Ao intervalo do seu jogo contra o Marítimo, nesta jornada 8 da Primeira Liga, o Sporting parecia ter o jogo completamente arrumado. A vencer o conjunto verde-rubro, orientado pelo bem conhecido, para as bandas de Alvalade, Leonel Pontes, por 3-0, tudo levava a crer que a segunda parte do jogo seria um mero formalismo por parte do conjunto leonino. O que é certo, é que Mazoou, avançado nigerino que chegou à Madeira vindo de Guimarães, no reatamento da partida lançou o pânico nas bem compostas bancadas de Alvalade, ao marcar dois golos de rajada (50 e 54 minutos), tentos que provocaram dúvidas nos adeptos e fez o Sporting arregaçar novamente as mangas para não se deixar surpreender pelos homens vindos da pérola do Atlântico. No fim do jogo, Marco Silva, na conferência de imprensa, fez questão de referir isso mesmo, que o conjunto verde e branco facilitou e isso podia ter-lhe custado alguns dissabores, o treinador leonino fez questão de avisar que não quer ver repetida no futuro esta sobranceria.
Tudo corria de feição aos homens de Marco Silva, que não pôde contar para este jogo com Slimani e Jefferson (ambos lesionados), de resto tudo na mesma, nada de rotações nem poupanças, apenas Montero surgiu no lugar do argelino. A equipa de Alvalade, que vinha de uma injusta derrota europeia, bem arroupada pelo seu público, que compôs as bancadas de forma muito significativa (cerca de 40 mil adeptos presentes no anfiteatro leonino), entrou em jogo praticamente a vencer com um autogolo de Bauer, logo aos 7 minutos de jogo. Este golo tão madrugador permitiu aos leões, novamente montados nas costas de Nani, Adrien e João Mário, arrancarem para uma primeira parte de grande nível, com grande rotação e noção de jogo colectivo. Este Sporting está nesta altura a atravessar um grande momento de forma e respira muita confiança. Isso é notório na forma como toda a equipa se envolve nas diversas fases do jogo, criando uma harmonia perfeita em todos os sectores, que lhe permitem durante largos períodos ter total comando das operações.
Imbuído pela necessidade de vencer, o segundo golo não tardou em chegar, Nani, que voltou a fazer uma excelente exibição, desta vez sem golos mas com duas assistências, colocou a bola na área e João Mário, solto no meio dos centrais maritimistas, aproveitou para fazer o seu primeiro golo oficial pelo Sporting, batendo Salin pela segunda vez. Começava a cheira a goleada. Entretanto assistiu-se a uma reacção do Marítimo, que nunca virou a cara à luta, só que antes do intervalo, Paulo Oliveira, no seguimento de um pontapé de canto batido pelo jogador emprestado pelo Manchester United para o primeiro poste, marcava o primeiro golo de leão ao peito e colocava no marcador, aquilo que parecia ser um ponto final na partida, pura ilusão. Estava feito o 3-0 mas Leonel Pontes, ao intervalo, fez a sua equipa acreditar que nada estava perdido, mesmo quando tudo levava a crer que o desfecho do jogo estava traçado, conforme já se disse, o Sporting entrou na segunda parte de forma tão apática e relaxada, que após o primeiro golo do Marítimo, não conseguiu perceber os perigos que aí vinham e teve que sofrer novo golo, para então sim, ligar as sirenes de alarme e fazer o toca a reunir para que o jogo, até então de festa, não se tornasse, uma verdadeira depressão colectiva.
Após estes minutos iniciais de reacção da equipa insular, o Sporting voltou a marcar, quiçá o melhor golo da noite, um dos mais bonitos do campeonato até ao momento. Adrien surgiu descaído para esquerda, deambulou até zona central e aí percebeu a boa desmarcação de Montero, colocou com mel a bola para um domínio fenomenal do jogador colombiano que finalizou de forma irrepreensível. Boa jogada, grande golo, bonita forma de fechar as contas do jogo. Ver aqui.
Nesta partida deu para perceber que esta equipa do Sporting tem vindo a amadurecer jornada após jornada, soube manter a tranquilidade e a serenidade necessária para não se auto-destruir, não dando grande abébias que permitissem que o Marítimo criasse mais moça na baliza de Rui Patrício. Aqui se vê o trabalho que Marco Silva tem vindo a desenrolar, é certo que existem algumas falhas na equipa, principalmente no eixo defensivo, que podem custar pontos contra outro tipo de adversários e embora ainda haja uma grande margem de progressão, há aspectos que devem ser rapidamente limados, para que este Sporting possa ser considerado, um efectivo candidato ao título.
Contas feitas, num jogo com 6 golos, o Sporting foi um justo vencedor, o Marítimo um digno vencido e os leões, após a derrota do Benfica em Braga (que o Ricardo Jorge vai tratar de explicar) fica a tão-somente 3 pontos do actual líder da prova e a dois do FC Porto, antes de difícil deslocação a Guimarães, que surge um lugar à frente dos leões na tabela com um ponto de avanço, para aquele que será o jogo grande da jornada 9 da Primeira Liga.
Daniel Lourenço
[email protected]
Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)
Imbuído pela necessidade de vencer, o segundo golo não tardou em chegar, Nani, que voltou a fazer uma excelente exibição, desta vez sem golos mas com duas assistências, colocou a bola na área e João Mário, solto no meio dos centrais maritimistas, aproveitou para fazer o seu primeiro golo oficial pelo Sporting, batendo Salin pela segunda vez. Começava a cheira a goleada. Entretanto assistiu-se a uma reacção do Marítimo, que nunca virou a cara à luta, só que antes do intervalo, Paulo Oliveira, no seguimento de um pontapé de canto batido pelo jogador emprestado pelo Manchester United para o primeiro poste, marcava o primeiro golo de leão ao peito e colocava no marcador, aquilo que parecia ser um ponto final na partida, pura ilusão. Estava feito o 3-0 mas Leonel Pontes, ao intervalo, fez a sua equipa acreditar que nada estava perdido, mesmo quando tudo levava a crer que o desfecho do jogo estava traçado, conforme já se disse, o Sporting entrou na segunda parte de forma tão apática e relaxada, que após o primeiro golo do Marítimo, não conseguiu perceber os perigos que aí vinham e teve que sofrer novo golo, para então sim, ligar as sirenes de alarme e fazer o toca a reunir para que o jogo, até então de festa, não se tornasse, uma verdadeira depressão colectiva.
Após estes minutos iniciais de reacção da equipa insular, o Sporting voltou a marcar, quiçá o melhor golo da noite, um dos mais bonitos do campeonato até ao momento. Adrien surgiu descaído para esquerda, deambulou até zona central e aí percebeu a boa desmarcação de Montero, colocou com mel a bola para um domínio fenomenal do jogador colombiano que finalizou de forma irrepreensível. Boa jogada, grande golo, bonita forma de fechar as contas do jogo. Ver aqui.
Nesta partida deu para perceber que esta equipa do Sporting tem vindo a amadurecer jornada após jornada, soube manter a tranquilidade e a serenidade necessária para não se auto-destruir, não dando grande abébias que permitissem que o Marítimo criasse mais moça na baliza de Rui Patrício. Aqui se vê o trabalho que Marco Silva tem vindo a desenrolar, é certo que existem algumas falhas na equipa, principalmente no eixo defensivo, que podem custar pontos contra outro tipo de adversários e embora ainda haja uma grande margem de progressão, há aspectos que devem ser rapidamente limados, para que este Sporting possa ser considerado, um efectivo candidato ao título.
Contas feitas, num jogo com 6 golos, o Sporting foi um justo vencedor, o Marítimo um digno vencido e os leões, após a derrota do Benfica em Braga (que o Ricardo Jorge vai tratar de explicar) fica a tão-somente 3 pontos do actual líder da prova e a dois do FC Porto, antes de difícil deslocação a Guimarães, que surge um lugar à frente dos leões na tabela com um ponto de avanço, para aquele que será o jogo grande da jornada 9 da Primeira Liga.
Daniel Lourenço
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Texto redigido de acordo com as normas do antigo Acordo Ortográfico (Decreto lei 35.228/45)