O Sporting Clube de Braga venceu este Sábado o Nacional da Madeira por 3-1, na segunda partida consecutiva disputada em casa. Com esta vitória, os arsenalistas conseguiram uma vantagem importante para o 5.º classificado, Vitória de Guimarães, que na sexta-feira não fora além de um empate a 2-2 com o Paços de Ferreira. Recorde-se que os bracarenses experimentarão um ciclo terrível nas três jornadas subsequentes, começando já no próximo fim-de-semana com a sempre difícil deslocação a Vila de Conde, seguindo-se a recepção ao FC Porto e visita ao Estádio da Luz. Além disso, o SC Braga, ainda que à condição, ficou a apenas um ponto do terceiro classificado Sporting. Mas quanto a essa disputa pelo pódio, Sérgio Conceição não quer sequer ouvir falar.
E a meu ver faz todo o sentido apontar o foco nos principais objectivos imediatos do clube para o que resta da temporada: consolidar o 4.º lugar e atingir a final da Taça de Portugal. O SC Braga só poderá aspirar a voos mais altos depois de assegurar os desideratos anteriores. Mas para tal, há um longo caminho a percorrer e o técnico dos Guerreiros do Minho tem plena consciência do muito trabalho que ainda tem pela frente, porque o excelente resultado conseguido ontem não reflecte aquilo que se passou nos 90 minutos do jogo, mas apenas em 45, ou parte destes.
Nesta partida disputada ao final de uma tarde fria, o SC Braga pôs-se muito a jeito de uma das boas formações da liga portuguesa, orientada pelo experiente professor Manuel Machado. Depois do susto na jornada anterior diante de um Arouca reduzido a dez unidades, esperava-se uma entrada intensa dos arsenalistas, perante este adversário de maiores créditos, o Nacional de Madeira. Puro engano. Não estarei muito longe de errar se disser que o Braga fez a pior primeira parte de um jogo disputado em casa esta época. Faltou velocidade, entrega, agressividade e mais uns quantos adjectivos, já utilizados noutras ocasiões para elogiar o SC Braga de Sérgio Conceição. Aproveitou bem o Nacional o desacerto completo dos da casa, para no seu estilo de contra-ataque começar a ganhar preponderância no jogo e aproximar-se com relativo perigo da baliza de Matheus. Por isso não admirou a ninguém que aos 22 minutos os madeirenses se tivessem adiantado no marcador, por intermédio de Tiago Rodrigues, que apontou um golo de fino recorte técnico, colocando a bola no ângulo superior esquerdo da baliza de Matheus. O golo nacionalista abalou ainda mais os homens da casa, que não conseguiam ensaiar uma jogada com princípio meio e fim. E no sector recuado, sentiam dificuldades para conter as transições ofensivas do adversário, que conseguia chegar junto da área bracarense com relativa facilidade.
Perante uma tão vulgar prestação dos seus pupilos, Sérgio Conceição não esperou pelo intervalo para mexer na equipa. Lançou o extremo Salvador Agra a jogo, retirando o lateral-esquerdo Djavan, que para além do desacerto individual evidenciado (defensivo e ofensivo), estava também amarelado. Para o lugar de defesa-esquerdo recuou Pedro Santos. Esta opção do treinador haveria de se tornar determinante para aquilo que se passou na segunda parte.
Não sei bem o que terá dado Sérgio Conceição aos seus jogadores no intervalo, se um puxão de orelhas ou algo mais, porque na segunda metade entrou em campo um SC Braga transfigurado. E a partir do minuto 50 iniciaram-se os 9 minutos terríveis que derrubaram por completo a fortificação erigida por Manuel Machado.
Minuto 50: Falta no lado direito do ataque no SC Braga. Tal como sucedera por diversas ocasiões na primeira parte, Pedro Santos foi chamado à conversão. Dono de um pé esquerdo fenomenal, o jovem extremo puxou a culatra atrás e desferiu um tiro certeiro que atravessou toda a área e só parou no fundo das redes do Nacional. O guarda-redes Rui Silva não está isento de culpas neste lance, pese embora a qualidade do pontapé de Pedro Santos e a amálgama de almas que estavam colocadas à sua frente lhe poderem servir de alibi.
Minuto 54: Jogada rápida na meia-esquerda do ataque arsenalista (nesta segunda parte os homens de Sérgio Conceição corriam mesmo!), Pedro Tiba ganha muito bem a bola na linha de fundo e, de costas para a baliza, cruza rasteiro para o interior da área onde apareceu Zé Luís a rematar forte de pé esquerdo. Rui Silva ainda conseguiu suster o pontapé do cabo-verdiano, mas a bola acabou por ressaltar para a frente, onde apareceu fulminante Rúben Micael a fuzilar e a marcar à sua antiga equipa.
Minuto 59: Novamente pela meia-esquerda, o Braga construiu uma boa jogada que isolou Zé Luís. Este corria já para o golo, quando foi rasteirado pelo defesa-central Rui Correia. O árbitro da partida então a falta merecedora de cartão vermelho directo, expulsando assim o jogador do Nacional. Na cobrança do livre, rente à linha da grande-área, Salvador Agra rematou forte e colocado, ultrapassando a barreira adversária e levando a bola a entrar junto à barra.
O Nacional da Madeira, completamente atordoado com tamanha avalanche ofensiva e de golos e ainda para mais reduzido a dez unidades, não foi depois capaz de causar grandes embaraços à defesa adversária, com excepção de um lance de bola parada em que Matheus andou um pouco aos papéis. O Braga limitou-se a controlar as operações, circulando a bola entre os seus jogadores e preferindo resguardar-se de eventuais investidas adversárias.
Com este triunfo, o SC Braga alcança a sua nona vitória em casa. Até ao momento, apenas Vitória de Guimarães e Sporting conseguiram sair da Pedreira com pontos.
Em terra de cónegos não entrou a Quaresma, continuou o Carnaval
Noutra partida disputada ontem, o SL Benfica também alcançou uma vitória por três bolas a uma, tendo estado igualmente em desvantagem durante o jogo, porque aos 35 minutos o extremo João Pedro colocou os cónegos na frente do marcador. A vantagem dos da casa haveria de durar até ao intervalo.
Na segunda parte, os encarnados chegaram ao golo através de um pontapé de canto inexistente. Luisão foi o autor. Depois, seguiu-se uma enorme confusão dentro das quatro-linhas que culminou com a expulsão de um jogador do Moreirense, André Simões, e dos dois treinadores: Miguel Leal e Jorge Jesus. Não é possível perceber qual a justificação para a sanção disciplinar ao jogador do Moreirense, mas o facto é que esta inferioridade numérica haveria de ser determinante para a remontada benfiquista, tal como admitiu Eliseu no final da partida.
O próprio Eliseu, aos 65 minutos e o brasileiro Jonas, aos 73, acabariam por marcar os golos que ficariam para a história deste desafio, mantendo as águias na liderança confortável da liga e à espreita de uma escorregadela do Porto no Estádio do Bessa.
E a meu ver faz todo o sentido apontar o foco nos principais objectivos imediatos do clube para o que resta da temporada: consolidar o 4.º lugar e atingir a final da Taça de Portugal. O SC Braga só poderá aspirar a voos mais altos depois de assegurar os desideratos anteriores. Mas para tal, há um longo caminho a percorrer e o técnico dos Guerreiros do Minho tem plena consciência do muito trabalho que ainda tem pela frente, porque o excelente resultado conseguido ontem não reflecte aquilo que se passou nos 90 minutos do jogo, mas apenas em 45, ou parte destes.
Nesta partida disputada ao final de uma tarde fria, o SC Braga pôs-se muito a jeito de uma das boas formações da liga portuguesa, orientada pelo experiente professor Manuel Machado. Depois do susto na jornada anterior diante de um Arouca reduzido a dez unidades, esperava-se uma entrada intensa dos arsenalistas, perante este adversário de maiores créditos, o Nacional de Madeira. Puro engano. Não estarei muito longe de errar se disser que o Braga fez a pior primeira parte de um jogo disputado em casa esta época. Faltou velocidade, entrega, agressividade e mais uns quantos adjectivos, já utilizados noutras ocasiões para elogiar o SC Braga de Sérgio Conceição. Aproveitou bem o Nacional o desacerto completo dos da casa, para no seu estilo de contra-ataque começar a ganhar preponderância no jogo e aproximar-se com relativo perigo da baliza de Matheus. Por isso não admirou a ninguém que aos 22 minutos os madeirenses se tivessem adiantado no marcador, por intermédio de Tiago Rodrigues, que apontou um golo de fino recorte técnico, colocando a bola no ângulo superior esquerdo da baliza de Matheus. O golo nacionalista abalou ainda mais os homens da casa, que não conseguiam ensaiar uma jogada com princípio meio e fim. E no sector recuado, sentiam dificuldades para conter as transições ofensivas do adversário, que conseguia chegar junto da área bracarense com relativa facilidade.
Perante uma tão vulgar prestação dos seus pupilos, Sérgio Conceição não esperou pelo intervalo para mexer na equipa. Lançou o extremo Salvador Agra a jogo, retirando o lateral-esquerdo Djavan, que para além do desacerto individual evidenciado (defensivo e ofensivo), estava também amarelado. Para o lugar de defesa-esquerdo recuou Pedro Santos. Esta opção do treinador haveria de se tornar determinante para aquilo que se passou na segunda parte.
Não sei bem o que terá dado Sérgio Conceição aos seus jogadores no intervalo, se um puxão de orelhas ou algo mais, porque na segunda metade entrou em campo um SC Braga transfigurado. E a partir do minuto 50 iniciaram-se os 9 minutos terríveis que derrubaram por completo a fortificação erigida por Manuel Machado.
Minuto 50: Falta no lado direito do ataque no SC Braga. Tal como sucedera por diversas ocasiões na primeira parte, Pedro Santos foi chamado à conversão. Dono de um pé esquerdo fenomenal, o jovem extremo puxou a culatra atrás e desferiu um tiro certeiro que atravessou toda a área e só parou no fundo das redes do Nacional. O guarda-redes Rui Silva não está isento de culpas neste lance, pese embora a qualidade do pontapé de Pedro Santos e a amálgama de almas que estavam colocadas à sua frente lhe poderem servir de alibi.
Minuto 54: Jogada rápida na meia-esquerda do ataque arsenalista (nesta segunda parte os homens de Sérgio Conceição corriam mesmo!), Pedro Tiba ganha muito bem a bola na linha de fundo e, de costas para a baliza, cruza rasteiro para o interior da área onde apareceu Zé Luís a rematar forte de pé esquerdo. Rui Silva ainda conseguiu suster o pontapé do cabo-verdiano, mas a bola acabou por ressaltar para a frente, onde apareceu fulminante Rúben Micael a fuzilar e a marcar à sua antiga equipa.
Minuto 59: Novamente pela meia-esquerda, o Braga construiu uma boa jogada que isolou Zé Luís. Este corria já para o golo, quando foi rasteirado pelo defesa-central Rui Correia. O árbitro da partida então a falta merecedora de cartão vermelho directo, expulsando assim o jogador do Nacional. Na cobrança do livre, rente à linha da grande-área, Salvador Agra rematou forte e colocado, ultrapassando a barreira adversária e levando a bola a entrar junto à barra.
O Nacional da Madeira, completamente atordoado com tamanha avalanche ofensiva e de golos e ainda para mais reduzido a dez unidades, não foi depois capaz de causar grandes embaraços à defesa adversária, com excepção de um lance de bola parada em que Matheus andou um pouco aos papéis. O Braga limitou-se a controlar as operações, circulando a bola entre os seus jogadores e preferindo resguardar-se de eventuais investidas adversárias.
Com este triunfo, o SC Braga alcança a sua nona vitória em casa. Até ao momento, apenas Vitória de Guimarães e Sporting conseguiram sair da Pedreira com pontos.
Em terra de cónegos não entrou a Quaresma, continuou o Carnaval
Noutra partida disputada ontem, o SL Benfica também alcançou uma vitória por três bolas a uma, tendo estado igualmente em desvantagem durante o jogo, porque aos 35 minutos o extremo João Pedro colocou os cónegos na frente do marcador. A vantagem dos da casa haveria de durar até ao intervalo.
Na segunda parte, os encarnados chegaram ao golo através de um pontapé de canto inexistente. Luisão foi o autor. Depois, seguiu-se uma enorme confusão dentro das quatro-linhas que culminou com a expulsão de um jogador do Moreirense, André Simões, e dos dois treinadores: Miguel Leal e Jorge Jesus. Não é possível perceber qual a justificação para a sanção disciplinar ao jogador do Moreirense, mas o facto é que esta inferioridade numérica haveria de ser determinante para a remontada benfiquista, tal como admitiu Eliseu no final da partida.
O próprio Eliseu, aos 65 minutos e o brasileiro Jonas, aos 73, acabariam por marcar os golos que ficariam para a história deste desafio, mantendo as águias na liderança confortável da liga e à espreita de uma escorregadela do Porto no Estádio do Bessa.