Depois do susto inicial, o Benfica impôs-se ao Arouca por 1-3, regressou a Lisboa com mais 3 (preciosos) pontos na bagagem e restabeleceu a distância para o segundo classificado, FC Porto, que havia ganho na sexta-feira, na abertura da jornada, ao SC Braga. Com dois golos de Lima e um de Jonas, já na segunda parte, os encarnados operaram a reviravolta no marcador, respondendo desta forma ao golo madrugador arouquense, de Iuri Medeiros, jogador emprestado pelo Sporting à formação de Pedro Emanuel.
Ciente que a perca de pontos poderia ser fatal, num estádio repleto de adeptos do emblema da águia, o Benfica entrou no jogo com a convicção da vitória, a mensagem de Jorge Jesus, na véspera, tinha sido esclarecedora e, houve até, quem achasse que havia no discurso alguma falta de humildade, mas percebeu-se que o que o técnico encarnado pretendia, era, com as suas palavras, limitar animicamente os donos da casa, que na tarde de domingo, com o massivo apoio ao Benfica, não parecia realmente a sua casa.
Respondeu bem o Arouca a tudo isto com um golo madrugador, aos 7 minutos, Iuri Medeiros, bem servido por Kayembe, jogador cedido pelo FC Porto, numa espécie de sociedade perfeita, partiu os rins a Eliseu, fazendo a bola sobrevoar o lateral esquerdo num duelo de açorianos, e não deu hipótese de reacção a Júlio César, que após lesão, voltou a merecer a confiança de Jorge Jesus, pois o remate de primeira com o pé direito, só parou no fundo da baliza, estava feito o 1-0, estava dado o mote para que o Benfica tivesse que correr atrás da vitória, sem vacilar. O mote estava dado, mas o Benfica demorou a encontrar o caminho, quem não vacilou foi o público, suportados nesse apoio, os jogadores do emblema da águia, começaram uma corrida desenfreada em busca dos golos, obrigaram o Arouca a recuar no terreno e o perigo começou a rondar a baliza de Goicochea, que na primeira parte teve intervenções de elevado grau de dificuldade e noutras, a pontaria benfiquista não foi a melhor, esta melhoria do Benfica, fica ligada também à subida de rendimento de Gaitán, que foi encontrando melhor o seu espaço. Por esta altura já Jorge Jesus tinha tirado o casaco, a tarde primaveril, o golo arouquense, a alta rotação do técnico no banco e o desacerto da sua equipa, fizeram-no suar, as indicações para dentro do relvado, para corrigir alguns posicionamentos dos seus jogadores, foram constantes, mas até ao intervalo, mais nenhum golo apareceu. O recuo do Arouca, preocupava Pedro Emanuel, pois começava a sentir-se que na segunda parte, o Benfica ia sufocar, como veio a suceder, a formação da casa.
A segunda parte foi, o que o final da primeira indiciava. O discurso de Jorge Jesus ao intervalo, deve ter doído nas orelhas, a entrada de Talisca, para o lugar de Samaris, foi o toque que faltava para o Benfica asfixiar o Arouca.
Que recomeço da equipa encarnada, que pressão, nem o calor incomodou as águias. Já o Arouca, atordoado em este reinício, sentiu-se perdido. O golo não tardaria, antes disso, Vasco Santos, árbitro da partida, fez vista grossa a uma falta cometida dentro da área arouquense, Diego derrubou Gaitán, mas o juiz de Gaia mandou seguir, falha grave, nada que abalasse os benfiquista, pois logo de seguida, Lima pressionou Goicochea, o guardião uruguaio, que tão bem tinha estado nos primeiros 45 minutos, “borrou” a pintura, pois permitiu que o brasileiro interceptasse a bola e, dessa forma, assistisse Jonas, para que este, em zona frontal, fizesse um passe para as redes arouquenses, estava feito o empate e estava também visto que a reviravolta era questão de tempo e foi, cinco minutos volvidos e a cambalhota estava consumada, depois de nova falha de Goicochea, após um bom trabalho de Gaitán e remate de Jonas, Lima fez o golo que colocava, aos 56 minutos, o Benfica na frente do marcador. Do Arouca, nem sinal nesta segunda parte, a expulsão de Diego, ao minuto 61, arrumou com as esperanças e Lima, aos 76 minutos, acabou com a incerteza, fez o bis, colocou no marcador o resultado final, 1-3 e o Benfica somava mais 3 pontos. Pelo meio, Vasco Santos voltou a não sancionar uma acção arouquense, passível de marcação de grande penalidade, pois Iván Baliu, na área, cortou uma bola com o braço.
Vitória justa, mas suada do Benfica, numa partida onde os encarnados voltaram a sofrer golos fora de portas, onde voltaram a beneficiar de uma expulsão, mas onde foram melhores que o Arouca, que cedo defendeu, para mal dos seus pecados, a curta vantagem.
Ciente que a perca de pontos poderia ser fatal, num estádio repleto de adeptos do emblema da águia, o Benfica entrou no jogo com a convicção da vitória, a mensagem de Jorge Jesus, na véspera, tinha sido esclarecedora e, houve até, quem achasse que havia no discurso alguma falta de humildade, mas percebeu-se que o que o técnico encarnado pretendia, era, com as suas palavras, limitar animicamente os donos da casa, que na tarde de domingo, com o massivo apoio ao Benfica, não parecia realmente a sua casa.
Respondeu bem o Arouca a tudo isto com um golo madrugador, aos 7 minutos, Iuri Medeiros, bem servido por Kayembe, jogador cedido pelo FC Porto, numa espécie de sociedade perfeita, partiu os rins a Eliseu, fazendo a bola sobrevoar o lateral esquerdo num duelo de açorianos, e não deu hipótese de reacção a Júlio César, que após lesão, voltou a merecer a confiança de Jorge Jesus, pois o remate de primeira com o pé direito, só parou no fundo da baliza, estava feito o 1-0, estava dado o mote para que o Benfica tivesse que correr atrás da vitória, sem vacilar. O mote estava dado, mas o Benfica demorou a encontrar o caminho, quem não vacilou foi o público, suportados nesse apoio, os jogadores do emblema da águia, começaram uma corrida desenfreada em busca dos golos, obrigaram o Arouca a recuar no terreno e o perigo começou a rondar a baliza de Goicochea, que na primeira parte teve intervenções de elevado grau de dificuldade e noutras, a pontaria benfiquista não foi a melhor, esta melhoria do Benfica, fica ligada também à subida de rendimento de Gaitán, que foi encontrando melhor o seu espaço. Por esta altura já Jorge Jesus tinha tirado o casaco, a tarde primaveril, o golo arouquense, a alta rotação do técnico no banco e o desacerto da sua equipa, fizeram-no suar, as indicações para dentro do relvado, para corrigir alguns posicionamentos dos seus jogadores, foram constantes, mas até ao intervalo, mais nenhum golo apareceu. O recuo do Arouca, preocupava Pedro Emanuel, pois começava a sentir-se que na segunda parte, o Benfica ia sufocar, como veio a suceder, a formação da casa.
A segunda parte foi, o que o final da primeira indiciava. O discurso de Jorge Jesus ao intervalo, deve ter doído nas orelhas, a entrada de Talisca, para o lugar de Samaris, foi o toque que faltava para o Benfica asfixiar o Arouca.
Que recomeço da equipa encarnada, que pressão, nem o calor incomodou as águias. Já o Arouca, atordoado em este reinício, sentiu-se perdido. O golo não tardaria, antes disso, Vasco Santos, árbitro da partida, fez vista grossa a uma falta cometida dentro da área arouquense, Diego derrubou Gaitán, mas o juiz de Gaia mandou seguir, falha grave, nada que abalasse os benfiquista, pois logo de seguida, Lima pressionou Goicochea, o guardião uruguaio, que tão bem tinha estado nos primeiros 45 minutos, “borrou” a pintura, pois permitiu que o brasileiro interceptasse a bola e, dessa forma, assistisse Jonas, para que este, em zona frontal, fizesse um passe para as redes arouquenses, estava feito o empate e estava também visto que a reviravolta era questão de tempo e foi, cinco minutos volvidos e a cambalhota estava consumada, depois de nova falha de Goicochea, após um bom trabalho de Gaitán e remate de Jonas, Lima fez o golo que colocava, aos 56 minutos, o Benfica na frente do marcador. Do Arouca, nem sinal nesta segunda parte, a expulsão de Diego, ao minuto 61, arrumou com as esperanças e Lima, aos 76 minutos, acabou com a incerteza, fez o bis, colocou no marcador o resultado final, 1-3 e o Benfica somava mais 3 pontos. Pelo meio, Vasco Santos voltou a não sancionar uma acção arouquense, passível de marcação de grande penalidade, pois Iván Baliu, na área, cortou uma bola com o braço.
Vitória justa, mas suada do Benfica, numa partida onde os encarnados voltaram a sofrer golos fora de portas, onde voltaram a beneficiar de uma expulsão, mas onde foram melhores que o Arouca, que cedo defendeu, para mal dos seus pecados, a curta vantagem.
Do céu (quase) ao inferno
No jogo que fechou a jornada, o Sporting recebeu o lanterna vermelha, Penafiel, e venceu por 3-2, num jogo que teve quase de tudo.
Aos 10 minutos de jogo, a alegria reinava a em Alvalade, tudo era mágico, o Sporting vencia por 2-0, o Penafiel estava reduzido a uma sombra e, além dos golos (William Carvalho, 5´e Slimani, 8’), a equipa estava a jogar bom futebol, tal e qual Marco Silva pedira, uma boa vitória num jogo convincente, só que ao minuto 11, Slimani atrasou uma bola do meio campo para a zona defensiva, até aqui tudo bem, não tivesse o argelino enviado a bola para terras de ninguém, aí, Guedes, avançado da equipa duriense, aproveitou a oferta, pegou na bola para o cara a cara com Rui Patrício, antes de pisar a área, Tobias Figueiredo derrubou-o e recebeu, muito justamente, da parte de Bruno Esteves, árbitro da partida, ordem de expulsão. Como uma desgraça quando vêm, nunca vem só, da falta resultou o primeiro golo dos forasteiros, Braga bateu o livre de forma irrepreensível e colocou o Penafiel na luta pelo resultado.
Com um defesa central fora do baralho, Marco Silva optou, no restante da primeira parte, por colocar William Carvalho ao lado de Paulo Oliveira, já Rui Quinta, treinador da formação que ocupa o último lugar da tabela, arriscou e colocou homens mais rápidos na frente, Vitor Bruno e João Martins, estes dois jogadores trouxeram uma melhoria substancial ao futebol da sua equipa e isso permitiu que, não obstante dos leões terem tidos boas ocasiões de golo, a equipa penafidelense, à beira do intervalo, fizesse gelar Alvalade, com o próprio Vitor Bruno aproveitar um alivio defeituoso de Paulo Oliveira.
Ao intervalo, 2-2, os leões já tinham tocado o céu e agora, encontravam-se, às portas do inferno, o Penafiel, por sua vez, estava a fazer o inverso.
No recomeço, o treinador leonino decidiu rectificar a linha defensiva, Ewerton, jogador contratado em Janeiro que fazia a estreia no lote de convocados, entrou para o lugar de Adrien, afim de solidificar o sector recuado e pode-se dizer que nesta primeira amostra, o jogador que se conhecia dos tempos do SC Braga, parece estar a recuperar a boa forma, com esta alteração, Marco Silva, tentava parar também o ímpeto atacante que o Penafiel poderia tentar demonstrar, assim não foi, pois os forasteiros demonstraram, na segunda parte, uma falta de coragem assinalável e não remataram uma única vez à baliza de Rui Patrício.
Sabedores que a vitória lhes permitia separar-se do SC Braga, os leões foram tentando chegar ao golo, nem sempre da forma mais lúcida nem mais prática, com o lado esquerdo, onde Jefferson, que fora autor dos dois cruzamentos para os golos, juntamente com Nani, a ter maior profundidade que o lado direito, onde Cédric e Mané não conseguiam fazer a diferença e quando os primeiros assobios começaram a ecoar em Alvalade, coisa rara nos últimos tempos, Marco Silva lançou no jogo André Carrillo, para o lugar de Mané, o peruano deu maior lucidez e intensidade aos leões e foi a partir de um cruzamento seu, realizado da direita, que Nani, de cabeça, fuzilou Coelho, estava feito o 3-2 final. Daqui para a frente, nota de destaque para algumas perdidas dos leões, que a serem concretizadas, poderiam ter dado a tranquilidade necessária à equipa, para duas expulsões de homens do Penafiel, se na primeira, o árbitro errou, pois o lateral direito, Dani, jogou a bola com o ombro e não merecia por isso, a amostragem do segundo cartão amarelo, na segunda, fica a ideia que o central Pedro Correia, não evitou o choque com Carrillo, que seguia tipo bala para a área contraria, quase no fim, Bruninho surgiu isolado na cara de Patrício, mas este, encheu a baliza e tapou os caminhos das suas redes, desbaratando assim o perigo, permitindo que Alvalade suspirasse de alivio.
Num confronto que teve de tudo um pouco, os leões foram justos vencedores, mas este jogo, foi revelador daquilo que o Sporting tem sido, em momentos uma formação a roçar o brilhantismo, noutros, uma equipa que é atraiçoada por si mesma, neste jogo, o Sporting foi isso tudo, em apenas 90 minutos. O Penafiel saiu de Alvalade como entrou, em último lugar e notou-se, que na segunda parte, foi uma equipa sem ambição.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Aos 10 minutos de jogo, a alegria reinava a em Alvalade, tudo era mágico, o Sporting vencia por 2-0, o Penafiel estava reduzido a uma sombra e, além dos golos (William Carvalho, 5´e Slimani, 8’), a equipa estava a jogar bom futebol, tal e qual Marco Silva pedira, uma boa vitória num jogo convincente, só que ao minuto 11, Slimani atrasou uma bola do meio campo para a zona defensiva, até aqui tudo bem, não tivesse o argelino enviado a bola para terras de ninguém, aí, Guedes, avançado da equipa duriense, aproveitou a oferta, pegou na bola para o cara a cara com Rui Patrício, antes de pisar a área, Tobias Figueiredo derrubou-o e recebeu, muito justamente, da parte de Bruno Esteves, árbitro da partida, ordem de expulsão. Como uma desgraça quando vêm, nunca vem só, da falta resultou o primeiro golo dos forasteiros, Braga bateu o livre de forma irrepreensível e colocou o Penafiel na luta pelo resultado.
Com um defesa central fora do baralho, Marco Silva optou, no restante da primeira parte, por colocar William Carvalho ao lado de Paulo Oliveira, já Rui Quinta, treinador da formação que ocupa o último lugar da tabela, arriscou e colocou homens mais rápidos na frente, Vitor Bruno e João Martins, estes dois jogadores trouxeram uma melhoria substancial ao futebol da sua equipa e isso permitiu que, não obstante dos leões terem tidos boas ocasiões de golo, a equipa penafidelense, à beira do intervalo, fizesse gelar Alvalade, com o próprio Vitor Bruno aproveitar um alivio defeituoso de Paulo Oliveira.
Ao intervalo, 2-2, os leões já tinham tocado o céu e agora, encontravam-se, às portas do inferno, o Penafiel, por sua vez, estava a fazer o inverso.
No recomeço, o treinador leonino decidiu rectificar a linha defensiva, Ewerton, jogador contratado em Janeiro que fazia a estreia no lote de convocados, entrou para o lugar de Adrien, afim de solidificar o sector recuado e pode-se dizer que nesta primeira amostra, o jogador que se conhecia dos tempos do SC Braga, parece estar a recuperar a boa forma, com esta alteração, Marco Silva, tentava parar também o ímpeto atacante que o Penafiel poderia tentar demonstrar, assim não foi, pois os forasteiros demonstraram, na segunda parte, uma falta de coragem assinalável e não remataram uma única vez à baliza de Rui Patrício.
Sabedores que a vitória lhes permitia separar-se do SC Braga, os leões foram tentando chegar ao golo, nem sempre da forma mais lúcida nem mais prática, com o lado esquerdo, onde Jefferson, que fora autor dos dois cruzamentos para os golos, juntamente com Nani, a ter maior profundidade que o lado direito, onde Cédric e Mané não conseguiam fazer a diferença e quando os primeiros assobios começaram a ecoar em Alvalade, coisa rara nos últimos tempos, Marco Silva lançou no jogo André Carrillo, para o lugar de Mané, o peruano deu maior lucidez e intensidade aos leões e foi a partir de um cruzamento seu, realizado da direita, que Nani, de cabeça, fuzilou Coelho, estava feito o 3-2 final. Daqui para a frente, nota de destaque para algumas perdidas dos leões, que a serem concretizadas, poderiam ter dado a tranquilidade necessária à equipa, para duas expulsões de homens do Penafiel, se na primeira, o árbitro errou, pois o lateral direito, Dani, jogou a bola com o ombro e não merecia por isso, a amostragem do segundo cartão amarelo, na segunda, fica a ideia que o central Pedro Correia, não evitou o choque com Carrillo, que seguia tipo bala para a área contraria, quase no fim, Bruninho surgiu isolado na cara de Patrício, mas este, encheu a baliza e tapou os caminhos das suas redes, desbaratando assim o perigo, permitindo que Alvalade suspirasse de alivio.
Num confronto que teve de tudo um pouco, os leões foram justos vencedores, mas este jogo, foi revelador daquilo que o Sporting tem sido, em momentos uma formação a roçar o brilhantismo, noutros, uma equipa que é atraiçoada por si mesma, neste jogo, o Sporting foi isso tudo, em apenas 90 minutos. O Penafiel saiu de Alvalade como entrou, em último lugar e notou-se, que na segunda parte, foi uma equipa sem ambição.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)