Foi o desfecho dos jogos da Liga Europa nesta 3ª jornada para as equipas portuguesas.
Depois de Porto, Sporting e Benfica na Liga dos Campeões, foi a vez de Rio Ave e Estoril entrarem em campo com o intuito de pontuar, para continuarem alimentar o sonho do apuramento para a fase seguinte da prova.
Rio Ave joga, Steaua marca.
Na Roménia, contra o Steaua de Bucareste, o Rio Ave procurava os primeiros pontos na prova contra um conjunto que já foi, em tempos idos, um colosso do futebol europeu e mundial. Esta equipa romena conta, nas suas vitrinas, com uma Taça dos Clubes Campeões Europeus (actual Liga dos Campeões) conquistada na época 1985/86.
Depois de Porto, Sporting e Benfica na Liga dos Campeões, foi a vez de Rio Ave e Estoril entrarem em campo com o intuito de pontuar, para continuarem alimentar o sonho do apuramento para a fase seguinte da prova.
Rio Ave joga, Steaua marca.
Na Roménia, contra o Steaua de Bucareste, o Rio Ave procurava os primeiros pontos na prova contra um conjunto que já foi, em tempos idos, um colosso do futebol europeu e mundial. Esta equipa romena conta, nas suas vitrinas, com uma Taça dos Clubes Campeões Europeus (actual Liga dos Campeões) conquistada na época 1985/86.
A tarefa não se avizinhava fácil, revelou-se impossível pese embora o bom jogo realizado pelos vila-condenses. Nova derrota e ao fim de 3 jornadas, zero pontos! Equivale a dizer, que as hipóteses de apuramento começam a ser muito escassas para a equipa de Pedro Martins, que afirmou no final, que o Rio Ave tinha realizado, o melhor jogo da época.
Na verdade, é justo dizer-se, a equipa portuguesa jogou melhor que a romena e o grande golo de Del Valle merecia melhor sorte no resultado final. Não se podem é falhar oportunidades claras, como o Rio Ave falhou e na defesa ser tão permeável. Em alta competição, os erros infantis, pagam-se muito caro. Se juntarmos a esta mistura explosiva, Raúl Rusescu, que na antecâmara do jogo afirmou que pretendia servir uma espécie de vingança ao conjunto luso, temos todos os ingredientes para explicar melhor esta derrota. O avançado da equipa do Steaua, mal refeito dos dissabores causados na época passada pelo Rio Ave ao Braga, onde o romeno jogou por empréstimo do Sevilha, brilhou em grande estilo ao marcar os dois golos (um deles, o primeiro, em fora de jogo) que viriam a derrotar a formação de Vila do Conde. Vingança servida a frio e que o melhor jogo da equipa portuguesa não conseguiu contrariar. Contra factos não há argumentos e para o Rio Ave alcançar o apuramento, só uma grande reviravolta permitirá consumar este facto.
Jogar bem não chega.
O Estoril, que havia ganho ao Panathinaikos na jornada anterior da prova e vinha de uma eliminação surpreendente na Póvoa do Varzim para a Taça de Portugal, recebeu em sua casa a equipa do Dínamo de Moscovo, que chegou a este confronto líder do grupo com 6 pontos, fruto de 2 vitórias, nas primeiras jornadas do Grupo E.
A missão estorilista não era nada simples e o empate ao intervalo a zero bolas, fazia acreditar que era possível conquistar pontos.
Diferença de orçamento à parte (esta nova vaga russa tem dinheiro a rodos), o Estoril tentou jogar olhos nos olhos com o Dínamo, conseguiu fazê-lo durante uma boa parte dos 90 minutos, só que as equipas portuguesas tem um triste fado, quando parece que tem o controlo e dominam as operações em campo, sofrem golos. Foi isso mesmo que aconteceu à equipa de José Couceiro. Kokorin, avançado da equipa forasteira, com um belo remate de fora da área fez um grande golo e colocava, ainda que de forma enganadora, a equipa moscovita na frente. Os estorilistas não se deixaram abater, foram à procura do golo do empate e este esteve à mercê de Kléber, que não teve habilidade para enganar o guardião russo na marcação de uma grande penalidade, permitindo a Gabulov defender o esférico, que saiu fraquinho e sem colocação, dos pés do avançado brasileiro. Pouco tempo depois deste perdida, chegaria o 0-2 que arrumava, de forma muito injusta, as contas jogo. O Estoril ainda obteve, já para lá da hora, o tento de honra que, diga-se de passagem, dá ao resultado, algum aconchego.
Em relação ao apuramento, as contas continuam em aberto, pois o surpreendente empate caseiro do PSV com o Panathinaikos, deixa a porta entreaberta para esse objectivo.
Balanço da semana europeia.
Chegou ao fim mais uma semana europeia de futebol com um saldo, para os emblemas nacionais, nada simpático. Em cinco jogos apenas uma vitória (FC Porto), um empate (Benfica) e três derrotas (Sporting, Rio Ave e Estoril). À excepção do FC Porto, as restantes equipas portuguesas complicaram, com estes resultados, de forma muito considerável as suas possibilidades de continuarem nas respectivas provas. O futebol nacional não ganha pontos para o ranking da UEFA e isso pagar-se-á mais tarde, em épocas vindouras. Fica também provado que o consumo interno para as equipas portuguesas não é suficientemente competitivo para lhes permitir uma maior rodagem no estrangeiro além, claro está, da falta de experiência inerente ao facto de algumas equipas não serem cliente habituais nestas andanças. É o futebol que temos, que tanto tarda em mudar e se afirmar.
Resta aguardar, em alguns casos, que um milagre apure as turmas lusas, que bem se podem queixar da sorte e não só...Se bem que a sorte dá trabalho. Muito trabalho.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Na verdade, é justo dizer-se, a equipa portuguesa jogou melhor que a romena e o grande golo de Del Valle merecia melhor sorte no resultado final. Não se podem é falhar oportunidades claras, como o Rio Ave falhou e na defesa ser tão permeável. Em alta competição, os erros infantis, pagam-se muito caro. Se juntarmos a esta mistura explosiva, Raúl Rusescu, que na antecâmara do jogo afirmou que pretendia servir uma espécie de vingança ao conjunto luso, temos todos os ingredientes para explicar melhor esta derrota. O avançado da equipa do Steaua, mal refeito dos dissabores causados na época passada pelo Rio Ave ao Braga, onde o romeno jogou por empréstimo do Sevilha, brilhou em grande estilo ao marcar os dois golos (um deles, o primeiro, em fora de jogo) que viriam a derrotar a formação de Vila do Conde. Vingança servida a frio e que o melhor jogo da equipa portuguesa não conseguiu contrariar. Contra factos não há argumentos e para o Rio Ave alcançar o apuramento, só uma grande reviravolta permitirá consumar este facto.
Jogar bem não chega.
O Estoril, que havia ganho ao Panathinaikos na jornada anterior da prova e vinha de uma eliminação surpreendente na Póvoa do Varzim para a Taça de Portugal, recebeu em sua casa a equipa do Dínamo de Moscovo, que chegou a este confronto líder do grupo com 6 pontos, fruto de 2 vitórias, nas primeiras jornadas do Grupo E.
A missão estorilista não era nada simples e o empate ao intervalo a zero bolas, fazia acreditar que era possível conquistar pontos.
Diferença de orçamento à parte (esta nova vaga russa tem dinheiro a rodos), o Estoril tentou jogar olhos nos olhos com o Dínamo, conseguiu fazê-lo durante uma boa parte dos 90 minutos, só que as equipas portuguesas tem um triste fado, quando parece que tem o controlo e dominam as operações em campo, sofrem golos. Foi isso mesmo que aconteceu à equipa de José Couceiro. Kokorin, avançado da equipa forasteira, com um belo remate de fora da área fez um grande golo e colocava, ainda que de forma enganadora, a equipa moscovita na frente. Os estorilistas não se deixaram abater, foram à procura do golo do empate e este esteve à mercê de Kléber, que não teve habilidade para enganar o guardião russo na marcação de uma grande penalidade, permitindo a Gabulov defender o esférico, que saiu fraquinho e sem colocação, dos pés do avançado brasileiro. Pouco tempo depois deste perdida, chegaria o 0-2 que arrumava, de forma muito injusta, as contas jogo. O Estoril ainda obteve, já para lá da hora, o tento de honra que, diga-se de passagem, dá ao resultado, algum aconchego.
Em relação ao apuramento, as contas continuam em aberto, pois o surpreendente empate caseiro do PSV com o Panathinaikos, deixa a porta entreaberta para esse objectivo.
Balanço da semana europeia.
Chegou ao fim mais uma semana europeia de futebol com um saldo, para os emblemas nacionais, nada simpático. Em cinco jogos apenas uma vitória (FC Porto), um empate (Benfica) e três derrotas (Sporting, Rio Ave e Estoril). À excepção do FC Porto, as restantes equipas portuguesas complicaram, com estes resultados, de forma muito considerável as suas possibilidades de continuarem nas respectivas provas. O futebol nacional não ganha pontos para o ranking da UEFA e isso pagar-se-á mais tarde, em épocas vindouras. Fica também provado que o consumo interno para as equipas portuguesas não é suficientemente competitivo para lhes permitir uma maior rodagem no estrangeiro além, claro está, da falta de experiência inerente ao facto de algumas equipas não serem cliente habituais nestas andanças. É o futebol que temos, que tanto tarda em mudar e se afirmar.
Resta aguardar, em alguns casos, que um milagre apure as turmas lusas, que bem se podem queixar da sorte e não só...Se bem que a sorte dá trabalho. Muito trabalho.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)