Vitória do Sporting, por 2-1, sobre CSKA Moscovo, na primeira mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, dá ao conjunto leonino vantagem curta na longa deslocação até à Rússia da próxima quarta-feira.
Num estádio de Alvalade que brindou todos os presentes, bem como aqueles que pela TV seguiram o jogo, com um belo espectáculo vindo das bancadas de um público que não se cansou de apoiar os seus, perante um opositor de inegável valia, que assumiu, no jogo de ontem, o contra-ataque como arma de jogo, contra uma arbitragem do pior que já se viu, a roçar mesmo o miserável do turco Cunyet Çakir, o Sporting foi melhor no computo geral do jogo, procurou ser feliz, mas sofreu e muito, com a velocidade de Doumbia e em especial de Musa, duas setas que mais pareciam querer competir com Francis Obikwelu do que jogar futebol, assim, desta forma, a eliminatória está em aberto e é na longínqua e cosmopolita Moscovo, que tudo se vai resolver.
Olhando para o jogo, assistimos a uma boa entrada do Sporting, os comandados de Jorge Jesus, que apresentou o mesmo onze das duas partidas oficiais já realizadas (Benfica e Tondela), encarrilaram a partida para o habitual frenesim atacante e isso rendeu frutos logo aos 13 minutos, pois uma boa desmarcação de Carrillo para Bryan Ruiz, permitiu que este, de forma generosa e já em esforço pela investida do guardião russo Akinfeev, tocasse a bola para a zona de penálti, onde Teo Gutierrez, em luta com o lateral brasileiro da formação russa, Mário Fernandes, finalizou com alguma sorte à mistura e deu largas à alegria leonina. O estádio explodiu com o tento obtido. Estava feito o 1-0 e até esse instante, a armada russa não tinha conseguido sacudir o a pressão.
O carrossel leonino, sabe-se pela forma como o treinador trabalha as equipas, tentou continuar a sua senda acutilante, viu-se um CSKA, muitas vezes, com dificuldades em ter bola tal era a pressão do conjunto verde e branco, mas também se sabe, não é de hoje nem é novo, que o ritmo, para ninguém ficar com a língua de fora, teria de abrandar e quando isso aconteceu, Musa, Tosic e Doumbia, o tridente explosivo do ataque russo, começou a dar água pela barba a João Pereira, que voltou a cotar-se como o pior jogador em campo (pior mesmo só o árbitro), Paulo Oliveira, Naldo e Jefferson. As dificuldades eram muitas, os ataques moscovitas começaram a surgir com maior naturalidade e se Rui Patrício ainda defendeu um penálti a Doumbia, depois de uma arrancada pela esquerda de Musa, que colocou a bola no centro para Tosic, que só parou, na área, após derrube de Jefferson, já nada pôde fazer o guarda-redes leonino quando, após nova investida pelo mesmo lado, o de João Pereira, o mesmo Doumbia correu meio campo sozinho e quando o guardião tentou fazer a mancha, o avançado contornou-o, não se deixou ameaçar pela pressão de Naldo e empatou o jogo.
Também é certo, que antes do empate, o Sporting já tinha disposto de duas boas oportunidades, ambas por Slimani, que falhou uma delas de forma escandalosa, porém, nesta altura, as forças em campo estavam equilibradas.
No recomeço da partida, ficou-se com a ideia que os russos reentraram melhor, estavam com a mesma atitude que tinham tido ao terminar a primeira parte, o Sporting vivia longe do fulgor dos primeiros 20 minutos de jogo. Com alguma dificuldade e de forma mais lenta que o desejado, os leões retomaram o comando das operações e quando começaram a impor o seu jogo, veio ao de cima a pilhagem turca, pois a equipa de arbitragem subtraiu aos leões duas grandes penalidades. Primeiro num derrube de Vasili Berezutsky sobre Bryan Ruiz, estava-se então no minuto 60, mais tarde, ao 72, o mesmo jogador russo impediu, com a mão, que Slimani pudesse cabecear a bola centrada por Carrillo, o argelino bem protestou junto do árbitro principal e do árbitro de baliza, mas a equipa de arbitragem, vamos assumir que não viu, nada assinalou. Entre um lance e outro, Jorge Jesus já havia promovido a estreia de Alberto Aquilani com a camisola leonina, que rendera ao minuto 65, Bryan Ruiz, o italiano, com a sua experiência e toque de bola de enorme qualidade e precisão, trouxe na altura, maior assertividade e lucidez, que faltava em doses consideráveis à linha intermédia dos leões, mas a verdadeira revolução só se deu com as entradas de Carlos Mané e Gelson Martins, que ocuparam os lugares de Teo Gutierrez e João Mário, faltavam 15 minutos para o fim e os verde e brancos, com este dois jogadores em campo, voltaram a ter rapidez, acutilância e a imprevisibilidade que havia sido perdida. Após a ida a jogo destes dois produtos da Academia, Akinfeev, guarda-redes da formação visitante, com uma segunda parte, até então, tranquila, começou a ver a bola a rondar a sua baliza e começou a sentir o perigo. Primeiro foram as ameaças e quando em Alvalade, o espectro do empate assombrava a plateia, Aquilani lançou a bola para Slimani, este combinou com Carrillo e o peruano de forma soberba, com um toque de calcanhar pelo meio das pernas de um defesa russo, devolveu ao argelino que se desembaraçou com muita classe de Berezutsky e de pé esquerdo bateu o guarda-redes e capitão da equipa moscovita, era a segunda explosão de alegria da noite, aquela que aquece o coração leonino e permite, no intervalo da eliminatória, que o conjunto português, parta em vantagem.
Este jogo pode ter várias análises, pode-se dizer que o Sporting, porque estava a jogar em casa, foi a equipa que mais quis ganhar o jogo, que não virou a cara à luta e que o seu esforço foi premiado perto do fim; pode-se dizer que o CSKA adoptou, com as setas já referidas, uma postura de contra-ataque e que em sua casa não vai poder utilizar, por via da desvantagem que leva no bolso no regresso a casa; e pode-se dizer, que um jogo desta natureza merece um árbitro menos comprometido com os interesses que dominam a prova da UEFA. Se na época passada, os leões tem razão de queixa de um árbitro russo que beneficiou o poderio alemão, patrocinado pelo maior investido da competição em detrimento do melhor jogo do Sporting, neste jogo, os leões, tem motivos de sobra para se queixarem de um árbitro do sistema, que apitou a última final da prova, mas que beneficiou de forma gritante a equipa russa. A isto chama-se, poder de influência, que o Sporting não tem e que o CSKA parece ter, que se cuidem os leões para a próxima semana, pois o Arena Khimki, pode estar a saque. A ver vamos…
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).
Num estádio de Alvalade que brindou todos os presentes, bem como aqueles que pela TV seguiram o jogo, com um belo espectáculo vindo das bancadas de um público que não se cansou de apoiar os seus, perante um opositor de inegável valia, que assumiu, no jogo de ontem, o contra-ataque como arma de jogo, contra uma arbitragem do pior que já se viu, a roçar mesmo o miserável do turco Cunyet Çakir, o Sporting foi melhor no computo geral do jogo, procurou ser feliz, mas sofreu e muito, com a velocidade de Doumbia e em especial de Musa, duas setas que mais pareciam querer competir com Francis Obikwelu do que jogar futebol, assim, desta forma, a eliminatória está em aberto e é na longínqua e cosmopolita Moscovo, que tudo se vai resolver.
Olhando para o jogo, assistimos a uma boa entrada do Sporting, os comandados de Jorge Jesus, que apresentou o mesmo onze das duas partidas oficiais já realizadas (Benfica e Tondela), encarrilaram a partida para o habitual frenesim atacante e isso rendeu frutos logo aos 13 minutos, pois uma boa desmarcação de Carrillo para Bryan Ruiz, permitiu que este, de forma generosa e já em esforço pela investida do guardião russo Akinfeev, tocasse a bola para a zona de penálti, onde Teo Gutierrez, em luta com o lateral brasileiro da formação russa, Mário Fernandes, finalizou com alguma sorte à mistura e deu largas à alegria leonina. O estádio explodiu com o tento obtido. Estava feito o 1-0 e até esse instante, a armada russa não tinha conseguido sacudir o a pressão.
O carrossel leonino, sabe-se pela forma como o treinador trabalha as equipas, tentou continuar a sua senda acutilante, viu-se um CSKA, muitas vezes, com dificuldades em ter bola tal era a pressão do conjunto verde e branco, mas também se sabe, não é de hoje nem é novo, que o ritmo, para ninguém ficar com a língua de fora, teria de abrandar e quando isso aconteceu, Musa, Tosic e Doumbia, o tridente explosivo do ataque russo, começou a dar água pela barba a João Pereira, que voltou a cotar-se como o pior jogador em campo (pior mesmo só o árbitro), Paulo Oliveira, Naldo e Jefferson. As dificuldades eram muitas, os ataques moscovitas começaram a surgir com maior naturalidade e se Rui Patrício ainda defendeu um penálti a Doumbia, depois de uma arrancada pela esquerda de Musa, que colocou a bola no centro para Tosic, que só parou, na área, após derrube de Jefferson, já nada pôde fazer o guarda-redes leonino quando, após nova investida pelo mesmo lado, o de João Pereira, o mesmo Doumbia correu meio campo sozinho e quando o guardião tentou fazer a mancha, o avançado contornou-o, não se deixou ameaçar pela pressão de Naldo e empatou o jogo.
Também é certo, que antes do empate, o Sporting já tinha disposto de duas boas oportunidades, ambas por Slimani, que falhou uma delas de forma escandalosa, porém, nesta altura, as forças em campo estavam equilibradas.
No recomeço da partida, ficou-se com a ideia que os russos reentraram melhor, estavam com a mesma atitude que tinham tido ao terminar a primeira parte, o Sporting vivia longe do fulgor dos primeiros 20 minutos de jogo. Com alguma dificuldade e de forma mais lenta que o desejado, os leões retomaram o comando das operações e quando começaram a impor o seu jogo, veio ao de cima a pilhagem turca, pois a equipa de arbitragem subtraiu aos leões duas grandes penalidades. Primeiro num derrube de Vasili Berezutsky sobre Bryan Ruiz, estava-se então no minuto 60, mais tarde, ao 72, o mesmo jogador russo impediu, com a mão, que Slimani pudesse cabecear a bola centrada por Carrillo, o argelino bem protestou junto do árbitro principal e do árbitro de baliza, mas a equipa de arbitragem, vamos assumir que não viu, nada assinalou. Entre um lance e outro, Jorge Jesus já havia promovido a estreia de Alberto Aquilani com a camisola leonina, que rendera ao minuto 65, Bryan Ruiz, o italiano, com a sua experiência e toque de bola de enorme qualidade e precisão, trouxe na altura, maior assertividade e lucidez, que faltava em doses consideráveis à linha intermédia dos leões, mas a verdadeira revolução só se deu com as entradas de Carlos Mané e Gelson Martins, que ocuparam os lugares de Teo Gutierrez e João Mário, faltavam 15 minutos para o fim e os verde e brancos, com este dois jogadores em campo, voltaram a ter rapidez, acutilância e a imprevisibilidade que havia sido perdida. Após a ida a jogo destes dois produtos da Academia, Akinfeev, guarda-redes da formação visitante, com uma segunda parte, até então, tranquila, começou a ver a bola a rondar a sua baliza e começou a sentir o perigo. Primeiro foram as ameaças e quando em Alvalade, o espectro do empate assombrava a plateia, Aquilani lançou a bola para Slimani, este combinou com Carrillo e o peruano de forma soberba, com um toque de calcanhar pelo meio das pernas de um defesa russo, devolveu ao argelino que se desembaraçou com muita classe de Berezutsky e de pé esquerdo bateu o guarda-redes e capitão da equipa moscovita, era a segunda explosão de alegria da noite, aquela que aquece o coração leonino e permite, no intervalo da eliminatória, que o conjunto português, parta em vantagem.
Este jogo pode ter várias análises, pode-se dizer que o Sporting, porque estava a jogar em casa, foi a equipa que mais quis ganhar o jogo, que não virou a cara à luta e que o seu esforço foi premiado perto do fim; pode-se dizer que o CSKA adoptou, com as setas já referidas, uma postura de contra-ataque e que em sua casa não vai poder utilizar, por via da desvantagem que leva no bolso no regresso a casa; e pode-se dizer, que um jogo desta natureza merece um árbitro menos comprometido com os interesses que dominam a prova da UEFA. Se na época passada, os leões tem razão de queixa de um árbitro russo que beneficiou o poderio alemão, patrocinado pelo maior investido da competição em detrimento do melhor jogo do Sporting, neste jogo, os leões, tem motivos de sobra para se queixarem de um árbitro do sistema, que apitou a última final da prova, mas que beneficiou de forma gritante a equipa russa. A isto chama-se, poder de influência, que o Sporting não tem e que o CSKA parece ter, que se cuidem os leões para a próxima semana, pois o Arena Khimki, pode estar a saque. A ver vamos…
Daniel Lourenço
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45).