O Sporting venceu, na recepção ao Vitória de Guimarães, por 4-1, não dando assim, com este resultado tão dilatado, qualquer hipótese de sucesso à formação de Rui Vitória, que ao intervalo já perdia por 3-0.
Manda a verdade que se diga, que este Vitória de Guimarães é, nesta altura, uma leve sombra daquilo que já foi. A formação vimaranense, desde a paragem de Natal, tem vindo a perder a gás e as vendas efectuadas, necessárias para o equilíbrio de contas, retiraram à equipa qualidade, coesão e entrosamento, pois Hernâni e Traoré, não viram as suas saídas serem supridas com a mesma qualidade. Isto tudo junto, faz que este Vitória seja, nesta segunda volta, uma das equipas com menos pontos amealhados, vale-lhe ter conquistado os pontos numa primeira volta de sonho, senão as coisas estariam agora bem mais negras. Apenas um pequeno aparte, não é desta época que o Vitória perde gás nas segundas voltas, um assunto que deve merecer alguma análise, noutras linhas que não estas.
Depois do Benfica ter perdido, do FC Porto ter empatado, assim como o SC Braga, em Alvalade, o Sporting, terceiro classificado, recebeu o actual, mas tremido, quinto classificado da liga NOS, os leões sabiam que uma vitória deixava o Braga mais para trás na luta pelo pódio, mas tinha o condão anímico de ver a jovem formação leonina, na mesma jornada, ganhar pontos aos grandes adversários do campeonato, não que este jogo permitisse reentrar na luta pelo título, mas permite, de certo modo, apimentar um pouco mais o nosso campeonato.
Olhando para o resultado, conclui-se que o jogo foi fácil para os lados de Alvalade, o 3-0 ao intervalo indica isso mesmo, não é que o Vitória tenha jogado mal, longe também de fazer um grande jogo, a diferença notou-se na hora de chutar à baliza, na primeira oportunidade de golo, João Mário, à ponta-de-lança no coração da área, desferiu um golpe cheio de oportunismo e abriu o activo, daqui em diante, cada vez que o Sporting chegou à baliza, fez golo (Marco Silva deve ter pensado que bom seria se tivesse sido assim durante toda a época), por seu turno o Vitória, que se apresentou com algumas alterações no onze inicial, não conseguiu, de forma nenhuma, contrariar esta veia goleadora leonina.
A equipa de Rui Vitória, que somou a terceira derrota consecutiva (Boavista, Setúbal e Sporting), chegou a Alvalade com vontade de contrariar este mal arranque de segunda volta. À vista saltou a colocação de Bruno Gaspar no lado esquerdo da defesa, Ni Plange ocupou a vaga na direita, Sami na frente pelo lado direito, com o meio campo a ser reforçado por Bernard, que anda longe da forma que já se lhe viu e após cumprir castigo, regressou à equipa; as operações eram comandadas por André André, já Bouba Saré funcionava como tampão da zona mais recuada. O grande problema para a equipa do Minho, foi o jogo lateralizado que o Sporting conseguiu expor em campo, se na esquerda, Jefferson e Nani estiveram uns furos abaixo do habitual, na direita, além de Carrillo, Miguel Lopes esteve em grande plano, e os três golos da primeira parte, tiveram o lado direito como municiador das bolas. No campo da influência nos lances, Miguel Lopes, assumiu papel de actor principal ao fazer a assistência para o terceiro, deu inicio, com um grande remate à barra, à jogada que culminaria no primeiro penálti do encontro e, na insistência que permitiu entregar o esférico a Carrillo, para este servir João Mário para o primeiro da tarde, foi por aqui, por este jogo exterior nas alas, que o Sporting construiu à vontade e o Vitória não teve, durante a primeira parte, capacidade para anular esta forma de jogar dos leões.
No fim da primeira parte, os golos de João Mário, Adrien e Slimani, faziam prever uns segundos 45 minutos de ritmo menos intenso.
No reatamento, Rui Vitória, que admitiu ter pedido aos seus jogadores durante o intervalo para estes não perderem a cabeça, procedeu a uma alteração, retirou Bruno Gaspar, que foi incapaz de parar no seu lado os constantes ataques do Sporting e colocou em campo Ricardo Valente, jogador que foi contratado ao Leixões, desta forma foi Alex que se fixou na lateral esquerda, esta alteração permitiu aos vitorianos serem mais agressivos no ataque e a imagem que a equipa deu, no segundo tempo, foi bem mais consentânea com aquilo que já viu estes jogadores fazerem em muitas partidas desta liga, devemos até recordar, que uma parte da crise leonina, teve inicio em Guimarães, quando o Sporting saiu vergado do D. Afonso Henriques, por 3-0.
Nesta segunda parte, destaque para novo penálti, muito forçado de Ni Plange sobre Mané, que Nani aproveitou para converter e assinar o 4-0; para a expulsão, por acumulação de cartões de Paulo Oliveira, que assim, juntamente com Adrien, que viu amarelo no decorrer da primeira parte e completou a série de 5, vão desfalcar os leões na visita pascal a Paços de Ferreira, o que obriga Marco Silva a refazer, pela quinta vez esta temporada, a dupla de centrais e o golo de honra dos vitorianos, que assim, amenizaram um pouco o resultado final.
Vitória justa do Sporting, que aproveitou da melhor forma as escorregadelas dos mais directos adversários e assim, neste fim de semana, ganhou pontos às equipas que seguem à sua frente (Benfica e Porto) e às formações que surgem imediatamente atrás (Braga e Guimarães). Numa jornada que os leões como grandes vencedores.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do Antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Manda a verdade que se diga, que este Vitória de Guimarães é, nesta altura, uma leve sombra daquilo que já foi. A formação vimaranense, desde a paragem de Natal, tem vindo a perder a gás e as vendas efectuadas, necessárias para o equilíbrio de contas, retiraram à equipa qualidade, coesão e entrosamento, pois Hernâni e Traoré, não viram as suas saídas serem supridas com a mesma qualidade. Isto tudo junto, faz que este Vitória seja, nesta segunda volta, uma das equipas com menos pontos amealhados, vale-lhe ter conquistado os pontos numa primeira volta de sonho, senão as coisas estariam agora bem mais negras. Apenas um pequeno aparte, não é desta época que o Vitória perde gás nas segundas voltas, um assunto que deve merecer alguma análise, noutras linhas que não estas.
Depois do Benfica ter perdido, do FC Porto ter empatado, assim como o SC Braga, em Alvalade, o Sporting, terceiro classificado, recebeu o actual, mas tremido, quinto classificado da liga NOS, os leões sabiam que uma vitória deixava o Braga mais para trás na luta pelo pódio, mas tinha o condão anímico de ver a jovem formação leonina, na mesma jornada, ganhar pontos aos grandes adversários do campeonato, não que este jogo permitisse reentrar na luta pelo título, mas permite, de certo modo, apimentar um pouco mais o nosso campeonato.
Olhando para o resultado, conclui-se que o jogo foi fácil para os lados de Alvalade, o 3-0 ao intervalo indica isso mesmo, não é que o Vitória tenha jogado mal, longe também de fazer um grande jogo, a diferença notou-se na hora de chutar à baliza, na primeira oportunidade de golo, João Mário, à ponta-de-lança no coração da área, desferiu um golpe cheio de oportunismo e abriu o activo, daqui em diante, cada vez que o Sporting chegou à baliza, fez golo (Marco Silva deve ter pensado que bom seria se tivesse sido assim durante toda a época), por seu turno o Vitória, que se apresentou com algumas alterações no onze inicial, não conseguiu, de forma nenhuma, contrariar esta veia goleadora leonina.
A equipa de Rui Vitória, que somou a terceira derrota consecutiva (Boavista, Setúbal e Sporting), chegou a Alvalade com vontade de contrariar este mal arranque de segunda volta. À vista saltou a colocação de Bruno Gaspar no lado esquerdo da defesa, Ni Plange ocupou a vaga na direita, Sami na frente pelo lado direito, com o meio campo a ser reforçado por Bernard, que anda longe da forma que já se lhe viu e após cumprir castigo, regressou à equipa; as operações eram comandadas por André André, já Bouba Saré funcionava como tampão da zona mais recuada. O grande problema para a equipa do Minho, foi o jogo lateralizado que o Sporting conseguiu expor em campo, se na esquerda, Jefferson e Nani estiveram uns furos abaixo do habitual, na direita, além de Carrillo, Miguel Lopes esteve em grande plano, e os três golos da primeira parte, tiveram o lado direito como municiador das bolas. No campo da influência nos lances, Miguel Lopes, assumiu papel de actor principal ao fazer a assistência para o terceiro, deu inicio, com um grande remate à barra, à jogada que culminaria no primeiro penálti do encontro e, na insistência que permitiu entregar o esférico a Carrillo, para este servir João Mário para o primeiro da tarde, foi por aqui, por este jogo exterior nas alas, que o Sporting construiu à vontade e o Vitória não teve, durante a primeira parte, capacidade para anular esta forma de jogar dos leões.
No fim da primeira parte, os golos de João Mário, Adrien e Slimani, faziam prever uns segundos 45 minutos de ritmo menos intenso.
No reatamento, Rui Vitória, que admitiu ter pedido aos seus jogadores durante o intervalo para estes não perderem a cabeça, procedeu a uma alteração, retirou Bruno Gaspar, que foi incapaz de parar no seu lado os constantes ataques do Sporting e colocou em campo Ricardo Valente, jogador que foi contratado ao Leixões, desta forma foi Alex que se fixou na lateral esquerda, esta alteração permitiu aos vitorianos serem mais agressivos no ataque e a imagem que a equipa deu, no segundo tempo, foi bem mais consentânea com aquilo que já viu estes jogadores fazerem em muitas partidas desta liga, devemos até recordar, que uma parte da crise leonina, teve inicio em Guimarães, quando o Sporting saiu vergado do D. Afonso Henriques, por 3-0.
Nesta segunda parte, destaque para novo penálti, muito forçado de Ni Plange sobre Mané, que Nani aproveitou para converter e assinar o 4-0; para a expulsão, por acumulação de cartões de Paulo Oliveira, que assim, juntamente com Adrien, que viu amarelo no decorrer da primeira parte e completou a série de 5, vão desfalcar os leões na visita pascal a Paços de Ferreira, o que obriga Marco Silva a refazer, pela quinta vez esta temporada, a dupla de centrais e o golo de honra dos vitorianos, que assim, amenizaram um pouco o resultado final.
Vitória justa do Sporting, que aproveitou da melhor forma as escorregadelas dos mais directos adversários e assim, neste fim de semana, ganhou pontos às equipas que seguem à sua frente (Benfica e Porto) e às formações que surgem imediatamente atrás (Braga e Guimarães). Numa jornada que os leões como grandes vencedores.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do Antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)