A jornada deste fim-de-semana da Liga ZON promoveu, dado o empate do Sporting em Guimarães (0-0), uma aproximação no pelotão da frente do campeonato, pois as vitórias de Benfica (2-0, ao União da Madeira) e do Porto (1-2, no Restelo), deixaram as águias, em vésperas de dérbi, a apenas 1 ponto dos leões e permitiram aos dragões, ficar a tão-somente 4 da liderança, na semana em que a formação agora orientada por José Peseiro, visita a cidade dos arcebispos.
Naturalmente que estes resultados não retiraram o Sporting da liderança, mas deixam os leões, que já tiveram folgada distância para os oponentes, com maior pressão, por muito que o seu técnico e William Carvalho, avisassem e lançassem para o ar, no fim do jogo desta jornada, numa clara tentativa de serenarem os ânimos, que são os leões quem comandam a tabela, mas seria necessário, caso houvesse ausência de pressão, necessidade de reforçar este aspecto se a pressão não fosse agora sufocante? Não julgo, o que obrigou tanto um com o outro a fazerem valer estes galões, foi o simples facto dos leões terem os rivais à perna quando à bem pouco tempo os tinham bem distantes. Qual é o adepto leonino que não se recorda que as águias já estiveram a 7 pontos e os dragões a 8? Pois é, todos se lembram e lamentam, alguns entre os dentes, dos pontos, estupidamente perdidos em casa, com o Rio Ave e o Tondela, só para frisar casos recentes. Que o empate em Guimarães não é justo, é uma realidade, mas há justiça no futebol? Não, não há e também não é este empate que faz os leões perderem a fé, até porque os comandados de Jorge Jesus fizeram mais do que suficiente para vencerem o jogo, contra um rival bem organizado, que se limitou ao seu reduto defensivo e que teve no seu jovem guarda-redes um intransponível bastião da fé vitoriana, Miguel Silva, foi, de longe, o homem do jogo, e empatar no Afonso Henriques, não sendo um bom resultado, não é o maior drama do mundo, o problema foram os empates em casa, que esta temporada já roubaram aos leões 6 pontos e a inusitada derrota na Madeira, diante do União, num total de 9 pontos que poderiam, em semana de dérbi, fazer toda a diferença.
Assim sendo, desta forma e feitio, o Sporting chega ao dérbi do próximo sábado, com apenas um ponto de vantagem sobre um Benfica que está, tirando os jogos com os grandes, a gozar e a viver um período de enorme confiança, pois além das vitórias, consegue aliar os golos ao espectáculo. O Benfica vive, por estes dias, uma fase dourado e vai apresentar-se em Alvalade, com a moral e a forma em alta. Só que este Benfica, com a moral em alta, também recebeu o FC Porto cheio de confiança e em pleno Estádio da Luz, depois de estar a ganhar, viu os dragões darem a volta ao resultado e vencerem o jogo, por isso, já se percebeu, que os encarnados esta temporada, estão a fraquejar nestes jogos, não dando nos outros, chance de sucesso aos seus oponentes.
Há porém duas perguntas que se impõe e que devem ser colocadas:
Este dérbi assume, por tudo o que já se disse, um carácter extraordinário. Há muito tempo que em Março, Sporting e Benfica não chegavam, a 10 jornadas do fim do campeonato, tão próximos na tabela e por isso, este embate, assume, com toda a naturalidade, um lado decisivo que empolga uns adeptos e deixa outros à beira de um ataque de nervos, mas esta é a magia do futebol. Venha jogo, que o nervoso miudinho já se faz sentir.
Quem vai assistir a este jogo com toda a atenção é o FC Porto, mas como joga apenas no dia a seguir ao dérbi, em Braga, um oponente que tem cada vez mais dificultado a vida aos chamados grandes e onde não são esperadas nenhumas facilidades, os dragões não poderão esfregar as mãos de contentes até ao términus do seu jogo, porém, não é difícil perceber, até porque José Peseiro, com toda a franqueza possível depois de ganhar ao Belenenses, assumiu o óbvio, que esperava que os rivais pudessem perder pontos, que para os azuis e brancos, o empate no dérbi será o resultado mais apetecível, pois se os portista ganharem o seu jogo, farão, a 10 jornadas do fim, uma aproximação aos dois opositores que deixará a liga a fervilhar com os caldeirões prontos a explodir e com mais uma certeza, que este será, nos últimos anos, o campeonato mais disputado.
Este Porto não tem deslumbrado, bem pelo contrário, mas tem conseguido manter a eficácia e tem sabido não descolar do pelotão. Já esteve bem distante dos rivais e agora, fruto da vitória em casa do Benfica e das escorregadelas do Sporting, aproximou-se do topo com as possibilidades de ganhar a liga, intactas, o que não deixa de surpreender, mas como este campeonato tem tido tudo, menos certezas, não se pode nem deve, deixar de lado nenhum opção.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Naturalmente que estes resultados não retiraram o Sporting da liderança, mas deixam os leões, que já tiveram folgada distância para os oponentes, com maior pressão, por muito que o seu técnico e William Carvalho, avisassem e lançassem para o ar, no fim do jogo desta jornada, numa clara tentativa de serenarem os ânimos, que são os leões quem comandam a tabela, mas seria necessário, caso houvesse ausência de pressão, necessidade de reforçar este aspecto se a pressão não fosse agora sufocante? Não julgo, o que obrigou tanto um com o outro a fazerem valer estes galões, foi o simples facto dos leões terem os rivais à perna quando à bem pouco tempo os tinham bem distantes. Qual é o adepto leonino que não se recorda que as águias já estiveram a 7 pontos e os dragões a 8? Pois é, todos se lembram e lamentam, alguns entre os dentes, dos pontos, estupidamente perdidos em casa, com o Rio Ave e o Tondela, só para frisar casos recentes. Que o empate em Guimarães não é justo, é uma realidade, mas há justiça no futebol? Não, não há e também não é este empate que faz os leões perderem a fé, até porque os comandados de Jorge Jesus fizeram mais do que suficiente para vencerem o jogo, contra um rival bem organizado, que se limitou ao seu reduto defensivo e que teve no seu jovem guarda-redes um intransponível bastião da fé vitoriana, Miguel Silva, foi, de longe, o homem do jogo, e empatar no Afonso Henriques, não sendo um bom resultado, não é o maior drama do mundo, o problema foram os empates em casa, que esta temporada já roubaram aos leões 6 pontos e a inusitada derrota na Madeira, diante do União, num total de 9 pontos que poderiam, em semana de dérbi, fazer toda a diferença.
Assim sendo, desta forma e feitio, o Sporting chega ao dérbi do próximo sábado, com apenas um ponto de vantagem sobre um Benfica que está, tirando os jogos com os grandes, a gozar e a viver um período de enorme confiança, pois além das vitórias, consegue aliar os golos ao espectáculo. O Benfica vive, por estes dias, uma fase dourado e vai apresentar-se em Alvalade, com a moral e a forma em alta. Só que este Benfica, com a moral em alta, também recebeu o FC Porto cheio de confiança e em pleno Estádio da Luz, depois de estar a ganhar, viu os dragões darem a volta ao resultado e vencerem o jogo, por isso, já se percebeu, que os encarnados esta temporada, estão a fraquejar nestes jogos, não dando nos outros, chance de sucesso aos seus oponentes.
Há porém duas perguntas que se impõe e que devem ser colocadas:
- Será o Benfica capaz, depois de já ter jogado e ter perdido, esta época, os 3 jogos que disputou contra o Sporting, capaz de vencer o próximo dérbi;
- Será Rui Vitória capaz de promover o golpe de misericórdia a Jorge Jesus;
Este dérbi assume, por tudo o que já se disse, um carácter extraordinário. Há muito tempo que em Março, Sporting e Benfica não chegavam, a 10 jornadas do fim do campeonato, tão próximos na tabela e por isso, este embate, assume, com toda a naturalidade, um lado decisivo que empolga uns adeptos e deixa outros à beira de um ataque de nervos, mas esta é a magia do futebol. Venha jogo, que o nervoso miudinho já se faz sentir.
Quem vai assistir a este jogo com toda a atenção é o FC Porto, mas como joga apenas no dia a seguir ao dérbi, em Braga, um oponente que tem cada vez mais dificultado a vida aos chamados grandes e onde não são esperadas nenhumas facilidades, os dragões não poderão esfregar as mãos de contentes até ao términus do seu jogo, porém, não é difícil perceber, até porque José Peseiro, com toda a franqueza possível depois de ganhar ao Belenenses, assumiu o óbvio, que esperava que os rivais pudessem perder pontos, que para os azuis e brancos, o empate no dérbi será o resultado mais apetecível, pois se os portista ganharem o seu jogo, farão, a 10 jornadas do fim, uma aproximação aos dois opositores que deixará a liga a fervilhar com os caldeirões prontos a explodir e com mais uma certeza, que este será, nos últimos anos, o campeonato mais disputado.
Este Porto não tem deslumbrado, bem pelo contrário, mas tem conseguido manter a eficácia e tem sabido não descolar do pelotão. Já esteve bem distante dos rivais e agora, fruto da vitória em casa do Benfica e das escorregadelas do Sporting, aproximou-se do topo com as possibilidades de ganhar a liga, intactas, o que não deixa de surpreender, mas como este campeonato tem tido tudo, menos certezas, não se pode nem deve, deixar de lado nenhum opção.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).