O Sporting venceu um combativo e bem organizado, defensivamente, Gil Vicente, por 2-0, na recepção ao barcelenses, em jogo a contar para a jornada 22 da Liga NOS e colocou, com esta vitória, um ponto final numa série de 3 jogos seguidos (2 na Liga NOS, que terminaram empatados e a derrota na Liga Europa) sem vencer.
Numa semana muito importante para o futuro dos leões, que nos próximos dias tem em mãos algumas das decisões mais importantes da época. Na próxima quinta-feira, dia 26, na segunda mão dos 16 avos de final da Liga Europa, os leões recebem o Wolsfburgo e tem a árdua tarefa de virar o 2-0 da primeira mão; passados 3 dias, domingo, dia 1 de Março, viagem até ao Dragão para continuar acalentar o sonho, cada vez mais longínquo, do título e permanecer na luta pelo segundo lugar e, na quinta-feira seguinte, dia 5, viagem à Madeira, para jogar a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, no terreno do Nacional, por isso, Marco Silva, optou, nesta recepção ao galo de Barcelos, por fazer algumas alterações no onze inicial, numa clara gestão dos activos que tem à sua mercê. Miguel Lopes, André Martins, Carlos Mané e Tanaka foram opções para a equipa titular, entrando para os lugares de Cédric, este a cumprir um jogo de castigo, Adrien, Carrillo e Montero, estes por opção, sendo que Adrien, “à bica” com quatro cartões, ficou no banco, com o treinador, muito provavelmente, a pensar na deslocação à casa do FC Porto do próximo domingo, já que Marco Silva, arriscou ao colocar William Carvalho em campo, ele que também ficava excluído da viagem à cidade invicta, caso fosse amarelado.
A primeira parte foi disputada a um ritmo muito lento, sem ideias os leões tiveram dificuldades em desmontar a teia montada por José Mota, que agora no plantel tem soluções que lhe permitem encarar o resto da época com optimismo reforçado, Cadú, Berger, Romeu Ribeiro, Semedo e Yazalde, homens que chegaram na janela de contratações de Janeiro, conferem a este Gil Vicente, uma maior qualidade colectiva e individual que neste jogo, possibilitou mesmo que na primeira parte, Diogo Viana, na cara de Patrício, falhasse de forma escandalosa uma boa chance de colocar os gilistas na frente; por seu turno, o Sporting, conforme já se disse, parco em ideias e soluções, apenas por uma vez, por intermédio de Carlos Mané, conseguiu importunar Adriano Fachinni, mas este, como é hábito, fechou de forma superior o caminho da baliza e na segunda parte, com excelentes defesas, evitou o avolumar do resultado.
Da primeira parte ficam ainda três lances dignos de registo, todos eles protagonizados por quem devia manter-se na sombra, o árbitro, Jorge Tavares, que claramente, jogo após jogo, demonstra que tem pouco jeito para estas questões do apito, a saber: aos 34 minutos, Cadú, derrubou João Mário dentro da área, ficou penalti por marcar e respectivo cartão vermelho por mostrar ao central gilista; minutos mais tarde, no lance em que o Gil Vicente, por Diogo Viana, poderia ter-se adiantado no marcador, o árbitro errou ao deixar que a jogada prosseguisse, pois quando William marcou o livre, Yazalde, além de não estar à distância regulamentar, fez o movimento com o pé para travar o caminho da bola, situação que deveria ter sido punida pelo árbitro com cartão amarelo; aos 43, Markus Berger, derrubou Paulo Oliveira na área, novo castigo máximo por assinalar.
Até se compreende que os árbitros peçam respeito, até se pode perceber que possam ameaçar com uma greve devido às considerações que lhes têm sido feitas, nada elegantes em alguns casos, mas também já é tempo de se deixar a incompetência de lado e esta época, ao nível de arbitragem, a coisa não tem corrido nada bem.
Na segunda parte, os leões surgiram no terreno de jogo um pouco mais afoitos, com maior velocidade e com movimentações mais assertivas junto à área de rigor barcelense e quando Marco Silva, já dava instruções a Carrillo e Montero, Junya Tanaka, com o joelho, ao minuto 53, fazia o primeiro em Alvalade, dando melhor seguimento a um pontapé de canto batido por Jefferson na direita, com a bola a sofrer um desvio ao primeiro poste e com o japonês, solto na pequena área, a marcar de forma pouco ortodoxa, mas eficaz. Marco Silva retraiu-se, apenas fez entrar Carrillo e mandou sentar Montero, que viu, desde o banco, ao minuto 69, Nani fazer uma obra de arte, que só as imagens conseguem descrever (ver aqui o grande momento de Nani). Fica também na retina, a imagem de Nani a chorar após a obtenção do golo, ele que tem estado uns furos abaixo daquilo que já fez esta época.
A partir deste instante, o jogo caminhou para o fim com Adriano Fachinni a brilhar em grande estilo e a não permitir que os números finais fossem engrossados.
Antes da recepção ao Wolfsburgo e da deslocação ao Dragão, dois jogos de grau de dificuldade muito elevado, nada melhor que uma vitória justa e segura de um Sporting que foi bem melhor nos segundos 45 minutos do jogo.
Numa semana muito importante para o futuro dos leões, que nos próximos dias tem em mãos algumas das decisões mais importantes da época. Na próxima quinta-feira, dia 26, na segunda mão dos 16 avos de final da Liga Europa, os leões recebem o Wolsfburgo e tem a árdua tarefa de virar o 2-0 da primeira mão; passados 3 dias, domingo, dia 1 de Março, viagem até ao Dragão para continuar acalentar o sonho, cada vez mais longínquo, do título e permanecer na luta pelo segundo lugar e, na quinta-feira seguinte, dia 5, viagem à Madeira, para jogar a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, no terreno do Nacional, por isso, Marco Silva, optou, nesta recepção ao galo de Barcelos, por fazer algumas alterações no onze inicial, numa clara gestão dos activos que tem à sua mercê. Miguel Lopes, André Martins, Carlos Mané e Tanaka foram opções para a equipa titular, entrando para os lugares de Cédric, este a cumprir um jogo de castigo, Adrien, Carrillo e Montero, estes por opção, sendo que Adrien, “à bica” com quatro cartões, ficou no banco, com o treinador, muito provavelmente, a pensar na deslocação à casa do FC Porto do próximo domingo, já que Marco Silva, arriscou ao colocar William Carvalho em campo, ele que também ficava excluído da viagem à cidade invicta, caso fosse amarelado.
A primeira parte foi disputada a um ritmo muito lento, sem ideias os leões tiveram dificuldades em desmontar a teia montada por José Mota, que agora no plantel tem soluções que lhe permitem encarar o resto da época com optimismo reforçado, Cadú, Berger, Romeu Ribeiro, Semedo e Yazalde, homens que chegaram na janela de contratações de Janeiro, conferem a este Gil Vicente, uma maior qualidade colectiva e individual que neste jogo, possibilitou mesmo que na primeira parte, Diogo Viana, na cara de Patrício, falhasse de forma escandalosa uma boa chance de colocar os gilistas na frente; por seu turno, o Sporting, conforme já se disse, parco em ideias e soluções, apenas por uma vez, por intermédio de Carlos Mané, conseguiu importunar Adriano Fachinni, mas este, como é hábito, fechou de forma superior o caminho da baliza e na segunda parte, com excelentes defesas, evitou o avolumar do resultado.
Da primeira parte ficam ainda três lances dignos de registo, todos eles protagonizados por quem devia manter-se na sombra, o árbitro, Jorge Tavares, que claramente, jogo após jogo, demonstra que tem pouco jeito para estas questões do apito, a saber: aos 34 minutos, Cadú, derrubou João Mário dentro da área, ficou penalti por marcar e respectivo cartão vermelho por mostrar ao central gilista; minutos mais tarde, no lance em que o Gil Vicente, por Diogo Viana, poderia ter-se adiantado no marcador, o árbitro errou ao deixar que a jogada prosseguisse, pois quando William marcou o livre, Yazalde, além de não estar à distância regulamentar, fez o movimento com o pé para travar o caminho da bola, situação que deveria ter sido punida pelo árbitro com cartão amarelo; aos 43, Markus Berger, derrubou Paulo Oliveira na área, novo castigo máximo por assinalar.
Até se compreende que os árbitros peçam respeito, até se pode perceber que possam ameaçar com uma greve devido às considerações que lhes têm sido feitas, nada elegantes em alguns casos, mas também já é tempo de se deixar a incompetência de lado e esta época, ao nível de arbitragem, a coisa não tem corrido nada bem.
Na segunda parte, os leões surgiram no terreno de jogo um pouco mais afoitos, com maior velocidade e com movimentações mais assertivas junto à área de rigor barcelense e quando Marco Silva, já dava instruções a Carrillo e Montero, Junya Tanaka, com o joelho, ao minuto 53, fazia o primeiro em Alvalade, dando melhor seguimento a um pontapé de canto batido por Jefferson na direita, com a bola a sofrer um desvio ao primeiro poste e com o japonês, solto na pequena área, a marcar de forma pouco ortodoxa, mas eficaz. Marco Silva retraiu-se, apenas fez entrar Carrillo e mandou sentar Montero, que viu, desde o banco, ao minuto 69, Nani fazer uma obra de arte, que só as imagens conseguem descrever (ver aqui o grande momento de Nani). Fica também na retina, a imagem de Nani a chorar após a obtenção do golo, ele que tem estado uns furos abaixo daquilo que já fez esta época.
A partir deste instante, o jogo caminhou para o fim com Adriano Fachinni a brilhar em grande estilo e a não permitir que os números finais fossem engrossados.
Antes da recepção ao Wolfsburgo e da deslocação ao Dragão, dois jogos de grau de dificuldade muito elevado, nada melhor que uma vitória justa e segura de um Sporting que foi bem melhor nos segundos 45 minutos do jogo.
Dérbi da Cidade Invicta, resolvido nos instantes finais
O FC Porto precisou sofrer para vencer o Boavista por 0-2, com os golos a surgirem nos últimos minutos de jogo, por intermédio de Jackson Martinez (com a obtenção deste golo, já furou as redes de todos os emblemas da Liga NOS), ao minuto 79 e Brahimi, aos 86 minutos.
Um dérbi é sempre um dérbi, não interessa quem é a melhor equipa, não contam os orçamentos de cada emblema, conta sim, em grande percentagem, a rivalidade entre os dois emblemas. Após sete longas épocas sem se viver esta atmosfera no Bessa, a casa da pantera recebeu , com uma boa casa, um jogo sempre especial, entre emblemas que hoje, vivem realidades muito diferentes.
Depois da boa exibição conseguida para a Liga dos Campeões, que redundou num empate frente a um Basileia, na passada quarta-feira, equipa que não é, nem de longe nem de perto, do mesmo calibre do FC Porto, Julen Lopetegui, não satisfeito pelo facto de não poder contar com Danilo, Alex Sandro e Casemiro, todos castigados e ainda Oliver Torres, lesionado, decidiu recuperar tradições antigas e ainda fez saltar para a titularidade Quaresma e Hêrnani. Lopetegui é assim, gosta de sofrer e por isso, Brahimi e Tello ficaram no banco de suplentes. Estranha-se esta abordagem do técnico espanhol, pois não tendo os azuis e brancos, mais nenhum compromisso até Domingo, se calhar, o risco corrido, foi demasiado grande para um jogo onde era imperativo vencer.
Na primeira parte, como no jogo todo, o FC Porto teve a iniciativa do jogo, o Boavista, que tem em todos os jogos uma postura de combate e garra, reforçou a sua zona defensiva e tentou, no seu meio campo, tapar os caminhos da baliza de Mica, por seu turno os dragões faziam o que lhes competia e que lhes é habitual, toque curto e rápido, desdobramentos nas laterais e tentativa de fazer a bola chegar à área em condições para Jackson facturar, mas a lucidez nem sempre foi a melhor e Hernâni, nesta sua estreia a titular, não teve acutilância que lhe é reconhecida, não tendo este jogo saído de feição ao ex-vitoriano, embora tenha sido sobre ele que foi cometida uma grande penalidade, não assinalada por Hugo Miguel, em mais uma arbitragem nada dignificante para a classe, com o árbitro a não punir, também na primeira parte, uma entrada mais impetuosa de Jackson Martinez sobre um adversário, merecedora de cartão vermelho.
No segundo tempo, o Boavista mantinha o figurino traçado, como no Porto não se via nenhuma melhoria significativa, o treinador basco que orienta os dragões, decidiu lançar no terreno Tello para o lugar do apagado Hernâni, que demonstrou, ainda não ser a opção que este FC Porto espera dele. O extremo espanhol trouxe à equipa, aquilo que ela não tinha, dinâmica atacante e o jogador cedido pelo Barcelona, funcionou como veio de mudança nos visitantes, 10 minutos mais tarde, Lopetegui, lançou no jogo, Brahimi e o assalto à baliza axadrezada não tardou, Quaresma e Tello nas faixas, com Braihimi na construção ao lado de Herrera, estes jogadores juntos, começaram a causar mais calafrios a Mica e a confundir as marcações, até então muito acertadas da defensiva da casa, contudo o primeiro golo, para alivio dos dragões, só chegou ao minuto 79, após um belo trabalho de Tello, que serviu Jackson de bandeja e este, a meias com um defesa, abriu o activo e fez baixar a pressão que se começava a sentir nos azuis e brancos. Estava feito o 0-1 e estava também, neste caso, muito justamente, em vantagem o FC Porto, que ao minuto 86, selou a vitória com um bom tiro de Brahimi de fora da área, ele que também foi servido por Tello, o playmaker que desatou o nó deste dérbi.
No final da partida, não havia dúvidas em relação à justiça da vitória azul e branca, mas também não ficam dúvidas que Lopetegui, se pôs a jeito para o sofrimento que teve, ao voltar à rotatividade que já no passado não deu frutos. No dérbi da cidade do Porto, deixar Tello e Brahimi no banco foi, como se veio a provar mais tarde, uma aposta de grande risco.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Um dérbi é sempre um dérbi, não interessa quem é a melhor equipa, não contam os orçamentos de cada emblema, conta sim, em grande percentagem, a rivalidade entre os dois emblemas. Após sete longas épocas sem se viver esta atmosfera no Bessa, a casa da pantera recebeu , com uma boa casa, um jogo sempre especial, entre emblemas que hoje, vivem realidades muito diferentes.
Depois da boa exibição conseguida para a Liga dos Campeões, que redundou num empate frente a um Basileia, na passada quarta-feira, equipa que não é, nem de longe nem de perto, do mesmo calibre do FC Porto, Julen Lopetegui, não satisfeito pelo facto de não poder contar com Danilo, Alex Sandro e Casemiro, todos castigados e ainda Oliver Torres, lesionado, decidiu recuperar tradições antigas e ainda fez saltar para a titularidade Quaresma e Hêrnani. Lopetegui é assim, gosta de sofrer e por isso, Brahimi e Tello ficaram no banco de suplentes. Estranha-se esta abordagem do técnico espanhol, pois não tendo os azuis e brancos, mais nenhum compromisso até Domingo, se calhar, o risco corrido, foi demasiado grande para um jogo onde era imperativo vencer.
Na primeira parte, como no jogo todo, o FC Porto teve a iniciativa do jogo, o Boavista, que tem em todos os jogos uma postura de combate e garra, reforçou a sua zona defensiva e tentou, no seu meio campo, tapar os caminhos da baliza de Mica, por seu turno os dragões faziam o que lhes competia e que lhes é habitual, toque curto e rápido, desdobramentos nas laterais e tentativa de fazer a bola chegar à área em condições para Jackson facturar, mas a lucidez nem sempre foi a melhor e Hernâni, nesta sua estreia a titular, não teve acutilância que lhe é reconhecida, não tendo este jogo saído de feição ao ex-vitoriano, embora tenha sido sobre ele que foi cometida uma grande penalidade, não assinalada por Hugo Miguel, em mais uma arbitragem nada dignificante para a classe, com o árbitro a não punir, também na primeira parte, uma entrada mais impetuosa de Jackson Martinez sobre um adversário, merecedora de cartão vermelho.
No segundo tempo, o Boavista mantinha o figurino traçado, como no Porto não se via nenhuma melhoria significativa, o treinador basco que orienta os dragões, decidiu lançar no terreno Tello para o lugar do apagado Hernâni, que demonstrou, ainda não ser a opção que este FC Porto espera dele. O extremo espanhol trouxe à equipa, aquilo que ela não tinha, dinâmica atacante e o jogador cedido pelo Barcelona, funcionou como veio de mudança nos visitantes, 10 minutos mais tarde, Lopetegui, lançou no jogo, Brahimi e o assalto à baliza axadrezada não tardou, Quaresma e Tello nas faixas, com Braihimi na construção ao lado de Herrera, estes jogadores juntos, começaram a causar mais calafrios a Mica e a confundir as marcações, até então muito acertadas da defensiva da casa, contudo o primeiro golo, para alivio dos dragões, só chegou ao minuto 79, após um belo trabalho de Tello, que serviu Jackson de bandeja e este, a meias com um defesa, abriu o activo e fez baixar a pressão que se começava a sentir nos azuis e brancos. Estava feito o 0-1 e estava também, neste caso, muito justamente, em vantagem o FC Porto, que ao minuto 86, selou a vitória com um bom tiro de Brahimi de fora da área, ele que também foi servido por Tello, o playmaker que desatou o nó deste dérbi.
No final da partida, não havia dúvidas em relação à justiça da vitória azul e branca, mas também não ficam dúvidas que Lopetegui, se pôs a jeito para o sofrimento que teve, ao voltar à rotatividade que já no passado não deu frutos. No dérbi da cidade do Porto, deixar Tello e Brahimi no banco foi, como se veio a provar mais tarde, uma aposta de grande risco.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)