Em Santa Maria da Feira, o Sporting CP goleou o SC Espinho, equipa que milita no campeonato nacional de seniores, no primeiro jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal.
A festa da Taça que se joga este fim-de-semana um pouco por (quase) todo o país, arrancou da melhor forma para as hostes leoninas, que não facilitaram e lá coleccionaram mais um carimbo no passaporte para o Jamor.
Num jogo praticamente de sentido único, Marco Silva, a pensar também no importante e decisivo jogo da próxima terça-feira, em Alvalade, a contar para a Liga dos Campeões contra o Maribor, aproveitou para guardar alguns dos habituais titulares e dar minutos a jogadores menos utilizados, assim: Marcelo Boeck, Miguel Lopes, Rosell, André Martins, Mané e Capel, entraram no onze inicial para este jogo.
Desde cedo se percebeu que os leões queriam arrumar com a questão do jogo depressa, ou seja, quebrar a barreira defensiva do Espinho, para assim evitar pânicos tão habituais nestes confrontos de Taça de Portugal, que tornam esta prova tão especial.
Por sua vez o SC Espinho tinha bem delineada a sua estratégia, Calica, treinador dos espinhenses, sabia da importância de ir atrasando o golo leonino, com isso a sua equipa ia ficando mais confiante e a ansiedade começaria a tomar conta do Sporting.
Até se viu, nos primeiros minutos, alguma dificuldade dos leões domarem os tigres, o Sporting, se calhar fruto das muitas alterações no onze, teve dificuldades qb para impor o seu ritmo e estilo de jogo, e se nos primeiros minutos o técnico do SC Espinho se mostrava apreensivo e cauteloso, com o passar do tempo, tanto o treinador como os jogadores da formação da casa (neste caso emprestada) se foram soltando e começaram a criar algum desconforto na linha de ataque leonina, que muitas vezes se mostrou confusa, e chegou a ver-se, algumas vezes, os avançados da formação de Espinho a pressionarem os centrais leoninos, com a intenção clara de provocarem falhas em dois jogadores (Maurício e Sarr) que têm naturais dificuldades com a bola nos pés, nenhuma destas iniciativas teve sucesso, contudo o aviso estava lançado, mas foi o Sporting quem marcou e acabou com a ilusão espinhense.
Com natural sinal mais o Sporting chegou ao golo ao minuto 32, numa boa abertura de André Martins (um dos melhores em campo) para Capel (autor de boa exibição coroada com um golo) e este, descaído para a esquerda como é habitual, cruzou para o coração da área, onde João Mário surgiu a bater Stephane e, desta forma, a quebrar a resistência dos tigres de Espinho. Ao intervalo o Sporting vencia o SC Espinho pela margem mínima, mas de forma justa.
No recomeço o SC Espinho ainda tentou almejar a baliza do capitão Boeck (que fez a sua estreia em jogos oficiais), mas sem resultados prácticos. Numa das vezes a bola passou por cima da baliza, na outra, se calhar a mais evidente opção de golo dos espinhenses, o guarda-redes leonino defendeu com algum aperto o remate de João Dias. Após este assomo inicial dos da casa, o Sporting voltou a tomar conta do jogo e os golos começaram a surgir quase em catadupa, o segundo, ao minuto 61, da autoria da Capel, deitou por terra as intenções dos tigres fazerem uma gracinha e fez a equipa da casa deixar de acreditar que era possível ser feliz; Montero fez o gosto ao pé por duas vezes, o primeiro golo uma obra de arte que vale a pena ver e antes de fazer o bis, Tanaka, o japonês que não tem sido opção de Marco Silva, na conversão de uma grande penalidade cometida pelo central Fábio Gonçalves, que supôs a sua expulsão por acumulação de amarelos, fazia subir ao placard o 0-4 e estreava-se a marcar em jogos oficiais pelo conjunto leonino, antes do fim do jogo, o colombiano voltava a marcar e fechava em definitivo as contas desta eliminatória, apontado o 0-5, resultado final deste jogo.
Nota de destaque para a utilização de Daniel Podence, o jovem de 19 anos, internacional sub-20 por Portugal, que ontem à noite se estreou na equipa principal do Sporting, ele que tem actuado na equipa B e que viu assim recompensado o bom trabalho que tem feito, tendo inclusive, participado activamente no último golo leonino.
No fim das contas a lei do mais forte (leão) dominou sobre o mais fraco (tigre), o Sporting venceu e não deu hipótese ao conjunto de Espinho, num jogo carregado de boas memórias para o conjunto que agora milita nos campeonatos secundários do futebol nacional. Bonito de ver também a forma como os adeptos do SC Espinho se despediram dos jogadores num clima de festa e comunhão entre todos e até Bruno de Carvalho voltou a sorrir, cumprimentar jogadores (sem a exuberância de outros tempos) e a saltar junto dos adeptos, que diga-se, estiverem em Santa Maria da Feira, em grande número.
Daniel Loureço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
A festa da Taça que se joga este fim-de-semana um pouco por (quase) todo o país, arrancou da melhor forma para as hostes leoninas, que não facilitaram e lá coleccionaram mais um carimbo no passaporte para o Jamor.
Num jogo praticamente de sentido único, Marco Silva, a pensar também no importante e decisivo jogo da próxima terça-feira, em Alvalade, a contar para a Liga dos Campeões contra o Maribor, aproveitou para guardar alguns dos habituais titulares e dar minutos a jogadores menos utilizados, assim: Marcelo Boeck, Miguel Lopes, Rosell, André Martins, Mané e Capel, entraram no onze inicial para este jogo.
Desde cedo se percebeu que os leões queriam arrumar com a questão do jogo depressa, ou seja, quebrar a barreira defensiva do Espinho, para assim evitar pânicos tão habituais nestes confrontos de Taça de Portugal, que tornam esta prova tão especial.
Por sua vez o SC Espinho tinha bem delineada a sua estratégia, Calica, treinador dos espinhenses, sabia da importância de ir atrasando o golo leonino, com isso a sua equipa ia ficando mais confiante e a ansiedade começaria a tomar conta do Sporting.
Até se viu, nos primeiros minutos, alguma dificuldade dos leões domarem os tigres, o Sporting, se calhar fruto das muitas alterações no onze, teve dificuldades qb para impor o seu ritmo e estilo de jogo, e se nos primeiros minutos o técnico do SC Espinho se mostrava apreensivo e cauteloso, com o passar do tempo, tanto o treinador como os jogadores da formação da casa (neste caso emprestada) se foram soltando e começaram a criar algum desconforto na linha de ataque leonina, que muitas vezes se mostrou confusa, e chegou a ver-se, algumas vezes, os avançados da formação de Espinho a pressionarem os centrais leoninos, com a intenção clara de provocarem falhas em dois jogadores (Maurício e Sarr) que têm naturais dificuldades com a bola nos pés, nenhuma destas iniciativas teve sucesso, contudo o aviso estava lançado, mas foi o Sporting quem marcou e acabou com a ilusão espinhense.
Com natural sinal mais o Sporting chegou ao golo ao minuto 32, numa boa abertura de André Martins (um dos melhores em campo) para Capel (autor de boa exibição coroada com um golo) e este, descaído para a esquerda como é habitual, cruzou para o coração da área, onde João Mário surgiu a bater Stephane e, desta forma, a quebrar a resistência dos tigres de Espinho. Ao intervalo o Sporting vencia o SC Espinho pela margem mínima, mas de forma justa.
No recomeço o SC Espinho ainda tentou almejar a baliza do capitão Boeck (que fez a sua estreia em jogos oficiais), mas sem resultados prácticos. Numa das vezes a bola passou por cima da baliza, na outra, se calhar a mais evidente opção de golo dos espinhenses, o guarda-redes leonino defendeu com algum aperto o remate de João Dias. Após este assomo inicial dos da casa, o Sporting voltou a tomar conta do jogo e os golos começaram a surgir quase em catadupa, o segundo, ao minuto 61, da autoria da Capel, deitou por terra as intenções dos tigres fazerem uma gracinha e fez a equipa da casa deixar de acreditar que era possível ser feliz; Montero fez o gosto ao pé por duas vezes, o primeiro golo uma obra de arte que vale a pena ver e antes de fazer o bis, Tanaka, o japonês que não tem sido opção de Marco Silva, na conversão de uma grande penalidade cometida pelo central Fábio Gonçalves, que supôs a sua expulsão por acumulação de amarelos, fazia subir ao placard o 0-4 e estreava-se a marcar em jogos oficiais pelo conjunto leonino, antes do fim do jogo, o colombiano voltava a marcar e fechava em definitivo as contas desta eliminatória, apontado o 0-5, resultado final deste jogo.
Nota de destaque para a utilização de Daniel Podence, o jovem de 19 anos, internacional sub-20 por Portugal, que ontem à noite se estreou na equipa principal do Sporting, ele que tem actuado na equipa B e que viu assim recompensado o bom trabalho que tem feito, tendo inclusive, participado activamente no último golo leonino.
No fim das contas a lei do mais forte (leão) dominou sobre o mais fraco (tigre), o Sporting venceu e não deu hipótese ao conjunto de Espinho, num jogo carregado de boas memórias para o conjunto que agora milita nos campeonatos secundários do futebol nacional. Bonito de ver também a forma como os adeptos do SC Espinho se despediram dos jogadores num clima de festa e comunhão entre todos e até Bruno de Carvalho voltou a sorrir, cumprimentar jogadores (sem a exuberância de outros tempos) e a saltar junto dos adeptos, que diga-se, estiverem em Santa Maria da Feira, em grande número.
Daniel Loureço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)