Depois da vitória a meio da semana para a Liga dos Campeões, o FC Porto apresentou-se em Arouca quase com o mesmo figurino do jogo europeu. Quase porque só Maicon, ao contrário do que tem sido práctica habitual de Julen Lopetegui, cedeu o seu lugar a Marcano, naquela que representou a única alteração no onze inicial. Uma raridade. Quem não teve a mesma sorte de Marcano foi Quaresma, o golo que salvou a noite europeia (e não só) diante do Ath. Bilbau, não foi suficiente para lhe garantir um lugar logo de início. Fica-se com a sensação que o treinador basco percebeu, e esta vitória ajuda a isso mesmo, que tanta rotação ia matando aos poucos este Porto. Notou-se que o meio campo portista (Casemiro, Quintero e Herrera) demonstrou maior entrosamento e entendimento na altura de fazer circular a bola e colocá-la em perfeitas condições na zona de decisão.
Olhando para o resultado, salta à vista a facilidade com que o Porto bateu o Arouca, é certo que foi fácil, porque a equipa dos dragões soube aproveitar as fragilidades da equipa de Pedro Emanuel.
O Arouca entrou bem no jogo, mas foi perdendo gás e isso permitiu ao Porto, suportado numa linha do meio campo a definir muito bem as jogadas de ataque, construir de forma fácil e rápida, situações de perigo. Ao contrário do Porto, o miolo do Arouca, com Bruno Amaro e David Simão, que não são, propriamente, homens de grande rotação defensiva, antes pelo contrário, foi muito permissivo, sem intensidade defensiva que permitisse ganhar as bolas divididas e provocar as habituais falhas que o meio campo e a defesa do Porto têm demonstrado noutros jogos. É também verdade que a primeira grande oportunidade de golo é dos homens da casa, numa das poucas vezes que a equipa do Arouca pressionou o FC Porto, conseguiu provocar as tais falhas atrás referidas, só que Fabiano não falhou, fez uma grande intervenção e manteve a sua baliza livre de perigos. Daqui para a frente muito Porto e pouco Arouca. Com o Porto em natural crescendo no jogo, confiante e a acreditar nas suas capacidades, chegou-se ao grande momento do encontro, Quintero recebeu em zona quase frontal a bola, com algum espaço ajeitou o esférico da melhor e desferiu um remate indefensável para Goiecochea, que ainda viu a bola bater num defesa e tornar mais difícil a missão de manter a sua baliza intacta. Ao minuto 24 estava feito o mais difícil e aberta a porta para a goleada que se veio a confirmar, nos 5-0 que o marcador final ditou. Ainda Pedro Emanuel dava ânimo aos seus jogadores já o 2-0, pelo inevitável Jackson Martinez, bem servidor por Brahimi, numa boa iniciativa individual do argelino, tinha subido ao marcador, passados 2 minutos da abertura do activo, o Arouca começava a perceber que somar pontos nesta jornada, se estava a tornar, uma espécie de missão impossível. E foi mesmo.
A partir deste momento o FC Porto continuou com a mesma alta rotação e ainda antes do intervalo, Casemiro, que foi convocado por Dunga para a selecção brasileira, também fazia balançar as redes com um golpe de cabeça, no seguimento de um pontapé de canto, numa espécie de prenda a coroar uma boa semana para o trinco emprestado pelo Real Madrid ao FC Porto.
Depois do intervalo o Arouca ainda tentou reagir, marcar um golo que lhe permitisse entrar nas contas do jogo, mas também se percebeu que os azuis e brancos não estavam para sustos nem cantigas. Para não deixar dúvidas que o vencedor estava encontrado, Jackson Martinez, como havia feito na época passada, bisou e acabou com as dúvidas, estava-se, nesta altura, a cumprir a hora de jogo e, os 30 minutos que faltavam, foram mais bucólicos. O Porto à espera que o jogo terminasse e o Arouca mortinho para que ele chegasse ao fim. Antes do apito final, Aboubakar, que havia rendido Jackson Martinez, servido por Quaresma, que também havia entrado no decorrer da segunda parte, selou o número redondo da vitória. Estava feito o 0-5.
No final do jogo, Julen Lopetegui, não quis relacionar a vitória e a exibição com as rotações ou, neste caso, a falta delas, focando-se no bom jogo colectivo da equipa, na procura constante de fazer melhor e da vitória por números expressivos diante de um adversário a quem deixou rasgados elogios. Mas os factos estão aí para comprovar isso mesmo, sem as habituais mudanças de vários elementos, o FC Porto estabilizou, foi mais perigoso, mais constante e venceu sem que haja sequer margem para a contestação.
Contas feitas, vitória fácil do Porto, que demonstrou pergaminhos de equipa grande contra um Arouca de quem se esperava mais, muito mais, pois esta equipa já tinha dado “água pelas barbas” a Benfica e Sporting e já havia batido o Braga.
Com este resultado, o FC Porto ultrapassa o Vitória de Guimarães, que no primeiro jogo da jornada havia ganho em Setúbal por 1-0, e de cadeirão fica aguardar que o Benfica escorregue em Braga para consumar a aproximação e que o Sporting não ganhe ao Marítimo, para não se aproximar.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
O Arouca entrou bem no jogo, mas foi perdendo gás e isso permitiu ao Porto, suportado numa linha do meio campo a definir muito bem as jogadas de ataque, construir de forma fácil e rápida, situações de perigo. Ao contrário do Porto, o miolo do Arouca, com Bruno Amaro e David Simão, que não são, propriamente, homens de grande rotação defensiva, antes pelo contrário, foi muito permissivo, sem intensidade defensiva que permitisse ganhar as bolas divididas e provocar as habituais falhas que o meio campo e a defesa do Porto têm demonstrado noutros jogos. É também verdade que a primeira grande oportunidade de golo é dos homens da casa, numa das poucas vezes que a equipa do Arouca pressionou o FC Porto, conseguiu provocar as tais falhas atrás referidas, só que Fabiano não falhou, fez uma grande intervenção e manteve a sua baliza livre de perigos. Daqui para a frente muito Porto e pouco Arouca. Com o Porto em natural crescendo no jogo, confiante e a acreditar nas suas capacidades, chegou-se ao grande momento do encontro, Quintero recebeu em zona quase frontal a bola, com algum espaço ajeitou o esférico da melhor e desferiu um remate indefensável para Goiecochea, que ainda viu a bola bater num defesa e tornar mais difícil a missão de manter a sua baliza intacta. Ao minuto 24 estava feito o mais difícil e aberta a porta para a goleada que se veio a confirmar, nos 5-0 que o marcador final ditou. Ainda Pedro Emanuel dava ânimo aos seus jogadores já o 2-0, pelo inevitável Jackson Martinez, bem servidor por Brahimi, numa boa iniciativa individual do argelino, tinha subido ao marcador, passados 2 minutos da abertura do activo, o Arouca começava a perceber que somar pontos nesta jornada, se estava a tornar, uma espécie de missão impossível. E foi mesmo.
A partir deste momento o FC Porto continuou com a mesma alta rotação e ainda antes do intervalo, Casemiro, que foi convocado por Dunga para a selecção brasileira, também fazia balançar as redes com um golpe de cabeça, no seguimento de um pontapé de canto, numa espécie de prenda a coroar uma boa semana para o trinco emprestado pelo Real Madrid ao FC Porto.
Depois do intervalo o Arouca ainda tentou reagir, marcar um golo que lhe permitisse entrar nas contas do jogo, mas também se percebeu que os azuis e brancos não estavam para sustos nem cantigas. Para não deixar dúvidas que o vencedor estava encontrado, Jackson Martinez, como havia feito na época passada, bisou e acabou com as dúvidas, estava-se, nesta altura, a cumprir a hora de jogo e, os 30 minutos que faltavam, foram mais bucólicos. O Porto à espera que o jogo terminasse e o Arouca mortinho para que ele chegasse ao fim. Antes do apito final, Aboubakar, que havia rendido Jackson Martinez, servido por Quaresma, que também havia entrado no decorrer da segunda parte, selou o número redondo da vitória. Estava feito o 0-5.
No final do jogo, Julen Lopetegui, não quis relacionar a vitória e a exibição com as rotações ou, neste caso, a falta delas, focando-se no bom jogo colectivo da equipa, na procura constante de fazer melhor e da vitória por números expressivos diante de um adversário a quem deixou rasgados elogios. Mas os factos estão aí para comprovar isso mesmo, sem as habituais mudanças de vários elementos, o FC Porto estabilizou, foi mais perigoso, mais constante e venceu sem que haja sequer margem para a contestação.
Contas feitas, vitória fácil do Porto, que demonstrou pergaminhos de equipa grande contra um Arouca de quem se esperava mais, muito mais, pois esta equipa já tinha dado “água pelas barbas” a Benfica e Sporting e já havia batido o Braga.
Com este resultado, o FC Porto ultrapassa o Vitória de Guimarães, que no primeiro jogo da jornada havia ganho em Setúbal por 1-0, e de cadeirão fica aguardar que o Benfica escorregue em Braga para consumar a aproximação e que o Sporting não ganhe ao Marítimo, para não se aproximar.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)