Reviravolta épica dá Taça ao Sporting. O empate a 2-2 nos 120 minutos de jogo, atirou a decisão para as grandes penalidades, aí o Sporting foi melhor e acabou por vencer por 3-1.
Quando aos 25 minutos do jogo da final da Taça de Portugal, Rafa, fazia a bola beijar, pela segunda vez na partida, as redes da baliza de Rui Patrício, colocando o esférico pelo meio das pernas do guarda-redes da selecção nacional, longe estariam os cerca de 12000 adeptos que se tinham deslocado ao Jamor, a partir da cidade dos Arcebispos, de imaginar que o “caneco” ficaria nas mãos do Sporting e não nas suas, sedentas de conquistas e com vontade de juntar a Taça deste ano à de 1966.
Nessa altura, com o Sporting a jogar desde os 16 minutos com menos um jogador, por expulsão de Cédric Soares, o coração dos adeptos dos Gverreiros do Minho bateu forte e no Jamor, no mítico Estádio Nacional, muitos, aquela hora, já tocavam o céu da glória que não aconteceu. A Taça ficou em Lisboa, o adepto bracarense rápido acordou para dura realidade, era o regresso a casa, de coração despedaçado e de mãos abanar.
A festa
A mata do Jamor vestiu-se de gala com as cores de Portugal, de um lado o mar vermelho que viajou da capital do Minho, passados 17 anos da última visita à sala de festas do futebol nacional, do outro, a onda verde, com adeptos que viajaram de diversas localidades do país para apoiar o seu emblema. Uns e outros, com momentos de convívio bem característicos das raízes que cada um representava, souberam aproveitar e estar neste espaço, mostrando que o futebol é isto, só isto e nada mais. Uma festa!
Dentro do estádio, nas bancadas que o sol punha a ferver, uns e outros, depois de encher a barriga e de regar o corpo, foram tomando lugar no anfiteatro que o Jamor representa, de uma beleza que não se explica pois, na verdade, o lugar tem uma áurea de total misticismo que nos faz crer que o sítio é mesmo mágico.
As gargantas começam a dar voz à festa, dão as primeiras explosões de alegria quando os jogadores saúdam os adeptos. Nesta altura, as vozes no Jamor, não mais se calaram, o despique entre o topo norte (Sporting) e o topo sul (SC Braga) era bonito de se ver e arrepiava só de ouvir.
A FPF também se juntou a esta festa, com uma cerimónia de abertura que preparou para os minutos que antecederam o arranque do jogo, a mesma, com uma coreografia digna dos grandes jogos, com 250 figurantes que deram cor ao momento, indo buscar as origens da Taça de Portugal, numa perfeita simbiose, entre o folclore minhoto e as marchas de Lisboa. Estava criado o clima perfeito para que os artistas pisassem o relvado.
Quando aos 25 minutos do jogo da final da Taça de Portugal, Rafa, fazia a bola beijar, pela segunda vez na partida, as redes da baliza de Rui Patrício, colocando o esférico pelo meio das pernas do guarda-redes da selecção nacional, longe estariam os cerca de 12000 adeptos que se tinham deslocado ao Jamor, a partir da cidade dos Arcebispos, de imaginar que o “caneco” ficaria nas mãos do Sporting e não nas suas, sedentas de conquistas e com vontade de juntar a Taça deste ano à de 1966.
Nessa altura, com o Sporting a jogar desde os 16 minutos com menos um jogador, por expulsão de Cédric Soares, o coração dos adeptos dos Gverreiros do Minho bateu forte e no Jamor, no mítico Estádio Nacional, muitos, aquela hora, já tocavam o céu da glória que não aconteceu. A Taça ficou em Lisboa, o adepto bracarense rápido acordou para dura realidade, era o regresso a casa, de coração despedaçado e de mãos abanar.
A festa
A mata do Jamor vestiu-se de gala com as cores de Portugal, de um lado o mar vermelho que viajou da capital do Minho, passados 17 anos da última visita à sala de festas do futebol nacional, do outro, a onda verde, com adeptos que viajaram de diversas localidades do país para apoiar o seu emblema. Uns e outros, com momentos de convívio bem característicos das raízes que cada um representava, souberam aproveitar e estar neste espaço, mostrando que o futebol é isto, só isto e nada mais. Uma festa!
Dentro do estádio, nas bancadas que o sol punha a ferver, uns e outros, depois de encher a barriga e de regar o corpo, foram tomando lugar no anfiteatro que o Jamor representa, de uma beleza que não se explica pois, na verdade, o lugar tem uma áurea de total misticismo que nos faz crer que o sítio é mesmo mágico.
As gargantas começam a dar voz à festa, dão as primeiras explosões de alegria quando os jogadores saúdam os adeptos. Nesta altura, as vozes no Jamor, não mais se calaram, o despique entre o topo norte (Sporting) e o topo sul (SC Braga) era bonito de se ver e arrepiava só de ouvir.
A FPF também se juntou a esta festa, com uma cerimónia de abertura que preparou para os minutos que antecederam o arranque do jogo, a mesma, com uma coreografia digna dos grandes jogos, com 250 figurantes que deram cor ao momento, indo buscar as origens da Taça de Portugal, numa perfeita simbiose, entre o folclore minhoto e as marchas de Lisboa. Estava criado o clima perfeito para que os artistas pisassem o relvado.
O jogo, a primeira parte.
Longe de ser uma final bem disputada, antes pelo contrário, este jogo ficará na memória por dois motivos: esta foi a primeira final a ser decidida na marcação de grandes penalidades e esta foi, nos últimos anos, a final onde o futebol apresentado foi o mais pobre.
O Sporting, como lhe competia fruto do estatuto de favorito ao jogo, tentou desde o início pegar na bitola do jogo, controlar os ritmos e os momentos da partida, o SC Braga, mais expectante, tinha em Mauro e Luiz Carlos os homens que tinham a missão de anular William, Adrien e João Mário. Após este arranque com mais bola dos leões, os Gverreiros do Minho começaram a querer esticar-se em campo e ao minuto 16, depois de uma asneira de Cédric Soares, que deixou Djavan, ao seu estilo acutilante, penetrar na área, o lateral canhoto arsenalista foi carregado na área pelo lateral direito leonino, resultado, grande penalidade e expulsão do verde e branco, cedo, muito cedo, o SC Braga se apanhava em vantagem numérica e Éder, que não tremeu das pernas (nesta hora), dava também vantagem no marcador. A fechar o primeiro quarto de hora, o resultado era favorável aos minhotos. A primeira explosão de alegria tinha rebentado no Jamor. A loucura invadiu o mar vermelho.
Vendo o panorama, Marco Silva, com a corda ao pescoço, decidiu reorganizar a equipa de trás para a frente, ou seja, retirou João Mário do tapete verde e lançou Miguel Lopes, não foi grande escolha, pois o lateral leonino, não entrou nada bem no jogo. O Sporting, depois deste murro no estomago, tentou reagir e foi aí, aproveitando o balanceamento no ataque leonino que o SC Braga, depois de uma asneira de todo o tamanho do já referido Miguel Lopes, apenas 4 minutos após a sua entrada em campo, permitiu que Rafa ficasse com a bola controlada e à saída de Rui Patrício, o pequeno jogador minhoto foi gigante e bateu o capitão leonino pela segunda vez. Aos 25 minutos de jogo o céu estava perto para os Gverreiros, Marco Silva e seus pares, estavam às portas do inferno.
Os leões tentaram reagir, foram encostando o Braga ao seu reduto mais atrasado, mas a pancada tinha sido forte e até ao intervalo, um ou outro assomo, mas nada de relevante, já o SC Braga, a quem se pedia que matasse o jogo, deixou-se ir na cantiga leonina e não criou mais perigo nestes primeiros 45 minutos. Ao intervalo, o SC Braga estava na frente do marcador e com mais uma unidade de campo. Melhor era impossível.
Longe de ser uma final bem disputada, antes pelo contrário, este jogo ficará na memória por dois motivos: esta foi a primeira final a ser decidida na marcação de grandes penalidades e esta foi, nos últimos anos, a final onde o futebol apresentado foi o mais pobre.
O Sporting, como lhe competia fruto do estatuto de favorito ao jogo, tentou desde o início pegar na bitola do jogo, controlar os ritmos e os momentos da partida, o SC Braga, mais expectante, tinha em Mauro e Luiz Carlos os homens que tinham a missão de anular William, Adrien e João Mário. Após este arranque com mais bola dos leões, os Gverreiros do Minho começaram a querer esticar-se em campo e ao minuto 16, depois de uma asneira de Cédric Soares, que deixou Djavan, ao seu estilo acutilante, penetrar na área, o lateral canhoto arsenalista foi carregado na área pelo lateral direito leonino, resultado, grande penalidade e expulsão do verde e branco, cedo, muito cedo, o SC Braga se apanhava em vantagem numérica e Éder, que não tremeu das pernas (nesta hora), dava também vantagem no marcador. A fechar o primeiro quarto de hora, o resultado era favorável aos minhotos. A primeira explosão de alegria tinha rebentado no Jamor. A loucura invadiu o mar vermelho.
Vendo o panorama, Marco Silva, com a corda ao pescoço, decidiu reorganizar a equipa de trás para a frente, ou seja, retirou João Mário do tapete verde e lançou Miguel Lopes, não foi grande escolha, pois o lateral leonino, não entrou nada bem no jogo. O Sporting, depois deste murro no estomago, tentou reagir e foi aí, aproveitando o balanceamento no ataque leonino que o SC Braga, depois de uma asneira de todo o tamanho do já referido Miguel Lopes, apenas 4 minutos após a sua entrada em campo, permitiu que Rafa ficasse com a bola controlada e à saída de Rui Patrício, o pequeno jogador minhoto foi gigante e bateu o capitão leonino pela segunda vez. Aos 25 minutos de jogo o céu estava perto para os Gverreiros, Marco Silva e seus pares, estavam às portas do inferno.
Os leões tentaram reagir, foram encostando o Braga ao seu reduto mais atrasado, mas a pancada tinha sido forte e até ao intervalo, um ou outro assomo, mas nada de relevante, já o SC Braga, a quem se pedia que matasse o jogo, deixou-se ir na cantiga leonina e não criou mais perigo nestes primeiros 45 minutos. Ao intervalo, o SC Braga estava na frente do marcador e com mais uma unidade de campo. Melhor era impossível.
O jogo, o reatamento
Marco Silva confessou no fim do jogo, na conferência de imprensa, que disse aos seus atletas ao intervalo que aquele que não acreditasse na reviravolta, podia ficar nas cabines. Ou seja, Marco Silva queria que os seus jogadores, com menos uma unidade em campo e a perder por 2-0, fizessem quase o impossível. E fizeram!
A segunda parte teve um início pouco lúcido do Sporting e muito apático do SC Braga, que tardava em perceber que tinha que dar a estocada fatal no jogo. Os minutos iam correndo para o desfecho que interessava aos homens de Sérgio Conceição, que jogavam também com o relógio, um importante aliado, contudo, não se via futebol, era tudo muito desgarrado e sem nexo de parte a parte. Para piorar a situação no lado arsenalista, Ruben Micael, completamente estafado, cedia o seu lugar a Alan, um homem importante na posse de bola, mas sem capacidade física para desequilibrar. Já Marco Silva, lançava Carlos Mané para o lugar do apagado Carrillo, o jovem internacional português conseguiu agitar o jogo, foi a vitamina que fazia falta a este Sporting, enquanto o SC Braga, com mais um jogador, ia-se encostando cada vez mais a sua zona mais recuada, sentindo isto mesmo, Marco Silva voltou a mexer, a 15 minutos do fim arriscou tudo, tirou o desacertado Miguel Lopes, que havia entrado no decorrer da primeira parte, e lançou Montero, estava dado o mote para o ataque final à baliza de Kritciuk. Sem perder tempo, Sérgio Conceição, lançou no relvado o veloz Salvador Agra para o lugar de Pardo, que também estava no limite das forças, mas esta alteração, nesta fase, não surtiu o efeito desejado, pois os arsenalistas nunca souberam tirar partido da velocidade de Agra. Do outro lado, quem ia acreditando no milagre era Slimani, que obrigou Kritciuk, a uma grande defesa, após excelente cabeceamento do argelino, por esta altura, muitos adeptos leoninos já tinham abandonado as bancadas, perderam o melhor, pois aos 83 minutos, depois uma desatenção de infantil de Baiano, que não percebeu que o lance estava, aparentemente controlado pelo seu guarda-redes, entregou de bandeja a bola ao avançado leonino e este, com o guardião a meio caminho e de frente para a baliza, não perdoou, relançou o jogo e fez os adeptos acreditar.
Faltavam jogar 7 minutos, mais os descontos, Marco Ferreira, arbitro escolhido para apitar esta final, concedeu 6 minutos de compensação e isso foi fatal para o SC Braga. Quando já passavam 3 dos 90, Paulo Oliveira, num claro acto de desespero, lançou a bola para a área bracarense, Santos, que parecia ter o lance controlado, fez uma fífia do tamanho do mundo e Montero, com classe, na cara de Kritciuk, dominou e após uma primeira intervenção do russo, o colombiano foi feliz no ressalto, colocava em êxtase os adeptos verde e brancos e gelava o mar vermelho do topo sul. O SC Braga, a 3 minutos do fim da partida, perdia a oportunidade de ficar com o caneco, sofria um desgaste psicológico tremendo e via o Sporting renascer das cinzas.
Marco Silva confessou no fim do jogo, na conferência de imprensa, que disse aos seus atletas ao intervalo que aquele que não acreditasse na reviravolta, podia ficar nas cabines. Ou seja, Marco Silva queria que os seus jogadores, com menos uma unidade em campo e a perder por 2-0, fizessem quase o impossível. E fizeram!
A segunda parte teve um início pouco lúcido do Sporting e muito apático do SC Braga, que tardava em perceber que tinha que dar a estocada fatal no jogo. Os minutos iam correndo para o desfecho que interessava aos homens de Sérgio Conceição, que jogavam também com o relógio, um importante aliado, contudo, não se via futebol, era tudo muito desgarrado e sem nexo de parte a parte. Para piorar a situação no lado arsenalista, Ruben Micael, completamente estafado, cedia o seu lugar a Alan, um homem importante na posse de bola, mas sem capacidade física para desequilibrar. Já Marco Silva, lançava Carlos Mané para o lugar do apagado Carrillo, o jovem internacional português conseguiu agitar o jogo, foi a vitamina que fazia falta a este Sporting, enquanto o SC Braga, com mais um jogador, ia-se encostando cada vez mais a sua zona mais recuada, sentindo isto mesmo, Marco Silva voltou a mexer, a 15 minutos do fim arriscou tudo, tirou o desacertado Miguel Lopes, que havia entrado no decorrer da primeira parte, e lançou Montero, estava dado o mote para o ataque final à baliza de Kritciuk. Sem perder tempo, Sérgio Conceição, lançou no relvado o veloz Salvador Agra para o lugar de Pardo, que também estava no limite das forças, mas esta alteração, nesta fase, não surtiu o efeito desejado, pois os arsenalistas nunca souberam tirar partido da velocidade de Agra. Do outro lado, quem ia acreditando no milagre era Slimani, que obrigou Kritciuk, a uma grande defesa, após excelente cabeceamento do argelino, por esta altura, muitos adeptos leoninos já tinham abandonado as bancadas, perderam o melhor, pois aos 83 minutos, depois uma desatenção de infantil de Baiano, que não percebeu que o lance estava, aparentemente controlado pelo seu guarda-redes, entregou de bandeja a bola ao avançado leonino e este, com o guardião a meio caminho e de frente para a baliza, não perdoou, relançou o jogo e fez os adeptos acreditar.
Faltavam jogar 7 minutos, mais os descontos, Marco Ferreira, arbitro escolhido para apitar esta final, concedeu 6 minutos de compensação e isso foi fatal para o SC Braga. Quando já passavam 3 dos 90, Paulo Oliveira, num claro acto de desespero, lançou a bola para a área bracarense, Santos, que parecia ter o lance controlado, fez uma fífia do tamanho do mundo e Montero, com classe, na cara de Kritciuk, dominou e após uma primeira intervenção do russo, o colombiano foi feliz no ressalto, colocava em êxtase os adeptos verde e brancos e gelava o mar vermelho do topo sul. O SC Braga, a 3 minutos do fim da partida, perdia a oportunidade de ficar com o caneco, sofria um desgaste psicológico tremendo e via o Sporting renascer das cinzas.
O prolongamento
Renascido das cinzas, o leão entrou no prolongamento acreditar que podia chegar a novo tento e Nani, que foi muitas vezes neste jogo e durante a época, o farol condutor da equipa, pegou na bola e quase colocou a mesma a beijar as redes bracarenses. Ficou-se com a sensação que poderíamos ter um prolongamento eléctrico, nada mais errado, só a 5 minutos do fim do tempo extra se voltou a ter algo digno de agitar as massas, Salvador Agra, surgiu no cara a cara com Rui Patrício, mas o avançado permitiu que o guarda-redes levasse a melhor e enviasse, com os pés, a bola para canto. Esfumava-se o perigo e acabava o tempo extra.
Lotaria
Sabe-se que quando um jogo chega a este desfecho, a esta forma de decisão, pela marcação de pontapés de grande penalidade, a sorte é um factor importante, quando aliada à competência, não há nada a fazer. Foi isso que aconteceu ao Sporting, foi competente e teve a sorte do seu lado, a tal que dá muito trabalho.
Pelos leões, Adrien, Nani e Slimani marcaram, pelos Gverreiros do Minho, Alan marcou, André Pinto permitiu excelente defesa a Rui Patrício, Éder, que não tremera aos 16 minutos e Salvador Agra, não acertaram sequer na baliza, com isto, o Sporting fechava uma reviravolta épica e conquistava a 16ª Taça de Portugal da sua história.
Fim de festa
No fim de contas, fica-se com a sensação que o SC Braga teve o pássaro na gaiola, mas como que por artes de mágica, a porta da gaiola abriu e o pássaro voou, seguiu o seu caminho, deixando para trás os Gverreiros do Minho.
Os adeptos bracarenses nas bancadas olhavam desesperado e descrentes. A Taça, aquela que deu tanto trabalho chegar a este jogo para ser conquistada (Alcains, Guimarães, Benfica, Belenenses e Rio Ave), tinha sido sua, mas fugiu por entre os dedos. De forma quase inacreditável, o SC Braga perdeu a possibilidade, quase única, arriscamos dizer que talvez na sua história, não terá uma oportunidade tão soberana de ganhar o troféu.
O Sporting, que esteve arrumado, fora do jogo, fora da conquista, com muitos adeptos abandonarem o relvado descrentes antes do desfecho final, acreditou até ao fim, foi feliz, soube querer sê-lo, soube confiar e teve um coração enorme. Ganhou o jogo, ergueu a Taça de Portugal e volta a conquistar um troféu passado 7 épocas.
Há justiça no futebol? Não sei se há, sei que o SC Braga, depois de estar a ganhar por 2-0 ao intervalo e com mais um jogador durante 75 minutos, não foi competente o suficiente para levar o “caneco”.
Parabéns ao SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Renascido das cinzas, o leão entrou no prolongamento acreditar que podia chegar a novo tento e Nani, que foi muitas vezes neste jogo e durante a época, o farol condutor da equipa, pegou na bola e quase colocou a mesma a beijar as redes bracarenses. Ficou-se com a sensação que poderíamos ter um prolongamento eléctrico, nada mais errado, só a 5 minutos do fim do tempo extra se voltou a ter algo digno de agitar as massas, Salvador Agra, surgiu no cara a cara com Rui Patrício, mas o avançado permitiu que o guarda-redes levasse a melhor e enviasse, com os pés, a bola para canto. Esfumava-se o perigo e acabava o tempo extra.
Lotaria
Sabe-se que quando um jogo chega a este desfecho, a esta forma de decisão, pela marcação de pontapés de grande penalidade, a sorte é um factor importante, quando aliada à competência, não há nada a fazer. Foi isso que aconteceu ao Sporting, foi competente e teve a sorte do seu lado, a tal que dá muito trabalho.
Pelos leões, Adrien, Nani e Slimani marcaram, pelos Gverreiros do Minho, Alan marcou, André Pinto permitiu excelente defesa a Rui Patrício, Éder, que não tremera aos 16 minutos e Salvador Agra, não acertaram sequer na baliza, com isto, o Sporting fechava uma reviravolta épica e conquistava a 16ª Taça de Portugal da sua história.
Fim de festa
No fim de contas, fica-se com a sensação que o SC Braga teve o pássaro na gaiola, mas como que por artes de mágica, a porta da gaiola abriu e o pássaro voou, seguiu o seu caminho, deixando para trás os Gverreiros do Minho.
Os adeptos bracarenses nas bancadas olhavam desesperado e descrentes. A Taça, aquela que deu tanto trabalho chegar a este jogo para ser conquistada (Alcains, Guimarães, Benfica, Belenenses e Rio Ave), tinha sido sua, mas fugiu por entre os dedos. De forma quase inacreditável, o SC Braga perdeu a possibilidade, quase única, arriscamos dizer que talvez na sua história, não terá uma oportunidade tão soberana de ganhar o troféu.
O Sporting, que esteve arrumado, fora do jogo, fora da conquista, com muitos adeptos abandonarem o relvado descrentes antes do desfecho final, acreditou até ao fim, foi feliz, soube querer sê-lo, soube confiar e teve um coração enorme. Ganhou o jogo, ergueu a Taça de Portugal e volta a conquistar um troféu passado 7 épocas.
Há justiça no futebol? Não sei se há, sei que o SC Braga, depois de estar a ganhar por 2-0 ao intervalo e com mais um jogador durante 75 minutos, não foi competente o suficiente para levar o “caneco”.
Parabéns ao SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).