fabiano na passada terça-feira, com Tello no banco, pois o espanhol passou parte da semana sem treinar, autorizado pela SAD a deslocar-se a Espanha para tratar de assuntos pessoais e com Maicon a dar sinais de fadiga, Lopetegui abriu a porta da titularidade a Ricardo Pereira, Quaresma e Martins Indi, fazendo também regressar Oliver (esteve parado devido a lesão) para o lugar de Evandro.
No estádio a confiança dos adeptos era total na vitória, só que ao minuto 12, Fabiano acorre a uma subida rápida do Arouca e fora da área faz falta sobre Rui Sampaio, avançado forasteiro, o árbitro, Jorge Tavares, marcou a respectiva falta, o suspense ficou no ar com os adeptos e o treinador a olharem desesperados para o juiz da partida, vermelho mostrado, bruá e assobios da plateia, enquanto Lopetegui começava a magicar uma solução, cedo o FC Porto se viu privado de um elemento que por força da especificidade do lugar, obrigava a sacrificar um jogador de campo para lançar Helton na partida. A escolha recaiu em Ricardo Pereira, cabisbaixo e resignado, o jovem internacional português abandonou o relvado e o treinador basco optou por uma linha de 3 defesas na primeira parte, com Martins Indi, Marcano e Alex Sandro a segurar a zona mais recuada. Sabedores que o desgaste da noite europeia poderia custar caro com o passar dos minutos, os dragões partiram em busca dos pontos precisos e tentaram, mesmo com menos um jogador, colar o Arouca à sua zona mais recuada. Neste pecúlio, Quaresma esteve em noite inspirada, e foi ele quem mais remou contra a maré laranja (ontem o Arouca surpreendeu ao equipar dessa cor) que se estendeu, ou tentou estender, no relvado do Dragão. Pouco antes da assistência para o golo, numa incursão, mais uma, pelo lado direito do ataque azul e branco, o extremo, a quem já chamaram de Harry Potter, depois de uma tentativa frustrada de cruzamento insistiu e foi à luta pela segunda bola, nesse momento sofreu um pontapé na cabeça de Diego, que o juiz, que tão bem tinha analisado o lance da expulsão de Fabiano, inexplicavelmente, deixou seguir, Quaresma demorou a levantar-se, pouco depois ainda voltou a cair no relvado (novo susto no Dragão), mas nada que tivesse tirado a energia ao Mustang, que após uma boa combinação de ataque, solicitou, com mel e avelãs, o camaronês Aboubakar e este, sem se fazer rogado, desferiu o golpe fatal de cabeça. Estava feito o resultado do jogo, com o Arouca a ver jogar, sem capacidade para contrariar, ainda que com mais um jogador em campo, a supremacia do FC Porto. Os dragões tentaram ainda “matar” a contenda, mas tal não foi possível, pois o marcador não voltou a mexer e isso trazia maior pressão para o que ainda faltava jogar.
A segunda parte foi, tal como o jogo do Sporting contra o Marítimo, um total aborrecimento, o FC Porto congelou a partida, não havia pernas para correrias e a vantagem obrigava os forasteiros a tentarem a sua sorte. Sem nunca perder o controlo do jogo, os azuis e brancos ainda permitiram 2 ou 3 momentos de maior perigo na sua área, mas aí veio ao de cima a classe de Helton que, numa das ocasiões, mostrou toda a sua qualidade ao defender uma bola que levava selo de golo, percebeu-se também que o Arouca não tinha argumentos para contrariar os portistas e nunca a equipa orientada por Pedro Emanuel foi capaz, de encostar o FC Porto às cordas.
Assim, não da forma que a maioria dos adeptos sonhava, mas de maneira mais prática, pois os contornos do jogo a isso obrigaram, os homens de Julen Lopetegui somaram os 3 pontos e continuam no encalço do Benfica.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Sem poder contar com Danilo, que se tinha lesionado num choque com Fabiano na passada terça-feira, com Tello no banco, pois o espanhol passou parte da semana sem treinar, autorizado pela SAD a deslocar-se a Espanha para tratar de assuntos pessoais e com Maicon a dar sinais de fadiga, Lopetegui abriu a porta da titularidade a Ricardo Pereira, Quaresma e Martins Indi, fazendo também regressar Oliver (esteve parado devido a lesão) para o lugar de Evandro.
No estádio a confiança dos adeptos era total na vitória, só que ao minuto 12, Fabiano acorre a uma subida rápida do Arouca e fora da área faz falta sobre Rui Sampaio, avançado forasteiro, o árbitro, Jorge Tavares, marcou a respectiva falta, o suspense ficou no ar com os adeptos e o treinador a olharem desesperados para o juiz da partida, vermelho mostrado, bruá e assobios da plateia, enquanto Lopetegui começava a magicar uma solução, cedo o FC Porto se viu privado de um elemento que por força da especificidade do lugar, obrigava a sacrificar um jogador de campo para lançar Helton na partida. A escolha recaiu em Ricardo Pereira, cabisbaixo e resignado, o jovem internacional português abandonou o relvado e o treinador basco optou por uma linha de 3 defesas na primeira parte, com Martins Indi, Marcano e Alex Sandro a segurar a zona mais recuada. Sabedores que o desgaste da noite europeia poderia custar caro com o passar dos minutos, os dragões partiram em busca dos pontos precisos e tentaram, mesmo com menos um jogador, colar o Arouca à sua zona mais recuada. Neste pecúlio, Quaresma esteve em noite inspirada, e foi ele quem mais remou contra a maré laranja (ontem o Arouca surpreendeu ao equipar dessa cor) que se estendeu, ou tentou estender, no relvado do Dragão. Pouco antes da assistência para o golo, numa incursão, mais uma, pelo lado direito do ataque azul e branco, o extremo, a quem já chamaram de Harry Potter, depois de uma tentativa frustrada de cruzamento insistiu e foi à luta pela segunda bola, nesse momento sofreu um pontapé na cabeça de Diego, que o juiz, que tão bem tinha analisado o lance da expulsão de Fabiano, inexplicavelmente, deixou seguir, Quaresma demorou a levantar-se, pouco depois ainda voltou a cair no relvado (novo susto no Dragão), mas nada que tivesse tirado a energia ao Mustang, que após uma boa combinação de ataque, solicitou, com mel e avelãs, o camaronês Aboubakar e este, sem se fazer rogado, desferiu o golpe fatal de cabeça. Estava feito o resultado do jogo, com o Arouca a ver jogar, sem capacidade para contrariar, ainda que com mais um jogador em campo, a supremacia do FC Porto. Os dragões tentaram ainda “matar” a contenda, mas tal não foi possível, pois o marcador não voltou a mexer e isso trazia maior pressão para o que ainda faltava jogar.
A segunda parte foi, tal como o jogo do Sporting contra o Marítimo, um total aborrecimento, o FC Porto congelou a partida, não havia pernas para correrias e a vantagem obrigava os forasteiros a tentarem a sua sorte. Sem nunca perder o controlo do jogo, os azuis e brancos ainda permitiram 2 ou 3 momentos de maior perigo na sua área, mas aí veio ao de cima a classe de Helton que, numa das ocasiões, mostrou toda a sua qualidade ao defender uma bola que levava selo de golo, percebeu-se também que o Arouca não tinha argumentos para contrariar os portistas e nunca a equipa orientada por Pedro Emanuel foi capaz, de encostar o FC Porto às cordas.
Assim, não da forma que a maioria dos adeptos sonhava, mas de maneira mais prática, pois os contornos do jogo a isso obrigaram, os homens de Julen Lopetegui somaram os 3 pontos e continuam no encalço do Benfica.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).