No universo do catolicismo, é tempo quaresmal de preparação para a Páscoa, mas parece que os avançados da principal equipa da cidade dos Arcebispos, Roma portuguesa, estão a levar o jejum demasiado a sério. Já somam mais de duzentos e setenta minutos sem marcar qualquer golo. O último dos bracarenses a cometer o "pecado" do golo foi Salvador Agra, em Vila do Conde, já lá vão três jornadas.
Ontem, o jogo seria propício para o quebrar deste jejum, mas uma série de circunstâncias fizeram o estado de abstinência perdurar. Os adeptos braguistas terão de aguardar pelo jogo de Barcelos, curiosamente no dia 4 de Abril coincidindo com a Vigília Pascal, para ver se termina o flagelo da ausência de golos e, esperar poder gritar GOLO e ALELUIA.
O SC Braga também se pode queixar da sorte neste nulo obtido na recepção à Académica. Ao contrário de outros, os jogadores que o Braga empresta a adversários da Liga nunca se lesionam quando o defrontam. Foi o caso do guarda-redes Cristiano, que manteve as redes academistas invioladas, tendo negado o golo aos companheiros por diversas ocasiões.
Desde a saída de Paulo Sérgio e a entrada de José Viterbo, a briosa tem somado pontos e vitórias. Tal se deverá à injecção de moral do novo timoneiro, porque em termos de futebol jogado, esta Académica foi das que se exibiu de forma mais pobre esta época na Pedreira. Na primeira parte, mais parecia um grupo de Farricocos. Na segunda, melhor organizada no sector defensivo, soube ocupar melhor os espaços, aproveitou a intranquilidade dos bracarenses nos minutos finais e usou e abusou do anti-jogo, com o beneplácito do árbitro da partida, de quem falaremos mais adiante.
Sérgio Conceição considerou a exibição da sua equipa «um jogo bem conseguido». E tem razão, porque os seus pupilos iniciaram a partida com o pé no acelerador, remetendo o adversário aos últimos trinta metros, sufocando-o, e levando a bola a perigar a baliza adversária. Ao minuto 10, Rúben Micael faz o mais difícil ao não conseguir concluir com golo uma excelente jogada pelo flanco esquerdo.
E porque já falamos da Páscoa, neste jogo assistiu-se a uma ressurreição: Rafa! Finalmente, o jovem avançado internacional português pôde passear a sua classe durante os 90 minutos. Primeiro a extremo e depois como playmaker (camisola 10), só faltou um golo para coroar uma excelente exibição. Esperemos que continue.
O treinador arsenalista operou várias mudanças na sua equipa inicial. Por força das lesões dos brasileiros Matheus e Danilo, entraram para os respectivos lugares Kritcyuk (para a baliza) e Luiz Carlos (para a linha média). A surpresa foi a inclusão de Mauro a titular, relegando Pedro Tiba para o banco. O trinco brasileiro esteve em bom plano, ocupando bem os espaços e recuperando inúmeras bolas, sobretudo em ressaltos, uma lacuna que o meio-campo bracarense tem evidenciando. Já Luiz Carlos, trouxe mais músculo e intensidade ao jogo, embora como sabido esteja vários furos abaixo de Tiba e Danilo em termos técnicos.
Com este novo figurino de dois médios de características mais defensivas, os laterais Baiano e Djavan tiveram liberdade para subirem pelo flanco como tanto gostam.
Neste jogo, o Braga provou ser capaz de jogar em ataque continuado, pese embora a fragilidade deste adversário, só faltaram mesmo os golos, algo que nem Zé Luís, nem Éderzito que entrou na segunda parte para jogar em parelha com o cabo-verdiano, conseguiram fazer.
Ontem, o jogo seria propício para o quebrar deste jejum, mas uma série de circunstâncias fizeram o estado de abstinência perdurar. Os adeptos braguistas terão de aguardar pelo jogo de Barcelos, curiosamente no dia 4 de Abril coincidindo com a Vigília Pascal, para ver se termina o flagelo da ausência de golos e, esperar poder gritar GOLO e ALELUIA.
O SC Braga também se pode queixar da sorte neste nulo obtido na recepção à Académica. Ao contrário de outros, os jogadores que o Braga empresta a adversários da Liga nunca se lesionam quando o defrontam. Foi o caso do guarda-redes Cristiano, que manteve as redes academistas invioladas, tendo negado o golo aos companheiros por diversas ocasiões.
Desde a saída de Paulo Sérgio e a entrada de José Viterbo, a briosa tem somado pontos e vitórias. Tal se deverá à injecção de moral do novo timoneiro, porque em termos de futebol jogado, esta Académica foi das que se exibiu de forma mais pobre esta época na Pedreira. Na primeira parte, mais parecia um grupo de Farricocos. Na segunda, melhor organizada no sector defensivo, soube ocupar melhor os espaços, aproveitou a intranquilidade dos bracarenses nos minutos finais e usou e abusou do anti-jogo, com o beneplácito do árbitro da partida, de quem falaremos mais adiante.
Sérgio Conceição considerou a exibição da sua equipa «um jogo bem conseguido». E tem razão, porque os seus pupilos iniciaram a partida com o pé no acelerador, remetendo o adversário aos últimos trinta metros, sufocando-o, e levando a bola a perigar a baliza adversária. Ao minuto 10, Rúben Micael faz o mais difícil ao não conseguir concluir com golo uma excelente jogada pelo flanco esquerdo.
E porque já falamos da Páscoa, neste jogo assistiu-se a uma ressurreição: Rafa! Finalmente, o jovem avançado internacional português pôde passear a sua classe durante os 90 minutos. Primeiro a extremo e depois como playmaker (camisola 10), só faltou um golo para coroar uma excelente exibição. Esperemos que continue.
O treinador arsenalista operou várias mudanças na sua equipa inicial. Por força das lesões dos brasileiros Matheus e Danilo, entraram para os respectivos lugares Kritcyuk (para a baliza) e Luiz Carlos (para a linha média). A surpresa foi a inclusão de Mauro a titular, relegando Pedro Tiba para o banco. O trinco brasileiro esteve em bom plano, ocupando bem os espaços e recuperando inúmeras bolas, sobretudo em ressaltos, uma lacuna que o meio-campo bracarense tem evidenciando. Já Luiz Carlos, trouxe mais músculo e intensidade ao jogo, embora como sabido esteja vários furos abaixo de Tiba e Danilo em termos técnicos.
Com este novo figurino de dois médios de características mais defensivas, os laterais Baiano e Djavan tiveram liberdade para subirem pelo flanco como tanto gostam.
Neste jogo, o Braga provou ser capaz de jogar em ataque continuado, pese embora a fragilidade deste adversário, só faltaram mesmo os golos, algo que nem Zé Luís, nem Éderzito que entrou na segunda parte para jogar em parelha com o cabo-verdiano, conseguiram fazer.
O protagonista do apito
O melhor elogio que se pode fazer à prestação de um árbitro é dizer que não se deu por ele durante todo o jogo. Mas quando o juiz nomeado é Bruno Paixão, isso torna-se quase impossível. Este árbitro teima em querer ser o actor principal, mas as cenas que faz são, geralmente, tristes. E depois, das bancadas ouve-se "Palhaço, Palhaço, Palhaço!". Para além de uma grande penalidade clamorosa a favor do SC Braga (mais uma a juntar ao rol), o árbitro setubalense exibiu cartões amarelo a torto e a direito, permitiu anti-jogo aos jogadores da Académica e na parte final do jogo não deixou a bola rolar, pois apitava ao mínimo contacto entre os atletas.
Na segunda parte, para além de terem havido cinco substituições, a maca entrou em campo por duas vezes, já para não falar do anti-jogo protagonizado pelos jogadores da Académica com a conivência do senhor do apito, que concedeu apenas 3 minutos de compensação.
No final do encontro, gerou-se uma grande confusão na entrada do túnel de acesso aos balneários, com adeptos bracarenses a demonstrar a sua indignação para com o árbitro da partida. Felizmente, não se registaram incidentes de maior, mas a APAF que legitimamente pede respeito pelos árbitros seus associados, se calhar deveria avisar alguns deles que para serem respeitados, primeiro terão de se dar ao respeito.
O melhor elogio que se pode fazer à prestação de um árbitro é dizer que não se deu por ele durante todo o jogo. Mas quando o juiz nomeado é Bruno Paixão, isso torna-se quase impossível. Este árbitro teima em querer ser o actor principal, mas as cenas que faz são, geralmente, tristes. E depois, das bancadas ouve-se "Palhaço, Palhaço, Palhaço!". Para além de uma grande penalidade clamorosa a favor do SC Braga (mais uma a juntar ao rol), o árbitro setubalense exibiu cartões amarelo a torto e a direito, permitiu anti-jogo aos jogadores da Académica e na parte final do jogo não deixou a bola rolar, pois apitava ao mínimo contacto entre os atletas.
Na segunda parte, para além de terem havido cinco substituições, a maca entrou em campo por duas vezes, já para não falar do anti-jogo protagonizado pelos jogadores da Académica com a conivência do senhor do apito, que concedeu apenas 3 minutos de compensação.
No final do encontro, gerou-se uma grande confusão na entrada do túnel de acesso aos balneários, com adeptos bracarenses a demonstrar a sua indignação para com o árbitro da partida. Felizmente, não se registaram incidentes de maior, mas a APAF que legitimamente pede respeito pelos árbitros seus associados, se calhar deveria avisar alguns deles que para serem respeitados, primeiro terão de se dar ao respeito.
Ricardo Jorge
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)