A Liga NOS fechou a loja para umas curtas férias natalícias, cabendo a Braga e Paços de Ferreira encerrar a 14.ª jornada, última do ano civil de 2015. Campeonato, agora, só para o ano.
O jogo tinha tudo para correr bem aos bracarenses, híper-moralizados depois de terem eliminado o Sporting para a Taça de Portugal, no melhor jogo disputado esta época até ao momento. Jogando à segunda-feira, também beneficiaram de mais vinte e quatro horas de recuperação. Em caso de vitória, alcançariam uma vantagem importante para o restante pelotão que segue no encalço dos lugares europeus.
Tal como tinha prometido na véspera, Paulo Fonseca não fez muitas alterações na equipa, limitando-se à gestão do plantel que tem sido habitual. Antevendo as dificuldades que o adversário iria causar, manteve um núcleo duro com Luiz Carlos, Alan e Rafa. Apostou também na qualidade de jogo que Felipe Augusto implementa, tal como na capacidade de luta de Stojilikovic na frente, à qual juntou a ainda a mobilidade de Rui Fonte.
O Braga teve uma entrada forte no jogo, remetendo o seu adversário aos últimos trinta metros nos minutos iniciais. A bola circulou de forma rápida, com o jogo a ser pautado por Luiz Carlos e os laterais Baiano e Goiano apoiando o ataque. Rafa e Alan faziam bons movimentos interiores, combinando com a dupla de avançados. O Paços de Ferreira, apesar de bem organizado e com o bloco baixo, tinha dificuldade em acertar as marcações.
Por isso, foi com alguma naturalidade que os bracarenses chegaram ao golo, na sequência de uma bela jogada de entendimento pelo lado esquerdo, Rui Fonte com um passe de ruptura, ao primeiro toque, isolou o colega Stojilikovic que arrancou pela área pacense e rematou com força para o fundo das redes, assinando o seu 6.º golo na liga aos 22 minutos.
A partir daí e apesar de continuar a produzir o futebol vistoso a que nos vem habituado, o Braga assumiu uma postura mais relaxada, com várias perdas de bola à entrada da área que por pouco permitiram ao Paços de Ferreira chegar ao golo. Contrariamente ao que é habitual, os arsenalistas erraram muitos passes, sobretudo Felipe Augusto, que esteve em noite desinspirada. Ainda assim, a vantagem de uma bola a zero justificava-se porque o Braga foi a única equipa que procurou o golo, enquanto o Paços de Ferreira procurou apenas defender-se do ímpeto atacante do adversário, tendo criado lances de perigo nos momentos em que o Braga perdeu a bola ingenuamente, como já referido atrás.
A toada de jogo no segundo tempo não se alterou, apesar de uma mexida de Jorge Simão, que retirou de campo Roniel para dar lugar ao extremo Osei Barnes. Foi precisamente o jovem ganês que esteve em foco, depois de aproveitar nova perdida de bola do Braga, lançou-se numa correria pelo flanco direito, ainda que a defesa da casa já estivesse reposicionada. Porém, quando entrou na área, acabou por ser rasteirado devido a uma acção displicente de André Pinto, que teve tudo para resolver o lance de forma eficaz.
Chamado à conversão do castigo máximo aos 52 minutos, o médio Pelé concretizou com um remate ao estilo “paradinha”, enganando Kritcyuk. Estava feito o empate e o jogo continuou como começou, ou seja, Braga a atacar e Paços a defender. Logo após o golo do empate, Paulo Fonseca lançou Hassan para o lugar de Rui Fonte, talvez devido a alguma questão física, porque o jovem internacional sub-21 estava a realizar uma exibição interessante. O egípcio conseguiu agitar o jogo logo após subir ao terreno de jogo, causando evidentes problemas aos centrais pacenses. Mas, com o passar do tempo a sua boa entrada em jogo decaiu, pois, perdeu-se muitas vezes em lances individuais e nas poucas oportunidades que teve de alvejar a baliza, não o conseguiu fazer com a acutilância que lhe é conhecida.
Paulo Fonseca fez igualmente uma alteração a meio-campo, retirando um desinspirado Felipe Augusto, entrando Vukcevic para o seu lugar. A equipa ganhou com isso, aumentou a intensidade de jogo a meio campo, melhorou a qualidade do passe, ainda que o montenegrino, por vezes, hesitasse um pouco no capítulo do último passe, facilitando assim a vida aos defensores adversários.
O jogo ia-se encaminhando para o final sem que o Braga conseguisse chegar ao golo, apesar de continuar a atacar de forma organizada e com boas jogadas de entendimento, sem recorrer ao tradicional jogo directo que algumas equipas optam por fazer em momentos semelhantes.
No entanto, numa das poucas saídas à baliza adversária, foi o Paços de Ferreira quem esteve perto de marcar, na sequência de um pontapé de canto. O central Ricardo cabeceou ao poste, na recarga Diogo Jota ainda chegou a introduzir a bola na baliza, mas estava em posição irregular.
O treinador do SC Braga esgotou as substituições aos 84 minutos, entrando Wilson Eduardo para o lugar do capitão Alan, que realizou o 299.º jogo oficial pela sua equipa e igualou o record até então na posse do ex-guarda-redes Quim. A substituição pecou por tardia, não porque Alan estivesse a fazer uma má exibição, antes pelo contrário, mas porque o tempo de jogo concedido a Wilson foi pouco. Depois, o guarda-redes e os jogadores do Paços também aproveitavam todas as interrupções de jogo para ganhar tempo e quebrar o ritmo ao adversário.
A estratégia de Jorge Simão acabou por sair premiada com o empate a uma bola que se registou no final. Em contrapartida, o Braga foi penalizado pelo erro infantil que proporcionou o penalti ao Paços de Ferreira e pela incapacidade de concretizar as oportunidades que criou após o golo de Stojilikovic.
Apesar de tudo, o Braga mantém-se firme no 4.º lugar, tendo já uma vantagem de quatro pontos para o trio de perseguidores: Rio Ave, Paços de Ferreira e Vitória de Setúbal; este último será visitado pelo SC Braga, no Bonfim, na próxima jornada que já se realizará em 2016.
SORTEIO DA TAÇA DE PORTUGAL
Ontem também se realizou o sorteio dos quartos de final da Taça de Portugal, ficando igualmente definido o alinhamento dos jogos das meias-finais, a disputar a duas mãos. Com dois dos favoritos (Benfica e Sporting) fora da prova, os bracarenses queriam evitar o favorito que resta (FC Porto) e conseguiram-no. Pois, ditou o sorteio que estas equipas só possam vir a encontrar-se na final.
Mas a grande vantagem para o SC Braga nesta eliminatória é, sem dúvida, o facto de jogar em casa. Neste caso, calhou em sorte a equipa do Arouca. Se o Braga seguir em frente, encontrará o vencedor do jogo Rio Ave – Estoril, podendo verificar-se pela terceira vez consecutiva uma meia-final entre bracarenses e vila-condenses.
O certo é que o alinhamento do sorteio provocou uma onda de euforia entre os adeptos do SC Braga, que cada vez mais acreditam em repetir a presença do Jamor. Até o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, publicou na sua conta pessoal do Facebook uma mensagem que transborda confiança: «Meninos, ninguém aceita outra coisa: vou reservar os autocarros!...»
O jogo tinha tudo para correr bem aos bracarenses, híper-moralizados depois de terem eliminado o Sporting para a Taça de Portugal, no melhor jogo disputado esta época até ao momento. Jogando à segunda-feira, também beneficiaram de mais vinte e quatro horas de recuperação. Em caso de vitória, alcançariam uma vantagem importante para o restante pelotão que segue no encalço dos lugares europeus.
Tal como tinha prometido na véspera, Paulo Fonseca não fez muitas alterações na equipa, limitando-se à gestão do plantel que tem sido habitual. Antevendo as dificuldades que o adversário iria causar, manteve um núcleo duro com Luiz Carlos, Alan e Rafa. Apostou também na qualidade de jogo que Felipe Augusto implementa, tal como na capacidade de luta de Stojilikovic na frente, à qual juntou a ainda a mobilidade de Rui Fonte.
O Braga teve uma entrada forte no jogo, remetendo o seu adversário aos últimos trinta metros nos minutos iniciais. A bola circulou de forma rápida, com o jogo a ser pautado por Luiz Carlos e os laterais Baiano e Goiano apoiando o ataque. Rafa e Alan faziam bons movimentos interiores, combinando com a dupla de avançados. O Paços de Ferreira, apesar de bem organizado e com o bloco baixo, tinha dificuldade em acertar as marcações.
Por isso, foi com alguma naturalidade que os bracarenses chegaram ao golo, na sequência de uma bela jogada de entendimento pelo lado esquerdo, Rui Fonte com um passe de ruptura, ao primeiro toque, isolou o colega Stojilikovic que arrancou pela área pacense e rematou com força para o fundo das redes, assinando o seu 6.º golo na liga aos 22 minutos.
A partir daí e apesar de continuar a produzir o futebol vistoso a que nos vem habituado, o Braga assumiu uma postura mais relaxada, com várias perdas de bola à entrada da área que por pouco permitiram ao Paços de Ferreira chegar ao golo. Contrariamente ao que é habitual, os arsenalistas erraram muitos passes, sobretudo Felipe Augusto, que esteve em noite desinspirada. Ainda assim, a vantagem de uma bola a zero justificava-se porque o Braga foi a única equipa que procurou o golo, enquanto o Paços de Ferreira procurou apenas defender-se do ímpeto atacante do adversário, tendo criado lances de perigo nos momentos em que o Braga perdeu a bola ingenuamente, como já referido atrás.
A toada de jogo no segundo tempo não se alterou, apesar de uma mexida de Jorge Simão, que retirou de campo Roniel para dar lugar ao extremo Osei Barnes. Foi precisamente o jovem ganês que esteve em foco, depois de aproveitar nova perdida de bola do Braga, lançou-se numa correria pelo flanco direito, ainda que a defesa da casa já estivesse reposicionada. Porém, quando entrou na área, acabou por ser rasteirado devido a uma acção displicente de André Pinto, que teve tudo para resolver o lance de forma eficaz.
Chamado à conversão do castigo máximo aos 52 minutos, o médio Pelé concretizou com um remate ao estilo “paradinha”, enganando Kritcyuk. Estava feito o empate e o jogo continuou como começou, ou seja, Braga a atacar e Paços a defender. Logo após o golo do empate, Paulo Fonseca lançou Hassan para o lugar de Rui Fonte, talvez devido a alguma questão física, porque o jovem internacional sub-21 estava a realizar uma exibição interessante. O egípcio conseguiu agitar o jogo logo após subir ao terreno de jogo, causando evidentes problemas aos centrais pacenses. Mas, com o passar do tempo a sua boa entrada em jogo decaiu, pois, perdeu-se muitas vezes em lances individuais e nas poucas oportunidades que teve de alvejar a baliza, não o conseguiu fazer com a acutilância que lhe é conhecida.
Paulo Fonseca fez igualmente uma alteração a meio-campo, retirando um desinspirado Felipe Augusto, entrando Vukcevic para o seu lugar. A equipa ganhou com isso, aumentou a intensidade de jogo a meio campo, melhorou a qualidade do passe, ainda que o montenegrino, por vezes, hesitasse um pouco no capítulo do último passe, facilitando assim a vida aos defensores adversários.
O jogo ia-se encaminhando para o final sem que o Braga conseguisse chegar ao golo, apesar de continuar a atacar de forma organizada e com boas jogadas de entendimento, sem recorrer ao tradicional jogo directo que algumas equipas optam por fazer em momentos semelhantes.
No entanto, numa das poucas saídas à baliza adversária, foi o Paços de Ferreira quem esteve perto de marcar, na sequência de um pontapé de canto. O central Ricardo cabeceou ao poste, na recarga Diogo Jota ainda chegou a introduzir a bola na baliza, mas estava em posição irregular.
O treinador do SC Braga esgotou as substituições aos 84 minutos, entrando Wilson Eduardo para o lugar do capitão Alan, que realizou o 299.º jogo oficial pela sua equipa e igualou o record até então na posse do ex-guarda-redes Quim. A substituição pecou por tardia, não porque Alan estivesse a fazer uma má exibição, antes pelo contrário, mas porque o tempo de jogo concedido a Wilson foi pouco. Depois, o guarda-redes e os jogadores do Paços também aproveitavam todas as interrupções de jogo para ganhar tempo e quebrar o ritmo ao adversário.
A estratégia de Jorge Simão acabou por sair premiada com o empate a uma bola que se registou no final. Em contrapartida, o Braga foi penalizado pelo erro infantil que proporcionou o penalti ao Paços de Ferreira e pela incapacidade de concretizar as oportunidades que criou após o golo de Stojilikovic.
Apesar de tudo, o Braga mantém-se firme no 4.º lugar, tendo já uma vantagem de quatro pontos para o trio de perseguidores: Rio Ave, Paços de Ferreira e Vitória de Setúbal; este último será visitado pelo SC Braga, no Bonfim, na próxima jornada que já se realizará em 2016.
SORTEIO DA TAÇA DE PORTUGAL
Ontem também se realizou o sorteio dos quartos de final da Taça de Portugal, ficando igualmente definido o alinhamento dos jogos das meias-finais, a disputar a duas mãos. Com dois dos favoritos (Benfica e Sporting) fora da prova, os bracarenses queriam evitar o favorito que resta (FC Porto) e conseguiram-no. Pois, ditou o sorteio que estas equipas só possam vir a encontrar-se na final.
Mas a grande vantagem para o SC Braga nesta eliminatória é, sem dúvida, o facto de jogar em casa. Neste caso, calhou em sorte a equipa do Arouca. Se o Braga seguir em frente, encontrará o vencedor do jogo Rio Ave – Estoril, podendo verificar-se pela terceira vez consecutiva uma meia-final entre bracarenses e vila-condenses.
O certo é que o alinhamento do sorteio provocou uma onda de euforia entre os adeptos do SC Braga, que cada vez mais acreditam em repetir a presença do Jamor. Até o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, publicou na sua conta pessoal do Facebook uma mensagem que transborda confiança: «Meninos, ninguém aceita outra coisa: vou reservar os autocarros!...»
Esta onda de euforia entre os adeptos é compreensível, mas espera-se que a mesma não influencie negativamente a equipa, que deve encarar o jogo com o Arouca como se de uma verdadeira final se tratasse. Apenas mais um dado curioso: esta época, o Braga não conseguiu vencer o seu próximo adversário na Taça, Arouca, tendo empatado em Braga a 0-0; nem nenhum dos dois hipotéticos adversários das meias-finais, Rio Ave e Estoril, tendo perdido por 1-0 nas deslocações aos estádios dos Arcos e da Amoreira.
NOTA FINAL
Primeiro reforço de inverno do SC Braga: STIAN RINGSTAD
Está encontrado o lateral-esquerdo que irá fazer concorrência a Djavan. Trata-se do norueguês Stian Ringstad, internacional pelo seu país desde os SUB-16 até aos AA e proveniente do Lillestrom, da principal liga daquela país da Escandinávia.
A contratação foi anunciada na tarde do dia 22 de Dezembro, no sítio oficial do clube.
NOTA FINAL
Primeiro reforço de inverno do SC Braga: STIAN RINGSTAD
Está encontrado o lateral-esquerdo que irá fazer concorrência a Djavan. Trata-se do norueguês Stian Ringstad, internacional pelo seu país desde os SUB-16 até aos AA e proveniente do Lillestrom, da principal liga daquela país da Escandinávia.
A contratação foi anunciada na tarde do dia 22 de Dezembro, no sítio oficial do clube.
Termino esta crónica desejando a todos os leitores do Rectângulo Mágico um feliz Natal e um próspero Ano Novo de 2016.
Ricardo Jorge
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)