Num acto de gestão do qual não há memória, dirão uns, como Eduardo Barroso (o lírico que acha que tudo BdC faz é bem feito), que é uma jogada de mestre e outros, como Dias da Cunha (desde sempre um critico do dirigente máximo dos leões), que ao tomar esta decisão, Bruno de Carvalho, deveria ingressar num manicómio, o egocêntrico presidente do Sporting, que não suporta que alguém à sua volta lhe retire o brilho que julga ter, cometeu a desfaçatez, com laivos de malvadez doentia, de despedir, com justa causa, Marco Silva, invocando motivos primários que só um menino mimado se poderia lembrar, tais como: não usar o fato oficial num jogo referente à Taça de Portugal, que viria a ganhar (usou o fato treino oficial do clube nesse jogo); não estar alinhado com as directrizes da SAD em algumas intervenções públicas; ter demonstrado falta de lealdade e outras que tal à estrutura que gere o futebol leonino.
A nota de culpa, diz-se por aí, além da explanação dos motivos tem anexados 400(?!) recortes de jornais, que suportam e comprovam os factos.
Estou em crer que não fará falta ser um guru da advocacia ou um juiz muito profícuo para perceber que são argumentações que mais se parecem com um rixa de meninos do secundário, a tentar descortinar quem é que olhou primeiro para a menina mais bonita da escola e a convidou para o baile de finalistas.
Que BdC está no direito de despedir o treinador, ninguém tem dúvida, o que deve fazer é ser digno do cargo que ocupa e tratar Marco Silva com respeito, que é o mínimo exigível.
Não deixa também de ser estranho que se despeça um treinador que conquista um troféu passadas 7 épocas de triste seca, além de inusitado, soa a arrogância, mas também se começa a perceber que nas veias do presidente do Sporting só corre sede de protagonismo, e o pior de tudo, é que o frontal do presidente, esse que não deixa que sejam os outros a tratar os seus assuntos, não teve coragem de enfrentar o treinador cara a cara e enviou 4 lacaios para reunir com Marco Silva, que merecia, sem dúvida, outro tipo de tratamento.
Nesta altura todos os cenários são possíveis, o mais provável é que venha por aí uma guerra jurídica que se pode arrastar e que pode trazer com ela alguns dissabores, esta direcção tem sido pródiga em rasgar contratos, o último presidente que o fez, foi Vale e Azevedo no Benfica, além de acabar como acabou, deixou o clube numa situação complicada, que nos dias de hoje ainda faz mossa.
O presidente do Sporting já tinha assumido, em Dezembro, que iria livrar-se do treinador, aliás, só não o fez na altura, após ter instruído José Eduardo (o tal dos croquetes) para ser o timoneiro do ataque ao bom nome de Marco Silva, porque o feitiço se virou contra o feiticeiro e os adeptos, a quem o técnico caiu no “goto” (como se confirma na últimas horas), mostraram a BdC o que ele não sonhava ver, viraram-se contra o líder, o que não era, aos seus olhos, expectável. No meio disto tudo, José Eduardo, ficou com a sua imagem completamente ridicularizada, porém, hoje também se percebe que ao dizer, naquela altura, que Marco Silva tinha uma agenda própria e ao saber-se agora os motivos do despedimento, também se descobriram duas coias:
1. José Eduardo estava mesmo instruído para fazer o que fez;
2. BdC mentiu quando disse que não tinha dado instruções a ninguém para denegrir a imagem do treinador;
Se o argumentário de agora é o que se sabe, fácil é somar dois mais dois e compreender que em Dezembro, a orquestração foi montada nesse sentido, só que acabou por correr mal.
Já Novembro, após a estrondosa derrota em Guimarães, por 3-0, BdC utilizou o facebook (que líder pode ser levado a sério quando dá um recado numa rede social), para arrasar a equipa e o treinador, outra atitude de falta de frontalidade e coragem, se bem que os problemas remontam à pré-época, quando o treinador, segundo fontes ligadas à direcção, não terá sido leal com o presidente. Hoje, à distância que estamos e ao rumo que as coisas tomaram, todas estas notícias de fontes ligadas ao clube, mais parecem as famosas desculpas de mal pagador. Uma coisa é certa, esta decisão, de despedir Marco Silva por justa causa, além de surreal é demonstrativo da falta de carácter de quem a tomou. Os clubes grandes, ou os grandes clubes, não o fazem, atente-se ao recente despedimento de Carlo Ancelotti, só para citar um exemplo.
O Sporting não é isto, não pode ser isto, é muito mais do que isto, sempre foi um clube de valores, podem é vir a ser dilapidados os morais e os materiais.
Depois do que aconteceu no Jamor, quando BdC e Inácio, outra desilusão, amuavam no banco enquanto o clube perdia por 2-0 e depois da reviravolta épica, se chegaram à frente para os festejos, com a ideia clara que eles é que eram os obreiros da conquista, relegando o treinador para segundo plano, numa atitude vergonhosa, percebeu-se que vinha aí o divórcio. Vamos ver como tudo vai acabar.
O novo Dono Disto Tudo
Para baixar a poeira que o despedimento de Marco Silva iria supor, BdC teria que arranjar uma carta para guardar na manga, e arranjou, contratar Jorge Jesus é, do ponto de vista de gestão desportiva, brilhante e representa um rude golpe infligido ao Benfica.
Por sua vez, Luis Filipe Vieira, que tudo fez para que o treinador que levou as águias ao bi-campeonato saísse da Luz, com destino para fora de Portugal, nunca pensou que este acabasse em Alvalade e quando percebeu o que já estava cozinhado, ainda tentou, sem sucesso, compor a situação, não o conseguiu e tudo isto aconteceu porque não soube acautelar, julgando que o Sporting nunca teria capacidade para contratar JJ, verdadeiramente a situação. Segundo se sabe, LFV, suspeitava que havia gato escondido com rabo de fora, percebeu-o já tarde, na madrugada de segunda para terça, quando Jorge Jesus “roeu a corda” e não apareceu, como combinado, ao aeroporto afim de embarcar para o Catar com escala em Paris, a ideia era simples, levá-lo para o Oriente e encher-lhe os bolsos, com a promessa que na próxima época, Paris, seria mesmo o seu destino. Esqueceu-se de uma coisa, da vontade de Jorge Jesus, que não estava com ideias de emigrar. Após a surpresa, JJ deixou de atender o telemóvel a LFV e à noite já não havia volta a dar, Jorge Jesus estava a caminho de Alvalade, com o presidente do Benfica, a ficar mal na fotografia e a ter que dar ordens no Seixal para não deixar entrar JJ e os seus.
Consumado o facto, que apenas ainda não foi tornado oficial devido às questões burocráticas de todo o processo, há questões que vão sendo conhecidas e que devem ser explicadas:
1. O paradigma da austeridade e contenção de custos no Sporting foi, subitamente, alterado;
2. Alcochete? Que futuro?
3. Onde está o petróleo em Alvalade? De onde veio, de repente, tanto dinheiro?
Também ficará por perceber qual o novo papel do presidente leonino. Sabendo-se que tanto um como o outro gostam de ser galos, o capoeiro de Alvalade pode ser pequeno para tanto egocentrismo, por enquanto, BdC, já perdeu, vai, que nem um cordeirinho, para a tribuna, corrido do banco por Jesus ou pelos investidores, faltará saber. Outro erro que se está a cometer, é entregar de mão beijada a liderança da estrutura do futebol a JJ, que se sabe não ter capacidade para tal, pelo menos a julgar pelo que sucedeu no Benfica, onde só ganhou, quando foram outros a comandar a estrutura.
Por fim, Jorge Jesus voltou a mostrar que é um homem sem princípios nem carácter, já o tinha demonstrado quando negociou a vinda para Braga à revelia do Belenense e voltou a fazê-lo quando negociou a ida para o Benfica ainda com contrato com o SC Braga, neste caso, nunca se devia ter comprometido com o Sporting tendo os leões ainda contrato com Marco Silva, mas BdC, só tem o que merece, ou seja, um igual a ele.
Eu também sou dos que digo: OBRIGADO MARCO SILVA!
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
A nota de culpa, diz-se por aí, além da explanação dos motivos tem anexados 400(?!) recortes de jornais, que suportam e comprovam os factos.
Estou em crer que não fará falta ser um guru da advocacia ou um juiz muito profícuo para perceber que são argumentações que mais se parecem com um rixa de meninos do secundário, a tentar descortinar quem é que olhou primeiro para a menina mais bonita da escola e a convidou para o baile de finalistas.
Que BdC está no direito de despedir o treinador, ninguém tem dúvida, o que deve fazer é ser digno do cargo que ocupa e tratar Marco Silva com respeito, que é o mínimo exigível.
Não deixa também de ser estranho que se despeça um treinador que conquista um troféu passadas 7 épocas de triste seca, além de inusitado, soa a arrogância, mas também se começa a perceber que nas veias do presidente do Sporting só corre sede de protagonismo, e o pior de tudo, é que o frontal do presidente, esse que não deixa que sejam os outros a tratar os seus assuntos, não teve coragem de enfrentar o treinador cara a cara e enviou 4 lacaios para reunir com Marco Silva, que merecia, sem dúvida, outro tipo de tratamento.
Nesta altura todos os cenários são possíveis, o mais provável é que venha por aí uma guerra jurídica que se pode arrastar e que pode trazer com ela alguns dissabores, esta direcção tem sido pródiga em rasgar contratos, o último presidente que o fez, foi Vale e Azevedo no Benfica, além de acabar como acabou, deixou o clube numa situação complicada, que nos dias de hoje ainda faz mossa.
O presidente do Sporting já tinha assumido, em Dezembro, que iria livrar-se do treinador, aliás, só não o fez na altura, após ter instruído José Eduardo (o tal dos croquetes) para ser o timoneiro do ataque ao bom nome de Marco Silva, porque o feitiço se virou contra o feiticeiro e os adeptos, a quem o técnico caiu no “goto” (como se confirma na últimas horas), mostraram a BdC o que ele não sonhava ver, viraram-se contra o líder, o que não era, aos seus olhos, expectável. No meio disto tudo, José Eduardo, ficou com a sua imagem completamente ridicularizada, porém, hoje também se percebe que ao dizer, naquela altura, que Marco Silva tinha uma agenda própria e ao saber-se agora os motivos do despedimento, também se descobriram duas coias:
1. José Eduardo estava mesmo instruído para fazer o que fez;
2. BdC mentiu quando disse que não tinha dado instruções a ninguém para denegrir a imagem do treinador;
Se o argumentário de agora é o que se sabe, fácil é somar dois mais dois e compreender que em Dezembro, a orquestração foi montada nesse sentido, só que acabou por correr mal.
Já Novembro, após a estrondosa derrota em Guimarães, por 3-0, BdC utilizou o facebook (que líder pode ser levado a sério quando dá um recado numa rede social), para arrasar a equipa e o treinador, outra atitude de falta de frontalidade e coragem, se bem que os problemas remontam à pré-época, quando o treinador, segundo fontes ligadas à direcção, não terá sido leal com o presidente. Hoje, à distância que estamos e ao rumo que as coisas tomaram, todas estas notícias de fontes ligadas ao clube, mais parecem as famosas desculpas de mal pagador. Uma coisa é certa, esta decisão, de despedir Marco Silva por justa causa, além de surreal é demonstrativo da falta de carácter de quem a tomou. Os clubes grandes, ou os grandes clubes, não o fazem, atente-se ao recente despedimento de Carlo Ancelotti, só para citar um exemplo.
O Sporting não é isto, não pode ser isto, é muito mais do que isto, sempre foi um clube de valores, podem é vir a ser dilapidados os morais e os materiais.
Depois do que aconteceu no Jamor, quando BdC e Inácio, outra desilusão, amuavam no banco enquanto o clube perdia por 2-0 e depois da reviravolta épica, se chegaram à frente para os festejos, com a ideia clara que eles é que eram os obreiros da conquista, relegando o treinador para segundo plano, numa atitude vergonhosa, percebeu-se que vinha aí o divórcio. Vamos ver como tudo vai acabar.
O novo Dono Disto Tudo
Para baixar a poeira que o despedimento de Marco Silva iria supor, BdC teria que arranjar uma carta para guardar na manga, e arranjou, contratar Jorge Jesus é, do ponto de vista de gestão desportiva, brilhante e representa um rude golpe infligido ao Benfica.
Por sua vez, Luis Filipe Vieira, que tudo fez para que o treinador que levou as águias ao bi-campeonato saísse da Luz, com destino para fora de Portugal, nunca pensou que este acabasse em Alvalade e quando percebeu o que já estava cozinhado, ainda tentou, sem sucesso, compor a situação, não o conseguiu e tudo isto aconteceu porque não soube acautelar, julgando que o Sporting nunca teria capacidade para contratar JJ, verdadeiramente a situação. Segundo se sabe, LFV, suspeitava que havia gato escondido com rabo de fora, percebeu-o já tarde, na madrugada de segunda para terça, quando Jorge Jesus “roeu a corda” e não apareceu, como combinado, ao aeroporto afim de embarcar para o Catar com escala em Paris, a ideia era simples, levá-lo para o Oriente e encher-lhe os bolsos, com a promessa que na próxima época, Paris, seria mesmo o seu destino. Esqueceu-se de uma coisa, da vontade de Jorge Jesus, que não estava com ideias de emigrar. Após a surpresa, JJ deixou de atender o telemóvel a LFV e à noite já não havia volta a dar, Jorge Jesus estava a caminho de Alvalade, com o presidente do Benfica, a ficar mal na fotografia e a ter que dar ordens no Seixal para não deixar entrar JJ e os seus.
Consumado o facto, que apenas ainda não foi tornado oficial devido às questões burocráticas de todo o processo, há questões que vão sendo conhecidas e que devem ser explicadas:
1. O paradigma da austeridade e contenção de custos no Sporting foi, subitamente, alterado;
2. Alcochete? Que futuro?
3. Onde está o petróleo em Alvalade? De onde veio, de repente, tanto dinheiro?
Também ficará por perceber qual o novo papel do presidente leonino. Sabendo-se que tanto um como o outro gostam de ser galos, o capoeiro de Alvalade pode ser pequeno para tanto egocentrismo, por enquanto, BdC, já perdeu, vai, que nem um cordeirinho, para a tribuna, corrido do banco por Jesus ou pelos investidores, faltará saber. Outro erro que se está a cometer, é entregar de mão beijada a liderança da estrutura do futebol a JJ, que se sabe não ter capacidade para tal, pelo menos a julgar pelo que sucedeu no Benfica, onde só ganhou, quando foram outros a comandar a estrutura.
Por fim, Jorge Jesus voltou a mostrar que é um homem sem princípios nem carácter, já o tinha demonstrado quando negociou a vinda para Braga à revelia do Belenense e voltou a fazê-lo quando negociou a ida para o Benfica ainda com contrato com o SC Braga, neste caso, nunca se devia ter comprometido com o Sporting tendo os leões ainda contrato com Marco Silva, mas BdC, só tem o que merece, ou seja, um igual a ele.
Eu também sou dos que digo: OBRIGADO MARCO SILVA!
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).