A primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, entre o Nacional da Madeira e o Sporting CP, terminou com um empate a duas bolas. Para os leões, melhor o resultado que a exibição, num jogo que obrigou o Sporting a recuperar por duas vezes a desvantagem no marcador, com o 2-2 final a surgir, com os comandados de Marco Silva a jogarem com menos um jogador por expulsão de Miguel Lopes, para o Nacional, o sabor amargo de ter estado duas vezes em vantagem e não ter conseguido segurar a vitória quando jogava em superioridade numérica.
No culminar de uma semana claramente desgastante, quer física quer psicologicamente, o Sporting, saiu da ilha da Madeira com as duas mãos bem seguras à final do Jamor, graças à capacidade de sofrimento e superação que a equipa demonstrou para anular as duas desvantagens no marcador.
Um jogo com quatro golos nunca pode, ou deve, ser considerado um jogo fraco, mas a verdade é que o espectáculo não foi grande coisa. Os receios de não perder foram sempre maiores que a vontade de ganhar e quando assim é, não se pode fazer muito. Do lado madeirense, o reconhecimento da superioridade do adversário foi uma realidade, embora este Nacional está longe, para melhor, daquilo que já fez, a equipa, com os ajuste de inverno, ocorridos em Janeiro, ganhou maior consistência, com Tiago Rodrigues, jogador cedido pelo FC Porto, a ser o expoente máximo desta melhoria colectiva, tentou sempre contrariar, com a velocidade de Marco Matias e João Aurélio, a maior posse de bola dos leões.
Neste jogo do gato e do rato, a primeira parte teve alguns laivos de bom futebol, Tiago Rodrigues ainda assustou ao atirar uma bomba que foi devolvida pelo poste esquerdo da baliza de Rui Patrício, já pelo lado leonino, Carrillo fez tudo bem, mas na hora de rematar à baliza, valeu aos da casa, Zainadine, que de cabeça tirou o golo certo ao peruano.
A segunda parte arrancou com o Nacional a pressionar a formação verde e branca, os alvinegros sentiram que o leão estava ferido, a eliminação europeia e a pesada derrota no Dragão, deixaram marcas aos leões e isso foi notório, com alguns jogadores a acusarem a pressão e a não conseguirem oxigenar o cérebro de forma a terem a lucidez necessária em largos momentos da partida, nesse capitulo, João Mário, foi o expoente máximo desta desorientação, que exibição tão pobre de um jogador claramente acima da média.
Com esta entrada mais pressionante, Tiago Rodrigues voltou a dar o mote, desta vez Rui Patrício segurou, com uma boa defesa o resultado, mas passado alguns minutos, o guarda-redes leonino teria uma intervenção, vamos dizer, infeliz, mais uma, vão sendo recorrentes estes infortúnio que comprometem a equipa. Num livre batido na esquerda por Tiago Rodrigues, inexplicavelmente, o habitual titular da baliza nacional, soltou a bola para a frente e João Aurélio, atento, furou as redes pela primeira vez, estava feito o 1-0, mas a festa durou pouco, pois passados cinco minutos, Tobias Figueiredo, após a marcação de um livre lateral, elevou-se para fazer o empate, tudo igual novamente, só que o empate com golos, era favorável ao Sporting, desta vez festejavam os leões…por pouco tempo, quatro minutos volvidos e Lucas João, voltava a colocar o Nacional na frente, cruzamento da esquerda, Tobias Figueiredo batido nas alturas e o avançado angolano nas costas do central, cabeceou à vontade para o 2-1. Nova festa e esta sim durou mais um bocado, e muitos adeptos madeirenses, esfregaram as mãos um pouco mais tarde, ao minuto 71, quando Miguel Lopes recebeu ordem de expulsão, Carlos Xistra mostrou o segundo amarelo ao lateral leonino numa falta…que não foi.
Só que a partir deste momento, já com Slimani em campo no lugar de Tanaka, Adrien no lugar de André Martins e com Montero já pronto para ir a jogo, alteração que não surgiu pois a expulsão fez saltar para o relvado Cédric Soares, o Sporting melhorou a sua prestação, começou a trocar a bola com maior rapidez, Adrien e William assumiram papel de destaque nesta melhoria colectiva, com o próprio Cédric, a surgir fresco, com a lucidez necessária para abrir bem o seu flanco e, claro está, a não desguarnecer a rectaguarda, se juntarmos a isto, a saída do terreno de jogo do elemento mais lúcido da formação de Manuel Machado, Tiago Rodrigues, encontramos a combinação perfeita para que o pulsar do encontro fosse, desde esta altura, ritmado pelo Sporting. O golo do empate começou a sentir-se que podia surgir, Carrillo deu o aviso e Carlos Mané, cliente habitual, esta época, de golos na Choupana, concluiu, ao minuto 83, uma excelente jogada que passou Cédric, William e Adrien, com este último, a desmarcar de forma primorosa o avançado leonino que depois de partir os rins a Luís Aurélio, bateu Gottardi com um remate de belo efeito. Estava feito o empate, que deixou os leões com um sorriso no canto da boca.
Com esta igualdade os leões ganham vantagem na eliminatória, mas, conforme disse Manuel Machado no final da partida, os madeirenses não vão entregar a final do Jamor de mão beijada aos leões, dia 8 de Abril, se ficará a saber quem vai acompanhar Rio Ave o SC Braga até ao Estádio Nacional.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
No culminar de uma semana claramente desgastante, quer física quer psicologicamente, o Sporting, saiu da ilha da Madeira com as duas mãos bem seguras à final do Jamor, graças à capacidade de sofrimento e superação que a equipa demonstrou para anular as duas desvantagens no marcador.
Um jogo com quatro golos nunca pode, ou deve, ser considerado um jogo fraco, mas a verdade é que o espectáculo não foi grande coisa. Os receios de não perder foram sempre maiores que a vontade de ganhar e quando assim é, não se pode fazer muito. Do lado madeirense, o reconhecimento da superioridade do adversário foi uma realidade, embora este Nacional está longe, para melhor, daquilo que já fez, a equipa, com os ajuste de inverno, ocorridos em Janeiro, ganhou maior consistência, com Tiago Rodrigues, jogador cedido pelo FC Porto, a ser o expoente máximo desta melhoria colectiva, tentou sempre contrariar, com a velocidade de Marco Matias e João Aurélio, a maior posse de bola dos leões.
Neste jogo do gato e do rato, a primeira parte teve alguns laivos de bom futebol, Tiago Rodrigues ainda assustou ao atirar uma bomba que foi devolvida pelo poste esquerdo da baliza de Rui Patrício, já pelo lado leonino, Carrillo fez tudo bem, mas na hora de rematar à baliza, valeu aos da casa, Zainadine, que de cabeça tirou o golo certo ao peruano.
A segunda parte arrancou com o Nacional a pressionar a formação verde e branca, os alvinegros sentiram que o leão estava ferido, a eliminação europeia e a pesada derrota no Dragão, deixaram marcas aos leões e isso foi notório, com alguns jogadores a acusarem a pressão e a não conseguirem oxigenar o cérebro de forma a terem a lucidez necessária em largos momentos da partida, nesse capitulo, João Mário, foi o expoente máximo desta desorientação, que exibição tão pobre de um jogador claramente acima da média.
Com esta entrada mais pressionante, Tiago Rodrigues voltou a dar o mote, desta vez Rui Patrício segurou, com uma boa defesa o resultado, mas passado alguns minutos, o guarda-redes leonino teria uma intervenção, vamos dizer, infeliz, mais uma, vão sendo recorrentes estes infortúnio que comprometem a equipa. Num livre batido na esquerda por Tiago Rodrigues, inexplicavelmente, o habitual titular da baliza nacional, soltou a bola para a frente e João Aurélio, atento, furou as redes pela primeira vez, estava feito o 1-0, mas a festa durou pouco, pois passados cinco minutos, Tobias Figueiredo, após a marcação de um livre lateral, elevou-se para fazer o empate, tudo igual novamente, só que o empate com golos, era favorável ao Sporting, desta vez festejavam os leões…por pouco tempo, quatro minutos volvidos e Lucas João, voltava a colocar o Nacional na frente, cruzamento da esquerda, Tobias Figueiredo batido nas alturas e o avançado angolano nas costas do central, cabeceou à vontade para o 2-1. Nova festa e esta sim durou mais um bocado, e muitos adeptos madeirenses, esfregaram as mãos um pouco mais tarde, ao minuto 71, quando Miguel Lopes recebeu ordem de expulsão, Carlos Xistra mostrou o segundo amarelo ao lateral leonino numa falta…que não foi.
Só que a partir deste momento, já com Slimani em campo no lugar de Tanaka, Adrien no lugar de André Martins e com Montero já pronto para ir a jogo, alteração que não surgiu pois a expulsão fez saltar para o relvado Cédric Soares, o Sporting melhorou a sua prestação, começou a trocar a bola com maior rapidez, Adrien e William assumiram papel de destaque nesta melhoria colectiva, com o próprio Cédric, a surgir fresco, com a lucidez necessária para abrir bem o seu flanco e, claro está, a não desguarnecer a rectaguarda, se juntarmos a isto, a saída do terreno de jogo do elemento mais lúcido da formação de Manuel Machado, Tiago Rodrigues, encontramos a combinação perfeita para que o pulsar do encontro fosse, desde esta altura, ritmado pelo Sporting. O golo do empate começou a sentir-se que podia surgir, Carrillo deu o aviso e Carlos Mané, cliente habitual, esta época, de golos na Choupana, concluiu, ao minuto 83, uma excelente jogada que passou Cédric, William e Adrien, com este último, a desmarcar de forma primorosa o avançado leonino que depois de partir os rins a Luís Aurélio, bateu Gottardi com um remate de belo efeito. Estava feito o empate, que deixou os leões com um sorriso no canto da boca.
Com esta igualdade os leões ganham vantagem na eliminatória, mas, conforme disse Manuel Machado no final da partida, os madeirenses não vão entregar a final do Jamor de mão beijada aos leões, dia 8 de Abril, se ficará a saber quem vai acompanhar Rio Ave o SC Braga até ao Estádio Nacional.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)