Agendada para hoje, em Coimbra, uma nova reunião de presidentes de clubes profissionais de futebol, com o único propósito de encontrar consenso à volta do nome para ser apresentado como candidato à presidência da liga. Um após outro, todos foram chegando à hora marcada para o início dos trabalhos. Notou-se, logo à partida, a ausência do Sporting, informou o clube de Alvalade que não tinha sido convidado para a dita reunião e, mesmo que fosse, não se iria fazer representar por não concordar com o rumo escolhido. Entende a estrutura directiva leonina que esta reunião não é mais do que uma estratégia consertada entre clubes (FC Porto e SL Benfica), para comandar os destinos do futebol profissional em Portugal. Os leões dizem ainda, que a fórmula escolhida também está errada, no seu entender, primeiro devia ser discutido e elaborado um projecto credível e só depois, os nomes para o liderar.
À entrada para a reunião, Eduardo Simões, presidente da Académica, um dos rostos mais activos na luta contra a liderança de Mário Figueiredo e seguramente por estar a jogar em casa, afirmava haver já um nome que reunia o tal consenso e um projecto devidamente elaborado. Ficava então no ar a pergunta, quem seria o referido nome?
Dúvida desfeita há hora do almoço, quando começaram a veicular, nos vários órgãos de comunicação social, as primeiras novidades do concílio de presidentes. Para espanto de muitos, FC Porto e SL Benfica, apresentaram, como nome consensual para comandar a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Luís Duque, antigo dirigente do Sporting, que também presidiu a Associação de Futebol de Lisboa e que, recentemente, viu em assembleia-geral do Sporting, a direcção presidida por Bruno de Carvalho receber carta-branca por parte dos sócios, para avançar com processos judiciais contra si e outros dirigentes (Godinho Lopes, Nobre Guedes e Carlos Freitas), por alguns actos de gestão que estão a suscitar dúvidas no reino do leão.
Sem um repasto tão bom quanto o da última reunião (da qual também demos conta), lembrar que no passado dia 6 de Outubro, após a reunião de trabalho, os presidentes juntaram-se à mesa, na Mealhada, para comer um belo de um Leitão, talvez hoje António Fiúsa (consta que foi ele quem se atravessou na hora de pagar), não estivesse para aí virado e o tempo para o almoço também foi mais curto, apenas 20 minutos, pois a restante lista ainda não estava cozinhada e o prazo para entrega das mesmas, expira quarta-feira, dia 22.
A essa hora havia porém um dado adquirido, Luís Duque estava na pole position para a presidência da LPFP, como de resto se veio a comprovar mais tarde, pela boca do porta-voz do grupo de presidentes, Tiago Ribeiro, presidente da SAD estorilista, «… os clubes presentes assumiram, por unanimidade, dar o seu apoio à apresentação de listas a serem encabeçadas pelas seguintes individualidades: Luís Duque para presidente da Liga, José Mendes para a Assembleia Geral e Carlos Carvalho para a presidência do Conselho Fiscal. As restantes listas para a Comissão Arbitral e Comissão Disciplinar serão anunciadas oportunamente».
Espanta-me perceber que não se tenha conseguido encontrar, para duas comissões com tanta importância e relevo, que suscitam sempre grandes dúvidas e desconfianças (Arbitral e Disciplinar), nesta reunião de tantos consensos, nomes credíveis para as liderar. Estranho. Veremos as surpresas que aí vêm.
No que toca à escolha de Luís Duque, a mesma pode ser vista por dois ângulos:
1º Como se afirma no comunicado lido pelo porta-voz dos clubes, o facto de o advogado ser conhecedor dos meandros futebolísticos e ter uma vasta experiência no dirigismo, onde se destacam os largos anos na presidência da Associação de Futebol de Lisboa e também no Sporting (foi com Luis Duque a vice-presidente, que o Sporting, após 18 anos de jejum, conquistou novamente o título), no fundo, um homem do sistema, factores que pesaram na escolha;
2º Ser este consenso em torno do ex-dirigente leonino, uma clara afronta a Bruno de Carvalho, com o FC Porto e o SL Benfica a marcarem claramente uma posição, pois percebe-se que este é um nome imposto por Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira;
O que se sabe também, é que BdC volta a ser o grande derrotado, além de não estar envolvido nesta decisão, vê, um dos nomes que ele considera como um dos grandes responsáveis pelo estado a que Sporting chegou, aparecer como bandeira de PC e LFV para este desígnio. Depois de ter ouvido da boca de Godinho Lopes, na passada quinta-feira em entrevista à RTP, que também fora convidado para o lugar. Fica-se com a certeza, que o convite a Godinho Lopes, partiu daqueles que hoje escolheram Luís Duque.
Ficou também a saber-se que o antigo dirigente leonino se comprometeu, com os presidentes que avalizaram o seu nome para a presidência da LPFP, que assim que assumir a cadeira do poder do futebol profissional em Portugal, vai marcar uma assembleia-geral, para se dar início a tão propalada alteração dos estatutos.
Hoje também, os clubes presentes nesta reunião marcaram uma posição, “arrumaram” de vez com Mário Figueiredo, que se tornou “persona non grata”, para a maioria dos presidentes dos clubes da primeira e segunda liga.
Aguarda-se agora pela tão ansiada pacificação do futebol, dito profissional, que por vezes envergonha até os amadores.
Será possível construir uma base de trabalho consensual, que permita de uma vez por todas a LPFP ser um organismo de avanço e progresso alicerçado, dirigida com competência, rigor e sem os interesses obscuros que gravitam há sua volta ? Veremos o que o futuro nos reserva e aguarda-se, com expectativa, pela reacção de BdC.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Dúvida desfeita há hora do almoço, quando começaram a veicular, nos vários órgãos de comunicação social, as primeiras novidades do concílio de presidentes. Para espanto de muitos, FC Porto e SL Benfica, apresentaram, como nome consensual para comandar a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Luís Duque, antigo dirigente do Sporting, que também presidiu a Associação de Futebol de Lisboa e que, recentemente, viu em assembleia-geral do Sporting, a direcção presidida por Bruno de Carvalho receber carta-branca por parte dos sócios, para avançar com processos judiciais contra si e outros dirigentes (Godinho Lopes, Nobre Guedes e Carlos Freitas), por alguns actos de gestão que estão a suscitar dúvidas no reino do leão.
Sem um repasto tão bom quanto o da última reunião (da qual também demos conta), lembrar que no passado dia 6 de Outubro, após a reunião de trabalho, os presidentes juntaram-se à mesa, na Mealhada, para comer um belo de um Leitão, talvez hoje António Fiúsa (consta que foi ele quem se atravessou na hora de pagar), não estivesse para aí virado e o tempo para o almoço também foi mais curto, apenas 20 minutos, pois a restante lista ainda não estava cozinhada e o prazo para entrega das mesmas, expira quarta-feira, dia 22.
A essa hora havia porém um dado adquirido, Luís Duque estava na pole position para a presidência da LPFP, como de resto se veio a comprovar mais tarde, pela boca do porta-voz do grupo de presidentes, Tiago Ribeiro, presidente da SAD estorilista, «… os clubes presentes assumiram, por unanimidade, dar o seu apoio à apresentação de listas a serem encabeçadas pelas seguintes individualidades: Luís Duque para presidente da Liga, José Mendes para a Assembleia Geral e Carlos Carvalho para a presidência do Conselho Fiscal. As restantes listas para a Comissão Arbitral e Comissão Disciplinar serão anunciadas oportunamente».
Espanta-me perceber que não se tenha conseguido encontrar, para duas comissões com tanta importância e relevo, que suscitam sempre grandes dúvidas e desconfianças (Arbitral e Disciplinar), nesta reunião de tantos consensos, nomes credíveis para as liderar. Estranho. Veremos as surpresas que aí vêm.
No que toca à escolha de Luís Duque, a mesma pode ser vista por dois ângulos:
1º Como se afirma no comunicado lido pelo porta-voz dos clubes, o facto de o advogado ser conhecedor dos meandros futebolísticos e ter uma vasta experiência no dirigismo, onde se destacam os largos anos na presidência da Associação de Futebol de Lisboa e também no Sporting (foi com Luis Duque a vice-presidente, que o Sporting, após 18 anos de jejum, conquistou novamente o título), no fundo, um homem do sistema, factores que pesaram na escolha;
2º Ser este consenso em torno do ex-dirigente leonino, uma clara afronta a Bruno de Carvalho, com o FC Porto e o SL Benfica a marcarem claramente uma posição, pois percebe-se que este é um nome imposto por Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira;
O que se sabe também, é que BdC volta a ser o grande derrotado, além de não estar envolvido nesta decisão, vê, um dos nomes que ele considera como um dos grandes responsáveis pelo estado a que Sporting chegou, aparecer como bandeira de PC e LFV para este desígnio. Depois de ter ouvido da boca de Godinho Lopes, na passada quinta-feira em entrevista à RTP, que também fora convidado para o lugar. Fica-se com a certeza, que o convite a Godinho Lopes, partiu daqueles que hoje escolheram Luís Duque.
Ficou também a saber-se que o antigo dirigente leonino se comprometeu, com os presidentes que avalizaram o seu nome para a presidência da LPFP, que assim que assumir a cadeira do poder do futebol profissional em Portugal, vai marcar uma assembleia-geral, para se dar início a tão propalada alteração dos estatutos.
Hoje também, os clubes presentes nesta reunião marcaram uma posição, “arrumaram” de vez com Mário Figueiredo, que se tornou “persona non grata”, para a maioria dos presidentes dos clubes da primeira e segunda liga.
Aguarda-se agora pela tão ansiada pacificação do futebol, dito profissional, que por vezes envergonha até os amadores.
Será possível construir uma base de trabalho consensual, que permita de uma vez por todas a LPFP ser um organismo de avanço e progresso alicerçado, dirigida com competência, rigor e sem os interesses obscuros que gravitam há sua volta ? Veremos o que o futuro nos reserva e aguarda-se, com expectativa, pela reacção de BdC.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)